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domingo, 8 de janeiro de 2023

Tabelão Clássico é Clássico (e vice-versa) 2022


A estranha matemática de Cecil B. DeMille,
no Clássico é Clássico(e vice-versa)
A reação dos remakes!!!
Depois de perder todos os anos, desde que criamos essa seção, finalmente as refilmagens conseguiram superar seus algozes, desfazendo, pelo menos temporariamente, aquela máxima de que o original é sempre melhor.
A reação vinha acontecendo: depois dos massacres dos originais nas primeiras temporadas, nos últimos anos a diferença vinha caindo e, ano passado, se não fosse um empatezinho, os remakes teriam igualado o número de vitórias. Mas o triunfo finalmente veio. Agora..., resta saber se a reação vai se confirmar ou se terá sido só fogo de palha.

Dê uma olhada, então, aí abaixo, no placar de 2022 e com esses novos números, como quadro geral do Clássico é Clássico (e vice-versa):




*************



Num ano de Copa do Mundo de futebol, no qual demos alguma preferência para confrontos internacionais aqui no CéC, de modo a recriar esse clima de enfrentamentos entre países, tivemos alguns confrontos que não seriam tão significativos num campo de futebol, mas que são de primeiro nível no campo da Sétima Arte, como Espanha x Estados Unidos, Dinamarca e Itália, Japão x Inglaterra. Mas teve confronto pesado de campo e de set de filmagem: se lá no Qatar a Copa acabou com um duelo entre franceses e argentinos, por aqui também rolou o confronto, mas no set de filmagem, com um resultado diferente dos gramados, a França levou a melhor.
Curiosidade é que o norte-americano Cecil B. DeMille disputou dois confrontos, perdeu dois, e ganhou um... Como assim?
Como um dos confrontos foi contra ele mesmo, saiu com uma vitória na bagagem.



E, no quadro geral, a diferença cai.
Minimamente mas cai.
Mas é bom os originais abrirem o olho porque os remakes vem crescendo cada vez mais a cada ano.
Será que aquela máxima de que o original é sempre melhor não vale mais?





C.R.


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

"Carmen", de Cecil B. de Mille (1915) vs. "Carmen", de Carlos Saura (1983)

 



Dois estilos de jogo completamente diferentes. Enquanto o veterano Cecil B. de Mille adaptou, ainda no cinema mudo, de maneira muito próxima, o conto de Prosper Merimée, o espanhol Carlos Saura, fez dela uma versão musical onde a ópera baseada no conto, mergulha dentro de outra história.
Em "Carmen", conto do francês Prosper Merimée, o oficial Dom José relata como fora seduzido pela bela Carmen, a fim de facilitar a passagem de mercadorias dos ciganos, como se junta a eles passando a cometer delitos, sua fuga com ela para Sevilha, e sua derrocada com o assassinato de Carmem diante da negação de seu amor. Com algumas variações, mesmo sem o recurso do som, das falas, De Mille é mais fiel: José é um oficial, cuida da fábrica de tabaco, é preso, comete crimes por causa dela, foge com a amada e a mata em frente a uma arena de touros. Saura é mais complexo e mais poético. Um grupo teatral de dança pretende interpretar a peça "Carmen", ensaia o espetáculo mas, entre os preparativos, realidade começa cá misturar-se com ficção quando uma bela e sedutora dançarina se junta à trupe e chama a atenção do diretor do espetáculo que se apaixona por ela, tal um Dom José. As cenas se misturam, o que é peça está sendo encenado, contudo as emoções são mais reais do que deveriam ser, o que é real é tão operístico que parece teatral, e a realidade acaba engolindo a ficção (ou não?). Tem a cena do protagonista se encantando com a moça, tem a briga das mulheres na fábrica, o confronto dos pretendentes, e tem o assassinato de Carmen, só que tudo isso coreografado ao belíssimo e sensual ritmo do flamenco.

"Carmen" (1915) -
cena do confronto das mulheres na fábrica


"Carmen" (1983) - 
cena do 'confronto' das mulheres na fábrica


Resultado: mesmo menos fiel aos originais, o espanhol Saura põe ritmo no jogo e leva a melhor no clássico. Um, pelo roteiro e pela ousadia da adaptação; dois, pela trilha a cargo de ninguém menos que violonista Paco de Lucia e a coreografia na responsa de Antonio Gades; e três pela cena final, da morte de Carmen, uma verdadeira obra de arte de Carlos Saura. O time de 1915 faz o de honra pelo fato de ser um bom filme e conseguir uma boa adaptação mesmo em uma época ainda tão incipiente e limitada do cinema, ainda mesmo sem o recurso da fala. 3x1, placar final.

A Carmem mais nova, Laura de Sol, mais vigorosa, chama pra dançar, literalmente, a adversária mais velha, Geraldine Ferrer.
O time de Carlos Saura deixa muda a torcida rival na arena.


O futebol bailarino do time de 1983 dá um verdadeiro baile no time de 1915.
Um verdadeiro "olé". 




Cly Reis

domingo, 17 de abril de 2022

"Os Dez Mandamentos", de Cecil B. DeMille (1923) vs. "Os Dez Mandamentos", de Cecil B. DeMille (1956)




É o caso daquele técnico que tem moral no clube, já montou bons times e, anos depois, tendo vindo de bons trabalhos por aí, ganha uma infraestrutura ainda melhor do que já tinha e ainda mais investimento. Cecil B. DeMille havia feito para a Paramount, em 1923, uma adaptação da história bíblica de Moisés, projeto audacioso para a época pela grandiosidade e pelas inovações, mas naquele momento, ainda sem som e sem cor, recursos técnicos então indisponíveis. O resultado até foi bom, bastante elogiado e manteve a reputação de DeMille de ser um excelente adaptador cinematográfico para temas bíblicos. Mas aí, anos depois, com o colorido e o som à sua disposição, no cinema, o cineasta resolveu aperfeiçoar o projeto da maneira como realmente gostaria de fazer. 

E fez toda a diferença!!! As cores e o som são dois pontos de enorme acréscimo ao anterior! A cor porque, uma vez tendo a seu dispor o recurso, DeMille as explorou de maneira muito competente, com paletas vívidas, vibrantes, que impressionam o espectador e salientam as características dos ambientes, intensificando, por exemplo, a sensação de riqueza do palácio do faraó com suas roupas e adereços extravagantes, ou ressaltam a aridez do deserto, no amarelado angustiante da areia. Do som ele fez um trunfo, uma vez que seus personagens FALAM e por sinal, falam muito bem. Os diálogos são muito bons, bem elaborados, são oportunos, têm força, têm impacto e, mesmo as falas discursivas de Moisés ou a própria voz de Deus, por mais exageradas e pomposas que possam parecer, são intensas e importantes dentro do contexto do filme e de sua época. O texto ganha muito, também, por ser interpretado por um time de primeira. O diretor ganhava para essa sua segunda versão uma elenco estelar com nomes como Yul Brynner, Anne Bexter, Vincent Price e, principalmente, Charlton Heston, como Moisés, ator talhado para esse tipo de papel, já tendo aparecido com características semelhantes em filmes como "Ben-Hur", "El Cid" e "Agonia e Êxtase". Não que o antigo não tivesse grandes estrelas, Theodore Roberts, o primeiro Moisés, Julie Faye, Rod La Roque gozavam de renome e prestígio na época do cinema mudo, e Richard Dix, inclusive, seguiu com sucesso já nos filmes sonoros. Mas não tem comparação! Até porque os astros da segunda versão marcam exatamente um era de adoração e mitologia das grandes estrelas de cinema, além de entregarem atuações à altura de seus nomes.

O primeiro filme é bem mais curto em relação a seu sucessor, uma vez que, limita suas ações ao desafio de Moisés ao faraó Ramsés II para que liberasse o povo escravizado, à partida dos hebreus para o deserto perseguidos pelos soldados egípcios e, por fim, à revelação das tábuas das leis. Já o remake parte desde o resgate do bebê Moisés, numa cesta, no Rio Nilo, sua ascensão a príncipe do Egito e sua posterior renúncia à realeza ao descobrir suas origens hebraicas, sua condenação a vagar pelo deserto até a morte, a incumbência dada a ele por Deus e, aí sim, encontrando o início do primeiro filme, quando retorna ao Cairo e exige de Ramsés a libertação de seu povo sob pena de, não o atendendo, liberar terríveis pragas sobre os egípcios. 

No entanto, a primeira versão poderia ter abrangido uma parte maior da história, não fosse o fato de, na sua segunda parte, mudar bruscamente o rumo do filme. Logo após a revelação das Leis Sagradas a Moisés e seu anúncio para o povo, descobrimos que tudo aquilo que se passara, até então, no filme, fora narrado por uma mãe para seus dois filhos, nos tempos atuais (de 1923) lendo a Bíblia. Então começa outra história na segunda metade do filme: uma novelinha dramática cheia de ensinamentos morais baseados diretamente pelos Mandamentos. Legalzinho, bem feito, boa direção, a parte do desabamento da igreja, em especial, é bem impressionante, mas... o filme perde muito. 

"Os Dez Mandamentos", de 1923, até é um bom filme. Competente no que se propõe, o que não era uma tarefa fácil. Tem bons cenários, bons figurinos, um bom trabalho de câmera de DeMille e efeitos visuais muito engenhosos dadas as condições técnicas da época, mas essa mudança a partir da metade compromete bastante do produto final. É uma quebra de expectativa que frustra um pouco o espectador que fica esperando por um novo encaixe na trama bíblica, o que não acontece. Sem falar que, no geral, fica parecendo uma tentativa de reproduzir um "Intolerância" (D.W. Griffith - 1916), sem a mesma genialidade, grandiosidade de cenários e qualidade de roteiro.

Mas DeMille parece ter aprendido a lição e, se o antigão se perde na segunda parte, sua nova versão vem com o que tem de melhor depois do intervalo. Tem ciúme, vingança, intriga, tragédia, perseguição, orgia, tem cajado virando cobra, tem chuva virando fogo, água virando sangue e, é claro, tem a clássica cena de Moisés abrindo o Mar Vermelho. Um segundo-tempo de luxo do time de Charlton Heston!


"Os Dez Mandamentos" (1923) -
abertura do Mar Vermelho

"Os Dez Mandamentos" (1956) -
abertura do Mar Vermelho



Enfim, no mano a mano, o time de 1956 ganha sem maior dificuldade. 

A direção do primeiro é muito boa para sua época, mas o próprio DeMille se supera na refilmagem; a cenografia do original é excelente, mas a refeita é deslumbrante; o elenco original tinha alguns bambambans da era do cinema mudo, mas o timaço do remake é covardia; os efeitos especiais do primeiro eram impressionantes para o início do século passado, mas os do filme de 1956 levaram um Oscar. O que dizer?

A fotografia e a opção por uma paleta vibrante são um gol para o mais novo; o ganho sonoro e a composição dos diálogos valem outro; os cenários suntuosos e roupas luxuosas garantem mais um. O ataque desequilibra com a dupla de ataque Brynner e Heston. O craque dos filmes épicos passa pela defesa egípcia como se atravessasse o Mar Vermelho e faz um golaço; e, a propósito, a cena em questão, da abertura do mar, uma das mais clássicas da história do cinema, joga um banho de água fria e afunda o time de 1923. Como se não bastasse, nos acréscimos, as inscrições de Deus nas Tábuas Sagradas, apesar do foguinho meio tosco até para a época, é um verdadeiro gol de placa. 

Ao time de 1923, fica o gol de honra pela ousadia, boa intenção, competente direção, cenas difíceis bem executadas e efeitos, até, bem complexos, quando sequer eles eram bem desenvolvidos. A opção pela mudança de esquema, no segundo-tempo, no entanto, colocou qualquer pretensão do original, por água abaixo.

Moisés dá o sangue em campo, faz chover, une o grupo e garante o título de Libertadores da Judeia.

Aqui alguns pontos de comparação visual:
(à esquerda, sempre, o original)
Os cenários, já suntuosos no primeiro e ainda mais impressionantes, no segundo;
Moisés liberando as pragas diante de Ramsés II, no palácio;
a rebeldia do povo e a adoração ao bezerro de ouro;
e, por fim, Moisés, com as Leis Sagradas, nas duas versões.


O time de 1956 segue à risca os mandamentos do técnico DeMille,
que reviu seus conceitos, mudou o esquema e levou seu time à Terra Prometida.
Não levou o Mundial, que seria o Oscar de melhor filme, 
mas, como a Seleção Brasileira de 1982,
ficou eternizado pelo seu jogo bonito.




por Cly Reis

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Coluna dEle #52 - Os dez filmes favoritos dEle



Vi que geral tá fazendo essas listinhas de filmes preferidos na rede social aí de vocês  e, como é semana de Oscar, resolvi fazer a minha também. Afinal de contas, Eu também  sou filho de..., digo, Eu sou o Pai do..., Eu sou o... Ah, vocês  entenderam.
Pessoal diz que é só pra postar uma imagem, sem comentar, mas Eu vou comentar, sim, porque Eu que mando nessa bagaça e Eu faço o que Eu bem quiser!
Sendo assim, então, sem maiores enrolações, aí vai a lista dos filmes favoritos dEle (Eu, no caso):



Eu negão é uma honra!
1. "O Todo Poderoso", de Tom Shadyac (2003)
Ah, podem falar o que quiserem mas Eu não podia deixar de falar desse! Eu negão tô demais!!! Ainda mais interpretado pelo Morgan Freeman. Isso sem falar no Jim Carrey que Eu curto pra caramba também. Eu vejo esse filme é fico imaginando o estrago que vocês  fariam se estivessem no Meu lugar. Eu Me livre!





"It's alive! It's alive!"
2. "Frankenstein", de James Whale (1931)
E por falar em vocês querendo se meter nas Minha, no meio de tantos filmes desses do homem querendo brincar de Eu, o "Frankenstein", o antigo, o clássico, não podia ficar fora da Minha lista. É a parada de neguinho querendo ser criador e não somente criatura, saca? Essa sensação de criar uma vida Eu conheço bem. Lembro de quando criei o Adão, a minha reação foi exatamente a mesma do cientista no filme: "Está vivo! Está vivo!".





Ó Eu, aquele foguinho ali,
gravando as leis nas tábuas sagradas.
3. "Os Dez Mandamentos", de Cecil B. de Mille (1956)
Falando em Adão, adoro esses filmes antigos adaptados do Meu livro sagrado tipo "Ben-Hur", "O Manto Sagrado", "Sansão e Dalila" e tal. Mas o Meu preferido mesmo é "Os Dez Mandamentos", que tem o Charlton Heston de Moisés e Eu contracenando com ele como um foguinho escrevendo as dez leis, aquelas que vocês nunca seguem, nas tábuas sagradas.





"Sai, tentação."
4. "A Última Tentação de Cristo", de Martin Scorsese (1988)
Esse é com o Filhão. Outro "bíblico" mas esse já de outra turma. É dos provocativos, dos contestadores. Gosto disso! Não fiz vocês pra serem tudo uns cordeirinhos. Gostei da hipótese do JC ter tido uma vida sem ter que carregar a cruz de ser Meu filho. Scorsese matando a pau!





Estás linda, Maria!
5. "Je Vous Salue, Marie", de Jean-Luc Godard
Outro dos controversos que Eu gosto de montão. E esse é mais sobre a Patroa. Adorei a leitura que o Godard deu pra história do nascimento do JC. Gosto desses caras que tem colhão de mexer com o que é... sagrado. Ah, e adorei aquele anjo Gabriel, todo grosseirão, e que dá umas biabas no tal de José que quer bulir com a Minha mulher.






Bruno agora, sim, virou um anjo.
6. "Asas do Desejo", de Wim Wenders (1997)
Por falar em anjo, um filme que Eu sou apaixonado e que mostra um pouco como é essa coisa de vida de guardião de vocês, é o "Asas do Desejo" do Wenders. Comentei isso, inclusive, com o Bruno, o Bruno Ganz, que acabou de chegar por aqui. E o pior é que a coisa é bem assim, mesmo: Eu mando os Meus funcionários de asas aí pra tomar conta de vocês, ficar na retaguarda e tal e, de vez em quando, um que outro pede pra ser um de vocês e ficar por aí mesmo. Não sei qual a vantagem que eles vêem nisso, mas...






É pra isso que Eu pago
Meus funcionários?
7. "O Sétimo Selo", de Ingmar Bergman (1957)
Sabe que aqui em cima Eu tenho um monte de tipo de gente trabalhando pra Mim e, outro tipo de empregado, que não deixa de ser um anjo, é a tal da Morte. Nesse filme, que pra Mim é obra-prima, esse Meu funcionário tem que ir lá buscar um cavaleiro das Cruzadas que já tá com o nome escrito no Meu livro final, mas o carinha fica enrolando, enrolando esse Meu servidor jogando uma partida de xadrez. Ora, vejam! Foi bom ver pra saber como é que Meu pessoal fica embaçando na hora do trabalho pra chegar o fim do expediente.





"Estamos a serviço do Senhor."
8. "Os Irmãos Cara-de-Pau", de John Landis (1980)
Esses não são Meus empregados mas, como eles dizem no filme, "Estamos a serviço do Senhor". Missão divina, muita perseguição de carro, muita risada e muito som... Baita filme! Já vi zilhões de vezes e não canso. Sem falar naquele pessoal todo que aparece lá: Aretha, Hooker, Ray, o Mr. Dynamite... Já tá todo mundo aqui em cima e de vez em quando rola umas jams por aqui. Comandadas pelo Belushi, é claro. O Jake Blues.





9. "Monthy Python em Busca do Cálice Sagrado", de Terry Gillan e Terry Jones (1975)
Ó Eu, de novo,
agora em animação.
Adoro esses caras! Me mijo de rir com eles! Podia falar aqui do "A Vida de Brian" em que eles zoam direto com o Meu Filhão, mas vou destacar mesmo o "Em Busca do Cálice Sagrado" que, pra Mim, é o melhor deles. O galope de cocos, Os Cavaleiros que dizem Ni, a gruta dos coelhos assassinos, as freiras sedentas por sexo, as andorinhas europeias ou africanas... Meu Eu! Aquilo é impagável! E pra melhorar, nesse Eu faço uma pontinha. Apareço designando a missão pro Rei Arthur e seus Cavaleiros.





O que diabos significa esse monolito?
10. "2001 - Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick (1968)
Esses dias, conversando com o Stanley, por aqui pelos corredores, ele Me disse, "O conceito de Deus está no centro de 2001". Eu não sei se, na verdade, com o filme dele, ele mais me explica ou me complica. Seria Eu o monolito? Estaria confirmando Minha onipresença? Estaria negando minha existência? Só um primata endeusaria um sólido cravado no chão? Seria uma ridicularização da religião? Seria uma exaltação à ciência? Uma contestação da evolução? Uma minimização da Minha importância? Perguntei pra ele o que ele queria dizer com tudo aquilo e ele me disse que a ideia era provocar a interpretação de cada espectador. Ai, Kubrick, assim tu confunde minha cabeça! É demais pra minha capacidade. Mas que é um baita filme, é! Stanley, tu é gênio.


E aí, o que acharam da minha lista?
Qualquer coisa, tipo, críticas, correções, pitacos na lista, indicações de filmes, ingressos cortesia, súplicas, pedidos, orações pro seu filme favorito levar o Oscar...
enviar e-mail para: god@voxdei.gov

Fui, filharada!
Fiquem Comigo e que Eu os acompanhe!

Ele