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sábado, 4 de março de 2023

"Os Fabelmans", de Steven Spielberg (2022)

 





O Amor pelo cinema como espelho da vida
por Vagner Rodrigues


Você realmente gosta de cinema? Então assista esse filme.

Apesar do ritmo lento em muitos momentos, "Os Fabelmans" consegue construir uma narrativa envolvente. Tenho que admitir que ele demora um pouco engrenar e fazer a história avançar, mas depois que você compra a vibe, só vai.

O filme de Steven Spielberg é baseado nas memórias da infância do próprio cineasta, mais especificamente em um garoto vivendo no Arizona. O jovem Sammy Fabelman se apaixona por filmes depois que seus pais o levam para ver "O Maior Espetáculo da Terra", do lendário diretor Cecil B. DeMille. Armado com uma câmera, Sammy começa a fazer seus próprios filmes em casa, para o deleite de sua mãe solidária.

O filme tem uma mensagem linda de amor ao cinema mas, além disso, quando a história da família começa, e as camadas dos personagens vão sendo tiradas, é que, sem dúvida, acontece o grande momento do filme. Gabriel LaBelle como Sammy Fabelman, o personagem que seria a representação de Steven Spielberg (uma vez que é praticamente uma cinebiografia), carrega boa parte do drama do filme e está muito bem no papel, conseguindo passar verdade tanto nas cenas de drama, quanto nas que demonstra sua paixão pelo cinema. Se você ama alguma coisa, seu trabalho, seu hobby, você entende todo o amor e encanto do garoto pelo cinema e isso fica claro ao longo de todo filme, sendo ainda mais evidente e salientado na cena final.

O longa se desenvolve muito bem, tudo se encaixa na história e ele reduz o ritmo apenas por pouco tempo no início sem, no entanto, deixar o espectador entediado. Temos ótimas atuações, principalmente dos pais de Mitzi Fabelman (Michelle Williams) e Burt Fabelman (Paul Dano), que entregam muito do emocional do filme, frio e quente. 

"Os Fabelmans" é um filme que, sobretudo, mostra a paixão de alguém pelo cinema e como essa pessoa consegue perceber detalhes da vida que são pegos apenas pelas câmeras, para o bem o para o mal. Enquanto assistimos às dificuldades e a paixão de se fazer um filme, vemos também a paixão e a dificuldade de se viver a vida.

O jovem Sammy Fabelman, capturando o mundo em torno de si
com sua câmera.



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Rodar demais sem muito a dizer
por Daniel Rodrigues


“Os Fablemans” não é o melhor Spielberg. Acima de vários filmes da longa e desigual carreira do cineasta norte-americano, mas também inferior a algumas de suas várias importantes contribuições para a história do cinema. Midas de Hollywood e criador de uma escola, Spielberg é o principal reinventor da arte cinematográfica dos últimos 50 anos e edificador de uma nova indústria de entretenimento, que vai muito além das telas. Somente isso, já garante seu trono no Olimpo. Mas ele não se contenta. Seu último filme, embora não supere nem de longe realizações anteriores como “A Lista de Schindler” (1993), “Tubarão” (1975) ou “O Resgate do Soldado Ryan” (1998), tem a qualidade de voltar suas lentes justamente para o fazer cinematográfico, num tom bastante autobiográfico. E como tudo que se refere a Spielberg, tem seu lado bom e outro nem tanto.

Em “Os Fabelmans”, o pequeno Sammy Fabelman (Gabriel LaBelle) cresce no Arizona do pós-Guerra e se apaixona por filmes depois que seus pais o levam para ver "O Maior Espetáculo da Terra", de Cecil B. de Mille (1952). Armado com uma câmera, Sammy começa a fazer seus próprios filmes em casa, para o deleite de sua solidária mãe (vivida por Michelle Williams, ótima no papel da srª Fableman). Porém, quando o jovem descobre um segredo de família devastador, ele encontra no poder dos filmes a chave para desvendar verdades sobre sua realidade e sobre si próprio. 

O fato de Spielberg ter construído uma trajetória um tanto irregular é até um mérito. Mesmo com domínio total das ações da indústria, preferiu não seguir sempre pelo caminho confiável. Ao contrário: se expôs e se arriscou. Isso se deu em vários momentos de sua história, seja como diretor ou produtor. Após o estrondoso sucesso dos dois primeiros “Indiana Jones” (1981-1984), aposta no drama étnico-racial “A Cor Púrpura” (1985); depois do estelar “Guerra dos Mundos” (2005), investe no mesmo ano no denso trhiller político “Munique”; ou ainda ao sair da bilheteria de “Minority Report – A Nova Lei” (2002), não hesita em, logo depois, fazer seu filme mais scorseseano, “Prenda-me se For Capaz” (2002). Isso para ficar em três exemplos destes altos e baixos propositais, que denotam o quanto Spielberg sempre relativizou a condição de mito. 

