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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Mostra Andy Warhol – Ícones POP - Shopping Leblon - Rio de Janeiro









E outra boa notícia pras artes aqui no Rio de Janeiro: Fui surpreendido ao saber que o Shopping Leblon recebe, em seu Lounge, uma pequena porém não pouco interessante exposição do mestre da pop-art, Any Warhol, desde o último dia 18 de junho. A mostra "Andy Warhol – Ícones POP",  traz apenas 16 obras do artista americano apresentando entre elas, algumas de suas mais conhecidas e importantes como asserigrafias de Marilyn Monroe, Mao Tsé e a conhecidíssima lata de sopa Campbell.
Vale uma vita.






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mostra Andy Warhol – Ícones POP
de 18 de junho a 12 de julho
local: Shopping Leblon - Lounge – 3º piso
endereço: Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon, Rio de Janeiro
de s
egunda a sábado, das 10h às 22h e domingos, das 13h às 21h
entrada: gratuita


Cly Reis

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Exposição “Visões na Coleção Ludwig” – CCBB – Belo Horizonte/MG (Agosto/2014)









Eu me escorando num dos pilares da "Ruína" de Lichtenstein

Numa rápida passagem por Belo Horizonte antes de irmos a Ouro Preto, Leocádia e eu pudemos desfrutar de algumas coisas boas da capital mineira. Conhecemos o mítico bairro Santa Tereza, berço do Clube da Esquina de Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant, Wagner Tiso e tantos outros talentos; almoçamos no colorido Mercado Central no tradicional – e concorrido – restaurante Casa Cheia; e ainda conhecemos alguns das obras de Oscar Niemeyer no Complexo da Pampulha: o Museu de Arte, a Casa de Baile e a deslumbrante Igreja São Francisco, embrionárias da arquitetura moderna.

O impactante óleo
"Cabeças Grandes"
de Picasso
Porém, para nossa surpresa e felicidade, fomos recomendados por um francês dono do hostel onde nos hospedamos a visitar uma exposição no CCBB, num lindo prédio art nouveau dos anos 20 (antigo Comando Geral das Forças Revolucionárias, durante a Revolução de 1930), na Praça da Liberdade, centrão da cidade. Até tínhamos ideia de ir a alguma exposição, mas quando ele nos mencionou que, nesta em especial, haveria obras de Andy WarholPablo Picasso e Jean-Michel Basquiat providenciamos logo de incluir em nosso roteiro. A tal mostra é "Visões na Coleção Ludwig", que reúne 70 obras provenientes do acervo do colecionador alemão Peter Ludwig, sediada no Museu Estatal Russo de São Petersburgo, e o Cly Reis já havia comentado aqui quando da passagem da mesma pelo Rio de Janeiro. Com curadoria de Evgenia Petrova e Joseph Kiblitsky, conta com obras-primas da arte pop, do neoexpressionismo alemão, do fotorrealismo e outros movimentos de arte a partir dos anos 1960 até hoje.

Boquiaberto com a obra
coassinada por
Basquiat e Warhol
Fora os já citados, havia artistas que gostamos muito e de significância para nosso universo ideológico, como o norte-americano Roy Lichtenstein, numa gigante serigrafia pop art com clara referência a Dalí e De Chirico; o alemão Joseph Beuys, cuja escultura em bronze de 1949 (“Mulher animal”) traz seu característico toque sarcástico; e o sueco Claes Ondenburg, a quem Leocádia já conhecia me apresentou a obra “Banana-splits e sorvetes de degustação”, pequena instalação em gesso, cerâmica e aço que mina tanto o consumismo quanto as indústrias bélica, alimentícia e do sexo. Com outros, vimos pela primeira vez (Robert Rauschenberg, Anselm Kiefer, Claudio Bravo, Julia Zastava e George Baselitz, por exemplo). Uns interessantes, outros, nem tanto; mas, de um modo geral, bem legal. A começar pela impressionante tela a óleo “Cabeça de criança” (1991), de Gottfried Helnwein, com 6,50m tomados de hiperrealismo, que já nos saltara aos olhos no belo pátio interno do prédio.

