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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

The La's - "The La's" (1990)

Os (outros) quatro rapazes de Liverpool


“A The La’s é a [banda] que está mais próxima do sublime.” 
Liam Gallagher

O mais puro e original som saído diretamente de Liverpool e que marcou as gerações futuras de roqueiros. Quatro jovens rapazes, que, por um curto espaço de tempo, promoveram uma revolução na música pop. Não, não estamos falando dos Beatles. Outra banda da mesma cidade do noroeste da Inglaterra, guardadas as devidas proporções de abrangência e profusão, também teve papel fundamental para a linha evolutiva do rock feito na Terra da Rainha: a The La's

Se Paul, John, George e Ringo transformaram a música mundial em menos de 10 anos, a atuação deste outro quarteto, liderados por Lee Mavers (voz e guitarra), mais Peter "Cammy" Cammell (guitarra), Neil Mavers (bateria) e John Power (baixo, vocais), foi ainda mais meteórica. Tanto que, diferentemente dos primeiros, autores de 13 discos de estúdio nos libertários anos 60, a The La’s registrou apenas um histórico e irreparável álbum no início da instável e inconstante última década do século passado. Tempo suficiente, contudo, para seu rock sintético, melodioso e inspirado influenciar toda a geração do rock britânico dos anos 90, a qual teria na figura da Oasis a sua maior representação. Aliás, tanto a banda dos irmãos Gallagher quanto outras como Blur, Ride, Lemonheads e Supergrass, que, juntamente com a leva do grunge norte-americano, dominaram a cena rock noventista. O self-titled da The La’s, o qual completa 30 anos de lançamento, ao lado do igualmente estreante da Stone Roses, de um ano antes, ajudariam a formatar a estrutura que o britpop passaria a ter a partir de então. 

Esta perspectiva sonora passa, como não poderia deixar de ser, pelos originais rapazes de Liverpool. Melodias vocais apuradas, riffs criativos, reelaboração das bases do blues e a energia da Swingin’ London que remetem inevitavelmente a Fab Four. No entanto, o trunfo da The La’s vai além disso, uma vez que captam tudo aquilo que veio antes deles em termos de rock, como o glam, o punk, o pós-punk, o collage, o shoegaze e o indie. Isso faz com que o som do grupo, muito bem produzido pelo craque Steve Lillywhite junto com Mark Wallis, soe certeiro, objetivo, sem rodeios. Psicodélico na medida certa e com tudo no lugar: timbres, vocais, arranjos e instrumentação.

O quarteto liderado por L. Mavers: inconstância 
que lhes rendeu apenas um álbum

Rock, aliás, quando é bom, não tem muito o que se falar. Basta curtir. É o que faixas como a de abertura, “Son of a Gun” (rock no melhor estilo Buffalo Springfield), “I Can't Sleep” (cujo riff já ouvi de uma dita original banda brasileira...) e ”Timeless Melody” (mais Oasis, impossível) fazem: deixar quem as escuta sem palavras – porém, altamente empolgado. Que riffs grandiosos! A postura propositiva típica de um rock puro com seu saudável grau de afetação, mas despido de egocentrismo desnecessário. É rock bom e pronto! “Liberty Ship”, “Doledrum” e “Feelin'” são aulas de como fazer um country-rock. Igual pedagogia são as bluesers “I.O.U.” e “Failure”, esta última, com uma pegada do psychobilly da The Cramps. Nesta linha também, mas retrazendo a atmosfera picaresca de Syd Barrett, “Freedom Song”, outra excelente. Ainda, a balada “Looking Glass”, que encerra dignamente o álbum sob de uma melodiosa base de violão e os vocais saborosamente insolentes de Lee Mavers.

O conceito da The La's foi seguido, naqueles anos 90 de ascensão do tecno e da acid house, por outros artistas que não deixaram a música pop degringolar e repuseram o rock no seu lugar de destaque. Repetindo a "volta às raízes" que os Bealtes propuseram em “Let It Be”, os tarimbados R.E.M. (“Monster”, 1993) e Titãs (“Tudo ao Mesmo Tempo Agora”, 1991) seguiram a linha da The La’s de reencontrar a “pureza perdida”. Para novas bandas de então, como The Strokes, The Killers e Kings of Leon, pode-se dizer ainda mais fundamental a proposta desses irmãos dos Beatles. Seja de maneira mais conceitual ou por influência direta, o fato e que seu único e exemplar disco relembrou ao gênero rock, o qual recorrentemente se desvirtua demais de si mesmo, que “menos é mais”, que o “certo é o fácil”. Ter entendido este ensinamento talvez tenha sido o grande mérito da Oasis, cujo sucesso mundial provavelmente seria ameaçado caso a própria The La’s não ficasse somente no primeiro tiro, o que, mesmo cultuados, inegavelmente lhes limitou ao meio underground

Tá certo: é exagero comparar a The La’s aos autores de "Yesterday", afinal, esta disputa talvez seja somente cabível quando se fala em Rolling Stones. Mas que a The La’s é a segunda melhor banda de Liverpool (junto com a Echo & the Bunnymen, claro), isso é bem provável. Rankings como dos 40 grandes álbuns únicos de um artista/banda da Rolling Stone, em que o disco aparece em 13º, e da Pitchfork, no qual é apontado como um dos principais álbuns do britpop de todos os tempos, não deixam mentir. Por motivos pouco explicados, logo após lançá-lo, Mavers encheu-se e quebrou os pratos com os parceiros. A cara dos anos 90: instável e inconstante. Mesmo tendo havido esporádicos retornos posteriormente, o principal resultado daquilo que produziram fez com que virassem lenda, que é este incrível álbum. O primeiro e, como o próprio nome da banda sugere, “último”. E se não fosse o azar de terem nascido na mesma terra dos Beatles, eles seriam certamente os primeiros.

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The La's - Clipe de "There She Goes"


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FAIXAS:
1."Son Of A Gun" - 1:56
2. "I Can't Sleep" - 2:37
3. "Timeless Melody" - 3:01
4. "Liberty Ship" - 2:30
5. "There She Goes" - 2:42
6. "Doledrum" - 2:50
7. "Feelin'" - 1:44
8. "Way Out" - 2:32
9. "I.O.U." - 2:08
10. "Freedom Song" - 2:23
11. "Failure" - 2:54
12. "Looking Glass" - 7:52
Todas as composições de autoria de Lee Mavers

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OUÇA O DISCO:

Daniel Rodrigues

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Freddie King - "Getting Ready..." (1971)


"Freddie King foi quem me ensinou
a fazer amor com a guitarra."
Eric Clapton


É interessante... Devo admitir que comprei esse disco por causa da capa. Estava numa dessas feiras de vinil fuçando na seção de jazz e blues e dei de cara com esse com um negão empunhando uma guitarra na capa. Pinta de blueseiro invocado, dos bons. Vou levar. Alguma coisa de bom devia sair daquela guitarra. Ouvi o disco e percebi o tamanho da sorte da minha escolha ao acaso. Um baita disco de blues. Já contemporâneo, mais elétrico, mais pesado mas totalmente dentro da melhor linha dos grandes músicos do gênero. Depois, buscando informações sobre o produto que comprara é que fui saber das qualificações do guitarrista. Freddie, um dos três "Kings" do blues junto com B.B. King e Albert King, fez parte da grande cena do blues de Chicago dos anos 50, tendo tocado com Willie Dixon, Robert Lockwood Jr., e o gaitista Little Walter, entre outros e, apesar da rejeição da Chess Records, que o considerava muito parecido com B.B. King, aos foi poucos conquistando seu próprio espaço ganhando reconhecimento de grandes nomes do universo musical. King foi considerado pela revista Rolling Stone o 15º melhor guitarrista de todos os tempos e sua marca registrada era o jeito de pendurar a alça da guitarra, sem cruzá-la, apoiada no ombro do mesmo braço com que tocava.
"Getting Ready..." é um belo exemplar do blues de Chicago evoluído com o passar do tempo, adaptado a seu tempo, no caso, o início dos anos 70. Mais rock'n roll, mais pesado e com uma dose de psicodelia.  A melancólica "Same Old Blues" que abre o disco tem uma pegada gospel; a versão de "Dust My Broom" de Elmore James é espetacular; "Five Long Years", outro clássico, também tem execução impecável; e "Walking by Myself" é outro grande momento.
Mas a grande música do disco é mesmo "Going Down", um blues forte, intenso, tão encorpado e vigoroso que chega às raias do rock muito próximo ao som que Jimi Hendrix vinha fazendo e que o próprio mestre Muddy Waters havia experimentado em "Electric Mud".
"Palace of the King" que fecha o disco é outra com pegada mais rock, ao melhor estilo Eric Clapton, com quem por sinal, Freddie excursionaria ainda antes de sua morte prematura aos 42 anos.

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FAIXAS:
1. Same Old Blues (Don Nix)
2. Dust My Broom (Elmore James )
3. Worried Life Blues (Big Maco)
4. Five Long Years (Eddie Boyd)
5. Key To The Highway (Bill Broonzy, Charles Segar )
6. Going Down (Don Nix)
7. Living On The Highway 
(Don Nix, Leon Russell)

8. Walking By Myself (Lane)
9. Tore Down (Freddie King)
10. Palace Of The King (Don Nix, Donald "Duck" Dunn, Leon Russel)

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Ouça:



Cly Reis

terça-feira, 27 de março de 2012

Kings of Leon - "Youth & Young Manhood" (2003)

"Um dos melhores
álbuns de estreia
dos últimos 10 anos"
New Musical Express,
em 2003

Quando eu vi o clipe de "Molly's Chambers" na MTV aquela bandinha me chamou muito a atenção. Aquilo tinha a vitalidade, a pegada, o minimalismo do punk mas com um indesmentível traço de rock sulista americano. E aqueles caras com visualzão anos 70, calças jeans de bocas largas, cabelões desgrenhados e barbas de lenhadores das montanhas parecia perfeitamente ligar o som à imagem. Esperei dar o final do clipe para ver os créditos e descobri que quem se tratava: eram uns tais de Kings of Leon e aquela música estava nó álbum "Youth and Young Manhood".
Não tive dúvidas; mais ou menos dois ou três dias depois comprei o CD. Sempre tem um risco em comprar as coisas assim, comprar um disco conhecendo apenas uma música, já dei muito com os burros n'água por causa disso, mas o disco não só não me decepcionou, como na verdade, era melhor do que eu imaginava e, para minha mais agradável surpresa, "Molly's Chambers", que eu havia gostado muito, sequer era a melhor música.
Quatro parentes, três irmãos e um primo, de família conservadora e religiosa, juntaram-se e combinaram toda a influência da música interiorana de sua região a um rock enérgico, básico, cru e rústico.
"Wasted Time" é um bom exemplo disso trazendo em doses equilibradas do bom punk rock sujo de garagem com as influências southern rock; "Happy Alone", embalada e entusiasmante, transborda de guitarras por todos os lados e traz o vocal enlouquecido de Caleb Fallowill; muito legal também é "Joe's Head" com sua levada folk-rock e um vocal muito bacana, novamente quase histérico e gritado no final da música; "Trani" e "Dusty" tiram o pé do acelerador, a primeira numa balada de vocal arrastado e ébrio e a segunda um blues caipira de primeira qualidade.
"Genius", com seu riff minimalista, é igualmente muito boa e não pode deixar de ser citada; "Spiral Staircase", um demolidor punk-country-rock de saloon é absolutamente ensandecida; a simpática "California Waiting", embora interessante, já fazia antecipar os caminhos que a banda seguiria.
No entanto, "Red Morning Light" que abre o disco e "Holy Roller Novocaine" que o encerra é que são na minha opinião as melhores faixas, ambas capturando o melhor do espírito musical de Nashville e carregando-o de rock'n roll cru e sujo.
Infelizmente a obsessão por mulheres, que os integrantes desde sempre alardearam e que já se anunciava no clipe de "Molly's Chambers", cheio de gostosas esculturais dançando, acabou prevalecendo e os rapazes optaram nos discos seguintes por fazer música para menininhas, adocicando sua música outrora tão legal, tão cheia de personalidade e reduzindo-a a um popzinho descartável e insosso. (Bom, deve ter sido por isso, não?) Não que não seja bom agradar às mulheres, fazer sucesso e tudo mais, mas artisticamente é uma pena que tenham optado por esse caminho e, de mais a mais, tenho certeza que não precisavam dessa transformação para atingir seus objetivos. Mas o fato é que os cabeludos rústicos do sul dos Estados Unidos cortaram as jubas, as barbas, ficaram com visualzinho emo, fazem um tremendo sucesso hoje em dia e certamente estão com os cofres cheios de dinheiro. Hnf...
Lamentável. Do ponto de vista musical, lamentável. Eu que tinha grande expetativa acerca dos trabalhos seguintes da banda fiquei extremamente decepcionado. Mas fazer o quê? Pelo menos temos sorte que ainda tenham conseguido deixar um belo trabalho como esse.

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FAIXAS:


1. "Red Morning Light"
2. "Happy Alone"
3. "Wasted Time"
4. "Joe's Head"
5. "Trani"
6. "California Waiting"
7. "Spiral Staircase"
8. "Molly's Chambers"
9. "Genius"
10. "Dusty"
11. "Holy Roller Novocaine"
(faixa escondida "Talihina Sky")

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Ouça:
Kings of Leon Youth and Young Manhood

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vídeo de "Molly's Chambers - Kings of Leon



Cly Reis

sábado, 3 de janeiro de 2009

Melhores Pop e Rock de 2008

As principais revistas, jornais e sites do meio musical pelo mundo afora divulgaram neste final de ano os melhores álbuns e bandas eleitos por seus leitores e visitantes.
O que chma a atenção, principalmente, é a confirmação dos chamados "indies" como destaques. Estes, os alternativos que já vinham crescendo e aparecendo bem nos últimos anos tomam conta agora e em posições de destaque inclusive em publicações bem tradicionais.
Destaco aqui duas bandas sobre as quais escrevi durante o ano passado e que foram indicadas em várias destas mídias. Uma delas, já bem conhecida mas que lançou um álbum até certo ponto surpreendente, foi o Portishead com seu "Third". O disco da banda beliscou a 2a. posição nos jornais New York Times e The New Yorker além do site Pitchfork, a 3a. na revista Spin,a 4a.no Guardian Unlimited, a 7a. na publicação francesa Les Inrockuptibles e a 9a. no jornal The Observer, além de ter sido o 3o. álbum mais ouvido na Last FM e ter garantido o primeiríssimo posto na Uncut.
Outro dos comentados aqui no SPIN 1/2 foi a boa revelação MGMT com o ótimo "Oracular Spectacular" que me fez sair de casa pra ver uma "aposta" no Tim Festival (e valeu a pena). "Oracular Spectacular" pegou um 5o. lugar no Guardian, 6o. no The Observer, um décimo lugar na Spin, foi o medalha de prata entre os mais ouvidos na Last FM e pegou ouro no NME (New Musical Express) e na Les Inrockuptibles.
Outra banda também citado aqui, o The Ting Tings, aparece na lista da Last FM na quinta posição e o também apreciado por est blogueiro, o soturno Nick Cave aparece bem também em várias listas, como na Uncut, no Sunday Times, na Billboard e na Q Magazine. Dos que já são mais mainstream, o Metallica com "Death Magnetic" pinta em várias paradas e o REM pega uma 9a. posição no Sunday Times. Curiosidade é o aparecimento dos veterano Neil Young na Metacritic.com com seu "Sugar Mountain Live", e de Bob Dylan na Rolling Stone, com "Tell Tale Signs".
No geral, quem mais aparece em quase todas as listas é o popular Coldplay que, do que eu ouvi do tal álbum "Viva La Vida", não me impressionou muito, o Fleet Foxes, que devo admitir não conhecer, e o TV on Radio que eu acho que já ouvi mas que, se não me chamou atenção, não deve ser lá essas coisas, mas prometo dar uma chance a eles.


