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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Fausto Fawcett e Falange Moulin Rouge - Bar Opinião - Porto Alegre (1993)



foto de show em Baurú, em 1993 
créditos: canal DJ Teruo (You tube)
Quando foi anunciado que Fausto Fawcett faria um show em Porto Alegre acompanhado, além de músicos, por um grupo de belas louras, me pareceu que se tratava de uma grande forçação. Eu curtia Fausto Fawcett, mais do que a maioria das pessoas que só lembram dele pela calcinha da Kátia Flávia, mas aquilo me soava como uma apelação de um artista em baixa tentando, de maneira um tanto vulgar, reconquistar uma certa popularidade. Por outro lado, não era possível que se prestasse a reunir um belo time de músicos para aquela turnê, como Dado Villa-Lobos, da Legião Urbana, na guitarra, Dé, ex-Barão Vermelho no baixo, João Barone, dos Paralamas, na bateria, só para representar um teatrinho musical numa grande putaria caça-níqueis. Fiquei curioso pela parte musical da coisa, mas não a ponto de me prestar a ir ao show e deste modo, pelo menos dei uma chance para a proposta de Fausto Fawcett ouvindo o concerto musical performático pela rádio Ipanema FM, numa iniciativa que eles costumavam ter de transmitir shows ao vivo, sempre que possível, de auditórios, bares, teatros ou qualquer tipo de casa de espetáculo da cidade.

E fui eu então ouvir o show no rádio... e para minha surpresa o negócio era bom! Bem bom!!! Uma mistura suingada de rock, soul, funk carioca, samba, incrementado por scatches, samples e uma percussão sempre bem oportuna, tudo com aquele vocal característico, quase narrado, e refrões improváveis e pegajosos de Fausto Fawcett. Quanto mais escutava, mais eu tinha vontade de estar lá vendo aquele show que além de passar, mesmo pelas ondas do rádio, uma vibração de entusiasmo e energia, era constantemente elogiado durante a trasnmissão pela comunicadora Katia Suman.

"Por que que eu não estou lá? Por que que eu não estou lá?"... Bom, eu não estaria lá naquela noite mas poderia estar na noite seguinte. Sim!!! Estavam previstas duas apresentações na cidade e diante daquela agradável surpresa sonora que o show me proporcionara pelo rádio, eu tinha oportunidade de presenciá-lo, in loco, no dia seguinte .

Aí então, eu e irmão Daniel, que também havia escutado o show pelo rádio e tivera a mesma sensação de boa surpresa, nos tocamos para o Bar Opinião, casa de espetáculos no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre e fomos ver o tal do show. Não vou negar que procurei um lugar interessante de onde pudesse apreciar os atributos físicos das louras pois, afinal de contas, por mais que tivesse posto em julgamento as verdadeiros propósitos daquele projeto, uma vez estando lá, queria, além de curtir a parte musical que havia me impressionado na noite anterior, me deliciar visualmente com o que o rádio não teve como me mostrar.

Inegavelmente o espetáculo tinha um apelo sensual, uma provocação dos instintos masculinos, uma vulgaridade medida, mas mesmo as apresentações das meninas não se limitavam a um bundalelê gratuito. Além das referências a clássicos mestres-de-cerimônia brasileiros como Chacrinha e Sargentelli, que utilizaram a figura da mulher bonita e sensual como suporte e alavanca para suas performances, algumas das garotas eram verdadeiramente talentosas e davam boa contribuição ao espetáculo, como é o caso da loura Luzia, que se destacava sobremaneira no tocante à dança, e da cacheadinha Kátia, sem dúvida a melhor cantora dentre todas elas. Outras como Regininha Poltergeist, claramente uma péssima cantora, davam sua contribuição, além de física e estética, é claro, pelo seu carisma e presença de palco; ou como a badalada Marinara, ex-esposa do jornalista e apresentador esportivo Fernando Vanucci, que havia ficado famosa por seu uma policial que havia posado nua para a revista Playboy, e que emprestava ao show a possibilidade de ter uma espécie de superstar brasileira do momento.