Escultura de Beuys,
sempre contundente
No entanto, o que realmente nos impactou foram os mestres. Já na primeira sala após a entrada, deparamo-nos com um enorme Picasso, o óleo sobre tela “Cabeças grandes”, de 1969. Emocionante, de tirar o fôlego. Tivemos certeza de estarmos diante de um feito histórico, o que até agora, de certa forma, ainda não nos recobramos. Afinal, ver um Picasso ao vivo é sempre uma experiência incrível – só havia tido essa oportunidade em apenas duas ocasiões no passado. Pintura que alia a natureza figurativo-geométrica do cubismo a uma tocante liberdade no traço e nas paletas dignas de um artista apaixonado por sua profissão e totalmente maduro (o catalão morreria dali a apenas 4 anos). A sensação de choque seguiu-nos logo ao lado: um Warhol, um retrato do próprio Ludwig, imagem, inclusive, usada na arte oficial da mostra. Uma serigrafia bem a seu estilo, com toques cubistas no corte da figura em linhas geométricas, construindo-a em blocos de cores e implicações psicológicas distintas, além de seu peculiar traço (provavelmente, em giz) pincelando algumas linhas do desenho.

As simbólicas e nefastas taças de sorvete de Ondenburg
Mais adiante, na terceira sala, ainda não refeitos do impacto de ver essas peças, assim mais um Lichtenstein, um Beuys e outros bem interessantes, uma nova maravilha: outro enorme óleo sobre tela, este fruto da parceria entre Basquiat e Warhol, de 1984, ambos já nos seus últimos anos de vida. Numa palavra: impressionante. Toda a violência, inquietação e poesia do neo-expressionismo de Basquiat, expostos sem concessões nas imagens borradas e inconclusas; nos escritos que ora se completam, ora são propositadamente rabiscados; nas figuras cadavéricas e sofridas; na referência ao grafite e à arte urbana; na repetição doentia de elementos e símbolos. Tudo isso, se mistura com naturalidade ao já mencionado traço warhiano: a combinação vermelho-azul da raiz da pop art; o uso de signos da publicidade e do cartoon. Os dois artistas conseguem realizar uma feliz junção de referências, estilos e escolas: o jovem Basquiat, com sua genialidade a serviço de uma desenfreada busca inconsciente; e Warhol, experiente, doente e muito mais vivido que o companheiro e cujas marcas que a vida impusera (boas e ruins) se transportavam para as obras dessa última grande fase de sua carreira.
A modelo Claudia Schiffer
em foto de Gunter Sachs

Visto esses, o resto era só aproveitar. Já estava garantida a visitação. Ainda tivemos a oportunidade de ver a clássica “Cleópatra Claudia Schiffer”, foto publicitário-artística do alemão Gunter Sachs que virou referência nas revistas de moda nos anos 90. Enfim, uma boa indicação que recebemos e que fazemos a quem estiver ou for à gostosa Beagá.









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Visões na Coleção Ludwig
Visitação até 20 de outubro, de quarta a segunda das 9h às 21h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte - CCBB
Praça da Liberdade, 450 – Funcionários - Belo Horizonte - MG
Ingresso: gratuito





texto:
fotos:


domingo, 27 de outubro de 2013

Grant Green - "Matador" (1964)


Acima, a capa original de 1964,
seguida da capa da reedição em CD
“Grant Green merece uma medalha por gravar o hit
‘My Favourite Things’ de [John Col]Trane
com o mesmo conjunto.
Mas embora o grupo se aproxime da canção
com o mesmo estilo 6/8
e da forma como Coltrane a sentia,
não a reduzem aos essenciais acordes básicos”.
Michael Cuscuna


O jornalista e crítico musical Márcio Pinheiro uma vez afirmou, com toda propriedade, que tudo o que os grandes nomes da MPB (Maria Bethânia, Caetano VelosoGilberto GilChico BuarqueGal Costa, João Donato, entre outros) produziram nos anos 70 é de ótima qualidade. É só pegar qualquer disco daquela época e ouvir que não tem erro. Infalível. Tudo favorecia para que tanta coisa boa acontecesse ao mesmo tempo e com um nível altíssimo de qualidade, o que ocorre de tempos em tempos conforme o cenário cultural, político, histórico e social de determinado local. Isso se aplica à produção de jazz norte-americana dos anos 40 a 60. Na época, gênios estavam a pleno (Miles Davis, Dizzie Gillespie, Charles Mingus, Duke Ellington), outros se estabeleciam rumo ao Olimpo (John Coltrane, Wayne Shorter, Herbie Hancock, Ornette Coleman) e, além destes, igualmente talentosos e sintonizados com aquela onda (Kenny Dorham, Joe Henderson, Lee Morgan, Freddie Hubbard, Sonny Rollins e mais centenas e centenas), não ficavam para trás em maestria e qualidade. Tudo conspirava a favor: retomada da sociedade civil no pós-Guerra; surgimento de uma nova classe afrodescendente e latina em fase de transformação sociopolítica; produções de várias lugares que se complementavam e se somavam; centros urbanos (Chicago, Nova York, Filadélfia, Los Angeles) suportando técnica e economicamente este contingente; encorpo da indústria cultural; e, o mais importante: o resultado de toda uma tradição musical, artística e antropológica trazida pelos negros da África e ressignificada na América que, agora, confluía de diversas formas e em quantidades amazônicas.

