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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Tabelão Clássico é Clássico (e vice-versa)

Comemora, Brian de Palma! Invicto nos mata-mata.
Também, né, com a ajuda do Tony Montana...
Começou por causa da Copa do Mundo, período em que normalmente fazemos posts relacionados a futebol. Era uma brincadeira, fazendo como se a comparação de um filme com sua refilmagem, fosse um jogo de futebol. As virtudes e as fraquezas de cada filme, avaliados como se fossem times, seus roteiros, esquemas táticos, seus diretores técnicos. A ideia era encerrar a seção uma vez findado o ano de Copa, só que era tão divertido falar de cinema em linguagem de futebês que não tinha como parar por ali e aí emendamos uma segunda temporada. Depois disso a seção já estava oficializada e era inevitável que continuasse e seguisse para uma terceira temporada. E, assim, a Clássico é Clássico (e vice-versa) entrou mais um ano com novos embates cinematográfico-futebolísticos emocionantes e, se nos anos iniciais os originais passaram por cima dos remakes como o trem do filme do Lumière, nesta terceira temporada, as refilmagens mostraram mais competitividade e, embora continuem perdendo no geral, equlibraram as ações e, como um terror-soft, até meteram um pouquinho de medo nos originais. 

No que diz respeito a diretores, como curiosidade, apenas dois deles conseguiram 100% de aproveitamento considerando mais de um confronto, é claro. Somente Brian De Palma, com "Carrie" e "Scarface", e Paul Verhoeven, com "Vingador do Futuro" e "Robocop", tiveram duas vitórias nas duas contendas em que estiveram envolvidos. Já Zack Snyder e Don Siegel, também tiveram dois jogos mas cada um só conseguiu uma vitória.

Embora tenhamos feito uma breve estatística dos confrontos no final do segundo ano, não nos demos ao trabalho, no entanto, de examinar e de dar um maior destaque ao placar geral. Então é hora de organizar as coisa e botar esses números em ordem: primeira temporada, a segunda, o somatório geral, diretores mais assíduos, os que mais venceram e tudo mais que for interessante. Vamos repassar as  tabelas dos três últimos certames porque o ano tá começando e a temporada 2021 já tá pra começar. 


2018 
A primeira temporada teve apenas 9 jogos e apontou uma evidente supremacia dos filmes originais sobre as refilmagens, com destaque, na temporada para a maior goleada até aqui, o 11x0 do "Ben_Hur" de William Wyller sobre o fraquíssimo desafiante de 2016.


2019
A segunda temprada também teve apenas 9 partidas e trouxe o primeiro empate na nossa disputa filme contra filme. Nenhum dos "Bravura Indômita" conseguiu domar e montar o adversário. 


2020
Já o ano que passou, teve o número de jogos das duas temporadas anteriores somadas e, por mais que os remakes tenham dado uma boa reagida, ainda tem que se conformar em não conseguir superar os originais (por enquanto). Curiosidades nesta temporada foram os dois confrontos de filmes de mesmo diretor ("Gloria" x "Gloria Bell", ambos de Sebastián Lelio, e "A Garota de Rosa-Shocking" x "Alguém Muito Especial", os dois de Howard Deutch), os dois placares mínimos nos confrontos dos dois "12 Homens e Uma Sentença" e dos dois "Black Christmass", e o incrível confronto dos Dráculas com uma vitória pra cada lado e empate no placar agregado. No total, uma vitoriazinha apertada dos originais, bem diferente do que acontecera nos anos anteriores.


No geral, os originais ainda gozam de boa vantagem, mas é bom ficarem espertos. Os remakes estão reagindo. 
2021 promete!


C.R.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

"Robocop, O Policial do Futuro", de Paul Verhoeven (1987) vs. "Robocop", de José Padilha (2014)

 



Em "Robocop, O Policial do Futuro", de Paul Verhoeven, de 1987, numa Detroit do futuro, dominada por sádicos criminosos, a polícia foi privatizada e não consegue deter a alta criminalidade. A multinacional OCP pretende substituir os policiais humanos por ciborgues, e aproveita o cadáver do policial Murphy, executado pro uma quadrilha, para criar RoboCop - um misto de máquina e homem a serviço da justiça. Mas as memórias de Murphy, que deveriam ter sido apagadas, ressurgem, e com elas o desejo de vingar-se do seus assassinos.

