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segunda-feira, 20 de julho de 2020

"Drácula", de Tod Browning (1931) vs. "O Vampiro da Noite", de, Terence Fisher (1958)



Dois incríveis filmes! Verdadeiras obras de arte que carregam a essência da palavra CLÁSSICO, com todas as letras maiúsculas. Duas atuações que imortalizaram o maior vampiro de todos os tempos, o temível Conde Drácula. Os melhores Dráculas até hoje (com Gary Oldman, chegando perto), Bela Lugosi, em 1931, e Christopher Lee, em 1958. Ambas obras marcaram época, deram início a coisas grandiosas como o universo de monstros na Universal e da Hammer, e são referências quando o assunto é Conde Drácula para eternidade...
Mas que tal irmos então ao jogo?
A partida vai acontecer à noite, é claro e, na verdade, teremos duas partidas (por essa você, esperava não é?). O primeiro jogo na Transilvânia, estádio charmoso, arquitetura clássica, apenas a torcida que é meio morta. "Drácula" de '31 começa tímido, demora para pôr as garras de fora (literalmente) mas a brincadeira com luz e sombra ajuda o futebol desse filme. Bela Lugosi, individualmente, faz jogadas gêniais com suas caretas e isso sem duvida é gol para o time de 1931: 1 x 0 para Drácula antigão. O time de '58 já é mais direto: logo no inicio já vai com sede e o trio de armadoras, “As noivas de Drácula”, já partem para o ataque. Christopher Lee, com sangue nos olhos, não fica atrás e vai pra dentro do adversário. Ele é imponente, amedronta a defesa, joga sua capa, esconde a bola e GOOOOOL! 1 x 1, partida empatada.
O confronto na Transilvânia é resolvido nos detalhes. O Drácula de '31 tem um futebol mais vistoso, um castelo muito elegante e assustador e um cenário que faz a diferença. Eis que a bola é erguida na área, Reinfeld come mosca e, Bela, voando, como um morcego marca para o time de '31. GOOOOL!!! E é fim de papo na primeira partida: Drácula de '31 (2) x (1) Drácula de '58.

"Drácula" (1931) - trailer


Mas calma, temos o jogo da volta...


"O Vampiro da Noite" (1958) - trailer


Após uma longa viagem de barco, chegamos a Londres para o segundo confronto entre as duas equipes. Mesmo fora de casa, o time de '31 tem muito do brilho de Bela Lugosi que continua se destacando. Ele desfila pela cidade e sua chegada na Terra da Rainha é fantástica. Bela morde a bola como um lobo. Ele é jogador elegante, daquele tipo que costume-se dizer no “futebolês” que "joga de terno" e não demora a abrir o placar. Parece que o time joga por música, como se jogasse ao som de uma ópera. 1 x 0 para Drácula de '31.
Mas chega a segunda etapa do jogo de Londres e parece que o time de '58 começa a mostrar que tem mais elenco que seu adversário. E aí que outro craque resolve mostrar todo seu talento: Peter Cushing como Doctor Van Helsing começa aparecer mais, pede mais a bola, distribui o jogo (e o alho), pelo campo. Faz umas boas tabelas com Lee, mas é claro, é Lee quem empata o jogo numa fantástica entrada pela janela de Lucy. Hipnotizando a zaga o craque do horror marca o gol: 1 x 1.
Mostrando que um grande elenco faz a diferença, Peter Cushing, vai ao ataque, dá uma enfiada de estaca entre a defesa do adversário, direto no peito de Lee, que mata e, mesmo cansando, já se arrastando em campo, quase virado só em pó, marca mais uma para fechar a tampa do caixão. De virada, vitória do time de '58. Drácula '31(1) X (2) Drácula '58.
Que clássico, senhoras e senhores! Ou, melhor, que clássicos!


Bela e Lee, dois estilos de jogo diferentes,
o primeiro mais refinado e o segundo mais sanguíneo.