Além de criar versões para antigas composições suas, como para "Drops de Istambul", uma música menor do primeiro disco que, com inserções e recortes arábicos do DJ, que ficou bem mais interessante, Fausto, teve a perspicácia de criar um tema musical para cada garota explorando o melhor do personagem de cada uma delas. Regininha, cujo tema trazia algo de sincrético, místico, sobrenatural, e que carrega até hoje o apelido Poltergeist por conta da canção "Santa Clara Poltergeist", do próprio Fausto, do segundo disco, recriada para quela turnê, entrava no palco vestindo um hábito de freira e, com o desenvolvimento do número, se libertava do mesmo para deixar-se levar pelas forças que a tornavam aquela mulher sensual e irresistível que tomava conta do palco para a louvação daquele macharedo babão que, a reverenciando, repetia o refrão, "Amém, Regininha, amém!" (e, sim, eu participei da louvação). Gisele, descrita na letra como " a loura luz do fogo da inspiração", foi a mais "impressionante" fisicamente entre elas (entendedores entenderão) ganhando para si um sambinha gostoso, sem dúvida o tema individual e a performance mais sensuais da noite. Luzia, ilustrava um rock funkeado cheio de swing com menção a felinas selvagens; um soul bem embalado fazia Kátia, não a famosa Flávia, mas a apelidada "Talismã", mostrar porque era a melhor cantora do grupo; e a música de Marinara, como o compositor não poderia deixar passar, fazia menção à função de policial, sendo definida por ele como a "loira Majestade do lado da lei", num tema musical que aludia a escolas de samba cariocas e sambas de enredo, especialmente ao clássico "Peguei um Ita no Norte", do Salgueiro, associando seu famoso verso ao nome da loira e criando mais um de seu refrões inesquecíveis: "É Marinara, explode coração".

Mas não foram só as homenagens individuais para cada loira: Fausto Fawcett ainda usaria time inteiro em duas ótimas músicas, "Básico Instinto", um funk pesado com ótimas performances dos guitarristas, sample de Ennio Morricone e que fazia referência direta ao filme "Instinto Selvagem" trazendo à luz o excelente refrão "Sharon Stone, stone Me"; e a que fechou o show "KLGR"*, uma pedrada com um riffzaço poderoso, samples de Public Enemy, e que exaltava no refrão as quatro louras originais, uma vez que Marinara, além de ser a "estrela convidada", juntara-se à equipe durante a turnê. "Kátia, Luzia, Gisele, Regininha"*, cantava Fausto Fawcett encarnando o papel do "cafetão" e definindo aquele espetáculo todo de forma precisa como um grande "teatro de revista samba funk" para encerrar o show e fechar as cortinas.

Para quem achava que seria só um monte de bundas rebolando, o show de Fausto Fawcett com sua Falange Moulin Rouge acabou sendo uma agradabilíssima surpresa artística e musical. Uma ótima banda, qualidade musical, muito ritmo, provocações inteligentes sobre cultura e comportamento e,... bom, teve também um monte de bundas rebolando. E estaria mentindo se dissesse que não gostei.


* Ainda durante aquela turnê, Luzia foi substituída pela cantora e dançarina Luciana e Marinara foi efetivada como integrante fixa do grupo.  Assim, esta música que naquela ocasião ainda contava com as iniciais das quatro integrantes originais, passou a se chamar "KGLRM" (Kátia, Luciana, Gisele, Regininha e Marinara), que foi a versão definitiva que entrou para o álbum "Básico Instinto".

Fausto Fawcett e Falange Moulin Rouge - Bar Opinião - Porto Alegre (1993)
áudio do show

Cly Reis

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Public Enemy - "It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back" (1988)



"Vocês esqueceram que fomos trazidos para cá,
fomos roubados do nosso nome,
roubados de nossa língua.
Perdemos nossa religião,
nossa cultura, nosso Deus
...e muitos de nós, pelo modo de agir,
temos também perdido nossas mentes."
Khalid Abdul Muhamed
(introdução de "Night of Living Baseheads")