No "Robocop", do brasileiro José Padilha, de 2014, a ação se passa em 2028 e o conglomerado multinacional OmniCorp está no centro da tecnologia robótica. No exterior, seus drones têm sido usados para fins militares há anos, mas na América, seu uso foi proibido para a aplicação da lei. Agora a OmniCorp quer trazer sua controversa tecnologia para casa, e buscam uma oportunidade de ouro para fazer isso. Quando Alex Murphy (Joel Kinnaman) – um marido e pai amoroso, e um bom policial que faz seu melhor para conter a onda de crime e corrupção em Detroit – é gravemente ferido no cumprimento do dever, a OmniCorp vê sua chance para criar um oficial de polícia parte homem, parte robô. A OmniCorp prevê a implantação de um Robocop em cada cidade para assim gerar ainda mais bilhões para seus acionistas, mas eles não contavam com um fator: ainda há um homem dentro da máquina.

Apresentados os times, vamos ao jogo:

Cada um dos filmes, dentro das suas épocas e propostas, conseguem entregar algo bem positivo. Ambos com suas críticas sociais, com dinâmicas bem feitas em cenas de ação, um com efeitos práticos, e outro indo mais para os computadores e CGI, mas ambos com um bom resultados. Vamos fazer a bola rolar e ver quem ganha esse duelo de Robozão, e não estou falando do CR7.

Antes da bola rolar, vamos destacar os treinadores. Cada com seu estilo porém ambos gostam de atacar, e fazem esquemas bem ousados colocando os times para frente. Não espere um jogo sem gols.

O time de '87, mesmo cheio de volantes marcadores, mordedores, cara feia, não deixa de jogar para o ataque, mas a polêmica já começa no aperto de mão quando o time de 2014 estica a mão para o cumprimento e o de 1987 logo fala, “Tira essa mão! Nada de mão aqui!

Depois da treta começa o jogo e rola a bola. O time de 2014 está com futebol bonito, uniforme lindo, elenco cheio de estrelas, tem mais posse de bola, porém não vai pra frente, só toque lateral, ninguém chama responsabilidade do jogo. Já o time de '87, mesmo sem estrelas, só com a experiente e rodada Nancy Allen, já começa, com futebol “pegado”, às vezes até mesmo violento, mas o juiz deixa rolar e  então a pauleira segue. Na base da intimidação, na força física, o time de '87 consegue impor seu futebol e abre o placar, após vários tiros à meta adversaria, fuzilando o gol. Com uma fotografia suja e uma construção de cenário beirando o pós-apocalíptico, a parte visual o trabalho da direção de arte e efeitos fazem a versão original sair na frente, sem falar no bom uso da violência. Robocop (1987) 1 x 0 Robocop (2014).

 Jogo que segue truncado e mesmo o time de 2014 querendo colocar mais velocidade, não adianta muito, não passando do meio campo e fazendo um jogo morno sem jogadas criativas. No final do primeiro tempo, após os craques de cada time acordarem e começarem a participar mais ativamente do jogo, a partida esquenta. Um deles, mais parado, sem muita mobilidade mas com raciocínio rápido, consegue disparar para meta adversaria, mesmo com curto espaço. O outro é mais rápido, corre pelas pontas, dá dinâmica ao jogo e embora seu estilo de jogo não agrade a muitos, cumpre muito bem a função. Na velocidade e sem sujar seu belíssimo uniforme, Robocop de '14, empata, passeando pela zaga adversaria, deixando os zagueiros caídos no chão. Mas a alegria dura pouco e logo em seguida, o time de '87 vai ao ataque, Robocop vence a batalha contra os fortíssimos zagueiros ED-209, e coloca seu time outra vez na frente. Robocop (1987) 2 x 1 Robocop (2014)


"Robocop, O Policial do Futuro" (1987) - trailer



"Robocop" (2014) - trailer


Os dois times colocam mais velocidade no final da partida, o jogo ganha em emoção e o time de 87 tem bons ataques mas marca mesmo na bola parada, em uma bela falta em que a bola passa por cima da falha barreira policial, e acerta em cheio com suas ótimas críticas ao sistema penitenciário americano. 3x1 para Robocop 87. Minutos depois, em um escanteio, o Robocop de Verhoeven sobe no último andar da OmniCorp para dar uma cabeçada certeira, fazendo seu adversário desabar. 4 x1.

