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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - classificadas da fase preliminar

 Agora vai começar pra valer!

Saíram as classificadas da pré-fase da Copa Do Mundo Kraftwerk. Nesse primeiro instante, apenas as canções da fase anterior ao álbum "Autobahn" estavam na briga por oito vagas para disputar com as grandonas, com as consagradas da discografia dos alemães. E eis que as temos definidas...

Para essas oito temos uma boa e uma má notícia: a boa é que passaram de fase e estão classificadas. Parabéns!. A má é que agora tem pela frente Hall of Mirrors, Numbers, Telephone Call e outras camisetas pesadas.

Se preparem, agora só tem confronto gigante.

Confiram aí, abaixo, os vencedores dos confrontos dessa fase preliminar e em breve divulgaremos a tabela da primeira fase, efetivamente, do nosso torneio futemusical.



CLASSIFICADAS:
Tongebirge
Spule 4
KlingKlang
Tanzmusik
Ananas Symphonie
Stratovarius
Harmonika
Ruckzuck


domingo, 20 de novembro de 2022

cotidianas #780 - O Preto na Camisa Amarela

 




Salve Pelé
Salve Édson
Salve Dico
O atleta do Século

Salve Pelé com P maiúsculo
Salve os 3 erres
Ronaldinho
Ronaldo
e Rivaldo

Salve o Rei do Futebol
Salve o Rei Dadá
Salve o Reizinho da Vila
Salve o Príncipe Etíope

Salve o pé de Pelé
As mãos de Barbosa
As de Dida
Os dedos quebrados de Manga

Salve o negro Pelé
O mestiço Mané
O mulato Romário
E o sarará Ademir que era negro também

Salve o preto
o crioulo
o tição
Salve o carvão

O carvão de onde se extrai o diamante
Sim! O diamante!
Salve Diamante Negro
Salve a joia da Vila
Salve a prata da casa
Salve o nosso ouro

Salve o azul do Sangue do Rei
Salve o amarelo da camisa
o verde dos gramados
Salve o preto da pele

Salve o homem de cor
Salve o preto na camisa amarela



Cly Reis

Gol de Pelé - Suécia x Brasil - Final da Copa do Mundo 1958

 






Gol de Pelé - Suécia 2 x Brasil 5 - Final da Copa do Mundo de 1958
REIS, Cly (ilstração digital - GIMP)


Cly Reis

sábado, 19 de novembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - fase preliminar

 E está dado o pontapé inicial. Começa a Copa do Mundo Kraftwerk.

Nesta fase, ainda, apenas com as músicas da era pré-Autobahn, dos discos Kraftwerk, Kraftwerk 2 e Ralph & Florian.

"Ah, mas não tem Trans-Europe Express...", "Ah, mas ainda não tem The Model...", "...mas sem as clássicas não tem graça!". Não tem? Vai vendo.

Só tem jogão nessa fase preliminar: Elektrishes Roulette contra Ruckzuck, Kristallo contra Klingklang, Megaherz contra Harmonika...  E pra quem conhece esse período do grupo, sabe que todas essas são concorrentes em condições de encarar qualquer Computerlove, Radioactivity ou quem vier pela frente.

Aliás, os 'times grandes', tipo Hall of Mirrors, Music Non Stop, The Man Machine, que se preparem porque vão pegar os classificados daqui já na próxima fase.

Nessa prévia, apenas as cabeças do Clyblog, Cly Reis e Daniel Rodrigues, definirão quem passa. Uma espécie de filtro. Mas na próxima etapa, outros julgadores se juntarão a nós para a difícil tarefa das eliminações.

Confira, aí, abaixo todos os jogos da fase preliminar da Copa do Mundo Kraftwerk: 




terça-feira, 15 de novembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk



Um time que joga como uma máquina com mecânica de jogo perfeita, que atropela os adversários e passa por cima como um trem.
O Kraftwerk tem todos os atributos do futebol moderno e por isso mesmo merece uma Copa do Mundo só para ele.
Donos de uma obra relativamente pequena, com apenas onze álbuns, sendo apenas oito considerados pelo líder e único remanescente original, Ralph Hutter, nos proporcionam uma competição com um número bastante favorável de músicas participantes. Assim, teremos todas as músicas da fase significativa para eles (e quem somos nós pra discordar?) e mais oito classificadas lá dos primórdios, dos discos pré-Kraftwerk. Tá bom, né?
Então, preparem-se que a Copa do Mundo vai começar e aqui os alemães também vão dar de goleada.