As gravadoras de jazz mantinham em seus portfólios artistas de primeira linha, mas, em especial, o Blue Note, principalmente no final dos 50 aos 60, era, esta sim, infalível. Tudo muito bom, sem exceção. A este selo pertenciam vários dos melhores jazzistas da época, e um deles era o guitarrista Grant Green. Com forte base no rhythm'n blues e com extremo domínio do bebop, além de ser também um espetacular solista em baladas, ele se junta, por força do destino, a McCoy Tyner, ao piano, Elvin Jones, bateria, e Bob Cranshaw, baixo – ou seja, trocando-se Chanshaw por Jimmy Garrison, dá a “cozinha” que gravou com Coltrane o antológico “A Love Supreme”, a segunda melhor banda de jazz de todos os tempos depois do quinteto de Miles dos anos 50, que tinha o próprio Coltrane na formação.  Com eles, lança, em 1964, um disco cuja alcunha fala por si: “Matador”. Em apenas duas sessões (uma em maio e outra e junho, apenas cinco meses antes da gravação de “A Love Supreme”), conta, além da maestria desses músicos, com a mão apurada de Rudy Van Gelder na técnica, o alemão responsável pela operação de estúdio de 90% das históricas gravações de jazz da época, que afina a mesa de som de “Matador”. Igualmente, na arte da capa – mais uma particularidade dos selos de jazz, inclusive o Blue Note, que a valorizavam tanto quanto o conteúdo –, quem empresta seus traços em um desenho a nanquim de um esboço de Green empunhando a guitarra é ninguém menos que Andy Warhol.

Se fosse só isso, já seria legal. Mas aí vem o que interessa: música. Na faixa-título, Green abre o disco fazendo soar seu tom característico de dedilhado muito limpo ao ouvido, em que desliga os graves e agudos do amplificador e dá ganho nos alto-falantes. Ele exercita seu estilo técnico e habilidoso do R&B, porém colocando sempre a expressividade acima da perícia. Isso fica claro na linda escalada progressiva dedilhada com a suavidade do blues e em todo o enredo, desenvolvido com segurança e alma pelo quarteto. Aqui já se nota a predileção pelas quartas de Tyner, que dá saltos de três intervalos maiores acima da tônica da melodia, o que surpreende e mexe com o ouvinte. Também, tem a marcação balanceada e cheia de groove de Jones. Todos cobertos pelo baixo competente de Cranshaw. Soul-jazz da melhor qualidade.

Aí, preparem-se, leitores-ouvintes, pois vem uma das peças mais lindas que o abençoado jazz já cunhou. E a ligação de Green com Coltrane aqui se faz inequívoca. Não é apenas pela parceria com seus músicos de fé nem só pela contemporaneidade de ambos (naquele início de anos 60, o saxofonista era já uma lenda e talvez o maior astro de jazz vivo então), mas também de repertório e espírito. Tanto é que Green pinçou justamente o maior sucesso comercial de
Coltrane para uma gravação baseada não na original canção popular natalina de Hammerstein II e Rodgers, mas na versão marcadamente modal e particular criada por Coltrane: a obra-prima "My Favourite Things". Retomando a estrutura e o clima da faixa que Trane gravara quatro anos antes, Green simplesmente arrasa. Tyner e Jones, que compunham a banda de Coltrane na histórica sessão de 1960 (junto com Steve Davis, no baixo), aqui, sabem exatamente o que fazer. O piano, elegante e preciso no seu jogo modal em três tempos (meio tom acima que na versão clássica e em compasso ligeiramente mais acelerado); a bateria, puro ritmo em ataques sincopados da baqueta na caixa, rolos engenhosos e combinação constantemente diferenciada de pratos/bumbo/caixa. E Green... Ah! Este exala inspiração das cordas de sua Gibson em construções ágeis e luminosas não de modo a imitar Coltrane, mas, sim, de homenageá-lo. Os três, junto com Cranshaw, alternam lances de liberdade dissonante e politonalismo que atinge por vezes um epicismo quase sinfônico tamanha a sintonia. Não é exagero dizer que esta “My Favourite Things” só não é melhor que a de Coltrane – o que, convenhamos, é quase impossível, uma vez que se está falando de algo comparável ao "Bolero", a “For no One”, à Cavalgada d’"As Valquírias” e obras desse porte.