Partida praticamente resolvida e nos acréscimos, mostrando que ter um bom elenco que pode fazer diferença, o segundo volante Samuel L. Jackson, diminui, mostrando como as falsas mentiras, as meias verdades, o sensacionalismo, a manipulação de informações podem ser um grande inimigo. Mas aí já parece ser tarde. O time de 2014 pressiona nos últimos minutos, mas o de '87 está fechado. Vivo ou morto esse time vai sair com a vitória. Fim de jogo.

O novo Robocop até tem um uniforme mais bonito, mas
o antigo mesmo mais pesadão, mais lento, prova dentro de campo que
 não é nenhuma lata velha.


O time de Paul Verhoeven funciona como uma máquina 
e destroça a tropa de elite de José Padilha.



por Vagner Rodrigues


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

"O Vingador do Futuro", de Paul Verhoeven (1990) vs. "O Vingador do Futuro", de Len Wiseman (2012)



Paul Verhoeven pode não ser dos diretores mais elegantes no que diz respeito à sua obra, com algumas coisas bem toscas e sua tradicional violência exacerbada, mas não há como negar que, entre erros e acertos, o diretor holandês já colocou alguns de seus filmes na galeria de clássicos do cinema como é o caso do icônico "Robocop", do polêmico "Instinto Selvagem" e do frenético "O Vingador do Futuro", eletrizante ficção científica de ação que, encorajada por sua dinâmica e potencial, ganhou há alguns anos atrás uma nova versão cinematográfica. O problema principal do remake de "O Vingador do Futuro", de 2012, é que ele tenta se levar a sério demais. Quer tomar um viés político, social, até ecológico. O instigante argumento, baseado no conto de Philip K. Dick ("Blade Runner" e "Minority Report"), é mais bem aproveitado na versão original que é muito mais descontraída que a última, sem chegar a cair exatamente na comédia. A leveza, mesmo entre tiros, explosões e naquele momento o recorde de mortos em filmes de ação, se deve em grande parte à figura do carismático Arnold Shwarzenegger que, mesmo com suas inegáveis limitações de atuação, mesclava como poucos, especialmente naquele momento da cerreira, a capacidade de encarnar o brutamontes durão ao mesmo tempo que fazia o bobão cômico. Já no novo, a estrela principal é Colin Farrell, de quem já não gosto muito mas que, independentemente da minha opinião pessoal, não há como negar que não chega perto do carisma de Shwarzenegger. Ele até se esforça, faz lá uma gracinha que outra mas, notoriamente, está concentrado em sua missão, está compenetrado, está preocupado e isso torna seu personagem chato e distante.
Douglas Quaid (Shwarzie no original e Farrel no remake) é um operário de mineração que, cansado de sua vidinha rotineira é seduzido por um anúncio da empresa Rekall que promete implantes de memória que serão como férias realmente vividas em sua vida com a opção de incrementar a aventura e assumir outra identidade, outra atividade. Quaid escolhe ser agente secreto mas no momento do implante de memória algo dá errado (ou parece dar) e nos é revelado que aquele cliente já tinha um implante anterior e que não seria quem achava que era. Com a diferença que o primeiro Quaid queria férias em Marte e o segundo na União da Bretanha, o centro urbano e administrativo de um planeta Terra semidestruído por uma guerra química, a ação se desenrola em ambos, desenfreadamente, a partir do momento que Quaid sai da Recall. Tudo é muito parecido mas no de 1990 tudo é mais charmoso e cativante, até mesmo os defeitos como, por exemplo, os cenários de Venusville, a zona do meretrício de Marte, bem primários mas... o que seria de "O Vingador do Futuro" sem eles?
A refilmagem tem a vantagem do avanço dos recursos tecnológicos mas os efeitos visuais do original não ficam devendo em nada mantendo-se até hoje como referência no quesito. A cabeça-bomba da "mulher das duas semanas" e o raio-X no terminal de passageiros, os rostos inchando até os olhos quase saltarem das órbitas quando Quaid e Melina ficam expostos à atmosfera de Marte, a própria reprodução da superfície do planeta baseada em imagens obtidas pelas sondas da NASA são impactos visuais que não serão esquecidos facilmente.