É gol da Alemanha!


domingo, 13 de novembro de 2022

cotidianas #778 - "Romário"

 



Pega a bola, chuta
Marca em cima, faz um gol
Vai que eu quero ver você fazer

Romário anjo torto, demônio do futebol


Dribla, seduz, entorta de prazer
Príncipe de Eindhoven, Barcelona
Barreira do Vasco
Romário em campo é um bolaço


Mago das massas, mais querido
Odiado dos zagueiros
Romário é rei, Romário é o máximo
Ele é o cão


Joga com amor rolando a bola
E a bola é como o sangue correndo em suas veias
Vai com charme, dribla, dividindo os corações
Marcou mais um pra torcida brasileira


É gol, e a galera delirava
É gol, esse garoto tá danado
É gol, e a galera delirava
É gol, esse caboclo é o diabo

*********************
"Romário"
Banda Bel
(Teixeira/ Imperatore/ Marruda)

Ouça a música:

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

"A Cantada Infalível," seguido de "A Mulher do Centroavante", de David Coimbra, ed. L&PM Pocket (2009)

 




"(...) surgiu um pênalti.
O Eduzão se apresentou para a cobrança.
Ninguém queria que ele batesse, mas ele estava decidido.
Talvez quisesse impressionar a moça... à beira do campo.
Além disso, quem teria coragem de dizer não ao Eduzão?
Ele apanhou a bola e colocou-a na cal. (...)"
trecho do conto "A Mulher do Centroavante I"


David Coimbra, escritor e jornalista falecido recentemente, vítima de um câncer, foi um dos responsáveis por me fazer gostar de escrever contos sobre futebol. Sempre lia suas crônicas na seção de esportes do jornal Zero Hora, em Porto Alegre, e adorava aquelas histórias que misturavam futebol a situações cotidianas de toda ordem como casos amorosos, dificuldades financeiras, questões sociais, antropológicas, filosóficas, etc. Seu livro "A Cantada Infalível", de 2009, que na verdade, ainda inclui contos de outro, "A Mulher do Centroavante", traz exatamente esse universo que me seduziu e inspirou: memórias descontraídas do futebol de bairro da adolescência; garotas inspiradoras para meias habilidosos; seca de gols de atacantes motivadas por corações partidos; goleiros em defesas impossíveis por conta de uma presença  na arquibancada; atacantes velozes; zagueiros truculentos; perebas indesejáveis, bastidores dos grandes clubes, enfim... aquele mundo que frequentei, que fez parte de mim, que vivi e que David descrevia com habilidade ímpar, e um vocabulário que, além de muito rico, era preciso para cada situação que narrava.

Até discordava de opiniões e posições de David no campo político e em seus extremismos inconsequentes no tocante a futebol. Escalações estapafúrdias, esquemas táticos bizarros, providências administrativas inexequíveis, e coisas do tipo, fora o fato de ter confirmado ser ele gremista, depois de seu falecimento. Mas não posso negar que era apaixonado por sua visão romântica do futebol e pela maneira como criava essa conexão dele com as questões emocionais de um homem. Havia, é verdade, acusações de machismo sobre esses textos, por conta dessas referências às mulheres nessas crônicas futebolísticas, que as estariam tratando de forma sexista, inferiorizante ou negativa. Mas vejo a presença feminina nos contos muito mais como uma auto-exposição do que como um exibicionismo. Do homem imaturo tendo que se provar ao bater um pênalti para impressionar a garota; do cara inseguro que acha que a namorada pode gostar mais do craque do time rival porque o outro joga mais do que ele; do que fica meses sem fazer um gol porque está com a cabeça no relacionamento desmoronando; ou, até mesmo, do que tem que bolar uma fórmula tão eficaz para conquistar aquilo que considera tão caro, difícil e inalcançável: uma cantada que fosse infalível.

Embora seja o ponto de vista do homem, não acho que machismo seja uma acusação justa. Mas, enfim... Não posso condicionar o modo dos outros pensarem, nem pretendo isso e, talvez existam razões e particularidades às quais, na condição de homem, desconheça.

Fato é que, para mim, as crônicas de David Coimbra eram esperadas, todos os dias na edição tradicional, mas especialmente no domingo, no Caderno de Esportes, quando normalmente vinham os contos, causos e crônicas ficcionadas que, modestamente, muito me inspiraram e as quais, muitas fazem parte dessa antologia "A Cantada Infalível", que recomendo a todo fã de futebol, especialmente aquele que viveu a infância/adolescência de campinhos de terra, rivalidades de bairro, episódios inusitados, e que já tentou impressionar, de alguma forma, a gatinha da rua.


Cly Reis 

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

cotidianas #777- "O futebol brasileiro evocado da Europa"




"Futebol" - Mário Zanini
óleo sobre tela
A bola não é a inimiga
como o touro, numa corrida;
e, embora seja um utensílio
caseiro e que se usa sem risco,
não é o utensílio impessoal,
sempre manso, de gesto usual:
é um utensílio semivivo,
de reações próprias como bicho
e que, como bicho, é mister
(mais que bicho, como mulher)
usar com malícia e atenção
dando aos pés astúcias de mão.


**********
"O futebol brasileiro evocado da Europa"
João Cabral de Melo Neto


sábado, 5 de novembro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - Campeã

 



Chegou o grande momento.
Conheceremos a grande canção campeã.
Nossos especialistas se debruçaram sobre o confronto, ouviram e reouviram as duas concorrentes e chegaram às suas conclusões.
Querem saber qual a melhor música de Gilberto Gil?
Vamos lá, então!

(Esse suspense é que me mata.)


*****

PALCO 
X
REALCE



*******


Cly Reis

Final muito justa. Duas das canções mais significativas de Gilberto Gil chegam a esse momento máximo da nossa Copa. Dois times que jogam pra cima, duas músicas alto-astral, positivas. "Palco" com sua exaltação ao lugar sagrado do músico, onde ele se sente mais vivo, renovado, e "Realce" uma evocação do nosso poder interior e uma conclamação às belezas da vida.
Dentro do campo, se Palco começa com aquele seu "Papapapabaia, papapa pabaia, papapa papá...", Realce não deixa por menos e manda o seu "Hey-ah mama, hey-ah..."; letra por letra, ambas trazem toda a mestria da poesia de Gil, com seu jogo de palavras inigualável e recado repleto de sabedoria; se Realce tem aquela guitarra marcante, estridente, que já se apresenta logo na abertura, os metais precisos e o refrão muito disco; Palco traz um suingue rico e embalado, também cheio de metais e, por sua vez, uma pegada soul contagiante. O 0x0 persiste mas, o refrão decide o jogo: apesar do ótimo refrão de Realce, do título repetido entre as linhas de metais, o "fora daqui" de Palco é uma das coisas mais fantásticas da música brasileira. 1x0, apertado, no limite, no detalhe, mas o suficiente para despachar Realce. Vitória de Palco.
PALCO 1 x REALCE 0


****

Joana Lessa

O jogo já começa quente, com duas músicas na disputa que são o suprassumo de Gilberto Gil. O clássico dos clássicos. 
E como acontece nas finais de campeonato, que vença o melhor:
PALCO 2 x REALCE 3

****


Leocádia Costa

Final de campeonato é sempre muito disputado, por isso o placar costuma ser taco a taco. Aqui não poderia ser diferente. Duas grandes finalistas foram pra decisão. Ambas muito identificadas com Gil, o maestro genial de toda essa temporada. Mas depois de muita torcida, desclassificações e reviravoltas, chegamos no essencial. Isso foi bonito! A canção vitoriosa foi Palco que traduz Gil por inteiro: essa voz que resgata com dignidade e crítica a história do povo negro, essa voz que eleva os ouvintes quando canta e nos coloca a repetir palavras e refrões supermelodiosos, essa voz que revela um artista completo, atemporal e genial. Palco é o lugar de Gil, é lá onde ele sempre estará, pra fora dos nossos corações.
PALCO 4 x REALCE 3


****


Kaká Reis

Final mais que apertada, com duas das mais emblemáticas músicas do gênio Gil, que ambas trazem a essência musical do artista, ainda que de épocas muito parecidas (final de 70/inicio de 80) individualmente cada uma carrega um Gil diferente. Em comum, a celebração e a energia… Dito isso, adversarias no campo, Palco começa o jogo marcando 1 e na sequência Realce empata.. à medida que se passa os minutos da música, Realce marca mais um, dininuindo a diferença… e nos segundos finais, é um “real teor de belezaaa” Realce emplaca o terceiro, sendo a grande vencedora dessa emocionante disputa!
PALCO 1 x REALCE 3


****


Daniel Rodrigues

É chegada a hora da grande decisão! “Realce” e “Palco” entram em campo sob os efusivos aplausos das torcidas. De um lado, a galera de “Realce”, toda colorida e entusiasmada pela Coligay. Do outro, a torcida mais cheirosa do campeonato rufava o louco bum-bum do tambor da arquibancada. O jogo nem parece uma final, pois ambas as equipes são propositivas, afirmativas, sem medo de serem felizes. Tanta igualdade, que 1 x 1 é o placar da primeira etapa. Na volta do intervalo, “Realce”, empurrada pela torcida, que jogou quilos de serpentina no gramado, vai pra cima e marca o segundo. Será que temos uma campeã? Mas, calma, que tem muito jogo – e muita música – pela frente! Consciência é o que não falta para “Palco”, que põe a bola no chão e, no ritmo do “la la ia”, entra na área adversária de pé em pé e empata novamente. Faltam apenas 5 minutos mais os acréscimos para terminar! Será que vamos para os pênaltis? Que nada. Valendo-se do talento de um tal de Lincoln, tipo meio magrão mas muito bom armador, “Palco” tira da cartola aquele que seria o gol definitivo. O gol da vitória. O gol do título. Final: “Palco” 3, “Realce” 2. No palco montado sobre o campo, “Palco” levanta a taça! Sua torcida, em respeito, vibra mas não canta o “Fora daqui!” como fez pras outras adversárias durante o torneio, e a torcida de “Realce” responde com festa em embalo disco, porque a essas alturas tudo é tipo Parada Gay. “Palco” campeã da Copa Gil!
PALCO 3 x REALCE 2


****


Rodrigo Dutra

Como não amar “Realce”? A campeã poderia ser qualquer uma de “Refazenda”, qualquer uma de “Tropicália”, poderia ser “Domingo no Parque”, qualquer releitura de João, de Bob, qualquer parceria com Caetano... mas o fato é que “Realce” é a beleza em si. “Palco” é a beleza no todo. A razão por Gil estar em nossas vidas. Onde tudo faz sentido pra criador e criaturas. “Palco” ganha com eficiência. Tem o melhor elenco de palavras e versos. Viva Gil! Viva “Palco”!
PALCO 2 x REALCE 0



E Palco conquista a Copa do Mundo Gilberto Gil!
E agora, o próprio homenageado sobe ao PALCO para receber
a taça.
Pode soltar o grito de É CAMPEÃ!!!



PALCO CAMPEÃ
DA 
COPA DO MUNDO
GILBERTO GIL




E ficamos com o som da campeã:


sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - Finalistas



128 começaram.
Apenas 2 chegaram.
Entre toda a obra vasta e rica de Gilberto Gil, "Palco" e "Realce" foram as que conseguiram superar todos os obstáculos e adversárias de respeito para chegar a essa decisão.

"Palco", do disco "Luar (A gente precisa ver o Luar)", de 1981, teve o seguinte caminho para chegar até aqui:

  • "Ensaio Geral", na primeira fase
  • "Procissão", na segunda fase
  • "São João Xangô Menino", na terceira fase
  • "Sítio do Pica-Pau amarelo", nas oitavas-de-final
  • "Aquele Abraço", nas quartas-de-final, e
  • "Haiti", na semifinal


"Realce", que dá nome a um disco, de 1979, encarou os seguintes adversários:

  • "O Sonho Acabou", na primeira fase
  • "Extra", na segunda fase
  • "Ilê Ayê", na terceira fase
  • "Andar Com Fé", nas oitavas-de-final
  • "Esotérico", nas quartas-de-final, e
  • "Super-Homem (A Canção)", na semifinal


Só pedreira, hein!
Depois de terem derrubado tantos gigantes pelo caminho, nada mais justo de estarem nessa finalíssima, não?
Enquanto nossa comissão de especialistas em gilbertogilogia descascam esse pepino de ter que decidir qual das duas tem alguma vantagem sobre a outra, vocês ficam com um gostinho de cada uma delas e formam seu juízo, até a hora de conhecermos o campeão.


PALCO





REALCE







quinta-feira, 3 de novembro de 2022

"Trono Manchado de Sangue", de Akira Kurosawa (1957) vs. "Macbeth", de Roman Polanski (1971)


Tá, agora acabou a palhaçada!

Se era jogo grande que vocês queriam, é jogo grande que vocês ganharam. O maior diretor japonês de todos os tempos, Akira Kurosawa, contra o melhor diretor polonês (nascido na França) Roman Polanski, adaptando uma das mais famosas peças do maior escritor inglês e um dos maiores da literatura mundial, William Shakespeare.

Japão e Polônia pode não ser grande clássico dentro dos gramados, mas no set de filmagem é duelo de gigantes. Aliás, nesse caso, é Japão versus Inglaterra, uma vez que a adaptação de Roman Polanski para "Macbeth", é uma produção britânica.

Na tragédia "Macbeth", o nobre que dá nome à peça, acompanhado por seu amigo Banquo, ao retornar com improvável êxito de uma batalha dificílima, tem previsto por três bruxas, ocultas na floresta a caminho do castelo, que, primeiramente, será promovido em suas funções militares e posteriormente, virá a tornar-se rei. No entanto, as mesmas feiticeiras preveem que o parceiro, Banquo, embora não venha a reinar, terá um soberano na sua linhagem. A predição desencadeia, além de uma enorme confusão mental em Macbeth, uma série de acontecimentos perversos como o assassinato do rei Duncan a fim de cumprir a profecia o quanto antes, e a morte do próprio amigo e de seu filho, de modo a evitar que a segunda parte da previsão se concretizasse, atos incitados por sua ambiciosa esposa, Lady Macbeth. Parte do plano dá errado uma vez que o filho de Banquo sobrevive ao ataque, fazendo com que Macbeth fique um tanto acuado e temeroso quanto à longevidade de seu reinado. Enquanto isso, no exílio, Malcolm, o filho do rei assassinado e que pretende retornar para retomar a coroa, sua por direito, planeja um ataque ao castelo e ganha cada vez mais força conquistando até mesmo os próprios súditos de Macbeth que começam a vê-lo enfraquecido e desequilibrado.

No entanto, Macbeth não teme ser derrotado pois, em nova consulta às feiticeiras, estas lhe revelam que ele só perderia seu trono caso a floresta andasse em direção ao castelo e que só seria subjugado por um homem que não tivesse vindo ao mundo por uma mulher. Nenhuma chance, não? Bom... não exatamente...


"Trono Manchado de Sangue" (1957) - trailer



"Macbeth" (1971) - trailer


O franco-polonês Roman Polanski, faz um filme pesado, duro, sujo, violento. Os personagens são frios, brutos, podres, a fotografia, se por um lado têm as belas paisagens escocesas em ângulos abertos, traz cenários realistas, enlameados, com porcos transitando, higienes duvidosas e vestes reais imundas. Mais fiel ao livro que Kurosawa, Polanski se utiliza de alguns pontos, de alguns detalhes, de certos elementos e cria praticamente um filme de terror: o covil das bruxas, a beberagem que oferecem para Macbeth e sua consequente alucinação, a aparição de Banquo no jantar, a brutalidade das mortes, o vermelho intenso do sangue, a aparência dos cadáveres, e a decapitação do tirano no final, tudo é próximo ao aterrorizante. Espetacular! Uma adaptação à altura da obra do grande dramaturgo inglês.

Bom, alguém diria, "Não tem como ganhar de um filme desse!".

Tem?

Tem!

O grande problema é que o Macbeth de Polanski pegou pela frente a adaptação de outro gênio.

O filme de Akira Kurosawa é uma obra de arte.

Eu disse OBRA DE ARTE!

"Trono Manchado de Sangue" é como um drible do Garrincha, o gol antológico do Maradona em 86, a magia da Laranja Mecânica, como a Seleção de 70...

O japonês dá o meio termo exato entre a agressividade que o tema exige e a leveza, com sua poesia estética.

Mesmo sem o privilégio do uso da cor, a fotografia de Kurosawa é fascinante e misteriosa; a transposição da história para o Império Japonês é conduzida com brilhantismo sem perda nenhuma à trama; os trajes militares, os castelos, as batalhas, as cerimônias, tudo funciona perfeitamente dentro da cultura e das tradições orientais. O fato de não vermos a morte do rei a torna, talvez, mais chocante tal o estado que Washizu, o Macbeth de Kurosawa, sai do quarto onde o soberano dormia; a interpretação do lendário Toshiro Mifune, no papel do protagonista é impecável; sua Lady Macbeth, Asaji, é impressionante com sua expressão impassível mesmo prestes à pior crueldade; a bruxa na floresta é um encanto visual ímpar; e a morte de Washizo é, à sua maneira, tão impressionante quanto à de Macbeth no filme inglês.

A versão japonesa tem algumas diferenças em relação aos originais de Shakespeare. Kurosawa, por exemplo, só se vale de uma feiticeira e não três como no livro, à qual ele prefere chamar de 'espírito' e não bruxa; faz também com que o filho de Banquo, no caso Miki, já seja um adolescente e não uma criança e, exilado, se junte ao filho do rei assassinado, em uma localidade vizinha, para tramar a reconquista do Castelo. Além disso, prefere omitir a questão do homem não nascido de mulher para a vulnerabilidade de Washizo (Macbeth) e, ao contrário de Polanski, não antecipa a intenção dos soldados marcharem camuflados com galhos, causando uma sensação de surpresa e fantasia no espectador ao ver se realizar a profecia da floresta andando em direção ao castelo.

A cena inicial da floresta, em Kurosawa é mágica com Washizu e Miki correndo labirinticamente em círculos pela Floresta da Teia de Aranha (1x0); o 'espírito', a entidade de Kurosawa é bela, poética; as bruxas de Polanski são assustadoras e repugnantes... Ninguém leva vantagem. A Lady Macbeth japonesa, Asaji, é assustadora com seu rosto de porcelana, impassível mesmo enquanto incita, ao manipulável marido, as mais frívolas ações. A da versão inglesa é boa, 'intriguenta', como não poderia deixar de ser, mas nem se compara à japonesa. 2x0, Kurosawa.

O Macbeth de Kurosawa também leva alguma vantagem. John Finch, no filme inglês está ótimo também, mas o perfil do personagem nipônico é mais interessante. Washizu é mais inseguro, hesitante, muito mais dependente dos conselhos e estímulos de sua esposa do que o da segunda versão, mais tiranicamente determinado. Sem falar que é interpretado, por ninguém menos que Toshiro Mifune. Só isso... Gol de "Trono Manchado de Sangue": 3x1!

A direção de arte do filme de 1957 funciona muito bem num Japão feudal mesmo pra uma história idealizada, originalmente para o ocidente, no entanto, o realismo imposto por Polanski, nos cenários enlameados, nos palácios toscos e nada glamurosos, ou nos figurinos finos, mas comprometidos pela lama, por lutas ou por sangue, dá um gol para o filme de 1971. "Macbeth" '71, diminui: 3x1, no placar.

Talvez seja spoiler para alguns mas nosso personagem principal que dá nome ao drama, morre no final (Ohhhh!!!) Só que de maneiras "levemente" diferentes de uma versão cinematográfica para a outra (e aí vai spoiler, mesmo): Se na versão japonesa, o tirano usurpador morre alvejado por flechas, com uma delas atravessando, por fim, fatalmente, seu pescoço; na inglesa, depois de descobrir a existência de alguém com a improvável qualificação de não  ter nascido de mulher, fica totalmente à  mercê do vingativo McDuff que o atravessa com a espada, decepa sua cabeça e a expõe no alto de uma lança no ponto mais alto do castelo recém retomado. A cena das flechas é linda, espetacular, mas a cabeça sendo levada ao alto da torre, por entre os soldados, como se estivesse ainda vendo toda a fanfarra à sua volta, e a exibição dela como troféu de guerra, é algo difícil de bater. Macbeth volta a se aproximar no placar: 3x2!

Ainda nesse ínterim, como já havia mencionado acima, Kurosawa prefere ignorar para sua adaptação, a particularidade que derrotaria o rei traidor, ao passo que Polanski faz disso ponto crucial em sua derrocada. Seria o empate do franco-polonês se Kurosawa não tivesse feito dessa supressão um contra-ataque, pois a sequência da floresta caminhando em direção ao castelo, compensa a ausência desse item, sendo o momento decisivo do filme do japonês. Lindo, hipnótico, surreal, o avanço ameaçador da floresta, em "Trono Manchado de Sangue" é uma das cenas mais incríveis do cinema. Os galhos semiocultos entre a névoa dão, inicialmente, uma sensação mágica quase convencendo o espectador que, por algum motivo, sobrenatural, uma alucinação do nobre ameaçado, uma reinterpretação do diretor, ela pudesse realmente estar avançando em direção ao cruel tirano. Golaaaaçoooo!!!

"Trono Manchado de Sangue" ganha no detalhe, na qualidade técnica, mas a sensação que fica é que o placar poderia ser um pouco mais tranquilo se Kurosawa tivesse o "reforço" do uso da cor. Veja-se o que ele fez em "Ran", adaptação de "King Lear", outra de Shakespeare, por exemplo... Dá pra dizer que ganhou desfalcado. 


Jogo de estratégia, dois times que atacam o tempo todo e querem a vitória custe o que custar.
O time de Polanski com um jogo mais bruto, mais violento, e o de Kurosawa com um futebol mais técnico e vistoso.
Os japoneses levam essa, mas quem ganha nessa batalha somos nós.


No alto, Washizu (à esq.) e Macbeth (dir.), com seus convivas, cada um em seu respectivo palácio;
na segunda linha as esposas, Asaji e Lady Macbeth, envenenando as mesntes de seus maridos;
na sequência, a entidade de Kurosawa, que faz as revelações a Washizu, na floresta, e, à direita, 
o covil de bruxas idealizado por Roman Polanski; e
por fim, Taketori Washizu crivado, com uma flecha atravessada no pescoço,
 e a cabeça de Macbeth, separada do corpo, nas escadas do próprio castelo.








Cly Reis



terça-feira, 1 de novembro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - classificados para a final




Quatro grandes músicas!
Apenas duas delas chegarão final e somente uma delas será consagrada a Melhor Música de Gilberto Gil.

A contundente Haiti, música do disco de parceria com Caetano Veloso, comemorativo dos 25 anos da Tropicália, teve pela frente a emblemática Palco, uma das canções mais marcantes e adoradas da carreira de Gil. Na outra ponta, a poderosa canção Super-Homem, letra sensível e inspirada, encara a radiante, festiva, positiva, Realce.
E agora, gente? 
Nossos seis comentaristas-jurados-técnicos-especialistas-gilbertogilólogos, encararam a dificílima tarefa de escolher as 2 classificadas para a final, as que, agora, apresentamos para vocês. 
Será que são as mesmos que você classificaria?

Dá uma olhada:


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HAITI 

PALCO



resultado de Leocádia Costa

Jogo bem difícil, meus amigos! "Haiti" entra em jogo com muita força, porque tem em si, letra e música, muito importantes e faz parte das canções de Gil que tocam no fundo da alma da gente. Ancestralidade pulsando. Porém, "Palco" é uma canção que se pudesse ser vestida, com certeza, seria Gil totalmente dos pés à cabeça. Vibrante, crítica, cheia de poesia, espiritualidade faz parte do meu repertório desde 1981. Não consigo pensar "Palco" na voz de outra pessoa e palco é o lugar onde Gil arrasa! Placar final, de goleada, 4X1 para Palco.
HAITI 1 x 4 PALCO

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resultado de Cly Reis

Mal começa o jogo e Haiti já sai tomando um gol pelo fato de, para meus critérios, não ser uma música da obra exclusiva de Gil. Baita música, coisa e tal mas é GIL E CAETANO. Quando tiver a Copa Gil e Caetano, ela pode ganhar, mas na Copa Gilberto Gil, ela está fora. 1x0 para Palco que, além disso tem muitos méritos e é uma das melhores músicas da discografia do baiano imortal. 
HAITI 0 x 1 PALCO

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resultado de Kaká Reis

Bem, minha batalha certamente é das mais decisivas. Haiti sempre favorita ao título enfrenta o sucesso absoluto Palco.
Nos 15 primeiros minutos ja estamos em 1x1, os versos e a crítica social de Haiti aumentam a vantagem, e logo em seguida, Palco marca mais um por ser quase um hino às mazelas de todos os tempos “o inferno, fora daqui!!!!”.
Nos minutos finais, prorrogação, Haiti marca seu desempate, por carregar consigo tanta genialidade, batuques do nosso povo e por ser uma das músicas mais importantes historicamente para a minha pessoa.
É, Palco… vc é e foi fundamental nessa discografia, mas hoje, quem vai pra final é
HAITI 3 x 2 PALCO


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SUPER-HOMEM (A CANÇÃO) 
REALCE



resultado de Joana Lessa

Uma semifinal com cheiro de final: Super Homem e Realce entram em campo como grandes campeões. 
Mas a tradição se impõe e o espírito que cristaliza o estilo de jogo do Gil, faz Realce ganhar por 1x0.
SUPER-HOMEM 0 x 1 REALCE 

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resultado de Rodrigo Dutra
 
Foi muito difícil. A lindeza da melodia e a inspiração fílmica resultando na fragilidade e no lado feminino do homem, na harmonia entre casais. Mas não foi o suficiente pra derrotar a própria ode à beleza que é o disco/funk Realce. Dessa vez o Super Homem não vai mudar o curso da História. Está eliminado.
SUPER-HOMEM 0 x 1 REALCE


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resultado de Daniel Rodrigues

Daqueles clássicos de times do mesmo disco. E numa semifinal! Me segura! De um lado, “Super-Homem- A Canção”, de uniforme azul e vermelho e escudo com o “S” em fundo amarelo. Um babado! Do outro, “Realce” com sua camiseta multitons nas cores do arco-íris combinando a mesma estampa na camiseta, no short e nas meias (e mais umas purpurinas pelos por cima, porque quem vai pro jogo tem que ir montada, né, bicha?). Pode-se dizer que é o clássico que saiu do armário para o campo. Nessa igualdade de canções tão sensíveis quanto fortes, “Super-Homem” pede ajuda da porção mulher, resguardada até certa altura da partida pelo técnico, o que foi um erro estratégico tremendo diante da adversária. Atrevida, sem dever nada e sem medo de cara feia, “Realce” entra dançando na área estilo Dancin’ Days e marca aquele que foi o gol da vitória. Vitória de quem, de forma empodeirada, mudou o curso da história sem precisar de superpoderes. “Realce” lacrou!
SUPER-HOMEM 0 x 1 REALCE


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FINALISTAS
REALCE
PALCO



Nossos julgadores irão analisar o confronto, cada um dos times, seus méritos, virtudes, possibilidades, pontos fracos e fortes e decidirão quem leva o caneco. 
Fique ligado que, no sábado, dia 05 de novembro, sai o campeão.




quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - semifinais

 




Dois jogos para definir a finalíssima.

(Ah! Agora é a hora do vamos ver!!!)

Quatro grandes canções e apenas duas delas chegarão à decisão.

Quem passa?

Nessa fase, a decisão se dará por maioria e não por decisão individual, afinal, é muita responsabilidade para uma pessoa só decidir o futuro dessa Copa do Mundo. 

Um jogo para cada três dos nossos julgadores e teremos a definição.


Conheçam, abaixo, os confrontos das semifinais e façam suas apostas.



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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - classificados para as semifinais


 Momentos decisivos, senhoras e senhores!

Apenas quatro passam nessa fase e a hora da decisão se aproxima.

Surpresas? A essas alturas não se pode dizer que algum resultado tenha sido surpreendente nessas quartas-de-final, com tantas boas concorrentes. Só musicão! No entanto, não dá pra ignorar que uma potencial (forte) favorita ao título ficou pelo caminho: "Palco" deu um abraço de despedida em "Aquele Abraço" e mandou o samba exaltação ao Rio de Janeiro fazer as malas e tomar o caminho do Galeão. 