Como não era mata-mata (até porque é muito difícil matar um vampiro)
ficamos assim mesmo, num bom e justo empate.
Afinal de contas, os placares espelhados refletem bem o equilíbrio do confronto
(se bem imagem de vampiro não reflete no espelho). 





por Vagner Rodrigues

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bauhaus - "Burning From the Inside" (1983)


“...nós nunca fomos góticos, fizemos uma música de brincadeira ["Bela Lugosi is Dead"], uma ironia e um monte de idiotas no mundo começou a nos chamar de góticos."
Peter Murphy


Bauhaus é uma banda frequentemente substimada pelo seu aspecto dark, excessivamente teatral, mas atrás do que se escondiam, contudo, boas qualidades, boas referências musicais e literárias, um vocalista com bons recursos, instrumentistas criativos e nada desprezíveis. A verdade é que ao entrar na década de 80, o punk do final da década passada, ganhava outras características e com bandas como Sisters of Mercy, The Cure, Siouxsie and the Banshees, desacelerava aquele som, preenchia mais o ambiente com bases de teclados e sintetizadores, abordava temáticas mais pessimistas e soturnas e dava uma estética a este estado de espírito, tão densa e angustiante quanto suas letras e atmosferas. É verdade que o visual somado à proposta meio expressionista, tirava um pouco da credibilidade sonora do novo movimento que se ensaiava, ainda mais sucedendo exatamente ao punk que era extremamente ativo, engajado, revoltado, o que fazia aquele pessoal de preto parecer meramente um bando de fantasiados pro dia das bruxas sem nenhum valor musical. Mas isso não era verdade. O chamado rock gótico produziu muitos bons discos e alguns, diria, muito bons, como é o caso de “Burning From the Inside” do Bauhaus, de 1983, que se destaca na curta e interessante discografia da banda pela ousadia e experimentação, se afastando um pouco das próprias características. Diferencia-se também por prescindir em alguns momentos de gravação e produção, da presença do vocalista Peter Murphy, doente naquele período, fato que, por um lado dava mais liberdade e autonomia aos outros integrantes, mas por outro, prenunciava o possível fim da banda, que se confirmou logo em seguida.
Mas “Burning From the Inside” mostra uma banda mais madura em relação à própria obra e por isso mesmo arriscando mais. É um disco daqueles com ‘cara’ de grande álbum, sabem? Estrutura de grande disco: grande abertura, faixas de ligação, vinhetas importantes, faixa monumental e um final depois do final.
A abertura na qual se destaca uma envolvente linha de baixo e uma guitarra corrosiva traz a excelente “She’s in Parties” interpretada de forma magistral por Murphy; canção que depois de ‘terminar’, praticamente recomeça só instrumental com o baixo de David J. ainda mais marcante e mais recheada de efeitos, ecos e sintetizadores. Traz na seqüência um punk com roupagem preta na anárquica, “Antonin Artaud”, que por sua vez já emenda na vinheta”‘Wasp”, uma curta introdução de rabeca que leva à mística “King Volcano”, uma espécie festa cigana com inserção gradual de instrumentos acústicos cantada num coro ritualístico assustador.
Depois daí, aparecem dois momentos curiosos no disco pela ausência de Peter Murphy, e é onde os outros integrantes, Ash, Hawkins e David, tomam conta e já dão um ar meio Love & Rockets, futura banda dos três, para o som do disco. “Who Killed Mr. Moonlight” é uma balada soturna pontuada por um piano e cantada por Daniel Ash,; e “Slice of Life”, cantada por ele com o baixista David J., aparece com uma abertura de guitarras ‘luminosas’ que parecem nos permitir uma breve saída do claustro. Na seqüência vem “Honeymoon Croon” que também tem um som mais aberto e apresenta um teclado que remete a The Doors; seguida de “Kingdom Coming” que mostra uma beleza sombria que alterna luz e trevas quase ao mesmo tempo. Mas é a faixa que dá nome ao disco que faz arrepiar todos os pelos do braço: “Burning From the Inside”, uma longa viagem tormentosa com uma guitarra pesada, alta e quase monocórdia servindo de base para a voz de Peter Murphy soar mais horripilante do que nunca, durante mais de nove minutos, ao longo dos quais a música é entremeada por uma espécie de funk das trevas com uma linha de baixo pesada e agressiva. Simplesmente destruidora. Depois de algo assim não precisava vir mais nada, mas até para nos permitir dar uma respirada, ainda vem ‘Hope” que é como se fosse a luz do dia depois de tanta escuridão, numa canção entoada em coro lembrando cânticos camponeses, mas aí já é apenas uma despedida. E a propósito de adeus, o disco, por conta da excessiva participação de Ash e David J., na ausência de Murphy, que não aprovou tamanha autonomia, acabou sendo o estopim da separação da banda que até voltou em 2008 porém já sem o mesmo ímpeto criativo nem anímico. Mas já não valia a pena. Sua contribuição já tinha sido dada e era hora de assumir que, assim como Bela Lugosi, no nome de sua mais famosa canção, o Bauhaus também estava morto.
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FAIXAS:
1. "She's in Parties" – 5:43
2. "Antonin Artaud" – 4:04
3. "Wasp" – 0:20
4. "King Volcano" – 3:29
5. "Who Killed Mr Moonlight?" – 4:54
6. "Slice of Life" – 3:43
7. "Honeymoon Croon" – 2:52
8. "Kingdom's Coming" – 2:25
9. "Burning from the Inside" – 9:19
10. "Hope" – 3:16