Isso já o habilita a contar uma história como a de “Os Fablemans” com autoridade e consciência limpa. O encontro inicial dele com o cinema ao qual o filme retrata, por mais que tenha havido desdobramentos talvez impensáveis a um jovem amante da arte nas décadas seguintes, tornando-o um ícone, guarda coerência com tudo que ele desenvolveria, dos projetos mais populares aos mais ambiciosos, das megaproduções às de menor orçamento. O resultado disso é uma inconstância qualitativa justificável e até corajosa. Como Woody Allen e Scorsese, Spielberg já filmou tanto e há tantos anos, tocou dezenas e dezenas de projetos, que é impossível acertar sempre, ainda mais numa arte de complexas equações para que a obra final reste em alto nível. 

Afora isso, no entanto, “Os Fablemans”  deixa uma certa sensação de que o movimento de se autorepresentar seja o velho artifício de não ter muito mais a se dizer. Federico Fellini, talvez mais fluido para com suas inquietações e frustrações, soube explorar o vazio criativo para cunhar “8 ½” (1963), o qual recheou-o também de vazios existenciais. O mesmo fez Agnès Varda em “As Praias de Agnès” (2008) e “Varda por Agnès” (2019), em que olhar feminino prescruta o lugar no mundo. Ou seja: soluções bastante europeias de se achar caminhos poéticos dificilmente sondados. Diante da dureza da grande indústria e talvez da natureza judia bastante destacada no filme, nem mesmo o coração aventureiro de Spielberg é capaz de se desvencilhar.

Um tanto longo – aliás, como a maioria dos filmes atuais, espécie de epidemia fílmica gerada pela concorrência com as séries de streaming – “Os Fablemans” tem lances muito bonitos, ainda mais para admiradores do fazer cinematográfico. Cenas como a do início, em que o personagem vai pela primeira vez a uma sala de cinema, ou quando instintivamente começa a brincar de criar sets de filmagens com suas irmãos e amigos, dão a ideia do porquê da paixão lúdica do cineasta por sua profissão. A mais bonita delas, sem querer dar spoiler, é quando se encontra com seu grande ídolo detrás das câmeras, cena que, inclusive, “resolve” o filme de uma maneira um tanto chapliniana. Nem esta cena, porém, é devidamente construída em toda a narrativa que a antecede. Em certa medida, o fato cai meio de paraquedas mesmo tendo havido chance anterior de se criar tal conexão. É como se o cineasta tivesse perdido a oportunidade de preparar melhor o espectador para a catarse. Isso deixa uma sensação de que se rodou tudo aquilo para não se explorar de fato o que precisava. Como diz o ditado: falar demais por não ter nada (ou pouco) a dizer. Porém, acima de tudo, Spielberg é sincero consigo mesmo, o que o faz acertar mesmo quando erra.

O pequeno Sammy, no centro, descobrindo a magia do cinema.


sábado, 16 de outubro de 2021

Exposição “Welcome to Extraordinary”, de Steven Spielberg e Universal Studios - Praia de Belas Shopping - Porto Alegre (RS)

 

Fazia muito tempo que não ia a alguma exposição presencialmente desde que a pandemia começou, o que possivelmente manteria não fossem as obrigações de trabalho. Mas já que calhou de juntar um ao outro, bora aproveitar, então! Foi o que fiz ao visitar a exposição temática “Welcome to Extraordinary”, no Praia de Belas Shopping, que propõe uma viagem por quatro filmes de Steven Spielberg produzidos junto a Universal Studios: “Tubarão” (1976), “E.T. – O Extraterrestre” (1981), “De Volta para o Futuro” (1985) e “Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros” (1992).

Com direito a muita interatividade e diálogo com o público, a exposição é um playground para aficionados nestes filmes, todos ícones do cinema comercial e verdadeiros criadores de linguagem, casos principalmente de “Tubarão” e “E.T.” cada um a seu modo. As ilhas temáticas trazem detalhes de cada um dos filmes, como um lettering com o escrito “Out a time”, que faz alusão à placa do carro DeLorean em que Marty McFly viaja no tempo com a ajuda do cientista maluco Dr. Brown; a janela cujo vidro embaça com o bafejar do dinossauro em “Jurassic Park”; a placa de anunciando “beach closed” de “Tubarão” após o peixão ter atacado banhistas; ou a antena improvisada para que E.T. fizesse contato com seu planeta.