Green, por mais apurado que seja, é muito coração, pois sua técnica está sempre a serviço de uma música o mais pura possível, como um bom blues ou gospel. Tal qual Coltrane, ele evita os clichês, flutuando com expressividade dentro das escalas. “Green Jeans” é assim. Neste hard bop modal, a ágil e criativa mão esquerda de Tyner impressiona por seu lirismo, enquanto a direita modula e mantém a tônica. Jones faz a “cama”, dando ênfase na consistência do ritmo e na continuidade através dos pratos. Mas é Green quem brilha. Apreciador de jazzistas não apenas do seu instrumento, como Charlie Christian e Jimmy Raney, mas, principalmente, dos de sopro como Coltrane, refletia diretamente em seu fraseado o estilo reed style de tocar como os mestres Miles e Charlie Parker, a quem admirava especialmente. “Green Jeans” mostra bem isso, pois há momentos em que até parece que o solo está saindo de um sax alto ágil e suingado e não de uma guitarra. Mas é. Ao invés do stacatto (quando cada nota aparece destacada da seguinte), muito usado pelos guitarristas, usa o legato, ligando as notas de suas frases à maneira de um saxofonista.

“Badouin”, repleta de enlevos, traz as influências folclóricas que faziam a cabeça dos jazzistas da época. Seu riff carrega toques orientais, árabes e africanos num uníssono agudo de guitarra e piano, enquanto a bateria marca um ritmo tribal. Era o show de Elvin Jones só começando... A manutenção Tyner com o baterista é impecável, na medida certa, jogando a luz sobre o solista, mas sem se ausentarem do foco. Green, assim, improvisa acordes circulares e, às vezes, até repetitivos e hipnóticos, como os de um encantador de serpentes. O solo de Tyner é cheio de expressividade e classe. Já a marcação pontuada de Jones nos pratos e nos ataques de baqueta à caixa, ora fortes, ora suaves, antecipam seu único solo no disco. Mas que solo! Imponente, Jones vale-se de todo seu arsenal polirrítmico, dobrando compassos, variando volumes e extensões, combinando as texturas, salpicando sonoridades africanas e latinas. Um espetáculo. Depois, só restava mesmo voltar ao chorus e encerrar a faixa.

Finalizando o disco, num compasso um pouco mais ligeiro que uma balada tradicional, “Wives and Lovers”, clássico de Burt Bacharach, que ganha a sua talvez mais radiosa e definitiva versão no jazz. Longe do standart pop cantado por Frank Sinatra (lindamente, diga-se de passagem), “Wives...” recebe aqui outra roupagem, o que lhe dá uma nova vida. É um prazer inenarrável ouvir Grant Green executando o riff com toda aquela singeleza, movimento e sensualidade, num controle total de tempos e durações. Seu improviso traz lances de redemoinhos sonoros que enredam o ouvinte e que, logo, se resolvem numa nova e engenhosa solução, fazendo a música evoluir para um hard bop não menos romântico. Tyner, impecável como sempre; Chanshaw, escalonando com elegância; e Jones, mais uma vez inteligente e fluido, segura o ritmo no chipô e na vassourinha arrastando no couro da caixa, adensando o clima sensual e etéreo.

Apenas quatro faixas (considerando que “Wives...” foi incluída na edição em CD), mas que carregam todos os predicados do alto nível do jazz que a Blue Note produziu naquela fase de ouro. E mais do que isso: um disco coirmão da obra-prima “A Love Supreme”, quase que, junto a “Crescent”, do próprio Coltrane e também daquele mesmo ano, um ensaio de luxo para o que o gênio do saxofone iria revelar meses depois e com praticamente o mesmo time na retaguarda. O que dizer, então, deste disco de Grant Green? Numa palavra: “Matador.