"O Vingador do Futuro" (1990)
cena do disfarce no terminal de passageiros em Marte 

"O Vingador do Futuro' (2012)
cena do disfarce no terminal de passageiros da UFB
(referência à cena do original)

Além disso tem os personagens periféricos, muito mais cativantes, cada um a seu modo na versão primeira: Lori, a esposa, está muito melhor na pele de Sharon Stone do que da "soldadona" Kate Beckinsale, embora a disputa seja acirrada no quesito beleza; Melina, a agente do original (Rachel Ticotin) é muito mais simpática do que a do remake, Jessica Biel, feminina e carinhosa quando é pra ser mas durona na medida certa, e até por isso, mais carismática; Cohaagen na nova versão é quase um ninja, enfrentando no braço, de igual para igual o agente Houser (Quaid) numa das cenas decisivas do novo filme, ao passo que no anterior era somente, e muito apropriadamente, só mais um empresário bundinha bem filha-da-puta.
E tinha o Benny do táxi que tinha sete filhos pra criar; tinha o capanga, o cara que explode a cabeça de outro no "Scanners" do Cronenberg (Michael Ironside), e que sempre fazia bons vilões; e tinha o Kuato que ficava na barriga de um cara nos subterrâneos de Marte... e na refilmagem sequer tem um Kuato! Onde já se viu? O remake até faz algumas referências ao velho como à gorda na estação de embarque, à mutante de três seios, mas soam tão jocosas que, se foram homenagem, soaram mais como um injustificável escárnio.
"O Vingador do Futuro" 1990, de Paul Verhoeven ganha com facilidade. Não goleia, mas faz aquele 2x0 clássico, sem esforço. Tem melhores jogadores, melhor técnico e mais conjunto. O filme de Len Wiseman até é esforçado, tem suas qualidades, joga alguma bola, é verdade, mas, me desculpe..., Clássico é Clássico!

O momento em que as memórias são implantadas em Quaid, na Recall, em cada uma das versões.
Ambas os filmes deixam a dúvida se tudo o que acontece a partir dali foi real ou não.

Num jogo corrido, Paul Verhoeven confirma que no mata-mata, ele é o cara e não tem pra ninguém.



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

As 10+1 grandes frases finais de filmes




Tem aquelas frases que marcam o final de um filme e agente lembra delas ainda muito tempo depois e cita e menciona em diversas situações e diálogos cotidianos. Quero colocar aqui algumas das minhas preferidas. As 10 mais!
Mas não são diálogos finais. São um encerramento. Aquela última coisa que um personagem diz e aí baixam os créditos, sobe a música, escurece a tela.
Posso estar esquecendo de alguma mas acho que não. Dei uma ‘busca’ legal na minha cachola.
Aí vão:


Christine, indestrutível.
Será?
1. "Chistine: O Carro Assasino", de John Carpenter (1983)
Para mim, a frase campeã está neste filme. A menina ex-namorada do dono de um carro que sempre começava a tocar rock'n roll sozinho quado matava, ao destruir o carro numa compactadora de ferro-velho, declara cheia de ódio:
"Eu odeio rock'n roll!".
Detalhe: a tela escurece e começa a tocar "Bad to the Bone", de George Thorogood". Seria o carro revivendo mais uma vez ou apenas a música final?
Demais!




Clássico de Brian De Palma


2. "Os Intocáveis", de Brian de Palma (1987)
Depois de uma empreitada ardorosa para apanhar o chefão da máfia e do tráfico de bebidas, Al Capone, quando perguntado o que faria se a Lei Seca fosse revogada, o agente Elliot Ness responde com bom humor e bom sendo:
“Vou tomar um drink.”.
E sobe a exepcional trilha de Ennio Morricone, a câmera sobe por uma avenida de Chicago, se afasta e acompanha Elliot Ness se afastando. Grande final!






Dorothy descobriu em Oz
o valor de sua casa.


3. “O Mágico de Oz” de Victor Fleming (1939)
Depois de ter fugido de casa e ter passado por todoas as aventuras no fantástico reino de Oz, a pequena Dorothy chega à mais óbvia conclusão que poderia:
Não existe lugar melhor do que a nossa casa.”.
Eu que adoro estar em casa e voltar para ela, sempre repito essa.







Grande tacada de Scorsese
4. “A Cor do Dinheiro”(1986), de Martin Scorscese
Do grande Paul Newman, jogador de bilhar revitalizado depois de uma temporada de trambiques com um talentoso porém vaidoso aprendiz. Num embate revanche entre os dois, o velhote dipõe as bolas na mesa, encara o adversário e dispara:
“Eu estou de volta!”.
Uma tacada e fim do filme.
Matador.




