sábado, 5 de março de 2011
Coluna dEle #20
Ziriguidum-ziriguidum-terecoteco!
Aí, galera, é carnaval e Eu já tô no clima.
Já estamos todos sob o reinado de Momo, portanto não Me encham o saco por estes dias porque Eu não tenho responsabilidade nenhuma pelo que acontecer até quarta-feira. É tudo com ele.
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Por falar em governo, os ditadores tão caindo que nem moscas ali pelo oriente-médio, hein! Já caiu o 'faraó' Mubarak, querem a cabeça do da Tunísia, do seu Bahrein, agora querem o tal do Kadaffi... Se a moda pega do povo derrubar quem tá a muito tempo no poder, é bom Eu me cuidar.
Se bem que Eu não sou exatamente um ditador (ou sou?). Só gosto que tudo seja exatamente como eu quero e não largo esse trono aqui de jeito nenhum.
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E sobre 'majestades', o tal do Imperador não toma jeito, mesmo! Dirige bêbado, falta a treino, não se apresenta... Eu já disse que dei todas as chances pro cara. O pior é que quando esses caras são pequenos ficam lá rezando, pedindo pra sair da favela, ser alguém na vida, ter dinheiro e blablablá, aí o Trouxa aqui consegue isso pro cidadão e o fulano só Me faz merda na vida. Pô, aê, cansei. Dá teu jeito agora.
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Ainda sobre futebol, fiquei sabendo que o Fenômeno parou. Putz! Esse Eu fiz jogar pra cacete. Pra esse e o pro Baixinho Eu dei o 'dom da grande área'. Se bem que o Romário andou dizendo, uma época aí, que os outros até podiam ser Reis do Rio mas que Deus só existia um. Quero crer que não estivesse se referindo a ele mesmo.
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Aliás, o Romário Eu soube também que está em carreira parlamentar, é verdade?
Mas vocês, hein! Depois vem me 'chorar as pitanga' que no congresso só tem ladrão, que não votam tal projeto, que não aprovam isso ou aquilo, que não tem quórum... Também, vocês elegem cada um! E esse nem é o pior: Eu soube também que vocês elegeram o Tiririca. Tão de brincadeira. Quando Me falaram Eu não acreditei. Acho que Eu mesmo vou parar o mundo pra Eu descer.
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Não é só isso que Me faz querer descer do Meu Mundo, eu soube também que a Sandy tá fazendo uma campanha sensual, aí, pr'uma cerveja. Tipo, uma devassa e tal, né? É sério?
'Cês devem tá de pilha pra cima de Mim!
Eu boto tanta mulher gostosa no mundo, umas verdadeira potranca exalando sexo pelos poros e os caras Me põe a Sandy como devassa? A loirinha piranha aquela que fez no ano passado tava melhor. Não tem lá muita carne mas (a Patroa que não me leia) até que dá pra dar uns 'tirinhos'. Mas essa garota, a outra metade do Júnior, é tão devassa quanto um pacote de bolacha, um pneu velho, um lápis... Hmmm! Acho que tô ficando excitado.
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A propósito de coisas fora do lugar, acho que vocês querem Me deixar louco: a Dona Encrenca aqui tava vendo a novela esses dias e eu vi que o Lázaro Ramos tá de galã da novela.
Como é que é?
Devem estar de sacanagem comigo!
Cara, talento Eu dei muito pr'aquele cara - até acima da média, por sinal -, mas eu lembro que quando foi pra passar na fila da beleza, aqui em cima, antes de nascer, ele tava com tanta pressa e nem quis entrar.
Pra vocês verem...
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E ainda sobre TV, Eu fiquei impressionado de saber que vocês aí tão assitindo a mais um Big Brother!
Se Eu que tenho o recurso de ficar vendo vocês aqui o tempo inteiro já não aguento isso, não sei como é que vocês suportam 11 edições daquele troço. E uns pagam pay-per-view pra isso! Mas... gosto é gosto.
A culpa é Minha. Eu que fiz vocês assim.
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Bom, vou meter o pé. Cair fora. Ralar peito.
Como Eu sei que o tal do Momo só quer o governo provisório pra folia, dos assuntos sérios quem tem que cuidar sou Eu.
Fui, então.
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Sugestões, reclamações, pedidos, preces, desejos, súplicas para o e-mail:
god@voxdei.gov
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quinta-feira, 25 de novembro de 2021
Bento Jazz & Wine Festival - Casa das Artes - Bento Gonçalves/RS (19, 20 e 21/11/2021)
Estive no último final de semana em Bento Gonçalves acompanhando a segunda edição do Bento Jazz & Wine Festival, que tem a curadoria do meu amigo Carlos Badia. Depois de uma abertura festiva com o Secretário da Cultura, Evandro Soares, o ex-prefeito Guilherme Pasin e do atual Diogo Siqueira, foi feita a homenagem à pianista, tecladista e cantora Ana Mazzotti, que deu nome ao palco da Rua Coberta. Pra começar a função na sexta-feira, tivemos o Quarteto New Orleans, formado por Roberto Scopel no trompete; Luis Carlos Zeni no sax tenor; Jhonatas Soares na tuba e Edemur Pereira, na percussão. Nos moldes da POA Jazz Band, o grupo toca clássicos do dixieland, como a clássica "When The Saints Go Marching In". No final da apresentação, o Quarteto New Orleans desceu do palco e se misturou ao público, bem ao estilo da cidade americana.