O Public Enemy poderia ser considerado apenas mais um grupo de rap/hip-hop não fossem alguns pequenos diferenciais: o primeiro deles é um vocal poderoso, quase troante do imponente Chuck D, um rapper com recursos vocais, inteligência e consciência política e social como poucas vezes se viu até então no meio; o segundo, um MC carismático, Flavor Flav, altamente original, dono de interpretações singulares e um bordão  extremamente marcante, aquele seu "yeeeaaaaahhh, boy!!!", cheio de veneno e malicia; o terceiro, um time de produção, o Bomb Squad, extremamente criativo a antenado, sempre em busca dos samples e colagens mais criativos e improváveis, complementados é claro, por outra das grandes razões, a quarta delas, que é a mão de um DJ altamente técnico e criativo, diferenciado no seu âmbito, o lendário Terminator X. Tem ainda o impacto, as letras, a politização, a contundência, as sonoridades, e aliado a isso ainda, um certo gosto pelo peso e pelo barulho, que particularmente muito me agrada. Junte tudo isso e temos o Public Enemy. Provavelmente o melhor grupo do gênero que já visitou este planeta.
Todas essas características, marcas e virtudes podem ser encontrados no seu excelente segundo álbum "It Takes a Nation of Million to Hold Us Back", de 1988, que fez definitivamente o mundo da música cair de joelhos por eles ali pelo finalzinho dos anos 80. Artistas dos mais diversas, dos mais variados gêneros como Sepultura, Slayer, declaravam sua admiração pela banda, sua música era tema de abertura de filme ("Fight the Power" em "Faça a Coisa Certa"), até o garoto do "Exterminador do Futuro 2" exibia durante todo o filme uma a camiseta com o logo da banda. O mundo enfim se derretia pelos "Inimigos" e a influência deles foi igualmente arrebatadora, quase imediata, estabelecendo uma linha para grupos como Beastie Boys, House of Pain e Cypress Hill e revolucionando a maneira de se fazer hip-hop.
A sirene de "Countdwon to Armaggedon", vinheta ao vivo que abre o disco, anuncia que algo de realmente sério está para acontecer e efetivamente isso se confirma já a partir da primeira música, a porrada "Bring the Noise" que se não é barulhenta em si, é tão potencialmente pesada que veio a inspirar uma nova versão posterior com a participação da banda Anthrax, aí sim, mais suja e guitarrada. Mas a versão do disco não fica devendo nada, sendo também extremamente pesada à sua maneira, com batida marcante, vocal agressivo e letra contundente como de costume.
A embalada "Don't Believe the Hype", apesar do tom descontraído, vem na sequência destilando veneno contra aqueles que, segundoa banda, se esforçam em criar uma imagem negativa dos negros; "Mind Terrorist", de base repetida sem ser chata, soando como uma guitarra swingada, é um show à parte do excepcional Flavor; e a arrebatadora "Louder than a Bomb" é, verdadeiramente, tão poderosa quanto uma bomba, tanto sonoramente quanto em conteúdo.
"Show'Em Watcha Got" vem com um sample de sax, muito jazz-funk, da Lafayette Afro Rock Band, num outra performance vocal espetacular dos dois com a ajudinha sagrada do mestre Terminator X nas picapes; a alucinante "She Watch Channel Zero?!" que a segue é uma pancada sonora, evidenciando bem o tal gosto pelo peso que eu referi anteriormente, com uma guitarra enfurecida, sampleada da banda Slayer, sobre uma programação de bateria perfeita e que garante o peso, e um vocal destruidor de Chuck D. Abrindo com uma gravação de um discurso do ativista negro, americano covertido ao islamismo, Abdul Muhammad, e apoiada basicamente num recorte  repetido de um sample de sax, "Night of the Living Baseheads", traz um vocal agressivo e uma posição firme sobre os usuários de drogas, especialmente o crack. "Black Steel in the Hour of Chaos" tem uma notável base construída sobre um recorte de piano; "Security of the First World" foi um achado da banda, numa mixagem feita a partir de uma música de James Brown ("Funky Drummer"), que de tal forma foi feliz e perfeita a ponto de inspirar os mais variados artistas, como Lenny Kravitz em "Justify my Love" (gravada por Madonna), My Bloody Valentine em sua "Instrumental nº 2", e tantos outros, a reproduzi-la.
"Rebel Without a Pause", traz a justa e merecida reverência e invocação do nome do DJ no refrão, quando ele responde à altura com scratches matadores; a impetuosa "Prophets of the Rage" traz outra daquelas espetaculaes dobradinhas entre Flavor e Chuck, numa integração vocal impressionante; e "Party for Your Right to Fight", outro clássico do grupo, uma variação do título "(You Gotta) Fight for Your Right (to Party!)" dos Beastie Boys, fecha o disco com embalo, ritmo, atitude e grande estilo.
Não fosse por alguns 'pequenos detalhezinhos' podia ser mais um álbum de rap, podia ser só mais um grupo de hip-hop qualquer, só mais um trecho de outra música emprestado, mais uma mixagem, mais um DJ, mais um vocalista... Podia ser. A não ser pelo fato de que todos esses detalhes fazem toda a diferença.
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FAIXAS:
1. "Countdown to Armageddon" 1:42
2. "Bring the Noise" 3:45
3. "Don't Believe the Hype" 5:19
4. "Cold Lampin' with Flavor" 4:17
5. "Terminator X to the Edge of Panic" 4:31
6. "Mind Terrorist" 1:21
7. "Louder Than a Bomb" 3:38
8. "Caught, Can We Get a Witness?" 4:53
9. "Show 'Em Whatcha Got" 1:56
10. "She Watch Channel Zero?!"  3:49
11. "Night of the Living Baseheads" 3:14
12. "Black Steel in the Hour of Chaos" 6:23
13. "Security of the First World" 1:20
14. "Rebel Without a Pause" 5:02
15. "Prophets of Rage" 3:18
16. "Party for Your Right to Fight"
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Ouvir:
Public Enemy - "It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back"


Cly Reis

domingo, 24 de outubro de 2010

Public Enemy - "Apocalypse 91... The Enemy Strikes Back" (1991)


