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sábado, 30 de maio de 2015

Steve McQueen: O maior "filho da mãe" do cinema




McQueen pilotando de verdade o Mustang em "Bullit"
Ele foi o maior “filho da mãe” que já existiu no cinema. Steve McQueen era várias pessoas numa só. Honesto, desonesto, amável, odioso, modesto, presunçoso, inteligente, maduro, infantil. Era capaz de jurar amor eterno à esposa e ter um caso logo a seguir. Era desatento com os amigos, mas extremamente generoso com estranhos. Falava sobre os perigos das drogas, mas não conseguia evitá-las. Os paradoxos eram fascinantes em Steve McQueen, que era o derradeiro paradoxo. Sua complexidade era tão grande assim como a lista de mulheres que ele levou para cama. O ator sempre foi tido como uma pessoa difícil e competitiva, mas ao mesmo tempo de uma intensidade e generosidade humana enorme. Buscou autenticidade em todos os seus papéis no cinema, desde pilotar ele mesmo os carros e motos nas perseguições de “Bullit”, “Le Mans” e “Fugindo do Inferno”, a cortar o cano de uma arma para ser mais autêntico ou mesmo desafiar Yul Brynner com as técnicas de Lee Strasberg no set de “Sete Homens e um Destino”.
Colecionou carros, aviões e motos, teve mais de 100, assim como mulheres, das quais teve bem mais. Era um grande “come quieto”: roubou Ali Mcgraw de Robert Evans nas filmagens de “The Getaway“, de Sam Peckinpah, em 1972. Evans o odiou para sempre. Não poupou as esposas e namoradas de outros atores, produtores e diretores. Mas nunca cedeu às investidas de Natalie Wood por ser grande amigo de Robert Wagner. Semeava a discórdia e inveja por onde passava. Parte dos atores hollywoodianos o detestavam e quase nunca o indicavam para prêmio algum. Não foi nomeado ao Oscar por “Papillon” (recebeu apenas uma nomeação na vida), o maior papel de sua carreira e, quando foi indicado ao Globo de Ouro, pediu que enviassem o prêmio pelo correio.
Com Ali McGraw em "The Getaway",
um de seus inúmeros casos amorosos
Seu maior rival no cinema foi Paul Newman. Chegaram a brigar para ver quem teria o nome em maior destaque no cartaz de “Inferno na Torre”. Assim também foi com Brynner, Faye Dunaway e Dustin Hoffman, a quem ele dava conselhos não muito bem aceitos pelo colega de “Papillon”. Mas foi Bruce Lee, seu grande amigo e professor, quem mais o invejou na vida. Chegaram a discutir por cartas para ver quem era o mais famoso. McQueen dizia que ele queria ser o McQueen da Ásia. Já com James Coburn e Robert Wagner existia uma admiração mútua e grande amizade.
A rebeldia do “King of Cool” era fruto de um lar violento e do pai que ele não conheceu segundo alguns amigos. Isso fez com que ele fosse para um reformatório na juventude e depois saísse na busca de um sucesso que, por fim, ele considerou efêmero. No início da carreira, o ator fez muitos filmes por dinheiro e depois acabou repudiando e criticando o sistema de Hollywood. Recusou ofertas milionárias de filmes como “Apocalypse Now”, “Dirty Harry” e “Operação França” e optou por fazer as suas escolhas. Muitas delas em produções duvidosas e de fracassos comerciais anunciados, Mesmo assim, seu legado para filmes que envolvem ação e perseguições é considerado enorme até hoje. Como esquecer a cena de “Bullit” em que McQueen fez sua própria pilotagem, neste que foi o primeiro filme com som ao vivo da história (sim, sem usar nada de sonoridade adicional!), ou ele de novo se aventurando a pilotar uma moto Triumph em “Fugindo do Inferno”, tudo porque os pilotos alemães eram lentos demais. O cara era de Indianápolis, tudo explicado.
A rara última foto do ator
antes de morrer, em 1980
Em 1980, o ator foi diagnosticado com um câncer raro de pulmão. Neste ano ele filmaria “The Hunter”, seu último filme. McQueen saiu em busca da cura e foi ao México. Tentou todas as formas alternativas para conter a doença: dietas, ervas, curas holísticas, etc. Mas nada foi eficiente e o câncer se alastrou. Ele dizia que estava nas mãos de Deus e que o divino já tinha sido generoso antes, pois há anos atrás o ator tinha sido convidado para o jantar na casa de Roman Polanski na noite em que os Manson fizeram a chacina que matou a atriz Sharon Tate e mais quatro pessoas. Ele teria ligado a ela e desistido na última hora. Mesmo assim, nada foi suficiente. Em novembro de 1980, ele sucumbiria aos 50 anos de uma vida breve mas cheia de intensidade e brilhantismo a uma doença causada pelo contato com amianto. Martin Landau disse certa vez: “Sei que poucos vão chorar por este ‘filho da mãe’, mas entre 2 mil atores da audição histórica de Lee Strasberg, só eu e eles passamos, entende, só eu e ele, ele era um ‘filho da mãe’ e tanto".
Depois de sua morte, soube-se que McQueen em seus anos de reclusão visitava em segredo entidades sociais e doava milhões a lares de crianças e idosos. Em um destes lares sentado ao chão ao lado de um menino, ele disse com lágrimas nos olhos: "Aqui é muito difícil, lá fora também é, a vida não é como nos filmes, mas jamais percam seus sonhos e suas esperanças, tio Steve sempre estará aqui”. E assim foi.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

