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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

"Pinóquio", de Ben Sharpsteen e Hamilton Luske (1940) vs. "Pinóquio", de Robert Zemeckis (2022)

 


Uma partida que já começa com um favorito disparado: "Pinóquio" de 1940 tem mais talento, criatividade e um futebol mais vistoso, o famoso futebol arte. Já o longa recente do competente Robert Zemeckis, entra com um esquema defensivo defensiva, recuado, só espelhando a tática do adversário. Ambos começam lindamente e delicados, mas a originalidade e a delicadeza dos detalhes da animação original, se destacam muito.

Na história, que todo mundo conhece, um velho carpinteiro que faz um boneco de madeira que por meio de uma fada ganha vida e, um tanto rebelde, um tanto inocente e curioso, acaba saindo de casa e se metendo em uma série de apuros.

Os primeiros minutos são de futebol de alto nível, para frente, os dois com vontade de ganhar. "Pinóquio" de 2022 tenta inovar e mostrar que tem talento, apresentando a repaginada que deu em seus atletas e nisso bate um bolão, mas não o suficiente para superar o encanto do futebol do time de 1940, que, por sua vez, mostra que tem estrela. E é por aí que sai o 1x0. Cruzamento de Fada Azul, Gepeto escora para trás com a cabeça, e Pinóquio, mostrando que não é perna de pau, afunda a rede. 

As cenas inicias são bem parecidas, todo encanto que surge no início dos dois longas é bem impactante em ambos, mas como falei anteriormente, o primeiro, por ser original, se torna algo único e não tem como competir com a cena de Pinóquio ganhando vida, o grilo sendo introduzido como sua consciência, e uma apresentação de personagens linda e lúdica, ao passo que a nova versão apenas emula isso.

O jogo segue ainda igual, com momentos belos, mas termina o primeiro tempo bem morno. Segundo tempo se inicia sem novidades, apenas com uma certa acelerada que o jogo ganha. A equipe de 2022 coloca uma jogadora que parece que vai brilhar, a gaivota Sofia, personagem nova introduzida nessa nova versão, porém pouca coisa acontece e só vai mesmo acontecer lá pelo final do segundo tempo. Chegamos, então, aos minutos finais com cada time tentando surpreender da sua forma: o time de 2022, exagera nos ataques e fica exposto, toma o contra-ataque e... buuum!, leva o segundo gol. Acaba aprendendo que é melhor jogar simples de vez em quando. 2x0 para Pinóquio '40.


"Pinóquio" (1940) - trailer



"Pinóquio" (2022) - trailer


O novo longa tem um dos seus acertos ao nos apresentar a nova personagem que dá um sopro de originalidade ao filme e que até serve para fazer a história ir para frente, mas o roteiro faz questão de tirá-la da história e não entendi o motivo pelo qual, assim como aparece, ela some de tela. O lance da baleia ser substituída por uma fera do mar, desculpe, pode ser coisa minha, mas, particularmente, não gostei.

O quarto árbitro levanta a placa de +2 minutos e, aos 47 do segundo tempo o time de 2022 faz um gol de falta, mas já é tarde e o jogo chega ao fim. 

Por mais que eu tenha gostado do final do remake, que deixa a história muito aberta, o longa no geral não consegue ter a mesma magia do original que, desde do início já traz uma beleza, uma pureza, um encanto singulares. Devido a toda essa magia, bem característica da era de Ouro da Disney e que vale muito, o longa de 1940 sai vitorioso, e jogando muito melhor que seu adversário.

Mas esse torneio não acaba aqui! Logo logo, o time de Ben Sharpsteen e Hamilton Luske vai enfrentar um novo adversário treinado por ninguém menos que o fabuloso Guillermo Del Toro.

Continua...  

No alto, criador e criatura, o velho Gepetto e Pinóquio, à esquerda a animação e à direita o live-action;
na segunda linha, a Fada Azul das duas versões dando vida ao garoto de madeira;
e, abaixo, o que acontece quando se mente,
elemento clássico na história de Pinóquio mas que tem bem menos importância e destaque na nova versão.
 