Particularmente, admirador de Spielberg que sou, gosto bastante de “Tubarão”, o melhor animal thriller da história do cinema, e de “De Volta para o Futuro” (este produzido por ele através da sua Amblin e dirigido pelo talentoso spielberguiano Robert Zemeckis) e me agradam menos “E.T.” e “Jurassic Park”. Mas a título de uma exposição temática e lúdica como esta, pode-se dizer que todos os títulos funcionam muito bem. A trilha sonora, todas assinadas pelo mestre John Williams, ajudam sobremaneira não só a criar as atmosferas necessárias mas a caracterizar sensorialmente os nichos, visto que suas músicas se confundem com os próprios filmes. Bendito dia em que Spielberg cruzou com  Williams! Quanta criatividade a história do cinema teria perdido não fosse esta parceria. 

Enfim, diversão garantida para adultos como eu, que conhecem os filmes de cabo a rabo, e para os jovens e crianças, que têm com a mostra um impulso a se interessarem a conhecer. Confira, então, alguns lances de "Welcome to Extraordinary", que fica em cartaz até 7 de novembro de 2021 com exclusividade em Porto Alegre no Praia de Belas.

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Luminoso no corredor de entrada com arte dos quatro filmes

Detalhes de "De Volta...": cartazes colados a lambe-lambe, bem anos 80

A famosa máquina do tempo de "De Volta...": 26 de outubro de 1985.
Falta pouco para os 36 anos dessa viagem

Pegando uma carona do DeLorean com o dr. Brown ao lado

360º do espaço de "De Volta para o Futuro": "Santo Deus!"

A cabine de "Tubarão", parecida com aquela
que o personagem Matt Hooper se enfiou 

Este blogueiro enjaulado (e olha os
dentinhos do Tuba atrás pra me pegar!)

Cenografia e cenas do primeiro grande sucesso de Spielberg

Mais detalhes de "Jaws": não se atreva a entrar na água!

"Dun-Dun Dun-Dun Dun-Dun": que meda!


O armário de Elliot e seus irmãos:
quem encontrar o E.T. ganha um doce

Detalhes do universo onírico e estético do filme

"Be Good", uma das frases do Extraterrestre

Um giro na ilha de "E.T.: O Extraterrestre"

O simpático personagem do filme de Spielberg
que fez escola e mudou o cinema pop para sempre

Lembra daquela baforadinha do dinossauro na janela da cozinha?

Som, highlights, vídeos, luzes no nicho sensorial de "Jurassic Park"

Se escapa da boca do tubarão, tem a do dinossauro depois



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Exposição “Welcome to Extraordinary”
arena interativa sobre filmes de Steven Spielberg para a Universal Studios: “Tubarão”, “E.T. – O Extraterrestre”, “De Volta para o Futuro” e “Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros”.
local: Praia de Belas Shopping - 2º Piso
endereço: Av. Praia de Belas, 1181 - Praia de Belas, Porto Alegre - RS
horário: 
de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, domingo das 11h às 22h
período:
até 7 de novembro 
ingresso; gratuito sob agendamento. Porém, para garantir a experiência de forma segura e respeitando os protocolos sanitários, é necessário realizar o agendamento prévio.
Mais informações:
www.praiadebelas.com.br 