“Queremos o Escalpo do General Branco” - A Morte de Custer


Na figura, Custer em socorro a um de seus soldados
"Quero que todos saibam
que não estou disposto a vender
parte alguma de minha terra,
nem quero os brancos
cortando nossas árvores
ao longo do rio”.
Touro Sentado




O ano era 1876, a sétima cavalaria comandada pelo famoso e controverso general George A. Custer, se deslocava para Little Big Horn no estado de Montana. Batedores tinham visto movimentos de índios na região, há anos Custer que era um veterano da Guerra da Secessão vinha combatendo e matando estas tribos. Dois anos antes na reserva de Black Hills o general descobriu ouro o que gerou uma corrida de aventureiros em terras indígenas. Os índios Sioux, Cheynnes e Arapahoes liderados por Touro Sentado formaram uma confederação para proteger suas terras, atacando quem as invadisse. Com a desculpa e o pano de fundo de que os índios estavam muito rebeldes, tropas marcharam para a região e a ordem era matar quem não cooperasse, no fundo todos queriam um pouco do ouro. Custer era um exímio cavaleiro, lutou Gettysburg e tinha no seu destacamento 655 homens, a elite da Cavalaria Americana, era odiado por todos chefs indígenas, inclusive por Cavalo Louco e Cavalo Doido que o juraram de morte. O general marchou à noite inteira e ao amanhecer recebeu a noticia de que o acampamento dos índios estava a poucos quilômetros.
A Cavalaria em combate com os indígenas
Rapidamente ele dividiu suas tropas e imaginava pegar os índios de surpresa. As forças de Custer atacaram o acampamento, mas batedores índios já haviam avistado a poeira levantada pelos cavalos, subitamente milhares de índios surgiram com arcos, flechas, machadinhas e rifles. Um dos comandantes da tropa de Custer ordenou que seus homens desmontassem e formassem uma linha de tiro, foi em vão, os índios romperam a linha agilmente com seus cavalos e dizimaram parte dessa tropa o restante bateu em retirada, muitos sobreviventes se afogaram no rio e os demais tentariam se agrupar em uma colina. Os guerreiros desistiram deste destacamento que já estava em frangalhos e rumaram para atacar o de Custer na aldeia acima. Cavalo Louco ia à frente de todos os índios aos gritos, a ordem agora era escalpelar. Com as tropas divididas, Custer tinha ficado com 231 homens, Nuvem Vermelha, outro grande chef, já tinha aniquilado grande parte dos soldados restantes.
Dustin Hoffman em
"O Pequeno Grande Homem"
No combate Custer acuado esporeou o cavalo e ordenou que seus homens subissem uma colina, era seu último baluarte, no trajeto matou alguns guerreiros com seu Colt, ao chegar ordenou que todos matassem seus cavalos a tiro, ele que sempre matava manadas de mustangues para que os índios não as aproveitassem, agora exigia que seus homens abatessem seus animais para formar uma barricada de defesa . Sua esperança era aguentar até obter ajuda, mas era tarde, a fuzilaria já tinha vitimado quase que toda a sétima dos EUA. Custer ainda resistiu cercado por milhares de guerreiros que aos gritos queriam escalpos, mas seu esforço não o salvou, ele morreu tiroteado, lanceado e foi escalpelado esperando por uma ajuda que nunca chegou. Muitos dizem que Custer ignorou estratégias de guerra e ainda por cima subestimou estes povos os quais ele chamava de “selvagens e primitivos”. Esta foi a última vitória das nações indígenas contra os exércitos dos EUA que nos anos seguintes trataram de exterminar quase que totalmente estas raças. No filme "O Pequeno Grande Homem", com Dustin Hoffman, dá para ver um relato deste evento, assim como em outras produções.