Você gosta de olhar, não gosta?


5. "Invasão de privacidade” de Phillip Noyce (1993)
Passa longe de ser um grande filme mas gosto do final quando Sharon Stone, tendo descoberto que era vigiada indiscretamente por seu senhorio e amante, destrói o equipamento de bisbilhotagem do voyeur.  A loira atira nas telas dos monitores de TV onde o curioso observa a intimidade dos moradores e larga essa:
“Arranje o que fazer".
Perfeito!





Apenas humanos.
6. "Robocop 2", de Paul Verhoeven (1990)
Irônica e perfeita frase dita por um robô no segundo filme da franquia original "Robocop".
"Somos apenas humanos".
E diz isso ajustando um parafuso na cabeça.
Ótimo.






Quando se ama...
7. "Quanto Mais Quente Melhor", de Billy Wilder (1959)
Fugitivo de mafiosos e travestido de mulher, a fim de dar credibilidade a seu disfarce, um músico, interpretado brilhantemente por Jack Lemmon, infiltrado numa orquestra feminina, depois de ter "conquistado" um velhote ricaço e diante de um inusitadíssimo pedido de casamento, é obrigado a se revelar como homem, ao que surpreendentemente ouve como resposta:
"Ninguém é perfeito”.
Mestre Billy Wilder.




O bom filme "Kuarup"
8. “Kuarup”de Ruy Guerra (1989)
Outro que não é um grande filme mas tem um final marcante. O personagem interpretado por Taumaturgo Ferreira, diante de uma total derrocada final, sem perspectivas é perguntado sobre o que iria fazer então diante daquela situação:
“Eu vou fazer um Kuarup”.
Sempre penso nessa frase final quando não há mais nada o que fazer.









Confusão de corpos, frases,
sentimentos, significados e lugares.
9. “Hiroshima, meu amor” de Alain Resnais” (1959)
Revelação bombástica do jogo sensual e enigmático dos amantes, ele japonês e ela francesa, em meio a lençóis no clássico de Alain Resnais.
“Teu nome é Nevers”.






A boca vermelha de Maria.
O adeus à pureza?


10. "Je Vous Salue, Marie!", Jean-Luc Godard, de 1985
Maria se dá o direito de ser mulher. Fuma, passa um batom escarlate vibrante nos lábios e é saudada pelo "anjo" Gabriel com a frase:
“Je vous salue, Marie!".
Ih, parece que o menino Jesus vai ter um irmãozinho.






e como extra...

10 +1.  "Cidadão Kane", de Orson Welles (1941)
Frase que não é frase e que também não é dita, é mostrada no trenó do magnata Kane, quando jogado ao fogo, sendo que sabemos que fora a última palavra proferida por ele antes de morrer, e é a palavra que encerra a obra-prima de Orson Welles:
"Rosebud".
E sobe a fumaça, sobe a trilha e... FIM.

Cena final de Cidadão Kane, considerado por muitos o melhor filme de todos os tempos.

domingo, 7 de setembro de 2008

"A Espiã", de Paul Verhoeven (2006)




Perdi no cinema, mas locamos ontem para ver "A Espiã" do holandês Paul Verhoeven, que havia sido muito elogiado quando do seu lançamento.

Muito bom filme. Muito bom, mesmo.

Envolvente, tenso, mantém o clima, mantém a a tensão e o interesse.

Me parece a reabilitação do diretor depois de uma jornada americana de altos e baixos, com filmes interessantes como Robocop e Vingador do Futuro e o ótimo Instinto Selvagem e horríveis como Tropas Estrelares e o lixo-cult Showgirls.

Trata da história de uma judia que depois de perder a família numa emboscada dos nazistas, trabalha para a resistência holandesa infiltrada no escritório alemão após seduzir e se envolver com um dos oficiais.

Tem todos os elementos de Verhoeven americano mas com o toque de Verhoeven europeu: violência, sensualidade, ação e um roteiro envolvente. O curioso é que tem uma surpresa que se espera que aconteça, mas que não acontece como se poderia prever, o que valoriza o suspense.

Bem legal. Ótima sessão do meu sábado à noite.


Cly Reis