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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Internacional, 103 Anos

Inter, estarei contigo


Ainda lembro quando meu pai me exclamou certa vez entusiasmado, lá pelos idos de 1979, "tu torce pro maior time do Brasil!". Quando ele falou aquilo eu não tinha a total noção do que aquilo significava. Aquilo não era uma ordem de que ue deveria torcer para aquele time, uma determinação, era provavelmente, sim, uma conscientização. Eu era colorado quase que automaticamente, nunca isso fora posto em dúvida, tinha ganhado um uniforme do meu padrinho, ouvia falar de Internacional, via meu pai ouvindo os jogos, ouvia foguetórios e tudo mais, mas não tinha noção de que aquilo que ele me revelava era a mais absoluta realidade naquele momento. Não que o Sport club Internacional tenha deixado de ser tão grande, pelo contrário, mas hoje, Campeão de Tudo, divide estas honras de grandiosidade com os hexacampeonatos nacionais do São Paulo e do Flamengo; os tri de Libertadores do próprio São Paulo e do Santos; os brasileiros de Corinthians, Palmeiras, Vasco, só para citar alguns. Mas naquele momento era absoluto.  Em uma década de Campeonato Brasileiro o Internacional tinha conquistado o título duas vezes, havia sido terceiro colocado duas vezes também, e quarto em outras duas oportunidades e se encaminhava naquele ano, até então sem perder (o que se confirmou), para levantar a taça novamente. Sei que naquele ano de 79 fui duas vezes ao estádio na campanha do título invicto, uma contra o São Paulo de Rio Grande e outra contra o América do Rio. A lembrança é vaga, sei dos resultados mas não lembro deles. O que importa é que ali com 5 nos de idade se consolidava definitivamente minha paixão pelo Sport Club Internacional e começava a minha longa relação com o estádio Beira-Rio.
Desde então, salvo pequenos intervalos, nunca mais deixei de frequentar o nosso estádio. Lembro ( e aí lembro mesmo) que no segundo GreNal que fui assistir, em 1982, o Inter venceu por 3x1 com três gols do Geraldão. Nossa! Fiquei fã do Geraldão. Queria ser centroavante. Usar a 9. No início dos anos 80 o Colorado acumulara 4 títulos estaduais. Nem o Brasileiro conquistado pelo rival no início da década nos abatia. O que era um titulozinho contra os nossos TRÊS, sendo um INVICTO? Além disso ganhávamos torneios de prestígio no exterior, ganhamos o Juan Gamper na casa do Barcelona; nossos jogadores representavam o país em competições.
O problema é que do outro lado, o rival, aproveitando melhor uma oportunidade que o Internacional tivera antes em 1980, conquistava a Libertadores da América e aí, talvez o comparativo tenha desequilibrado as estruturas internas do clube. Tanto foi que a partir da metade da década de 80, acumulamos derrotas e fracassos. Vimos o rival empilhar 7 títulos regionais quase igualando nosso feito de oito conquistas seguidas; perdemos dois títulos nacionais um deles contra o pouco expressivo Bahia dentro de casa; fomos desclassificados numa improvável semifinal de Libertadores estando com a vantagem três vezes no jogo. Inacreditável. A maré era braba.
Mas em todos estes momentos eu estive lá com o Inter. Presenciei quase todas as derrotas estaduais do hepta do Grêmio, fui ao 1º jogo da final de 87 contra o Flamengo, à final de 88 contra o Bahia, à fatídica semifinal de 89 contra o Olímpia mas nunca deixei de ser torcedor. Digo isso porque é bem usual, principlamente do OUTRO lado que quando se está perdendo se desligue do futebol, se ocupe de outros assuntos, tente-se dar menos importância a uma coisa que para nós toredores tem TODA a importância do mundo. Não! Eu me orgulho de em todos estes anos de minha vida de colorado ter ido ao Beira-rio em praticamente todos eles e nunca ter desistido do meu time.
Mas não se enganem os que por acaso pensarem que sou um pé-frio e que sempre que estava lá levei o time à derrota: eu estava lá, na social do Beira-Rio, vendo o Nílson guardar duas neles no GreNal do Século; em 92 estava abaixado atrás do muro da coréia pra não ver a cobrança do pênalti do Célio Silva na final da Copa do Brasil (mas levantei pra ver); estava no jogo que impediu o rival de igualar nosso octa mesmo nunca tendo dado muita bola pra campeonato estadual; e mesmo quando não foi na nossa casa, no estádio deles presenciei o chocolate do 5x2.
Vi muitas coisas boas e muitas coisas ruins. Chorei de alegria e de tristeza. Prometi nunca mais pisar lá e semanas depois lá estava eu de novo. Estive lá sob calores senegalêzes, sob frios polares e sob chuvas torrenciais mas nunca deixei de estar com o Internacional.
Hoje no Rio de Janeiro acompanho o que posso daqui. Sempre vou ao Maracanã ou ao Engenhão ver o Inter e sempre que vou a Porto Alegre, programo minha viagem para que seja em algum dia que tenha jogo no Beira-rio para que eu possa ver meu time na NOSSA casa. Dos grandes momentos do clube, no Beira-Rio, só não vi a primeira final de Libertadores, pois já morava aqui e não tinha, na época, dinheiro para viajar; mas  asegunda, contra o Chivas, movi o mundo para estar no Beira-Rio e vi meu time ser Bicampeão da América.
Me orgulho de todos estes momentos. Dos felizes e dos tristes. De sempre estar com o Inter. Só me envergonho um pouco de um momento em que, devo admitir, não fui ao Beira-rio porque tive medo. Foi o jogo contra o Palmeiras que podia nos levar à segunda divisão.
Naquele jogo EU TIVE MEDO. Aliás tinha quase convicção que não conseguirÍamos e optei por não participar daquele momento triste para o clube. Era melhor que eu não estivesse lá. Ego´´ista, orgulhoso, não queria guardar isso no meu currículo de torcedor, nem presenciar tamanha decepção.
Felizmente o rebaixamento acabou não acontecendo. O Dunga fez aquele gol salvador e continuamos sendo o único clube gaúcho a não ter disputado uma série B do campeonato brasileiro, mas ficou em mim um pouco da vergonha pela covardia de quando o clube precisou de mim, eu não ter me prontificado a estar lá. Mas tenho certeza que ele me perdoa. O Internacional por certo perdoa esse filho que apesar daquela fraqueza sempre foi fiel.
Prometo nunca mais te abandonar.
Estarei sempre contigo.

Parabéns, Internacional
pelos 103 anos
de gloriosa existência.

Cly Reis

domingo, 20 de novembro de 2011

Botafogo x Inter

Engenhão, 20/11/11 - Prometi a mim mesmo que não viria assistir a nenhum jogo do Inter este ano aqui no Rio. Ah, tá sem Maracanã que é mais perto pra mim, o Engenhão não é lá muito acessível, o Colorado não está lá com essa bola toda, jogar fora costuma ser mais sofrido e o mais comum nos jogos aqui é eu voltar pra casa com uma derrota nas costas.
Pois bem que, na condição de sócio do clube, sou sorteado com um ingresso para este jogo. E logo este! Jogo decisivo. Confronto direto por vaga na Libertadores. Ai, meu Deus! E aqui estou eu de novo. Torcendo.
O que resta é torcer.
Torcedor sofre.
Vamo, Inter!!!