E o filme novo ainda teve a ousadia
de tentar superar um verdadeiro clássico...
Que cara de pau!




por Vagner Rodrigues

sábado, 16 de outubro de 2021

Exposição “Welcome to Extraordinary”, de Steven Spielberg e Universal Studios - Praia de Belas Shopping - Porto Alegre (RS)

 

Fazia muito tempo que não ia a alguma exposição presencialmente desde que a pandemia começou, o que possivelmente manteria não fossem as obrigações de trabalho. Mas já que calhou de juntar um ao outro, bora aproveitar, então! Foi o que fiz ao visitar a exposição temática “Welcome to Extraordinary”, no Praia de Belas Shopping, que propõe uma viagem por quatro filmes de Steven Spielberg produzidos junto a Universal Studios: “Tubarão” (1976), “E.T. – O Extraterrestre” (1981), “De Volta para o Futuro” (1985) e “Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros” (1992).

Com direito a muita interatividade e diálogo com o público, a exposição é um playground para aficionados nestes filmes, todos ícones do cinema comercial e verdadeiros criadores de linguagem, casos principalmente de “Tubarão” e “E.T.” cada um a seu modo. As ilhas temáticas trazem detalhes de cada um dos filmes, como um lettering com o escrito “Out a time”, que faz alusão à placa do carro DeLorean em que Marty McFly viaja no tempo com a ajuda do cientista maluco Dr. Brown; a janela cujo vidro embaça com o bafejar do dinossauro em “Jurassic Park”; a placa de anunciando “beach closed” de “Tubarão” após o peixão ter atacado banhistas; ou a antena improvisada para que E.T. fizesse contato com seu planeta.

Particularmente, admirador de Spielberg que sou, gosto bastante de “Tubarão”, o melhor animal thriller da história do cinema, e de “De Volta para o Futuro” (este produzido por ele através da sua Amblin e dirigido pelo talentoso spielberguiano Robert Zemeckis) e me agradam menos “E.T.” e “Jurassic Park”. Mas a título de uma exposição temática e lúdica como esta, pode-se dizer que todos os títulos funcionam muito bem. A trilha sonora, todas assinadas pelo mestre John Williams, ajudam sobremaneira não só a criar as atmosferas necessárias mas a caracterizar sensorialmente os nichos, visto que suas músicas se confundem com os próprios filmes. Bendito dia em que Spielberg cruzou com  Williams! Quanta criatividade a história do cinema teria perdido não fosse esta parceria. 

Enfim, diversão garantida para adultos como eu, que conhecem os filmes de cabo a rabo, e para os jovens e crianças, que têm com a mostra um impulso a se interessarem a conhecer. Confira, então, alguns lances de "Welcome to Extraordinary", que fica em cartaz até 7 de novembro de 2021 com exclusividade em Porto Alegre no Praia de Belas.

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Luminoso no corredor de entrada com arte dos quatro filmes

Detalhes de "De Volta...": cartazes colados a lambe-lambe, bem anos 80

A famosa máquina do tempo de "De Volta...": 26 de outubro de 1985.
Falta pouco para os 36 anos dessa viagem

Pegando uma carona do DeLorean com o dr. Brown ao lado

360º do espaço de "De Volta para o Futuro": "Santo Deus!"

A cabine de "Tubarão", parecida com aquela
que o personagem Matt Hooper se enfiou 

Este blogueiro enjaulado (e olha os
dentinhos do Tuba atrás pra me pegar!)

Cenografia e cenas do primeiro grande sucesso de Spielberg

Mais detalhes de "Jaws": não se atreva a entrar na água!

"Dun-Dun Dun-Dun Dun-Dun": que meda!