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Ouça:
Bauhaus Burning From The Inside


Cly Reis

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ClyBlog 5+ Músicas


Cinco amigos e as 5 músicas que, por algum motivo, qualidade, emoção, memória, referência, ou qualquer outro que seja, fazem suas cabeças:




1 Cláudia de Melo Xavier
funcionária Pública
(São Paulo)
"Da minha vida de morcega no início do Madame Satã e nos anos 80.
Bem clássicas. Na época pirei quando ouvi.
Amo"

1. "Bela Lugosi is Dead" - Bauhaus
2. Should I Stay or Shoud I Go - The Clash
3. Anarchy in the U.K. - Sex Pistols
4. The Boy With the Thorn in His Side - The Smiths

5. Boys Don't Cry- The Cure


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2 Roberto Freitas
empresário e vocalista da banda
The Smiths Cover Brasil
(Rio de Janeiro)
"As minhas não estão na ordem, pois acho que seria injusto."

1. "Well I Wonder" - The Smiths
2. "Human" - Human League
3. "The More You Ignore Me The Closer I Get" - Morrissey
4. "Butterfly on a Wheel" - The Mission
5. "Back on a Chain Gang" - Pretenders

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3 Eduardo Wolff
jornalista
(Porto Alegre)
"Saiu essa lista... com muito pesar de várias outras, hehe!"


1. "She is Leaving Home" - The Beatles
2. "My Generation" - The Who
3. "Tumbling Dice" - The Rolling Stones
4. "Layla" - Derek and the Dominos
5. "Blitzkrieg Bop" - Ramones


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4 Patrícia Rocha
vendedora
(Rio de Janeiro)
" 'Sete Cidades' passou a ter um significado importante pra mim
e as do Cure e dos Smiths me lembram a juventude
e a época de boas músicas."

1. "Sete Cidades - Legião Urbana
2.  "In Between Days" - The Cure

3. "Thre's a Light That Never Goes Out" - The Smiths
4.  "Infinite Dreams" - Iron Maiden
5. "Once" - Pearl Jam

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5 Guilherme Liedke
arquiteto, cartunista, músico
(Las Vegas, USA)

"Bom bixo, definir 5 musicas sob vários conceitos é complicadíssimo,

mas digamos assim, que eu tenha definido as

5 musicas melhores escritas e gravadas no meu conceito geral."

1. "Blowing in the Wind" - Bob Dylan

2. "Bridge Over Trouble Water - "Elvis Presley
3. "Free Bird" - Lynyrd Skynyrd
4. "God Only Knows" - The Beach Boys
5. "(Just Like) Starting Over" - John Lennon