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FAIXAS:
1. "Matador" (Green) – 10:51
2. "My Favorite Things" (Oscar Hammerstein II, Richard Rodgers) – 10:23
3. "Green Jeans" (Green) – 9:10
4. "Bedouin" (Pearson) – 11:41
5. "Wives and Lovers" (Bacharach, David) – 9:01


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Ouça:
Grant Green Matador




terça-feira, 24 de maio de 2011

Andy Warhol 16mm - Caixa Cultural - Rio de Janeiro










Começou hoje e vai até o dia 5 de junho no centro cultural da Caixa, aqui no Rio, uma mostra da obra cinematográfica de Andy Warhol em 16mm, exibida no formato original. Entre experimentações, curtas, documentários, filmes conceito e até um 'semi-pornô', por assim dizer ("I, a Man"), pode-se destacar uma apresentação dos seus afilhados do Velvet Underground em Boston e seu famoso filme "Chelsea Gilrs", que inclusive será exibido com projeção dupla (dois projetores na mesma sala), conforme sua concepção original.
Confira abaixo toda a programação:




TERÇA, 24
15H SLEEP (5 HORAS 21 MIN)

QUARTA, 25
17H CAMP (66 MIN)
18H30 MY HUSTLER (66 MIN)
20H THE LIFE OF JUANITA CASTRO (66 MIN)

QUINTA, 26 (PROJEÇÕES DUPLAS)
15H LUPE (37 MIN)
16H OUTER AND INNER SPACE (33 MIN)
17H30 THE CHELSEA GIRLS (3 HORAS 30 MIN)

SEXTA, 27
15H SCREEN TEST #1 (66 MIN)
16H30 HEDY (66 MIN)
18H30 KISS (48MIN) - SESSÃO COM MÚSICA AO VIVO
20H MARIO BANANA #1 (4 MIN) + COUCH (52 MIN) - SESSÃO COM MÚSICA AO VIVO

SÁBADO, 28
16H ROLO 26 DOS SCREEN TESTS (40 MIN)
17H ROLO 25 DOS SCREEN TESTS (40 MIN)
18H I, A MAN (95 MIN)
20H SALVADOR DALÍ (22 MIN) + THE VELVET UNDERGROUND IN BOSTON (34 MIN)

DOMINGO, 29
14H SCREEN TEST #2 (66 MIN)
15H30 BLOW JOB (36 MIN) + EAT (35 MIN)
17H THE NUDE RESTAURANT (100 MIN)
19H MY HUSTLER (66 MIN)

TERÇA, 31
13H EMPIRE (8 HORAS 5 MIN)

QUARTA, 1
16H SALVADOR DALI (22 MIN) + THE VELVET UNDERGROUND IN BOSTON (34 MIN)
17H30 LONESOME COWBOYS (109 MIN)
20H BLOW JOB (36 MIN) + EAT (35 MIN)

QUINTA, 2
16H30 I, A MAN (95 MIN)
18H30 MARIO BANANA #1 (4 MIN) + COUCH (52 MIN)
20H KISS (48 MIN)

SEXTA, 3
16H THE NUDE RESTAURANT (100 MIN)
18H SCREEN TEST #2 (66 MIN)
19H30 LONESOME COWBOYS (109 MIN)

SÁBADO, 4 (PROJEÇÕES DUPLAS)
15H30 OUTER AND INNER SPACE (33 MIN)
16H30 LUPE (36 MIN)
17H30 THE CHELSEA GIRLS (3 HORAS 30 MIN)

DOMINGO, 5
14H SCREEN TEST #1 (66 MIN)
15H30 HEDY (66 MIN)
17H THE LIFE OF JUANITA CASTRO (66 MIN)
18H30 CAMP (66 MIN)

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Andy Warhol 16mm
Local: Centro Caixa Cultural - Rio de Janeiro
Rua Almirante Barroso, 25 - junto ao Lg. da Carioca - Centro
mais informações no site do evento:
http://www.andywarhol16mm.com.br/

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

The Velvet Underground & Nico - "The Velvet Underground & Nico" (1967)

