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A antiga residência do fundador do grupo Globo,
hoje espaço dedicado às artes.
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Fui conhecer, dia desses, a
Casa Roberto Marinho, espaço cultural criado na casa anteriormente ocupada pelo fundador do grupo Globo, situado no bairro do Cosme Velho, e que hoje dedica sua área, predominantemente à exposição do riquíssimo acervo pessoal do jornalista. Grande amante das artes, Marinho conseguiu reunir ao longo de sua vida um considerável e relevante número de obras, em especial da arte moderna brasileira da qual era grande admirador e sendo amigo de vários artistas como
Portinari,
Guignard, Pancetti, por vezes deles recebia obras de presente ou as adquiria diretamente dos pintores. E é basicamente essa coleção que temos o privilégio de conhecer em visita à suntuosa mansão de estilo neo-colonial com a qual já nos impressionamos na entrada do pátio frontal por seus belíssimos jardins são projetados por
Burle Marx. Lá dentro o visitante se perde entre
Segall,
Tarsila,
Portinari,
Volpi e outros nomes importantes do modernismo. Um deleite para o apreciador da arte brasileira! Além da exposição permanente, concentrada no andar térreo, a Casa ainda contava, na ocasião da minha visita com uma outra igualmente interessante focada especialmente na arte abstrata praticada no Brasil a partir dos anos '40 até a nossa década atual, com ênfase na abstração informal, ou seja, aquela na qual o artista parte muito mais de um processo intuitivo do que lógico ou matemático para a constituição de seus trabalhos. Artistas importantes como
Antônio Bandeira,
Burle Marx, Manabu Mabe, Tomie Ohtake e
Iberê Camargo são alguns dos que integram o corpo da ótima exposição "Oito décadas de Abstração Informal - 1940/2010".
Estive lá e divido com vocês minha visita. Conheça abaixo você também, um pouquinho da Casa Roberto marinho, e das obras nela expostas.
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Escultura de Bruno Giorgi, logo na entrada, no jardim. |
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Escultura do próprio Roberto Marinho. |
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Já no interior, o primeiro Portinari:
"Menino com pássaro" (1959) |
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Aqui, uma natureza-morta de Lasar Segall |
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O intenso "Espantalho" de Portinari |
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Paisagem com touro, de Tarsila do Amaral, de 1925 |
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Santa Cecília, de Cândido Portinari. |
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A impactante via-crucis de Emeric Mercier. |
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Alfredo Volpi, com uma de suas representações mais características. |
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Na sala de vídeo, a imponente pintura de Clóvis Graciano. |
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A escultura de Frns Krajcberg se impõe
no patamar de acesso ao segundo piso; |
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No segundo andar, a exposição "Oito décadas de Abstração Informal" |
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O abstrato da portuguesa Vieira da Silva, de 1949 |
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"Anjo Negro", de Manabu Mabe, 1960 |
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Uma das muitas obras do cearense Antônio Bandeira, na mostra. |
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"Pintura nº2", da japonesa naturalizada brasileira Tomie Othake. |
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Mais um belíssimo trabalho de Antônio Bandeira. |
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Outro de Manabu Mabe, "Sonho", de 1959. |
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Conjunto de Tomie Othake. |
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A escultura "Insônia Infinita da Terra",
de Maria Martins (1954) |
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Mais um Bandeira.
Lindíssimo! |
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A "Balada do Terror", de Maria Bonomi.
de 1970 |
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"Andamento III", do gaúcho Iberê Camargo |
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Pintura de Roberto Burle Marx. |
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Escultura de Angelo Venosa, de 1986 |
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Conjunto de Luís Aquila. |
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A pesada e impressionante obra de Dudi Maia Rosa. |
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"Lamentação", de Nuno Ramos. |
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Outro de Manabu Mabe,
"Castelo do Mar" |
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"Ela. Três", de Maria Tereza Louro. |
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"Couros", de Leda Catunda, de 1993 |
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No trecho final da exposição, as esculturas de Márcia Pastore (à frente)
e"Bolo", de Frida Baranek, ao fundo. |
por Cly Reis
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Casa Roberto Marinho
Exposições em andamento:
"Modernos +" e "Oito décadas de Abstração Informal - 1940/2010
endereço: Rua Cosme Velho, 1105
Bairro Cosme Velho - Rio de Janeiro - RJ
visitação: Terça-feira a domingo 12h às 18h
ingresso: R$ 10,00
gratuito para crianças até 5 anos, estudantes de escolas públicas, ensino fundamental e médio,
professores de escolas públicas, guias turísticos e profissionais de museus