C.R.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

"O Time que Nunca Perdeu", de Paulo Roberto Falcão - Ed. AGE (2009)



Aproveitando a deixa do retorno de Paulo Roberto Falcão ao Internacional, para comandá-lo como técnico pela segunda vez, depois de uma exitosíssima carreira como jogador do clube, aproveito aqui então para recomendar, especialmente aos colorados, é claro, mas também, - excetuando os tricolores gaúchos - a qualquer torcedor apaixonado por futebol, o livro do próprio Rei de Roma sobre a conquista invicta do Campeonato Brasileiro de 1979 pelo Sport Club Internacional: "O Time que Nunca Perdeu".
Com uma série de relatos sobre cada um dos 22 jogadores que fizeram parte daquele grupo e daquela inigualável conquista, Falcão montou o perfil de um grupo unido, sério, maduro, sem vaidades e sobretudo extremamente qualificado, que contava com os conceitos táticos privilegiados de Ênio Andrade no comando e com a rigidez e disciplina de Gilberto Tim na preparação física.
O livro revela episódios curiosos, interessantes, dramáticos e engraçados, como o pavor de Chico Spina ao ter que substituir o ídolo colorado Valdomiro exatamente no primeiro jogo da final, no qual incrivelmente (mesmo apavorado) acabaria marcando dois gols; as frequentes multas por atraso do volante Batista cobradas pelo disciplinador líder Valdomiro; a resistência da direção em contratar o encrenqueiro Mário Sérgio e o aval de Falcão para levá-lo ao Beira-Rio; as indicações do próprio Falcão para as ascenção de Mauro Galvão dos juniores e para a contratação de Batista ainda garoto do Cruzeiro de Porto Alegre; e toda a liderança do "Bola-Bola", como também é conhecido o craque, dentro e fora do campo.
A edição ainda traz toda a campanha com detalhes e informações como locais dos jogos, públicos, renda, arbitragens, gols, etc., além de reproduções das súmulas dos principais jogos.
Um documento precioso de um episódio único na história do futebol brasileiro. Sei que atualmente com a elevação dos títulos de Taça Brasil, Robertão e coisa e tal, à condição de Campeonato Brasileiro, surgiram mais uns dois ou três 'campeões invictos', mas com todo o respeito, entraram nas semifinais e jogaram dasou quatro partidas se tanto. Campeão Brasileiro Invicto, jogando um campeonato, com fases, classificação, ida e volta, só tem um, e o único Campeão Brasileiro Invicto é, e sempre será, apenas o Sport Club Internacional.
Eu, na condição de colorado, só espero que na casamata, este grande ídolo da nossa história consiga repetir o êxito que teve com a bola nos pés e nos traga glórias do tamanho que ele merece e que o Interncional merece.
Boa sorte, Falcão!


Cly Reis

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Considerações sobre um Fracasso

Fiasco!
Inegável.
É inegável. Não adianta querer esconder.
As grandezas eram muito distantes, as ambições, as tradições, as conquistas. Este verdadeiro oceano (literal) que separa Inter e Mazembe fazem da derrota no Mundial de Clubes, sem meias palavras, um vexame.
Ninguém está negando isso.
Agora,... é dessas coisas que acontecem no futebol. São estas coisas que fazem o futebol fascinante. A possibilidade de um menor vencer um gigante, de um inexpressivo ganhar seu lugar na história, do improvável ganhar corpo e virar realidade. Só é uma pena que às vezes estas coisas aconteçam com o time que a gente torce.
Não é querer ser profeta do acontecido (e de preferência jamais prefessaria contra meu time) mas estava na cara que uma hora isso iria acontecer no Mundial de Clubes com este seu atual formato com participantes de todos os continentes. Uma hora um time de terceira grandeza, bem arrumadinho, bem esquematizado especificamente para um jogo, iria fazer um golzinho num contra-ataque e se fechar até o final; iria fazer aquele gol numa bola parada aos 42 do 2° tempo sem dar tempo de reação ao outro; iria, heroicamente tomando pressão o tempo todo, levar o jogo pros pênaltis e ganhar; ou iria simplesmente explorar a ansiedade e os nervos do favorito e deixá-lo pelo meio do caminho. Só, pena que foi com o meu.
Mas o Internacional tem destas coisas: tem episódios negativos logo suplantados por grandes feitos. Lembro recentemente da desclassificação na primeira fase da Libertadores de 2007, após ter sido campeão no ano anterior. Fato inédito!!! Nunca o então atual campeão fora eliminado na primeira fase. Tragédia? Não. Gozação, flauta, zoação? Com certeza. O resultado disso: três anos depois do 'fiasco' o Internacional levantava de novo a competição continental. Pronto. Não se abateu. Analisou os erros, lambeu as feridas, reviu conceitos e lá estava ele de novo no ponto mais alto das Américas.
Acho que foi um pouco por isso que não fiquei tão abatido com o fato: hoje em dia não é mais desesperador para nós colorados perder uma competição como esta. É desagradável, sim, ainda mais da forma como foi, mas temos plena consciência do potencial do clube que nos últimos dez anos chegou sempre em condições de vencer todas as competições que disputou, que praticamente, no que não ganhou foi vice: conquistou em pouco tempo todos os títulos continentais, por três vezes em uma década foi o segundo melhor do Campeonato Brasileiro e por uma da Copa do Brasil, é o ÚNICO clube brasileiro a ganhar títulos internacionais nos últimos cinco anos; sem falar no âmbito estadual, que particularmente eu desprezo, mas no qual de todo modo temos supremacia na última década (mantida desde os anos 40); tudo isso sustentado por um corpo associativo de mais de 100.000 pessoas do qual eu orgulhosamente faço parte.
Passei a ser sócio do Inter quando, em determinada ocasião, com propostas do exterior, o presidente disse que só estava conseguindo manter o Nilmar porque tinha 80.000 sócios e por isso tinha conseguido pagar a compensação ao atleta por uma proposta alta. Ali eu vi o quanto era importante nós estarmos fazendo nossa parte para dar o aporte para o clube trabalhar com tranquilidade e planejamento, poder manter jogadores e trazer outros visando sempre qualificação, grandeza e novos títulos.
É por isso que não me assusto. Fico chateado, claro, mas sei que um clube estruturado como o Internacional, com seus 107 mil sócios, com sua exigência interna (a mesma que saiu da desclassificação na 1° fase da Libertadores para sua reconquista), logo, logo estará lá de novo. Há algum tempo atrás eu teria me desesperado achando que desperdiçáramos a chance de nossas vidas. Mas não. Tenho certeza que teremos muitas outras. Ganharemos muitas, perderemos outras, talvez sejamos desclassificados em uma semifinal para asiáticos, mas estremos de novo prontos para outra e outra e outra jornada.
Fiascos? Todo mundo teve o seu. Quem não lembra do Santo André passear no Flamengo em pleno Maracanã diante de 80.000 pessoas? Ou da Seleção Brasileira, com dois jogadores a mais, ser eliminada numa semi de Olimpíada por Camarões? Ou da Seleção Francesa ser eliminada na primeira fase de uma Copa sem nenhuma vitória e sem nenhum gol marcado após ter sido campeã na Copa anterior? Não lembram? Claro que não. O futebol é assim. O Flamengo foi Campeão Brasileiro de 2006, a Seleção já é pentacampeã Mundial e uma Copa depois a França já estava numa final novamente... e a vida segue. E as conquistas miniminizam os grandes vexames. É sempre assim.
Foi um tropeço. Um grande tropeço numa pedra pequena. Mas o que resta é levantar, dar aquela espanada e seguir com classe, como se nada tivesse acontecido. Com o joelho doendo mas mantendo a pose. Como se nada tivesse acontecido mas  sem perder a lição, é claro: 'a pedra era pequena mas eu deveria ter tomado cuidado. da próxima vez olho por onde piso'. E segue em frente.
No fundo, não só o futebol, como de certa forma a vida podem se resumir na atitude do craque Didi, depois do Brasil ter tomado o gol da Suécia na final da Copa de 58: foi o fundo do gol, buscou a bola na rede, atravessou calmamente entre seus companheiros até o meio do campo na sua altivez de Príncipe Etíope, botou a bola no centro e... vamos por jogo de novo.