O armário de Elliot e seus irmãos:
quem encontrar o E.T. ganha um doce

Detalhes do universo onírico e estético do filme

"Be Good", uma das frases do Extraterrestre

Um giro na ilha de "E.T.: O Extraterrestre"

O simpático personagem do filme de Spielberg
que fez escola e mudou o cinema pop para sempre

Lembra daquela baforadinha do dinossauro na janela da cozinha?

Som, highlights, vídeos, luzes no nicho sensorial de "Jurassic Park"

Se escapa da boca do tubarão, tem a do dinossauro depois



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Exposição “Welcome to Extraordinary”
arena interativa sobre filmes de Steven Spielberg para a Universal Studios: “Tubarão”, “E.T. – O Extraterrestre”, “De Volta para o Futuro” e “Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros”.
local: Praia de Belas Shopping - 2º Piso
endereço: Av. Praia de Belas, 1181 - Praia de Belas, Porto Alegre - RS
horário: 
de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, domingo das 11h às 22h
período:
até 7 de novembro 
ingresso; gratuito sob agendamento. Porém, para garantir a experiência de forma segura e respeitando os protocolos sanitários, é necessário realizar o agendamento prévio.
Mais informações:
www.praiadebelas.com.br 

Daniel Rodrigues





terça-feira, 7 de outubro de 2008

Os 500 melhores filmes de todos os tempos




Mais uma lista daquelas de melhores filmes de todos os tempos...
Esta da revista inglesa Empire escolhida por leitores e cineastas.
Chama a atenção a inclusão do recentíssimo "O Cavaleiro das Trevas" e a posição curiosa de 28° para "Cidadão Kane", quase sempre colocado nas listas como o número 1, ou senão entre os 5, pelo menos.
Na ponta aparece o "...Chefão 1", que eu não concordo, mas compreendo e já vi nesta condição em outras listas, mas o 2° lugar pro "Indiana..." é muita areia pro caminhãozinho do Sr. Jones.




Confiram aí os 30 primeiros e a lista completa no site da revista no link logo abaixo:

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1. "O Podereso Chefão", de Francis Ford Coppola (1972)
2. "Indiana Jones Os caçadores da arca perdida", de Steven Spielberg (1981)
3. "Star Wars: O Império contra-ataca", de Irvin Kershner (1980)
4. "Um sonho de Liberdade", de Frank Darabont (1994)
5. "Tubarão", de Steven Spielberg (1975)
6. "Os Bons Companheiros", de Martin Scorsese (1990)
7. "Apocalipse Now", de Francis Ford Coppola (1979)
8. "Cantando na chuva", de Stanley Donen e Gene Kelly (1952)
9. "Pulp Fiction", de Quentin Tarantino (1994)
10. "Clube da Luta", de David Fincher (1999)
11. "Touro Indomável", de Martin Scorsese (1980)
12. "Se meu Apartamento Falasse", de Billy Wilder (1960)
13. "Chinatown", de Roman Polanski (1974)
14. "Era uma vez no Oeste", de Sergio Leone (1968)
15. "O cavaleiro das trevas", de Christopher Nolan (2007)
16. "2001: Uma Odisséia no Espaço", Stanley Kubrick (1968)
17. "Taxi Driver", de Martin Scorsese (1976)
18. "Casablanca", de Michael Curtiz (1942)
19. "O Poderoso Chefão - Parte II", de Francis Ford Coppola (1974)
20. "Blade Runner", de Ridley Scott (1982)
21. "O Terceiro Homem", de Carol Reed (1949)
22. "Star Wars: Uma Nova Esperança", de George Lucas (1977)
23. "De volta para o futuro", de Robert Zemeckis (1985)
24. "O Senhor dos Anéis: A sociedade do anel", Peter Jackson (2001)
25. "Três Homens em Conflito", de Sergio Leone (1967)
26. "Dr. Fantástico", Stanley Kubrick (1964)
27. "Quanto mais quente melhor", de Billy Wilder (1959)
28. "Cidadão Kane", de Orson Welles (1941)
29. "Duro de matar", de John McTiernan (1988)
30. "Aliens - O resgate", de James Cameron (1986)

A lista da Empire: