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sábado, 8 de novembro de 2014

Jorge Luis Borges e a Morte do Gaucho



Muitos escritores, poetas e pesquisadores, escreveram sobre o Gaucho e sua composição total. Mas poucos conseguiram em suas obras e poesias, definir tão bem este personagem como os que vou descrever abaixo. Cada um o fez a seu modo e com observações e considerações em particular. A poesia gauchesca que ao contrario do que se pensa não é feita por gauchos e sim por homens educados e que tiveram contatos com os da alcunha pejorativa , em guerras, patriadas e outros eventos, teve total importância para nos apresentar esta definição. Assim como A Ilíada de Homero que narrava os acontecimentos de Tróia, a poesia gauchesca narrou as façanhas deste personagem primitivo e antigo. Poetas como; Bartolomé Hidalgo, Hilário Ascasubi, José Alonso y Trelles, Leopoldo Lugones e José Hernandez. E escritores como; Estanislao del Campo, Ricardo Güiraldes, Simões Lopez Netto e Antonio Lussich, este com sua obra "Los Tres Gauchos Orientales" e que foi considerado por Borges o antecessor de Martin Fierro, todos eles deram o norte para as bases de estudo feitas ao longo dos anos. Cabe lembrar que nesse contexto, pesquisadores mais recentes como; Fernando O. Assunção e Lidia Teresita Berón, conseguiram em suas pesquisas, unificar melhor os dados sobre a origem do mito e assim dar uma definição real sobre ,costumes, vestimentas, e sua relação com o meio em que viviam.
Borges comparou e unificou
a estética cultural dos gauchos
No Livro "El Martín Fierro" de Jorge Luis Borges, ele nos presenteia com uma análise íntima e profunda sobre esta poesia e em tudo o qual ela se insere. Eu considero o melhor estudo sobre este personagens e também das obras dos autores acima, já que Borges as compara.
A pesquisa vai além do livro argentino e apresenta metáforas para acreditar que Martín Fierro não inicia ou intermedia um ciclo, mas sim se encerra com fim da poesia do livro homônimo. Creio que no livro de Hernández ,ele decreta o fim de uma era com a morte universal de nosso Quijote e a qual Borges afirma haver uma real tentativa de reinvenção em nossos dias. Eu acredito fielmente nisso. Leiam estas bibliografias e tirem suas conclusões, eu particularmente as considero dentre tantas as mais importantes para quem deseja se aprofundar no estudo. Ainda acho que Hernández matou o Gaucho (sem acento) e Borges jogou a pá de cal encima.

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