"Andy Warhol me disse que estávamos fazendo na música o mesmo que ele na pintura, no cinema e na literatura."
Lou Reed


"Todos nós sabíamos que algo revolucionário estava acontecendo. A gente sentiu isso. As coisas não pareceriam estranhas e novas se alguma barreira não estivesse sendo quebrada."
Andy Warhol


No embalo da exposicão de Andy Warhol aqui no Rio, aproveito pra destacar aqui nos FUNDAMENTAIS um dos discos mais influentes de todos os tempos, "The Velvet Underground and Nico" de 1967. Como uma espécie de 'tentáculo' musical do projeto multimídia de Warhol, que também incluía artes plásticas, cinema, moda e literatura, o Velvet Underground apadrinhado pelo gênio da pop-art, era composto por músicos extremamente inventivos, ainda que nem todos brilhantes, como eram os casos da limitada percussionista Maureen Tucker e do esforçado Sterling Morrisson, por outro lado destacavam-se especialmente o guitarrista e vocalista Lou Reed com suas influências folk, suas levadas pesadas e letras cáusticas; e o multi-instrumentista criativíssimo John Cale, cara técnico, metódico mas aberto a todas as possibilidades e experimentações musicais. No entanto o projeto musical de Warhol ficaria completo mesmo com o acréscimo da modelo alemã Nico, agregando aos vocais da banda sua voz singela e aveludada, cheia de sotaque e sex-appeal apesar de toda a relutância inicial de Lou Reed. O resultado de tudo isso, Warhol+Velvet+Nico, foi um álbum brilhante, notável, uma referência musical e artística, um dos discos mais influentes da hstória do rock.
O produtor (na verdade, financiador)
Andy Wahol
"The Velvet Underground and Nico" é marcante antes mesmo de ser ouvido, já por sua capa concebida pelo mentor e produtor Andy Warhol, com a clássica e conhecidíssima banana; mas é inegavelmente na parte musical que as coisas foram verdadeiramente impressionantes: "Sunday Morning" que abre a obra lembra uma canção de ninar embalada ao som de uma caixinha de música. Em "I'm Waiting for My Man" a guitarra ganha peso acompanhada por um piano insistente e barulhento com o vocal  de Lou Reed soando escrachado enquanto versa sobre as drogas nas ruas de Nova Iorque.
"Venus in Furs", a melhor do álbum e uma das maiores da história do rock, é um épico arrastado com uma batida marcial, pontuada pela viola elétrica de Cale e com Reed, desta vez, cantando de maneira quase hipnótica.
"Heroin" outra das grandiosas do disco vai serpenteando como uma montanha-russa sonora com variações de aceleração, intensidade, ênfases e ruídos como fundo para que Reed conte detalhadamente o uso e as sensações causadas pela droga, com a bateria de Mo Tucker chegando a parecer desordenada em determinados momentos e com tudo culminando numa loucura instrumental total e o violino alucinado de Cale 'bagunce' tudo de vez num final caótico-apoteótico. Aliás, bagunça mesmo (num bom sentido), é o que não falta em "European Son" que chega a ficar praticamente inaudível tal a aceleração, a mistura de sons, as microfonias, a distorção que alcança; mas afinal o que seria do Sonic Youth, do Jesus and Mary Chain, do My Bloody Valentine sem isso?
Nico, a vocalista que Warhol praticamente impôs
mas que deu grande contribuição
Nico aparece apenas como vocal de apoio em "Sunday Morning" mas faz as vezes de principal na lenta "I'll Be Your Mirror", na intensa "All Tomorrow's Parties" e na luxuriante "Femme Fatale" com um vocal sensualíssimo e uma interpretação de 'melar a cueca'.
De resto tem também a galopante e elétrica "Run Run Run", tem outra interpretação bárbara de Reed em "There She Goes Again" falando sobre prostituição, tem outra vez o violino esquizofrênico de Cale em "The Black Angel's Death Song", cara... todas demais, porra!
O disco na época não foi lá muito apreciado; vendeu mal e não obteve grande sucesso. Sua importância foi sendo notada aos poucos e já na década seguinte se sentiria sua influência com a explosão do punk rock. Mas foi só um pouco depois ainda, com o passar do tempo, que se reconheceu definitivamente seu justo status de obra-prima.
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FAIXAS:
  1. "Sunday Morning" (Reed, Cale) - 2:56
  2. "I'm Waiting for the Man" - 4:39
  3. "Femme Fatale" - 2:38
  4. "Venus in Furs" - 5:12
  5. "Run Run Run" - 4:22
  6. "All Tomorrow's Parties" - 6:00
  7. "Heroin" - 7:12
  8. "There She Goes Again" - 2:41
  9. "I'll Be Your Mirror" - 2:14
  10. "The Black Angel's Death Song" (Reed, Cale) - 3:11
  11. "European Son" (Reed, Cale, Morrison, Tucker) - 7:46
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Ouça:
The Velvet Underground & Nico 1967