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sam Peckinpah: Um Poeta na Direção



"Tragam-me a cabeça
de Alfredo Garcia"
Tenho um fascínio enorme por estes três filmes de Sam Peckinpah. Seu estilo de violência gerou polêmicas e fez com que ele fosse uma espécie de renegado por Hollywood. De personalidade forte, bebeu, usou drogas e fazia tudo a seu jeito. São famosas suas brigas com diversos atores, produtores e executivos, entre eles Charlton Heston. Mas também teve grandes e fiéis amigos como os atores Ben Johnson e Warren Oates, o qual ele fez questão de presentear com o personagem de "Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia".
Dustin Hoffman no impressionante papel do
serial-killer de "Straw Dogs"
Quem não lembra a cena-presságio dos meninos sacrificando um escorpião em "Meu Ódio Será sua Herança", sua grande obra-prima? Ou do estupro quase que consentido em "Sob o Domínio do Medo", o qual a personagem tinha desejo por seu estuprador e que terminou com o marido (Dustin Hoffman) eliminando violentamente um a um seus agressores e de sua esposa? Em "Traga-me...", Oates, com uma cabeça decepada dentro de um saco, tiroteia com caçadores de recompensa no deserto, matando todos nas famosas cenas em slow do diretor. Esse último filme foi todo filmado no México e com baixo orçamento, já que os estúdios não queriam financiar seus filmes nos EUA. Apelidado de "Poeta da Violência", Peckinpah quebrou a morosidade da indústria de cinema americana, mas seu estilo soava uma afronta e muitos diziam que beirava o fascismo.
Eu penso que ele foi um diretor muito à frente de seu tempo, inovador e estilista. Usava essa violência como uma espécie de metáfora-protesto contra a própria violência. Sempre quando vejo ou revejo um de seus filmes, tudo me parece tão atual. Prefiro a alcunha de "poeta" na direção. É isso que ele foi.
“Meu ódio Será Sua Herança”






quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Meus 50 atores e Christhopher Walken



Christopeher Walken na marcante cena
da roleta russa em "O Franco Atirador"
Ainda hoje tenho certeza que foi o Christopher Walken que matou a atriz Natalie Wood em 1981. Na fatídica noite, estavam ela, seu marido, o ator Robert Wagner, e Walken, todos bebendo muito a bordo de um iate. Após uma discussão entre os dois "amigos", a atriz sumiu e só foi encontrada horas depois, morta afogada. Naquele ano o caso foi encerrado e a causa da morte foi diagnosticada como afogamento. Em 2011, os arquivos foram reabertos e com novas evidências, hematomas no corpo da atriz levaram a investigação para outros rumos que poderiam apontar um assassinato. Acusações à parte, o certo é que Walken sempre me assustou. Aquela sua cara de “American Psycho” poderia muito bem ter dito a Wagner; "Se você me dedurar, será o próximo, te acharei no inferno". Eu entenderia o aviso rapidinho.