O INIMIGO PÚBLICO NÚMERO 1


"Combata o poder."
Public Enemy



Desde moleque eu tinha uma mente meio rebelde; nada muito pesado, mas eu já pensava em fazer coisas diferentes. Jamais pensei que um dia conheceria o PE.
Foi em meados de 1991/1992 eu acho, enquanto o mundo ainda vagava pela Acid-house, ou pelo Grunge , eu misturava o Rap com Hardcore, influenciado por uma música que tinha escutado. Eu pensava em mudar o mundo junto com mais alguns malucos e, ao mesmo tempo que isso acontecia na minha mente, estava acontecendo no mundo uma outra revolução: o Hip-hop. E junto a uma avalanche de artistas um grupo em especial me chamou a atenção: o PUBLIC ENEMY.
O grupo nasceu quando o estudante de design gráfico e fã de hip hop, Chuck D  resolveu criar um projeto musical com cujos objetivos eram basicamente modernizar as bases e batidas do rap e levar para o gênero as discussões políticas e sociais dos EUA. Para isso contou com Terminator X., Professor Griff e Flavor Flav. Em 1987 lançavam seu primeiro álbum, "Yo! Bum Rush the Show" e já o ano seguinte, apareceram com "It Takes A Nation of Millions to Hold Us Back". Com os sucessos "Don't Believe the Hype" e "Rebel without a Pause", alcançaram sucesso de crítica e extrapolaram as fronteiras do hip hop. Com "Fight de Power", presente na trilha de "Faça a Coisa Certa" (89), de Spike Lee, o Public Enemy atacava ídolos brancos, como John Wayne e Elvis Presley (o grupo depois iria amenizar essas críticas). No mesmo ano, Professor Griff era expulso da banda após supostas declarações anti-semitas dadas ao jornal "The Washington Post" mas a banda continuaria a conservar sucesso de crítica e público com "Fear of a Black Planet" (90) e "Apocalypse 91...The Enemy Strikes Black" (91). Em 1992, causaramm polêmica com o clipe "By the Time I Get to Arizona", que protestava contra o Arizona, um dos dois estados dos EUA que não consideravam feriado a data de aniversário do líder negro Martin Luther King (1929-68). A partir daí, a banda entrou em recesso criativo, lançando álbuns irregulares, o melhor deles sendo "He Got Game" de 1998.
Eu os conheci com o álbum "Fear of a Black Planet", e esse álbum me fez rever conceitos, e tenho certeza que de muitas pessoas também. A meu ver, foi o responsável pelo sucesso dos caras para o mundo, com músicas como "Fight the Power" e "911 is a Joke".
Depois comprei o "Apocalypse 91... The Enemy Strikes Back", e é desse álbum que vou falar:
Esse disco foi o que eu precisava ouvir para me sentir uma pessoa melhor, e acreditar finalmente que era possível ser um negro sem precisar empunhar uma arma, ou ter que sofrer com o preconceito.O movimento brasileiro de Hip-Hop, que vem aumentando até hoje e melhorando musicalmente, foi o que resgatou essa auto-estima de vários jovens pelo Brasil
Foi com o "duplão" dos PE que embalei boas sessions de skate pelos parques da capital gaúcha e mais tarde rolei em alguns campeonatos. Cara esse disco faz parte da minha vida até hoje carrego na case por onde vou.
Destaque para "Rebirth", "Shut Em Down" e "Bring The Noise", esta última gravada junto com a banda de metal Anthrax, o que daria início a mais uma revolução... mas isso é assunto pra outro texto.

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FAIXAS:
1. Lost At Birth
2. Rebirth
3. Night train
4. Can’t Truss It
5. I Don’t Wanna Be Called Yo Niga
6. How To Kill A Radio Consultant
7. By the Time I Get To Arizona
8. Move!
9. 1 Million Bottle bags
10. More News At 11
11. Shut Em Down
12. A Letter to the New York Post
13. Get the F— Outta Dodge
14. Bring the Noise

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Ouça:
Public Enemy Apocalipse 91... The Enemy Strikes Black



por Lúcio Agacê




Luciano Reis Freitas (Lúcio Agacê) é músico, DJ, produtor e radialista. Inquieto, está constantemente atuando em diversos projetos simultâneos especialmente na região metropolitana de PortoAlegre. Tem raízes musicais sobremaneira no punk, no rap, hip-hop, no funk e suas origens mas mantém sempre as antenas ligadas em todo o som que acontece à sua volta. Foi integrante, entre tantas outras, das bandas HímenElástico, Código Penal, Caixa Preta e atualmente está ligado às bandas Digue, Porlacalle, Grosseria e mais outros tantos projetos paralelos.
Sites dele:
http://meugritofazvocepensar.blogspot.com/
http://djbrasil.ning.com/profiles/profile/show?id=lucioagace&xg_source=facebookshare
http://www.myspace.com/lucioagace