Cly Reis

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Warhol TV - Exposição - Oi Futuro - Rio de Janeiro - RJ








Abriu hoje aqui no Rio a exposição Warhol TV que mostra esta outra faceta midiática do multiartista Andy Warhol: seus trabalhos e produções para a telinha. Normalmente conhecido por suas obras de art-pop com figuras múltiplas e coloridas de Marilyn Monroe, as desfocadas de Elvis, ou as latas de feijão e sopa, o artista multimídia aparece nesta exposição em vídeos experimentais, clipes, pequenos filmes, entrevistas, aparições em programas de TV e mesmo apresentando alguns. Tipo da exposição pra ir com tempo, com calma, pra ver sem pressa. Alguns vídeos serão mais longos, outros mais curtos, mas certamente é algo pra se assitir e não pra dar uma passada de olhos.
Pretendo ir no fim-de-semana. Depois comento mais um pouco sobre as impressões do que terei visto lá no local.


Andy Wahol
Nascido Andy Warhola em Pittsburgh, Pensilvânia em 6 de agosto de 1928, morreu em 22 de fevereiro de 1987. Era o quarto filho de Ondrej Warhola e Ulja, cujo primeiro filho nasceu na sua terra natal e morreu antes de sua migração para os Estados Unidos. Seus pais eram imigrantes da classe operária originários de Mikó (hoje chamada Miková), no nordeste da Eslováquia, então parte do Império Austro-Húngaro. O pai de Warhol emigrou para os E.U. em 1914 e sua mãe se juntou a ele em 1921, após a morte dos avós de Andy Warhol. Seu pai trabalhou em uma mina de carvão. A família vivia na Rua Beelen, 55, e mais tarde na Rua Dawson, 3252, em Oakland, um bairro de Pittsburgh. A família era católica bizantina e frequentava a igreja bizantina de São João Crisóstomo em Pittsburgh. Andy Warhol tinha dois irmãos mais velhos, Ján e Pavol, que nasceram na atual Eslováquia. O filho de Pavol, James Warhola, tornou-se um bem sucedido ilustrador de livros para crianças.
Nos primeiros anos de estudo, Warhol teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Ele tornou-se um hipocondríaco, desenvolvendo um medo de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama quando criança, tornou-se um excluído entre os seus colegas de escola, ligando-se fortemente com sua mãe. Às vezes quando estava confinado à cama, desenhava, ouvia rádio e colecionava imagens de estrelas de cinema ao redor de sua cama. Warhol depois descreveu esse período como muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto de suas habilidades e de suas preferências.
Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e se graduou em design.
Logo após mudou para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prêmios como diretor de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.
Fez a sua primeira mostra individual em 1952, na Hugo Galley onde exibe quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa a assinar Warhol.
O anos 1960 marcam uma guinada na sua carreira de artista plástico e passa a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Michael Jackson, Elvis Presley, Pelé, Che Guevara e símbolos icônicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com variações de cores.
Além das serigrafias Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.
Em 1968, Valerie Solanas, fundadora e único membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para eliminar os homens) invade o estúdio de Warhol e o fere com três tiros, mas o ataque não é fatal e Warhol se recupera, depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas. Este fato é tema do filme "I shot Andy Warhol" (Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary Harron, em 1996.
Em 1987, ele foi operado à vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte. Ele era célebre há 35 anos. De facto, a sua conhecida frase: In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro todos serão famosos durante quinze minutos), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente massificada e em que a arte será distribuída por meios de produção de massa.
fonte: Wikipédia
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Exposição WARHOL TV
Local: Oi Futuro Flamengo
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63, tel. (21) 3131-3060.
Período: de hoje (02 de fevereiro a 03 de abril
Horário: 11h às 20h (fecha 2ª).
Entrada: Grátis