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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Exposição "Museu Nacional Vive - Arqueologia do Resgate" - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro /RJ








O Museu Nacional pode ter sido devorado pelas chamas mas continua vivo. Vivo dentro de cada um de nós que o visitou, que o admirou, que entende sua importância e que por ele adquiriu um carinho especial, e vivo em peças recuperadas do incêndio de setembro do ano passado agora expostas no CCBB. Na verdade, nem todas estiveram expostas ao incêndio, uma vez que anexos do prédio principal, que sofreu a tragédia, guardavam algumas coleções e itens de pesquisa que, por sinal, só reforçam a importância e qualidade do trabalho realizado pelos profissionais da UFRJ à qual o museu era vinculado. Do que foi salvo da tragédia, é triste e ao mesmo tempo comovente contemplar itens altamente significativos histórica e cientificamente danificados, parcialmente carbonizados, semidestruídos mas com seu conteúdo cultural intacto e, agora, somado a isso, carregando uma gigantesca carga emocional. Devo admitir que em alguns momentos da visitação fiquei com lágrimas nos olhos pela tristeza do que tínhamos e que se foi, mas também pela alegria de ver que, mesmo que minimamente, ainda existe um pedaço do Museu Nacional e que podemos ter esperança de tê-lo de  volta. Não do mesmo jeito, é claro. Há perdas irreparáveis, sejam históricas, científicas, artísticas ou afetivas, mas com o que foi recuperado, com o empenho de todos, da sociedade, da iniciativa privada, do poder público, podemos ter, sim, de novo, daqui a alguns anos, este inestimável patrimônio de cultura e ciência à serviço e disposição da população. Seu corpo pode ter sido malcuidado, maltratado, despedaçado, mas seu coração ainda bate.

Fique com algumas imagens da exposição:

Em destaque, o meteorito Santa Luzia,
cartão de visitas da exposição.

Utensílios e armas de antigas civilizações.

Cocares índígenas.

Pedaço de capacete de samurai e outras peças
também da cultura japonesa.

Esculturas e utensílios originários da região da Itália.

Cranio de rinoceronte-negro.

Algumas peças da coleção de taxidermia de aves.

O calor do fogo do incêndio rachou a pedra (à direita)
e ajudou a revelar um fóssil vegetal ainda mais antigo.

Ossos de animais pré-históricos regatados dos escombros do mussu.

No detalhe, um fêmur de mastodonte.

Um crânio de jacaré...

E um outro danificado pelo incêndio.

Réplica do Trono de Adandozan, do antigo reino africano de Daomé,
produzida por um aluno de 13 anos, do Colégio Américo de Oliveira, do Rio. 

Pedaços das esculturas da fachada, ao fundo, e,
em destaque, à frente, um viga metálica retorcida pelo calor das chamas.

Parte dos históricos portões da residência
da Família Real brasileira.
No centro da grade, o "PII",de Pedro II.

Os visitantes, alguns relembrando, alguns conhecendo o que foi o Museu Nacional
e projetando o que podemos ter dele para o futuro.



por Cly Reis

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exposição "Museu Nacional Vive - Arqueologia do Resgate"
local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro
endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro -Rio de Janeiro/ RJ
visitação: de quarta a segunda, das 9h às 21h

período: até 29 de abril de 2019
entrada: gratuita

sábado, 15 de julho de 2017

Museu Nacional / UFRJ - Rio de Janeiro / RJ









O Museu Nacional, prédio que foi residência
da Família Imperial de 1818 a 1889.
A nossa seção ClyArt embora destine-se efetivamente a, como sugere o nome, trazer produções artísticas, também presta-se a mostrar os espaços onde estas obras sejam expostas e por extensão, acaba também destacando as galerias, espaços culturais e museus, sendo que especialmente este último abrange uma possibilidade mais ampla, podendo ser local para exposição e dos mais variados tipos de produção artística do homem, bem como local destinado à preservação do patrimônio cultural e histórico da humanidade. Assim, vez por outra destacamos aqui algum destes espaços culturais que se afastam dos padrões artísticos específicos mas que contém valor humano e histórico imprescindível. Desta vez visitamos o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, prédio histórico que serviu à Família Imperial brasileira no séc. XIX, que esteve meio abandonado, meio largado mas que agora, embora não na plenitude de suas condições, apresenta boas condições de visitação e um acervo muito significativo e em bom estado. O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, é voltado à pesquisa científica, histórica e antropológica possuindo um acervo valiosíssimo em todos os seus segmentos. Possui, por exemplo, significativos fósseis de procedências diversas; registros materiais humanos de datas remotas; artefatos e relíquias de civilizações de diversos sítios; múmias de altíssimo valor histórico em ótimo estado de conservação; grande variedade de amostras animais e geológicos; e itens impressionantes como é o caso do meteorito encontrado na Bahia em 1784 exposto orgulhosamente logo na entrada do circuito.
Bem, fiquem então com algumas imagens da nossa visita e, se puderem, visitem. Algumas salas não apresentam a melhor conservação, às vezes algum nicho pode estar vazio, algum elemento interativo pode não estar funcionando, mas no geral, o Museu Nacional vale uma olhada. Com todos os problemas que possa ter, o material contido nele é de incomensurável valor cientifico e cultural e deve ser conhecido.

O meteorito Bendegó, cartão de visitas do Museu.

Cabeça Dinossauro

Esqueletos de preguiça-gigante e
Tigre dente-de-sabre

Réplica de espécie que teria habitado terras brasileiras

Interessantíssimos fósseis vegetais

Roupas, utensílios e artefatos indígenas da América do Sul

Setor de civilização pré-colombiana

Utensílios cerâmicos das civilizações que habitaram a América Latina

Cabeça mumificada dos povos Jivaro,
da Amazônia Equatoriana (séc. XIX)

Técnica de mumificação sentado
com queixo apoiado sobre os joelhos

Tumba egípcia do sacerdote Hori (aprox. 1026 A.C.)

Detalhe da cena desenhada no caixão

Múmia

Sarcófago egípcio

Pedra funerária 

No detalhe, as inscrições na estela funerária

Artefatos e objetos de povos africanos

Trono e cetro de realeza africana

Belíssima peça de presa de marfim decorada

Na parte de zoologia, animais aquáticos

Os crustáceos aqui em destaque


Reprodução em tamanho real da lula-gigante

Seção de ornitologia

Na la de insetos, a belíssima instalação de borboletas

E um espaço ainda dedicado à origem do prédio,
a residência da Família Imperial, no séc. XIX.


Cly Reis


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Museu Nacional do Rio de Janeiro / UFRJ
endereço: Quinta da Boa Vista, São Cristóvão
São Cristóvão - Rio de Janeiro - RJ

visitação: de terça a domingo, das 10h às 17h*
segundas, de 12h às 17h*
* fechamento para entrada às 16h