Na sequência, no palco do teatro da Casa das Artes - um moderno centro cultural incrustrado na Serra - o Quartchêto iniciou as comemorações de seus 20 anos de estrada. Com sua formação inusitada de trombone, violão, acordeon e bateria e percussão, a banda desfilou composições de seus três discos com destaque para "Mas Tá Bonito". A novidade nesta apresentação foi a adição de Matheus Kleber no acordeon em substituição a Luciano Maia, que segue sua carreira solo. Como sempre, o Quartchêto demonstrou sua competência em mesclar os ritmos gaúchos à sonoridade do trombone de Julio Rizzo. Hilton Vacari mantém a base rítmica enquanto Ricardo Arenhaldt mostra todo o veneno do percussionista brasileiro.
Depois tivemos uma das surpresas do festival: o trio Blue Jasmine, formado por Fran Duarte na voz, Débora Oliveira na harmônica e Karina Komin na guitarra. As meninas fizeram um repertório de blues, R&B e rock com segurança e musicalidade. Entre as músicas apresentadas, estava "See See Rider", gravada originalmente pela blueseira Ma Rainey. A primeira noite foi fechada pelos caxienses do De Boni Quarteto. Liderada pelo acordeonista Rafael De Boni, a formação, que tem ainda Lázaro Rodrigues na guitarra, Gustavo Viegas no baixo elétrico e Cristiano Tedesco na bateria, passeia pelas sonoridades portenhas, com forte influência de Astor Piazzolla.
A El Trio, abrindo a tarde de sábado com jazz moderno |
A tarde de sábado iniciou com as evoluções jazzísticas do DJ Zonatão, tocando Miles Davis, Jeff Beck e George Benson. A música ao vivo começou com El Trio, que tem Leonardo Ribeiro no violão e voz, Cláudio Sander nos saxes tenor e alto e Giovani Berti na percussão. Com forte acento nos ritmos latino-americanos, o El Trio também acerta no repertório de clássicos do jazz como "Tutu", de Miles, e "A Night in Tunisia", de Dizzy Gillespie. Leonardo mantém a harmonia e Giovani no ritmo, enquanto Sander mostra porque é um dos melhores saxofonistas do estado.
O trio de Leonardo Bitencoutrt |
Uma das bandas mais interessantes surgidas no Rio Grande do Sul, o Quinteto Canjerana cativou o público da Rua Coberta com as músicas de seus dois discos gravados. Com Zoca Jungs na guitarra, violão e viola; Maurício Horn no acordeon, Alex Zanotelli no baixo elétrico, Maurício Malaggi na bateria e Fernando Graciola no violão, o grupo mostrou como se pode fazer música gaúcha instrumental contemporânea, dosando as sonoridades dos ritmos do Sul com uma abordagem moderna. A noite de sábado encerrou com um dos destaques de todo o festival, o violonista Lúcio Yanel. Argentino mas radicado há 38 anos aqui no Brasil, Yanel deu uma verdadeira aula do violão portenho e pampiano, passando por chacareras, milongas e valsas. Somente com seu violão, o músico conseguiu fazer com que o público ficasse hipnotizado com sua técnica exuberante.
Yanel: aula de violão portenho |
O domingo começou com o trio de Bento Teia Jazz, que misturou composições próprias com standards. A proposta é interessante e mais estrada vai solidificar o som do grupo. O blues esteve representado pelo Alê Lucietto Trio que interpretou Muddy Waters, Jimi Hendrix e Eric Clapton junto com músicas da banda e animou o público com uma linguagem mais roqueira.
Um dos shows mais esperados do Bento Jazz & Wine Festival foi o de Renato Borghetti Quarteto, que mostrou uma grata surpresa: a participação de Jorginho do Trompete, substituindo o flautista e saxofonista Pedrinho Figueiredo, que estava em outro compromisso. Foi muito interessante ver e ouvir como as composições de Borghetti como "Passo Fundo" e "Milonga Para as Missões" se modificaram com a sonoridade rascante do trompete. Acompanhando os dois e mostrando suas habilidades musicais, estiveram os habituais Daniel Sá ao violão e Vitor Peixoto ao teclado.
Após a música vibrante de Borghettinho, o teatro da Casa das Artes recebeu um dos grupos mais instigantes surgidos no estado, a Marmota. Com os integrantes Leonardo Bittencourt e André Mendonça, que já haviam participado no sábado, tivemos o baterista Bruno Braga e o substituto de Pedro Moser, a revelação Lucas Brum na guitarra. Este se mostrou plenamente integrado ao intrincado e desafiador som da banda. Apresentando as músicas de seus dois discos, "Prospecto" e "À Margem", o quarteto ainda deu lugar a novas composições. O público aplaudiu de pé as evoluções instrumentais de rapaziada.
Para fechar o Bento Jazz & Wine Festival, o palco da Rua Coberta recebeu o Paulinho Cardoso Quarteto em sua formação clássica: Paulinho no aocrdeon, Zé Ramos na guitarra, Miguel Tejera no baixo e Daniel Vargas na bateria. Fazendo sua mistura bem sucedida de música regional com ritmos brasileiros, o grupo foi o perfeito fechamento para três dias de intensa atividade musical. Obrigado, Carlos Badia, e à cidade de Bento Gonçalves por abrir espaço para o instrumental, especialmente após a pandemia. Esperamos ansiosamente a terceira edição do evento em 2022.
Confira mais fotos dos shows do Bento Jazz & Wine Festival:
Paulo Moreira
terça-feira, 26 de abril de 2016
15 filmes essenciais de prisão
Dustin Hoffman e Steve McQueen
em "Pappilon"
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Sônia Braga nos lances oníricos
do filme.
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Os próprios presos constroem a
narrativa no documentário.
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