Uau! Por essa muita gente não esperava, hein!

Será que teve alguma outra "zebra"? 

Vamos ver então como foram os enfrentamentos das quartas e quais as quatro que avançam para as semifinais da Copa do Mundo Gilberto Gil:



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resultado de Daniel Rodrigues

PANIS ET CIRCENCES 1 x 2 SUPER-HOMEM (A CANÇÃO)
Duas equipes que cadenciam o jogo. "Panis" tenta surpreender com algumas quebras de ritmo, buscando os atalhos, fazendo ataques num tempo diferente do comum. Na manha, porém nunca óbvia. Já "Super-Homem" é pura harmonia em campo. O respeito mútuo e o equilíbrio das camisetas faz a partida ir igual pro intervalo. "Panis", no entanto, é afiada, e quando parece que perdeu a rotação, ressurge e acelera alucinadamente o ritmo, tirando o zero do placar. Só que, inconstante, assim como põe toda a velocidade, também para de repente. E parar de repente tendo "Super-Homem" do outro lado é pedir pra se ocupar em morrer. Na sua melodiosidade, ela vai lá e empata e, novamente, se valendo daquele trunfo do: "por causa da mulheeer!", que faz arrepiar a torcida, põe a segunda na rede no finalzinho, mudando como um deus o curso da história da partida. Final: 2 x 1 para Super-Homem (A Canção) sobre Panis et Circences.

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resultado de Leocádia Costa

HAITI 4 x 0 CÁLICE

Jogo ganho de saída, confiança em alto estilo! Goleada! "Haiti" 4 x 0 "Cálice". Cresci escutando "Cálice" e sempre foi emocionante, tanto na voz de Gil quanto na voz de outros intérpretes como Chico e Milton. Porém, quando escutei pela primeira vez "Haiti" que abre o disco "Tropicália 2" (aliás, CD que de tanto escutá-lo furei, como se diz!) fiquei paralisada e totalmente imersa na história cadenciada e cheia de vozes que essa canção traz. Um hino de resistência que se mistura com a história dos negros reverberando até hoje, com imensa atualidade.


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resultado de Rodrigo Dutra

PALCO 3 x 0 AQUELE ABRAÇO
O Palco de Gil é a razão de seu encanto, de sua música, de ser em si o cantor, o intérprete. É onde a gente acha seu fogo eterno, sua chama musical, seu sacerdócio, sua missão, cheio das raízes africanas e mandando um fora daqui aos seus algozes da ditadura. Aquele abraço pro “Aquele abraço”!


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resultado de Cly Reis

ESOTÉRICO 0 x 2 REALCE
Adoro Esotérico, é uma das canções mais gostosas de Gil, mas mesmo todas as suas qualidades não foram o suficiente para segurar o alto astral contagiante de Realce. E a torcida comemora com uma chuva de serpentinas. 2 x 0, Realce.


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CLASSIFICADAS PARA AS SEMIFINAIS
Super-Homem (A Canção)
Haiti
Palco
Realce



Aqui não tem sorteio dirigido para coisa não ficar previsível.
Teremos novo sorteio para a definição das semifinais
e, é claro, você saberá quais são, aqui no ClyBlog.
Aguarde, aguarde...

cotidianas # 775 - "Aqui é o País do Futebol"

 




Brasil está vazio na tarde de domingo, né? É!
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né? É!
Olha o sambão, aqui é o país do futebol


No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol

Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
A cama...

Brasil está vazio na tarde de domingo, né? É!
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né? É!
Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol

Nesses noventa minutos
De emoção e de alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora

A cama fica lá fora
A cara fica lá fora
A fome fica lá fora
A briga fica lá fora

A cana fica lá fora
A gaita fica lá fora
O tempo fica lá fora
O homem fica lá fora

A cuca fica lá fora
E tudo fica lá fora
A cama fica lá fora

**********************
"Aqui é o país do futebol"
Milton Nascimento
Ouça: 

sábado, 22 de outubro de 2022

A Defesa do Século

 



"A Defesa do Século" - REIS, Cly
ilustração digital do lance da defesa de Gordon Banks, na cabeçada de Pelé,
na Copa do Mundo de 1970
(A intervenção de Banks é conhecida como "A defesa do século XX")


Veja o lance:

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Copa o Mundo Gilberto Gil - Quartas-de-Final

Sorteados os confrontos!

Agora são apenas quatro jogos.

E, é lógico, com tão poucos sobreviventes, só restou coisa de primeira. E, se só tem coisa de alta qualidade, os jogaços são inevitáveis. Aqueles confrontos em que dá dó eliminar uma. Mas... fazer o quê? essa é a nossa difícil tarefa aqui.

Campeonato de mata-mata é assim.

Confira abaixo como ficaram os confrontos das quartas-de-final.