O debate para o qual fui convidado, ocorrido dia 9 de novembro, trazia os realizadores dos seguintes curtas-metragens: Giordana Forte, pelo filme “Bago Sujo”; Fausto Prado, por “Laços do Ofício”; e Alexandre Derlan, diretor de “Um Pedal”. Única ficção entre os três títulos, “Bago Sujo” aborda, numa estética e narrativa fragmentadas, o primeiro dia de abstinência de um usuário de crack. Já o filme de Fausto, músico de formação, é um documentário sobre as relações entre professores de música e arte e crianças em situação de vulnerabilidade social e deficientes intelectuais em escolas e instituições das cidades gaúchas de Porto Alegre, Viamão, Gravataí e Canoas. Por fim, “Um Pedal” traz o esportista deficiente físico Nicolas Berghan, que percorre estradas inóspitas, com apenas único pedal de sua inseparável bicicleta narrando suas experiências reais, percepções de mundo, liberdade de escolha e inclusão.
Cartazes de "Bago Sujo" e "Laços de Família": inclusão sob ângulos diferentes |
O belo doc "Um Pedal", de Darlan |
Interessante ressaltar que, para a seleção dos trabalhos,
além dos aspectos técnicos e narrativos, foram levados em consideração
elementos sociais, diversidades de linguagens e representatividades de gênero,
raça, cor e territórios. Como resultado, a programação contou com realizadores
de 10 cidades, três filmes com temáticas indígenas e obras dirigidas por 13
mulheres, 18 homens e duas pessoas não binárias.
Quem quiser conferir como foi esse bate-papo, o vídeo está
disponível no site da mostra, a qual agradeço imensamente o convite e a
oportunidade.
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debate Mostra Sesc de Cinema -“Bago Sujo”, “Laços do Ofício” e “Um Pedal”
Daniel Rodrigues
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