Confiram abaixo as principais listas internacionais:


Billboard
1.Fleet Foxes "Fleet Foxes"
2.Santogold "Santogold"
3.Bon Iver "For Emma, Forever Ago"
4.Vampire Weekend "Vampire Weekend"
5.Elbow "The Seldon Seen Kid"
6.Coldplay "Viva La Vida"
7.Nick Cave "Dig!!! Lazarus, Dig!!!"
8.Metallica "Death Magnetic"
9.Adele "19"
10.Lil Wayne "The Carter III"


NME (New Musical Express)
1.MGMT "Oracular Spectacular"
2.TV on Radio "Dear Science"
3.Glasvegas "Glasvegas"
4.Vampire Weekend "Vampire Weekend"
5.Foals "Antidotes"
6.Metronomy "Nights Out"
7.Santogold "Santogold"
8.Mystery Jets "21"
9.Kings of Leon "Only by the Night"
10.Frendly Fires "Friendly Fires"


Rolling Stone
1.TV on Radio "Dear Science"
2.Bob Dylan "Tell Tale Signs"
3.Lil Wayne "The Carter III"
4.My Morning Jacket "Evil Urges"
5.John Mellencamp "Life, Death, Love and Freedom"
6.Santogold "Santogold"
7.Coldplay "Viva La Vida"
8.Beck "Modern Guilt"
9.Metallica "Death Magnetic"
10.Vampire Weekend "Vampire Weekend"


Les Inrockuptibles
1.MGMT "Oracular spectacular"
2.Fleet Foxes "Fleet Foxes"
3.Vampire Weekend 'Vampire Weekend"
4.Santogold "Santogold"
5.The Last Shadow Puppets "The Age of Understatement"
6.Kanye West "808's and Heartbreaks"
7.Portishead "Third"
8.TV on Radio "Dear Science"
9.Sébastien Tellier "Sexuality"
10.Bon Iver "For Emma, Forever Ago"


The New York Times
1.TV on Radio "Dear Science"
2.Portishead "Third"
3.Toumani Diabate "The Mande Variations"
4.Erykah Badu "New Amerykah part one"
5.Department of Eagles "In Ear Park"
6.Jamey Johnson "That Lonesome Song"
7.Wolf Parade "At Mount Zoomer"
8.Deerhunter "Microcastle"
9.Laura Marling "Alas, I Cannot Swim"
10.Santogold "Santogold"


The New Yorker
1.Bon Iver "For Emma, Forever Ago"
2.Portishead "Third"
3.The VEry Best "Esau Mwamwaya & Radioclit Are the Best"
4.Dungen "4"
5.Taylor Swift "Fearless"
6.Lil Wayne "The Carter III"
7.Ashton Shepard "Sounds so Good"
8.Benga "Diary of an Afro Warrior"
9.Flyng Lotus "LA EP 1x3"
10.Cat Power "Jukebox"


The Observer
1.Bon Iver "For Emma, Forever Ago"
2.Amadou and Mariam "Welcome to Mali"
3.Elbow "The Seldon Seen Kid"
4.Glasvegas "Glasvegas"
5.Kings of Leon "Only by the Night"
6.MGMT "Oracular Spectacular"
7.Vampire Weekend "Vampire Weekend"
8.Kanye West "808's and Heartbreaks"
9.Portishead "Third"
10.TV on Radio "Dear Science"


Spin
1.TV on Radio "Dear Science"
2.Lil Wayne "The Carter III"
3.Portishead "Third"
4.Fucked Up "The Chemistry of Common Life"
5.Fleet Foxes "Fleet Foxes"
6.Santogold "Santogold"
7.Deerhunter "Microcastle"
8.Hot Chip "Made in the Dark"
9.Coldpaly "Viva la Vida"
10.MGMT "Oracular Spectacular"


Uncut
1.Portishead "Third"
2.Fleet Foxes "Fleet Foxes"
3.TV on Radio "Dear Science"
4.Bon Iver "For Emma, Forever Ago"
5.Vampire Weekend "Vampire Weekend"
6.Elbow "The Seldon Seen Kid"
7.Neon Neon "Stainless Style"
8.Nick Cave "Dig!!! Lazarus, Dig!!!"
9.Kings of Leon "Only by the Night"
10.Paul Weller "22 Dreams"


Guardian Unlimited
1.TV on Radio "Dear Science"
2.Bon Iver "For Emma, Forever Ago"
3.Elbow "The Seldon Seen Kid"
4.Portishead "Third"
5.MGMT "Oracular Spectacular"
6.Fleet Foxes "Fleet Foxes"
7.Vampire Weekend "Vampire Weekend"
8.Glasvegas "Glasvegas"
9.Erykah Badu "New Amerikah part one"
10.Lil Wayne "The Carter III"