Cly Reis

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Museu do Inter - Porto Alegre








Aproveitei minha visita a minha cidade natal na final da Libertadores para visitar o MUSEU DO INTERNACIONAL, do qual tinha boas referências. Afirmava-se no site, na revista do clube, nos meios de comunicação ser um dos melhores e mais modernos museus de clube do mundo, baseado nos conceitos e modelos empregados em espaços históricos como o do Arsenal, o do Barcelona e outros clubes europeus; ou, simplesmente, como ouvia o presidente Vitório Píffero afirmar,“um museu de primeiro-mundo”.
Imaginava que tivesse lá sua qualidade, fosse legal e tal, mas sinceramente não achava que fosse tudo isso. E não é que é espetacular mesmo! E não digo isso por ser colorado, pois eu mesmo duvidava da magnitude deste projeto. Depois de muito tempo apenas com uma saleta escondida atrás do departamento amador, o Sport Club Internacional tem verdadeiramente um museu de verdade e por sinal, um belíssimo museu.
A tocha: escultura de monitores com imagens históricas
Logo na entrada, ao se subir a escadaria que leva ao espaço, um enorme escudo do clube, estampado na parede com a frase do hino "é teu passado alvi-rubro motivo de festa em nossos corações”, já nos inflama o orgulho, e logo à frente já se vê a incrível tocha, uma espécie de escultura de monitores com ininterruptas imagens variadas em composições e seqüências diferentes. Começa-se o passeio por uma linha de tempo na parede com fotos, projeções de imagens, relíquias; vê-se vitrinas com camisetas históricas, objetos de jogadores, documentos; adiante encontra-se uma pequena arquibancada da qual se vê um telão que mostra imagens histórias e por todo o espaço somos rodeados por esculturas das figuras marcantes do Colorado – Tesourinha está ali arrancando pro gol, o goleador Carlitos engatilhado pro chute, Manga dando uma mão-trocada espetacular e Figueroa cabeceando para o gol iluminado.
Figueroa e o gol iluminado
Mas lá não apenas se vê e se sente, pode-se tocar nas telas e pesquisar em estações interativas moderníssimas e pode-se também ouvir de passagem por algum corredor, fatos, depoimentos, gols, pois em diversos pontos da sala há alto-falantes suspensos, apropriadamente isolados de modo a garantir uma audição quase que individual sem espalhar o som pelo ambiente, narrando momentos importantes da história do Internacional. O trecho final do percurso traz os símbolos máximos das conquistas importantes: uma grande vitrina com os troféus dos Brasileiros, da Copa do Brasil, da Sul-americana, da Recopa, da Libertadores e do Mundial.
As grandes glórias do Campeão de Tudo
Recomendaria a qualquer pessoa que visitasse o Museu do Internacional, mas é lógico que os tricolores da Azenha não gostarão muito da idéia. Em todo caso recomendo sim a qualquer um que vá a Porto Alegre, goste de futebol ou que aprecie uma boa sala de exposições e principalmente aos colorados que sentirão, como eu senti, entre os corredores, vendo os gols, ouvindo os cantos da torcida, em frente às taças, relembrando os ídolos, todas as emoções que já sentiram um dia dentro do estádio.
Demais! É mais um ponto turístico obrigatório na cidade de Porto Alegre.

OUTRAS IMAGENS DO MUSEU COLORADO:

Manga fenômeno
Arrancada de Tesourinha

A linha do tempo, logo na entrada 
A arquibancada dentro do museu












Vista da passarela superior


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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Era uma vez na América (ou melhor, DUAS vezes)

Eu tinha assistido à semifinal contra o Olímpia em 89. Eu estava lá no Gigante. Não, não podia acontecer de novo.
Quando os mexicanos do Chivas fizeram o primeiro gol do jogo aquele filme de terror me veio à cabeça. E eu lá de novo. Seria EU o culpado? Teria, EU, me desbarrancado do Rio de Janeiro a Porto Alegre, sem ingresso na mão, desembarcando 4 horas antes do jogo, conseguido incrivelmente a tal entrada, tudo isso para EU dar azar pro eu time? (Torcedor pensa cada coisa, não?) Mas por certo não fui só eu. Outros devem ter pensado que aquilo estava acontecendo porque não usaram a mesma cueca, não conseguiram sentar no mesmo lugar no estádio, porque não seguiram determinados rituais, ou sabe-se lá mais o que; mas de todos estes não sei quantos ali haviam presenciado a maior "tragédia" do Beira-Rio. E eu estava lá.
Em 1989, o Internacional havia conseguido a vantagem fora de casa - como agora -, vencera o bom Olímpia em Assunción por 1x0 com um gol de bicicleta. O jogo da volta era só uma formalidade. Tínhamos a vantagem do empate e naquela época não tinha esse negócio de gol qualificado. Começa o jogo e com 0x0 estamos dentro, mas os cara fazem o seu gol. Ai, ai, ai! Tudo bem, somos melhores: empatamos. Viramos o jogo (nada nos tirava aquela vaga). Pênalti pra nós!!! Quem ia bater? Nosso goleador, herói do greNal do Século, Nílson. E ele perde. Tudo bem, estamos classificando. Tomamos o empate (tudo bem o empate nos serve). Finalzinho do jogo e tomamos 3x2. Puta merda! Tivemos a vantagem 4 vezes durante os 90 minutos e deixamos escapar, agora seriam os pênaltis. Mas tínhamos bons batedores e o melhor goleiro do Brasil, exímio pegador de penalidades, Taffarel. Não por culpa dele mas, com cobranças muito bem executadas, acabou não agarrando nenhuma e Leomir, um dos nossos bons chutadores, errou.
Fim.
Nunca vira tanta gente permanecer no estádio depois do jogo por causa de uma derrota. Havia naquele dia 70 mil pessoas no Beira-Rio; imagino que umas 5 mil permaneceram sentadas, chorando, olhando pro vazio, sem acreditar, pedindo uma nova chance ao tempo como se ele pudesse retroceder, esperando que o juiz voltasse a campo e anunciasse que o Olímpia estava eliminado por... por... por qualquer motivo, sei lá. MAS NÃO ACONTECEU.
Os rivais tricolores, na época brincavam "sabe qual o maior circo do mundo? o Beira-Rio: tinha 70 mil palhaços lá dentro, ontem. hahaha", "por que que o colorado foi na padaria? comprar sonho, mas o sonho acabou hahaha"). E com um belo time, com uma grande campanha, com uma perspectiva de final mais fácil que a semi, fomos eliminados e naquele momento o sonho estava destruído.
O gol do Chivas foi aos 41 minutos. Pelos minutos restantes do primeiro-tempo fiquei gelado repassando tudo isso.Não! Não podia acontecer de novo. E NÃO ACONTECEU.
Desta vez a justiça de um futebol superior, de uma vantagem construída com uma atuação fantástica no jogo de ida, de jogadores com caráter, de um time determinado, de uma torcida empolgante, foi confirmada.
A partir do momento que o time controlou os nervos, botou a bola no chão, bateu no peito e disse "quem manda aqui sou eu", não teve pra ninguém e a vitória acabou vindo de maneira bem natural. O bom futebol voltou e foram 3 gols em 45 minutos. Eles até fizeram mais unzinho mas... e daí? Ninguém nem viu aquilo direito. Nuca vi tanta gente permanecer no estádio por tanto tempo depois do jogo por conta de um título. Havia umas 60 mil pessoas no estádio e as 60 mil permaneceram ali em pé, vibrando, gritando, chorando, comemorando. Venceu o melhor e felizmente o melhor é o meu INTERNACIONAL. E então, com minha camisa vermelha, mas sem cachaça na mão porque são proibidas bedidas alcoólicas dentro do estádio, fiz a festa no Gigante que só me esperava para começá-la.
E agora, definitivamente o fantasma do Olímpia, o de 89, as almas-penadas do goleiro Almeida e do centroavante Amarilla, foram embora. Nunca mais terei medo de fantasmas!


Cly Reis

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Predadores", de Nimrod Antal (2010)




Não assisti ao jogo do Internacional ontem pela semifinal da Copa Libertadores contra o São Paulo
Fugi!
Tinha, ao contrário do que possa parecer, uma confiança interior de que iria mesmo conseguir a classificação, mas apenas evitei assistir pra não SOFRER muito; e neste sentido, acho que fiz bem. O jogo foi pra cardíaco nenhum botar defeito. Teste pro coração.
Preferi ir para algum lugar onde eu pudesse ficar durante todo o tempo da partida, isolado do mundo,onde eu não pudesse saber de modo algum o que estava acontecendo no Morumbi e com algo que me distraísse. Fui então ao cinema.
Minha primeira ideia era assistir ao "Tudo pode dar certo" do Woody Allen mas a seção ia acabar ainda antes do final do jogo, então não me servia. Aí que mudando totalmente de gênero e qualidade, fui assistir ao "Predadores".
Particularmente acho o Predador, junto com o Alien, os melhores vilões não-humanos do cinema (humano, o melhor é Hannibal Lecter). Aquelas armas dele são um barato, as visões adaptáveis, a camuflagem semi-invisível; um baita caçador! Mesmo já imaginando que o filme não manteria a qualidade do primeiro, muito legal com Arnold Schwarzeneeger, encarei a parada.
Olha, o negócio é meio que uma mistura de "Lost", com game, com filmes de fantasia, com várias coisas sugadas do primeiro filme da série. Sabe quando se usa a expressão que o personagem "caiu de pára-quedas no filme"? Pois é! Em "Predadores" literalmente eles caem assim numa selva desconhecida. Ninguém se conhece, alguns guardam alguns mistérios, outros tem desavenças pessoais, desconfianças e blá-blá-blá. Depois a gente já sabe: na selva, que é o playground dos predadores, os combatentes vão sendo caçados um a um pelos nossos heróis-vilões, que se utilizam de todos aqueles recursos maneiros pra estraçalhar, mutilar, detonar, explodir as vítimas. O ruim é que mesmo com todos estes 'brinquedinhos' a coisa não fica muito legal e eles acabam sendo mal utilizados enquanto recurso bélico na caçada e também visualmente no filme.
Não deixo de gostar do personagem nmas com certeza ele vem sendo cada vez mais mal utilizado e piorado. Tomara que algum bom diretor ressuscite a franquia e utilize bem um dos melhores vilões alienígenas do cinema antes que ele acabe se desgastando definitivamente.
O filme me serviu, sim, pra dispersar o pensamento durante o jogo, mas foi só acabar a sessão pra eu ficar extremamente ansioso para abrir as mensagens do celular que eu havia pedido para me mandarem informando o que tinha acontecido. Mas ao contrário do que se poderia imaginar, prorroguei minha angústia, curiosidade e sofrimento e não liguei o aparelho imediatamente após o final da seção. Pensei "e se foi pros pênaltis?". Não, melhor deixar pra ligar o celular só em casa quando já terão cobrado todos e já terá saído um vencedor. Liguei o celular na porta de casa. Mensagem da minha irmã: "Deu, Poooorra!!!".
Deu! Deu!
Fui ver o filme mas o verdadeiro PREDADOR estava no Morumbi. A cabeleira do Tinga não parece a do Predador do filme, mesmo?
Não podia dar outra coisa: INIMIGOS ANIQUILADOS.
Vamo, Vamo, Inter!




Cly Reis

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Presentes Colorados

Ganhei (a meu pedido) recentemente uma verdadeira enxurrada de livros sobre o meu time, o Sport Club Internacional.
Dois deles do professor Luís Augusto Fischer, apaixonado e constante colaborados nas publicações do clube. Dele, ganhei o pocket “O Time do Meu Coração”, uma publicação mais informativa voltado para novos torcedores ou curiosos, com números, goleadores, datas, títulos etc., e que traz junto uma pequena revista em quadrinhos voltada para o público infantil, chamado “Colorado das Glórias, Orgulho do Brasil”; e o outro, “Sangue, Suor e Talento – O Segredo Colorado”, com muita informação e história também porém mais autoral, pessoal e apaixonado.
Também aproveitei e levei pra casa “Os 10 Mais do Internacional” onde figuram os grandes jogadores que vestiram a camisa colorada na visão do jornalista Kenny Braga com suas respectivas biografias, detalhes e curiosidades; um destes craques, Paulo Roberto Falcão é o autor de outro dos que foram lá pra casa, chamado  “O Time que Nunca Perdeu” que conta a trajetória do Inter de 1979, o único time brasileiro campeão nacional invicto.Ainda acrescentei à minha biblioteca colorada “Internacional - Autobiografia de Uma Paixão” de Luís Fernando Veríssimo, livro bem ao estilo dele; bem humorado, sagaz, inteligente; com a diferença de neste estar tratando sobre seu clube do coração. Adorável! Independente de ser colorado ou não é uma leitura agradabilíssima pra quem gosta de futebol.
Agora com a estante praticamente vermelha é ir relembrando as grandes glórias enquanto se espera pelas próximas.
E que venha o Bi da América.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A culpa foi exclusivamente do Inter


Findo o Campeonato Brasileiro de Futebol, o mais emocionante, mais disputado, mais equilibrado dos últimos tempos, eu, colorado, dispensarei algumas linhas sobre o assunto, até porque meu time era até a derradeira rodada direto interessado nos fatos e acontecimentos que a cercavam.
Quero dizer que se chegamos à última rodada dependendo de um resultado paralelo e sobretudo de um resultado paralelo exatamente do nosso arquirrival isto não é culpa de ninguém menos que do próprio Internacional que fez durante quase todo o segundo turno, depois de ter sido o campeão do primeiro, uma campanha de rebaixado, dando uma guinada no final que não só o livrou desta situação embaraçosa, como também lhe garantiu a incrível possibilidade de ver-se de repente lutando por um título que parecia totalmente inalcançável. Ajudado pela instabilidade emocional, técnica e administrativa do Palmeiras e pela queda repentina do São Paulo quando tinha a faca e o queijo nas mãos, e por uma pequena reação, o Colorado acordou depois da trigésima sexta rodada com a possibilidade palpável de um título que nem a torcida mais acreditava. Eu, particularmente, já estava dando graças a Deus se confirmasse uma vaguinha na Libertadores, nem que fosse aquela indireta, mas num piscar de olhos o título parecia possível. Só que o destino (e o Corinthians) quis(eram) que com a combinação dos penúltimos jogos de cada um que o Flamengo ficasse com uma vantagem em relação ao Inter, que só seria revertida com uma ajuda improvável do nosso principal rival.
Ora, o resto do Brasil parecia não conhecer o tamanho disso, os cariocas, os flamenguistas pareciam não saber dimensionar o tamanho desta rivalidade. Eles não entendiam que NUNCA o Grêmio permitiria que o Internacional conquistasse um título importante se eles pudessem impedir, e não só podiam, como estava nas mãos deles.
Festa feita, Flamengo Campeão, Grêmio botou os juvenis pra jogar, tirou os melhores jogadores do jogo (Maxi e Souza), não chutou mais a gol no segundo-tempo, tudo bem? Nada disso tem a ver com o título. O Internacional não deixou de ganhar este tetracampeonato porque o Grêmio foi desinteressado pro Maracanã. Deixamos de ganhar este campeonato em uma série de jogos fáceis, jogos ganhos nos quais deixamos a vitória escorrer entre os dedos. Perder para o Corinthians em casa acontece, mas não pode acontecer quando o time paulista vai desfigurado, sem 7 ou 8 titulares, sem Ronaldo, sem o bom goleiro titular. E perdemos. De 2x1. E massacrando o adversário mas não conseguindo fazer gols. Massacramos também o Atlético PR, que era um dos últimos naquele momento, e não saímos do empate em casa. A propósito de últimos, deixamos o Fluminense empatar aos 47 do segundo-tempo. Tá certo que este jogo foi fora de casa, que o Fluminense teve toda essa reação e tudo mais, mas NÃO; contra um dos lanternas, no finalzinho do jogo; espana, joga a bola pra longe, faz cêra, cai, seja expulso mas não deixa empatar. E pra completar, e aí sem desculpa mesmo, foi a gota d'água perder em casa para o Botafogo, que também estava na rabeira do campeonato, tendo levado um gol aos 3 do primeiro tempo e depois não tendo conseguido reagir durante os outros 87 minutos. Não pode. Não pode ser campeão mesmo. Depois querem atribuir ao Grêmio, aos reservas, ao corpo-mole.
Até acho que no fim das contas, se alguém neste campeonato jogou bola de verdade foi o Flamengo. Teve enfrentamentos difíceis e superou, como nas vitórias contra Palmeiras e Atlético fora, por exemplo, coisa que o Inter não fez, só tendo ganho de algum postulante ao título agora no finalzinho quando bateu o Galo no Mineirão.
No fundo não lamento muito. Gostaria de ter o título é claro, mesmo às custas do rival, mas pra quem como eu, em determinado momento vendo as atuações do time não cria nem em Libertadores,chegar em segundo acabou sendo grande coisa. Agora é pensar no Bi da América. Com um pouquinho de planejamento, alguns reforços pontuais e mais garra no próximo ano até dá. Tudo é Libertadores!


Cly Reis

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Nada Vai nos Separar", de Saturnino Rocha (2009)



Meu programa de cinema do fim de semana foi especial desta vez. Fui ver o filme do centenário do meu clube, o Internacional, “Nada Vai nos Separar” e é lógico que passei com os olhos marejados o filme inteiro.
Particularmente, gostei mais do “Gigante”, o filme sobre a conquista do mundial interclubes, mas este é um emocionante documento da formação de uma das maiores instituições esportivas do país contado pela peça mais importante e impulsionadora de tudo o que este grande clube se tornou: seu torcedor.
É evidente que não se esquece das conquistas, dos grandes craques, do patrimônio, mas até nisso o torcedor com seus anseios, suas expectativas, sua idolatria, sua dedicação suas frustrações (por que não?), é personagem principal.
O desejo de ser participativo na sociedade e ter um clube no qual todos pudessem participar, a idolatria pelo time mágico dos anos 40 conhecido como Rolo Compressor, a euforia do esquadrão que encantou o país nos anos 70, as constantes frustrações dos anos 90 mas que levaram à ânsia de almejar algo maior e que de uma forma ou de outra levou às conquistas atuais, a dedicação que levava torcedores a levar um tijolinho debaixo do braço para colaborar com o estádio. Um estádio que é verdadeiramente nosso. É verdadeiramente MEU, pois meu pai era um dos que dava cimento pro Beira-Rio e este estádio será uma das sedes da Copa do Mundo em 2014. Além disso eu sou sobrinho de craque do Rolo Compressor, o “Atacante Satânico”. Também lembrei de uma coisa que me contavam mas minha memória não buscava, que fui ao Beira-Rio na campanha do título de 79. Ou seja: Eu vi o título invicto!!!
Essa coisa no filme faz com que nos sintamos, cada um por motivos diferentes, não só torcedores, mas parte do clube. Nós não somos do Sport Club Internacional, nós somos o Sport Club Internacional.
Lindíssimo para colorados mas interessante para quem pura e simplesmente gosta de futebol, da sua história e das coisas que o cercam e o fazem.


Cly Reis

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Não deu!


Achava que dava, mas não deu!
E realmente tudo podia acontecer e aconteceu do Corinthians sair ganhando cedo e derrubar o restinho de ânimo do Colorado. E então com um altíssimo aproveitamento, chutar a segunda bola em gol e fazer o segundo gol. Aí, o que era difícil passou para a casa do impossível.
O time foi bravo no segundo tempo. Gostei da atitude e acho que poderíamos assustar um pouco mais se depois do segundo gol o carinha não tivesse feito aquela cêra, o D'Ale não tivesse caído na deles , sido expulso e com um a menos em campo sepultado qualquer chance até mesmo de um milagre.
Não gostei da formação inicial do Inter mantendo os três volantes. Preferia começar com Andrezinho desde o início. Acho que já seria uma mostra de intenções. Não gostei também da postura do início do jogo. Faltou uma "faca no dentes". Faltou ir realmente pra cima quase que inconsequentemente, sufocar, amassar, marcar firmememente a saída de bola. Se era para tomar 2x0 jogando o jogo, como acoteceu, que levasse nos contra-ataques por estar pressionando o adversário. Dava na mesma.
Apesar destas críticas, reconheço os méritos do atual plantel e do treinador, que mesmo com seus erros (e todos cometemos) tem grandes qualidades e na minha opinião deve continuar com respaldo à frente da comissão técnica do Internacional. Pois vejamos, desde que assumiu tirou o time de uma posição de quase rebaixamento no Brasileiro passado e deixou em sexto, com aproveitamento pessoal que colocaria no G4. No mesmo período levou o clube a uma final e título de torneio continental, a Sulamericana, que inegavelmente é menor que a Libertadores mas mesmo assim de relevância. Vence o Gaúcho de maneira implacável passando por cima de todo mundo, em um campeonato que pode não ser o "mais difícil do mundo", mas onde poucas vezes se viu um time ganhar invicto com uma altíssima média de gols, goleando quase todo mundo. O mesmo treinador leva o clube, 17 anos depois a uma final de Copa do Brasil, que Muricis, Abéis, Autuoris, não conseguiram levar. Ganhar contra outro clube grande em igualdade de condições, é outra história. Aí volta o negócio do tudo pode acontecer e foi o que se viu ontem.
Tenho confiança, sim, que se não se fizer terra arrasada, se o grupo mantiver o equilíbrio e a direção mantiver as convicções podemos ter uma conquista maior logo ali adiante. O Brasileiro que não conquistamos faz 30 anos e que seria a cereja no bolo do centenário.