Quatro anos antes ele ganhava o Oscar de melhor ator coadjuvante por "O Franco Atirador", do Michael Cimino, um filme totalmente ambientado em diversos contrapontos que vão da loucura, drogas, sexo etc. Pra ter uma noção do clima do filme, nas cenas de roleta russa, os atores Robert De Niro, Walken e John Cazale chegaram a usar balas de verdade para das mais veracidade. Cazale, que já estava com seus dias contados por um câncer terminal, dizia que nada tinha a perder. Na minha lista de 50 atores em grandes atuações, Walken está presente como um símbolo de visceralidade, loucura e medo em termos de atuação. O ator já fez mais de 100 filmes, clipes e peças. Na vida real, ele consegue ser um dos únicos seres na terra o qual eu temeria mesmo. Tenho um certo “amor e ódio” por sua figura. Mas desejo longa vida ao mr. Walken, e que não saia impune de seu(s) crime(es), se é que foi ele.

Abaixo, senhores, minha lista de melhores atores em suas grandes atuações. Completei com atores das listas que amigos compartilharam comigo e fiz uma única:



Marlon Brando - O Poderoso Chefão


- Robert De Niro - Touro Indomável
- Al Pacino - Scarface
- Malcom McDowell - Laranja Mecânica
- Dustin Hoffman - Midnight Cowboy
- Henry Fonda - Era uma Vez no Oeste
- Sean Connery - Os Intocáveis
- Jack Nicholson - O Iluminado
- Paul Newman - Butch Cassidy
- Robert Redford - Todos os Homens do Presidente
- Robert Duvall - Apocalypse Now
- Anthony Hopkins - Silêncio dos Inocentes
- Joe Pesci - Os Bons Companheiros
- Tom Berenger - Platoon
- Val Kilmer - The Doors
- River Phoenix - Conta Comigo
- Bruno Ganz - A Queda
- Jean Reno - O Profissional
- Cristian Bale – Psicopata Americano
- Gael Garcia Bernal - Amores Perros
- Heath Ledger – Batman - O Cavaleiro das Trevas
- Cristhoph Waltz - Bastardos Inglórios
- Wagner Moura - Tropa de Elite
- Ian McKellen - O Senhor dos Anéis
- Daniel Day-Lewis - Sangue Negro


- Kevin Costner - Dança com os Lobos
- Charlton Heston - Ben-Hur
- Leonardo DiCaprio – O Lobo de Wall Street
- Rutger Hauer - Blade Runner
- Javier Bardem - Onde os Fracos não Tem Vez
- Eli Wallach - O Bom, o Mau e o Feio
- Harrison Ford - Indiana Jones, Caçadores da Arca Perdida
- Russel Crowe - Gladiador
- Charlie Sheen - Platonn
- Ricardo Darin - O Segredo dos Seus Olhos
- Woody Harrelson - O Povo Contra Larry Flint
- Emile Hirsch - Na Natureza Selvagem
- Roberto Benigni - O Monstro
- Willian Holden - Meu Ódio será Sua Herança
- Morgan Freeman - Um Sonho de Liberdade
- John Cazale - O Poderoso Chefão II
- Warren Oates - Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia
- Matheus Nachtergaele – O auto da Compadecida
- César Troncoso – O Banheiro do Papa
- Juan Villegas - El Perro
- Mel Gibson - Gallipoli
- Michael Fassbender - 12 Anos de Escravidão
- Matthew McConaughey - Clube de Compras Dallas
- Sean Penn - O Pagamento Final
- Christopher Walken - O Franco Atirador





com a colaboração de:
Carlos França, Josi Rizzari, Daniel Cóssio Porto,
Daniel Russell Ribas, Fernando De Souza Médici,
Daniel RodriguesRicardo Lacerda e José Francisco Botelho.