OUÇA AÍ OS 5 PRIMEIROS DA LAST FM:

Last FM
1.Coldplay "Viva La Vida"
http://www.lastfm.com.br/music/Coldplay/Viva+La+Vida+Or+Death+And+All+His+Friends

2.MGMT "Oracular Spectacular"
http://www.lastfm.com.br/music/MGMT/Oracular+Spectacular

3.Portishead "Third"
http://www.lastfm.com.br/music/portishead/third

4.Nine Inch Nails "Ghosts I-IV"
http://www.lastfm.com.br/music/Nine+Inch+Nails/Ghosts+I-IV

5.The Ting Tings "We Started Nothing"
http://www.lastfm.com.br/music/The+Ting+Tings/We+Started+Nothing

6.The Kooks "Konk"
7.Death Cab for Cutie 'Narrow Stars"
8.Hot Chip "Made in the Dark"
9.Jack Johnson "Sleep Though the Static"
10.Sigur Ros "Meõ Seõ í Eyrum Viõ Spilum Endalust"

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

MGMT - "Oracular Spectacular" (Espetacular, mesmo!!!)


Passei daquela fase de ficar procurando bandas novas legais, sons interessantes e tal. Ate' pq, na minha opinião, elas estão bem mais escassas e a busca, chega uma hora, começa a ficar inglória, ate' mesmo.

Atualmente estou esperando as coisas chegarem ate' mim e mesmo assim, passarem por um crivo bem critico e exigente. E elas acabam chegando de uma forma ou de outra. Apesar de não procurar, estou sempre atento ((((Antenas ligadas)))

Desde os anos 90 pouca coisa vem me impressionando a ponto de me fazer comprar CD, ir a show, etc. Nos últimos anos me chamaram a atenção os White Stripes com seu som cheio de blues e singular pela ausência de baixo, especialmente o excelente album "Elephant". Me impressionou também o primeiro disco do Kings of Leon, "Youth and Young Manhood", mas que pelo que andei ouvindo do ultimo álbum não confirmaram as qualidades que apresentavam ali.

Dia desses estou zapeando na TV com meu controle remoto e passando no MTV Hits (que costuma ser um lixo, sempre com aquelas negras gostosas americanas, que fazem a gente ter que baixar o volume pq so' vale a pena ver) me vejo obrigado a parar pq me aparece um daqueles negócios, assim, que impressiona em poucos segundos. Continuo ouvindo e a sensação vai melhorando. E o clipe e' um barato. Umas sobreposições de imagem bem toscas (propositalmente, e' claro) num clima muito psicodélico.

Pronto! Esse me pegou! Espero ate' o final do clipe pra saber o que e' e descubro que a banda chama-se MGMT e a canção chama-se "Time to Pretend". E ai', qdo me interessa vou atras.

Fui pesquisar e trata-se de uma dupla novaiorquina, cujo álbum "Oracular Spectacular", de 2008, foi produzido pelo cara que ja' havia trabalhado com Flaming Lips e Mercury Rev, Dave Friedmann (o que ja credencia bem o disco).

Então fui ouvir o álbum... Cara, e' demais! Das melhores coisas que ouvi nos últimos tempos. Producao caprichada, sonoridade marcante mas sem exageros, um álbum com peso e sofisticação. O clima psicodélico do clipe "Time to Pretend" também comanda o restante do álbum com influencias que vão desde o brit-pop dos anos 90, de bandas como Ride e Charlatans, passando evidentemente por bandas como New Order, Depeche, nos 80, e bebendo de elementos dos 70 também ate' mesmo aos progressivos.
Particularmente, me lembrou muito Primal Scream e Stone Roses, com um pouco mais de eletrônico mas tem toda a sua peculiaridade o que lhe garante originalidade o suficiente para nao virar uma mera colagem de referencias.
Alem da ja' citada "Time to Pretend", que e' uma joia, destaco também a doce e acida "Youth" e a vigorosa "Future Reflections" que fecha brilhantemente o álbum.

Depois de algum tempo, algo que vale a pena ouvir da primeira `a ultima faixa.

Baita disco!

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Ouça:
MGMT Oracular Spectacular