Cly Reis

quarta-feira, 1 de julho de 2009

TUDO PODE


Perguntar-nos-emos: "O Internacional pode ser campeão esta noite?"
Puxa, vantagem de dois gols do adversário, jogar na obrigação, não poder levar gol...
Difícil, hein! Mas pode. Não pode?
O problema de um jogo com este é que tudo pode.
Pode o Internacional fazer um gol logo no início e ter o restante da partida interia para fazer um score corriqueiro entre times grandes, 2x0? Pode.
Pode lá pelas tantas fazer o segundo, levar para os pênaltis e ganhar? Pode.
Mas também pode fazer um gol logo no início, ter o restante da partida inteira pra fazer um score corriqueiro entre times grandes, o 2x0, levar para os pênaltis e perder, até porque o Corinthians tem um grande goleiro e pegador de penalidades. Não pode? Pode.
Pode também fazer um gol logo no início e ter o restante da partida inteira para fazer um score corriqueiro entre times grandes, um 2x0. Pode dar sorte de fazer o segundo gol logo no início do segundo tempo e ter 45 minutos para fazer o terceiro com sua torcida empurrando, com um adversário agora pressionado, meio abalado e lá pelas tantas na pressão fazer um terceiro gol e nem precisar de pênaltis. Pode? Pode.
Como pode também não fazer um gol logo de início, o tempo ir passando e a pressão aumentar. Nada de gol no primeiro tempo. Passar a ter apenas 45 minutos para fazer um score corriqueiro entre times grandes, um 2x0, mas agora com um tempo cada vez mais exíguo, com a torcida impaciente, o time pressionado e abalado e não conseguir levar nem para os pênaltis. Pode acontecer? Pode. Por que não?
Mas também pode de não fazer gol logo no início, o tempo ir passando e a pressão aumentando. Nada de gol no primeiro tempo. Passam a ser 45 minutos para fazer no mínimo, um placar corriqueiro entre times grandes, um 2x0, mas agora com tempo cada vez mais exíguo, mas com a torcida empurrando, o adversário pressionado, lá pelas tantas, 20 do segundo tempo sai um gol. O time ganha força, mais dez minutinhos 2x0. O adversário fica abalado, a torcida sente que dá e empurra, empurra e "no apagar das luzes", 3x0. Pode? Claro que pode.
Como também é claro que pode fazer um gol logo no início, ter o restante inteiro da partida para fazer um score corriqueiro entre times grandes, 2x0, mas aí o Corinthians não se abalar, não sair pro jogo, o time ir ficando tenso, nervoso, apressado, o tempo ir passando a pressão sobre o Inter aumentar, o time começar a errar por causa da ansiedade e nada de sair outro gol. Passar a ter apenas 45 minutos e nada de sair o segundo, nada, nada, torcida impaciente, acabar o jogo, o Inter vencer mas não levar a taça. Pode acontecer.
Por outro lado pode também fazer um gol logo no início, dar aquela tranqüilizada e desenvolver seu futebol pensando que tem um jogo inteiro para fazer um score completamente corriqueiro entre dois times grandes, um 2x0 no mínimo, com calma talvez 3. Toque de bola, jogadas trabalhadas e ali pelos 25 minutos do primeiro tempo, 2x0. Aí a tensão mudaria de lado. Os paulistas não poderiam só ficar atrás porque seriam amassados, teriam que sair da defesa e o Colorado, por sua vez já teria, cedo, nas mãos um placar que lhe interessaria. O Corinthians se abalaria um pouco, sairia pro jogo meio sem saber se deveria segurar os dois a zero contra ou se deveria tentar alguma coisa. Então sai, dá espaços e toma 3x0 no contra-ataque no finalzinho do primeiro tempo. Tudo o que não podia acontecer para eles: sair do primeiro tempo levando três. Passariam a ser 45 minutos para os paulistas tentarem fazer um gol para ficar com o título ou tomarem mais nos contragolpes e darem adeus de vez ao título.
Aí, tudo pode: pode o Corinthians no segundo tempo fazer unzinho, ficar com os 3x1 e levar a taça; pode o Inter aproveitando um eventual desespero e os espaços do campo e massacrar com 4x0 ou 5x0 ou 5x1 ou 5x2, pode o Colorado só tocar a bola e administrar os 3x0... Tudo pode! E por isso é que a decisão desta noite está em aberto. E por isso todos nós colorados estamos tão tensos, nervosos, ansiosos mas com muita confiança. Confiantes mas cientes de que em um clássico deste porte, o adversário é qualificado, tem uma vantagem constituída mas nós temos nossa torcida, nosso potencial e nossa garra. E aí TUDO PODE.
É torcer e esperar pra ver.

Boa sorte para nós.

sábado, 20 de junho de 2009

Eu acho que dá

Ainda em tempo, aproveito para comentar alguma coisa sobre a decisão da Copa do Brasil na qual o meu Colorado está envolvido e infelizmente saiu derrotado do primeiro confronto.
Quero dizer inicialmente que não faço côro com os que consideraram fundamental para a derrota a atuação do árbitro Héber Roberto Lopes. Sinceramente, apesar da rispidez do lance do lateral do Corinthians sobre o avante Alecsandro do Inter, não vi pênalti e esse papo de "força desproporcional" pra mim é bichice. Futebol é na força mesmo e é isso aí. Segundo: o fato de não ter amarelado jogadores pendurados do Corinthinas. Ora, não esqueçamos que ele também não amarelou o álvaro, único pendurado do Inter e que bem que merecia por ter entrado com as duas mãos no pescoço do "gorducho". Terceiro e a propósito de gorducho, a tal da bola em movimento no segundo gol, essa sim acho que foi importante ainda que não admita tal desatenção de uma defesa num caso desses. Mas o fato é que, verdadeiramente, esse tipo de lance, se o árbitro pára, efetivamente a jogada, dá tempo de alguém, aí sim, se postar a frente da bola, sinalizar posicionamento, da defesa recompor-se etudo mais. Este eu considero um prejuízo causado pela arbitragem, mas ao mesmo tempo vejo que 2x0 para o Corinthinas é um resultado absolutamente normal para o mandante e sendo este mandante um time grande de tradição e que teria que fazer seu score no jogo da sua casa. Sem falar que o próprio Internacional deixou de diminuir esta vantagem no lance em que o atacante Taison entrou livre de frente para o goleiro e não teve a frieza suficiente para descontar o placar, o que teria sido fundamental para o segundo jogo.
Dito isso quero afirmar algumas coisas aqui que me fazem crer que É POSSÍVEL, SIM:

1. Como disse acima, o placar de 2x0 para um time grande na sua casa, mesmo diante de outro time grande é perfeitamente normal, comum, corriqueiro. Acho que o placar que mais vi a favor do Inter em jogos contra o Corinthians no Beira-Rio deve ter sido o 2x0. Sim, é certo que as circiunstâncias não são tão comuns. Uma coisa é fazer 2x0 e outra é TER que fazer. E ainda assim, 2x0 leva a pênaltis, o que é outro martírio. Mas acho totalmente possível fazer 2x0, e digo mais: se chegar a fazer dois, vai na empolgação, na pressão e faz três e aí nem pênaltis vai precisar;

2. Em contraponto, afirma-se por aí que o Corinthians, sob a direção de Mano Menezes nunca levou três gols de diferença. Pode ser verdade, mas também é verdade que este ano o Internacional só havia levado dois gols na goleada sobre o Esportivo de Bento Gonçalves por 6x2;

3. No embalo deste placar aproveito para lembrar que o Inter tem o melhor ataque do Brasil na temporada com 93 gols e em diversas ocasiões goleou adversários no Gigante, ou seja, ineditismo de placar por ineditismo, também podemos derrubar esta marca do adversário também;

4. Sei que o Corinthians é muto mais qualificado que o Esportivo ou mesmo que o Caxias que foi à final do Gauchão e levou 8x1, seno 7x0 no primeiro tempo, mas me apego a isso também para salientar o grau de determinação, concentração e decisão do atual grupo. Quando é para decidir, para fazer resultado, para reverter, eles jogam à morte desde o primeiro minuto. É uma blitz pra cima do adversário, um sufoco. Com aquele tipo de POSTURA que o time teve nestas goleadas é bem possível que já esteja marcando gol ainda nos primeiros 10 minutos e aí a pressão coletiva sobre o adversário aumenta, seja eles o Corinthians, o Caxias, o Grêmio ou seja lá quem for;

5. Também sei que o alvinegro paulista tem jogadores experientes, um técnico matreiro e tudo mais, mas no que se refere à pressão (do time e da torcida) acho que eles sentirão um pouco sim e se sentirem, será fatal. digo isso porque notei que mesmo em casa, diante da sua torcida, sentiram os momentos que o Inter foi pra cima, principalmente nas bolas paradas, onde falharam com alguma frequência e às vezes pareciam se desconcentrar e imagino que com um uníssono ensurdecedor, na hora de um escanteio ou de uma falta ao lado da área esta concentração deva ficar bastante prejudicada;

6. Também não poso deixar de mencionar a volta de três titulares cujas ausências foram extremamente sentidas no primeiro jogo: D'Alessandro pela grande qualidade, ritmo, raça e categoria; Kléber pela igual qualidade de passe e de marcação diferentemente do reserva Marcelo Cordeiro que demsontrou grande deficiência sobretudo neste último quesito; e Nilmar que, sabemos, é infinitamente superior que seu reserva Alecsandro, é decisivo, inteligente emuito rápido. Sem desmerecer a vitória do Coringão no jogo da ida, mas sem quatro titulares importantes do adversário (inclua-se o lateral Bolívar), fica bem mais fácil;
7. Por último quero dizer que poucas vezes vi no meu clube um grupo de jogadores com tanto caráter, tanta determinação, um grupo tão unido, profissional e comprometido. Acho que coisas como essa fazem a diferença numa decisão.

Mas, com tudo isso, amigos, Colorados ou não, quero lhes dizer que, com o perdão das obviedades do tipo "vai ser difícil, eles estão em vantagem, tem que cuidar pra não tomar gol em casa", mas eu acho que dá.

agora, apenas pra não deixar de referir. O Ronaldo joga muio, mesmo, hein! Mesmo meio fora de forma e tudo mais, mas ele pega uma bola daquelas no mano-a-mano e já era. Temos que cuidar isso no segundo jogo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O melhor Inter de todos os tempos

Ainda no clima do Centenário Colorado, e acompanhando uma idéia corrente de se montar o time de todos os tempos, aí vai o meu:
Taffarel, Paulinho, Figueroa, Mauro Galvão e Oreco; Dunga, Falcão e Fernandão (que desloquei para o meio para poder fazer parte do time); Tesourinha, Larry e Carlitos.



em pé: Paulinho, Taffarel, Figueroa, Falcão, Mauro Galvão e Oreco.
agachados: Tesourinha, Dunga, Larry, Fernandão e Carlitos.

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Destes só vi jogar mesmo Taffarel, Falcão, Galvão, Dunga e Fernandão. Taffarel ainda que não tenha conquistado grandes títulos no clube e tenha uma marca negativa em clássicos, foi dos maiores goleiros da história do futebol, constantemente citado por grandes goleiros da atualidade como referência.
Falcão, me contaram que fui ver no Beira-Rio quando era pequeno (o que não lembro), mas recordo mesmo de ver na Roma e na Seleção. Jogador sem comentários, um extra-classe, além disso decisivo nas conquistas dos anos 70 do Inter.
Mesmo com craques da zaga como Gamarra, o lendário Nena, o preciso Campeão do Mundo Fabiano Eller e o atual guerreiro Índio, ainda fico com Mauro Galvão para formar dupla com Figueroa. Preciso no desarme, técnico na saída de bola, Campeão Brasileiro invicto com 17 anos e com uma carreira profissional impecável (que infelizmente passou pelo Grêmio com o mesmo êxito).
Em Dunga voto mais pelo valor dele no futebol brasileiro e mundial. O Capitão do tetra, símbolo de garra e liderança e que no Inter também teve participação fundamental na sua segunda passagem pelo clube com o gol salvador pra evirtar a queda para a segunda divisão. Será eternamente idolatrado.
E Fernandão. Sobre Fernandão o que dizer? Além de todo o aspecto mítico acerca do fato de ter sido o capitão das grandes conquistas, tem o fato de ter sido no clube um jogador envolvido, e decisivo. Goleador de Libertadores com gol em uma final, carrasco em greNal marcando o histórico gol 1000 logo na sua estéia, jogador que não tremia na frente do gol, além de extremamente identificado com o clube e com a cidade. Jogador histórico da nova geração!
Os outros, os que não vi, o que preciso dizer de Figueroa? Que foi um dos melhores zagueiros de todos os tempos segundo a FIFA? Do legendário Paulinho? Do incontestável craque Tesourinha? Posso dizer que alguns afirmam que teria sido melhor que Garrincha. Sobre Oreco? Que foi campeão mundial em 58 e que só foi reserva porque o titular era nada mais nada menos que Nilton Santos, a "Enciclopédia do Futebol". O que dizer do "Cerebral' Larry matador de greNal? Posso dizer que simplesmente ele fez 4 gols no principal rival na inauguração do estádio deles. E sobre Carlitos? Simplesmente o maior goleador da história do clube.
Mesmo não os tendo visto jogar, seus nomes, seus números, suas marcas e suas lendas os justificam.
Infelizmente só posso escalar 11 neste simbólico time principal. Muitos ficam de fora como Tinga, Nena, Valdomiro, Índio, Manga, meu tio Adãozinho, Dadá Maravilha, Sóbis, entre tantos outros. Mas igualmente tem lugar reservado na história alvi-rubra hoje e nos próximos cem anos. E nos próximos cem, e nos próximos, e nos próximos...


Cly Reis

quarta-feira, 1 de abril de 2009

100 anos do Sport Club Internacional


Visitando o site do meu clube do coração, esta semana, encontrei lá destacado um texto do jornalista Mauro Beting homenagenado o clube que completará 100 anos de fundação no próximo sábado.

Na condição de colorado fanático não posso deixar de ficar emocionado com textos como este e de exibí-lo aqui.


INTERNACIONAL, 100



Naquela noite de 1969, nos Eucaliptos, Tesourinha e Carlitos viram as luzes se apagando no estádio. Foram até as goleiras, retiraram as redes do velho campo colorado, e deixaram nuas as traves naquelas trevas. Era a última cerimônica antes da inauguração do Beira-Rio. Onde iniciaria o ciclo vitorioso e virtuoso que começou com um Falcão imperial nos anos 70 e acabou num Gabiru iluminado na noite japonesa e mundial, em 2006.
Ficou tudo escuro nos Eucaliptos no último ato da velha cancha naquele entrevado ano brasileiro de 1969. Em 14 de dezembro de 1975, a tarde de Porto Alegre estava cinza. Até um raio de sol iluminar a grande área onde o ainda maior Figueroa subiu para anotar o gol do primeiro dos três Brasileiros da glória do desporto nacional naqueles anos 70. O maior time do país em uma das nossas melhores décadas. O melhor campeão brasileiro por aproveitamento, no bicampeonato, em 1976. O único campeão invicto nacional, em 1979.
0 Internacional centenário. O clube da família italiana Poppe que deixou São Paulo para fazer a vida em Porto Alegre, em 1909. Tentaram jogar bola no clube alemão – não deixaram. Tentaram jogar tênis, remar, dar tiro – não deixaram. Então, juntaram um time de estudantes e comerciários para fazer um clube que deixasse entrar gente de todas as cores e credos. Dois negros assinaram a ata. O primeiro “colored” da Liga da Canela Preta (Dirceu Alves) atuou pelo clube em 1925, enquanto o rival só foi aceitar um negro em 1952 – justamente o Tesourinha, glória gaudéria nos anos 40, na década do Rolo Compressor que durou 11 anos, e dez títulos estaduais.
Inter que ergueu estádios com o torcedor que vestiu a camisa, arregaçou as mangas, e construiu arquibancadas de cimento armado e amado. Inter que apagou as luzes dos Eucaliptos para acender um gigante no Beira-Rio e ascender aos maiores lugares de pódios brasileiros, sul-americanos e mundiais. Superando potências e preconceitos, fincando a bandeira colorada da terra gaúcha no gramado do outro lado da Terra, vencendo um gaúcho genial como Ronaldinho e um Barcelona invencível aos olhos da bola.
Mas quem ousa duvidar da pelota que peleia? Dizem que o futebol gaúcho só é duro, só é viril. Diz quem não viu o Inter de Minelli, fortaleza técnica, tática e física. O Rolo inovador no preparo atlético e no apetite por gols. O futebol que ganhou o mundo em 2006 marcando como gaúcho, e contra-atacando como o alagoano Gabiru. Campeão com gringos como Figueroa, Villalba, Benítez, Ruben Páz, Gamarra, Guiñazú e D’Alessandro, com forasteiros como Fernandão, Valdomiro, Manga, Falcão, Bodinho, Dario, Larry, Lúcio, Nilmar, Mário Sérgio, gaúchos como Tesourinha, Carlitos, Oreco, Nena, Taffarel, Carpegiani, Chinesinho, Batista, Mauro Galvão, Dunga, Flávio, Paulinho, Claudiomiro, Jair.
Tantos de todos. Nada mais internacional. Poucos como o Internacional centenário. Aquele time de excluídos que, em 100 anos, hoje tem o sétimo maior número de sócios do planeta. São mais de 83 mil que têm mais que uma carteirinha. Eles têm um clube para amar que não depende de documento. Números e nomes não sabem contar o que uma bandeira vermelha pode fazer à sombra de um eucalipto. Uma bandeira vermelha pode ensolarar um estádio apagado, uma tarde cinzenta, e o mundo na terra do Sol Nascente. Aquele que iluminou Figueroa, aquele que inspirou Gabiru, aquele que neste 4 de abril vai nascer mais vermelho.