Daniel Rodrigues





quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Oscar 2018 - Os Indicados



Guillermo del Toro, sempre impressionante visualmente,
tem seu filme como um dos favoritos ao Oscar.
E saiu a lista dos filmes indicados para o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o famoso Oscar. "A Forma da Água" do mexicano Guillermo Del Toro lidera em indicações com treze, mas "The Post", de Steven Spielberg com elenco estrelar, "Me Chame Pelo Seu Nome",  "Três Anúncios Para Um Crime"e "Lady Bird", também prometem disputarem as atenções. Destaque também para a indicação de "Logan", o primeiro filme de heróis nomeado para roteiro original, para a grande surpresa do ano, o bom "Corra!", na categoria principal, para o brasileiro Carlos Saldanha, diretor da animação "O Touro Ferdinando", indicado em sua categoria, e para a indicação de uma mulher para melhor direção, Greta Gerwig, depois de todas as manifestações de atrizes na premiação do Globo de Ouro. Embora a indicação de Greta responda à contestação de Natalie Portman quando da entrega do prêmio de diretor naquela cerimônia, ela passa longe de resolver todas as questões que envolvem a figura da mulher em Hollywood, assim, independente deste "agrado" da Academia, deveremos ver novas manifestações acerca da condição da mulher não somente dentro da indústria cinematográfica norte-americana como na sociedade como um todo. E aí? Teremos gafes como aquela do anúncio do vencedor do ano passado? Termos protestos feministas? Meryl Streep leva outra estatueta para casa? Guillermo del Toro manterá a tradição mexicana de levar o prêmio de direção, já que são três prêmios nos últimos quatro anos? Muitas perguntas aguardam resposta mas elas só serão respondidas no dia 4 de março, em Los Angeles. Até lá, o negócio é ir dando uma conferida nos títulos que já estão em cartaz e nos que estrearão até lá nos cinemas,e claro ir conferindo aqui no ClyBlog as nossas impressões sobre os filmes aqui no Claquete.
Confira abaixo as listas com todos os indicados:



  • Melhor Filme

Me Chame Pelo Seu Nome
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
Corra!
Lady Bird - É Hora de Voar
Trama Fantasma
The Post - A Guerra Secreta
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Direção

Dunkirk - Christopher Nolan
Corra! - Jordan Peele
Lady Bird - É Hora de Voar - Greta Gerwig
Trama Fantasma - Paul Thomas Anderson
A Forma da Água - Guillermo del Toro


  • Melhor Atriz

Sally Hawkins - A Forma da Água
Frances McDormand - Três Anúncios Para um Crime
Margot Robbie - I, Tonya
Saoirse Ronan - Lady Bird - É Hora de Voar
Meryl Streep - The Post - A Guerra Secreta


  • Melhor Ator

Timotheé Chalamet - Me Chame Pelo Seu Nome
Daniel Day Lewis - Trama Fantasma
Daniel Kaluuya - Corra!
Gary Oldman - O Destino de Uma Nação
Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.


  • Melhor Ator Coadjuvante

Willem Dafoe - Projeto Flórida
Woody Harrelson - Três Anúncios Para um Crime
Richard Jenkins - A Forma da Água
Christopher Plummer - Todo o Dinheiro do Mundo
Sam Rockwell - Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Atriz Coadjuvante

Mary J. Blige - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi
Allison Janney - I, Tonya
Laurie Metcalf - Lady Bird - É Hora de Voar
Octavia Spencer - A Forma da Água
Lesley Manville - Trama Fantasma


  • Melhor Roteiro Adaptado

Artista do Desastre
Me Chame Pelo Seu Nome
Logan
A Grande Jogada
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi


  • Melhor Roteiro Original

Doentes de Amor
Corra!
Lady Bird - É Hora de Voar
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Animação

O Poderoso Chefinho
Viva - A Vida é uma Festa
O Touro Ferdinando
Com Amor, Van Gogh
The Breadwinner


  • Melhor Filme Estrangeiro

Uma Mulher Fantástica (Chile)
The Insult (Líbano)
Loveless (Rússia)
The Square - A Arte da Discórdia (Suécia)
On Body and Soul (Hungria)


  • Melhor Fotografia

Blade Runner 2049 - Roger Deakins
O Destino de Uma Nação - Bruno Delbonnel
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Rachel Morrison
Dunkirk - Hoyte van Hoytema
A Forma da Água - Dan Laustsen


  • Melhor Documentário em Longa-Metragem

Abacus: Small Enough to Jail
Faces Places
Icarus
Last Men in Aleppo
Strong Island


  • Melhor Documentário em Curta-Metragem

Edith+Eddie
Heaven is a Traffic Jam on the 405
Heroin(e)
Kayayo: The Living Shopping Baskets
Knife Skills
Traffic Stop


  • Melhor Curta-Metragem

DeKalb Elementary
The Eleven O’Clock
My Nephew Emmett
The Silent Child
Watu Wote/All of Us


  • Melhor Curta em Animação

Dear Basketball - Glen Keane e Kobe Bryant
Garden Party - Victor Caire e Gabriel Grapperon
Lou - Dave Mullins e Dana Murray
Negative Space - Max Porter e Ru Kuwahata
Revolting Rhymes - Jakob Schuh e Jan Lachauer


  • Melhor Figurino

A Bela e a Fera
O Destino de Uma Nação
Trama Fantasma
A Forma da Água
Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha


  • Melhor Maquiagem e Cabelo

O Destino de Uma Nação
Extraordinário
Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha


  • Melhor Montagem

Em Ritmo de Fuga
Dunkirk
I, Tonya
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Mixagem de Som

Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars - Os Últimos Jedi


  • Melhor Edição de Som

Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars - Os Últimos Jedi


  • Melhores Efeitos Visuais

Blade Runner 2049
Guardiões da Galáxia Vol.2
Kong - A Ilha da Caveira
Star Wars - Os Últimos Jedi
Planeta dos Macacos - A Guerra


  • Melhor Design de Produção

A Bela e a Fera
Blade Runner 2049
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
A Forma da Água


  • Melhor Canção Original

"Remember Me" - Viva - A Vida é uma Festa - Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez
"This is Me" - O Rei do Show - Benj Pasek e Justin Paul
"Mighty River" - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Mary J. Blige, Raphael Saadiq e Taura Stinson
"Mystery of Love" - Me Chame Pelo Seu Nome - Sufjan Stevens
"Stand Up for Something" - Marshall - Diane Warren e Lonnie R. Lynn


  • Melhor Trilha Sonora Original

Dunkirk - Hans Zimmer
Trama Fantasma - Jonny Greenwood
A Forma da Água - Alexandre Desplat
Star Wars - Os Últimos Jedi - John Williams
Três Anúncios Para um Crime - Carter Burwell





C.R.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Quadrinhos no Cinema #7 - "As Aventuras de Tintim", de Steven Spielberg (2011)



Depois de muitas tardes incríveis, sentado no chão, assistindo a mais um episódio do desenho Tintim que passava na ótima TVE, eu percebi que simplesmente amava isso, e assistindo a essa animação de Steven Spielberg, percebo que continuo amando.
"As aventuras de Tintim" é uma adaptação da HQ Franco-Belga, de muito sucesso de Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, que contam as aventuras de um jornalista (detetive), que está sempre envolvido em algum problema. Embora a HQ gere algumas criticas negativas e se envolva em polêmicas, as animações assim como este longa conseguem passar por cima delas, por isso não vou entrar em detalhes sobre as polêmicas e irei direto ao filme.
Tintim (Jamie Bell ) é um jovem repórter que certo dia, ao comprar a miniatura de uma embarcação, se vê perseguido pelo misterioso Sakharine (Daniel Craig) que busca implacavelmente ter a miniatura em suas mãos. Assim que Sakharine consegue capturar Tintim, o prende em seu barco que pertencia ao alcoólatra Capitão Haddock (Andy Serkis), agora também feito prisioneiro. Sempre acompanhado pelo cãozinho Milu, Tintim se alia ao capitão e vão em busca de desvendar todos os mistérios que cercam a pequena miniatura da embarcação chamada Licorne.
Não chega a ser um defeito (longe disso) mas o filme tem muito mais a cara de Steven Spielberg do que a pegada dos quadrinhos originais de Hergé . Muito focado nas cenas de ação, é um típico filme de aventura ao melhor estilo Indiana Jones. Infelizmente toda essa ação acaba não dando espaço para que o lado jornalista de Tintim apareça. Fora isso, todas as características das personalidades dos personagens principais foram mantidas.
Adorei esta cena: simples, direta, divertida
e uma referência (homenagem) muito bem feita.
 A animação do filme é incrível, feita através da captura de movimentos, conseguindo muito bem dar um ar moderno mais real para os personagens sem perder o estilo cartoon da HQ. Falando em personagens, todos estão ótimos e funcionam muito bem para trama graças ao excelente roteiro desenvolvido para o longa. Steven Spielberg que nos últimos anos vem tentando ao máximo possível fazer o papel do bom homem, tirando a violência dos seus filmes mais infantis, muda um pouco a relação de Capitão Haddock com a bebida. Aqui ele faz Capitão Haddock superar seu alcoolismo, embora com algumas recaídoas, para a partir dali se tornar um dos heróis do filme. Mas a adaptação não fica forçada e, diferentemente de transformar digitalmente armas em lanternas, por exemplo, é algo bem colocado na trama e funciona bem.
"As Aventuras de Tintim" é um bom filme, atinge o publico mais antigo que é pego pelo saudosismo e também pela aventura ao estilo Spielberg dos anos 80, assim como acerta em modernizar a animação atraindo um público mais novo. Assistindo ao filme me senti voltando no tempo, tentando desvendar os mistérios junto com Tintim e Milu, rindo das trapalhadas da dupla Dupond e Dupont.
Uma ótima mistura de ação, aventura e humor.