Mauro Betting

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Inter, O Grande


"E quando Alexandre viu a extensão de seus domínios, ele chorou, pois não tinha mais mundos a conquistar."



A citação refere-se a Alexandre, O Grande, mas podemos facilamente comparar com o Internacional.
Campeão Gaúcho inúmeras vezes, Campeão Brasileiro por três vezes, sendo o único invicto; Campeão da Libertadores da América; Campeão do Mundo no mesmo ano e a partir da Libertadores, Campeão da Recopa Sulamericana, formando assim a Tríplice Coroa. E agora Campeão da Copa Sulamericana.

O que mais buscar?

Chegaram a sugerir que jogássemos a Champions League da Europa, mas não teria graça, pois já vencemos o campeão espanhol da temporada 2006, o Barcelona no Mundial da FIFA, e o campeão alemão, Stuttgart, e o italiano, Internazionale, da temporada 2007 na Copa Dubai. Não... Nem a UEFA seria páreo para nós.

Vamos ter que ir para outro planeta talvez. Disputar a Copa Interplanetária quem sabe... É, talvez isso, porque aqui na Terra não tem mais graça.

Campeão de Tudo!

É muito bom ser colorado!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sangue de craque na família

O Rolo Compressor Colorado de 1945.
Tio Adão é o quarto agachado, da esq. para a dir.
Adão em destaque
na foto
Dando uma olhada no retrospecto dos jogos de Internacional e Estudiantes, que fazem o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana hoje à noite, descobri não só que o Colorado nunca perdeu para o clube argentino, como também que em um dos confrontos em 1948, meu tio em segundo grau, Adãozinho, marcou um dos gols na vitória por 3x1. Adão Nunes Dornelles era irmão de minha avó Isaura Dornelles que depois veio a ter acrescido o Reis do marido, sobrenome que herdo também.
É, por incrível que pareça eu que não jogo nada tive na família um tio que foi craque de futebol. Craque mesmo! Adãozinho, alcunhado como "o atacante satânico" por Ary Barroso, fez parte do time chamado "Rolo Compressor" do Internacional, na década de 40 com destaque, chegando inclusive à seleção brasileira que disputou a Copa de 50 na qual jogou duas partidas, tendo ainda uma passagem de sucesso pelo Flamengo após a Copa.
Bom jogar não jogo muito mesmo, mas talvez por causa desse sangue futebolista eu seja tão apaixonado por futebol.
Tomara que meu "achado" na internet seja um bom presságio para a decisão de hoje à noite.
Que o Tio Adão esteja lá em cima passando aquela energia positiva e iluminando o Nilmar pra meter uns golaços naqueles argentinos.

Cly Reis

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Inter na final da Sul-Americana


Há quem ache a Copa Sul-Americana desimportante, quem desdenhe dela, quem coloque times reservas e tudo mais. Realmente, é inegável que a grande competição da América do Sul é a Libertadores. Ninguém afirma o contrário. Mas acho que isso não invalida o fato de que a Copa Sul-Americana é a 2° competição mais importante do continente e sendo que neste ano, a primeira já tem seu campeão, cabe aos que tiveram direito à participação neste outro certame internacional, disputar honrosa e honradamente uma competição expressiva, lucrativa e de visibilidade, justificada até pelo mero fato de que a partida da última quarta-feira, semifinal entre Internacional e Chivas Guadalajara, foi transmitida para 64 países. E as cotas de TV? São baixas? Que nada! Tem as cotas e a premiação por fases alcançadas, que também não são tão altas quanto às da Libertadores, mas como eu já salientei, este torneio é o segundo em importância. Não poderia pagar mais ou igual. Estar abaixo da Libertadores não desvaloriza a Sul-Americana. Apenas coloca corretamente a hierarquia das competições.
O fato é que o Sport Club Internacional está na final desta copa e como qualquer um que venha a chagar em uma fase tão avançada, valoriza a competição na qual se encontra e concentra seus esforços nela.
Ora! O Internacional nos últimos dois anos conquistou o principal torneio continental, a Libertadores, e por extensão dela, teve o direito à disputa da Recopa Sul-Americana, a qual venceu também, e agora tem a possibilidade de conquistar o único título continental que não possui e que aliás, nenhum clube brasileiro conquistou. Cara, é mais um título internacional a se somar, além dos que citei, à Copa Dubai conquistada este ano e ao Mundial de Clubes de 2006.


Tem-se falado que ainda este ano por conta desta circunstância envolvendo uma possível punição à Federação Peruana abririam-se três vagas à Libertadores da América, e que uma delas poderia vir a ser do vencedor da Sulamericana. Olha, seria ótimo! Adoraria! E sei que o clube está se mobilizando para que a Conmebol homologue isto. Mas cá entre nós, por tudo isso que coloquei anteriormente: grana, visibilidade, hegemonia em todas as competições continentais em um curto período, mais um título na história, mais um título internacional, mais um título internacional no ano... Olha, por tudo isso, independente de dar vaga para a Libertadores ou não, eu quero ganhar a Sulamericana.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Inter 4x1 no "meia-boca" e 2x0 no Boca


Grande noite!

Grande partida!

O Internacional fez o que tinha que fazer meteu 2x0 no Boca e garantiu uma boa diferença para o segundo jogo.

Tenho lido em comentários de blogs a gremistada dizendo que foi contra reservas e tal. É verdade. Foi mesmo. Contra time suplente a gente até empata como foi nos greNal da Sul-Americana ou mete só 2 golzinhos como agora. A gente gosta mesmo é de pegar time completinho e meter um chocolate (remember 4x1).

Pô, alguém tinha que ganhar do Boca em Porto Alegre, né. Do Internacional eles nunca ganharam na nossa casa. Tem uns que tomam 2x0 no seu estádio e tal... Mas melhor nem falar disso.
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veja o destaque que a Conmebol dá à partida no seu site: