Lou Reed - Transformer - REIS, Cly ilustração digital (GIMP) |
quarta-feira, 17 de agosto de 2022
Lou Reed - Transformer
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Lou Reed & John Cale - "Songs for Drella" (1990)
Foi assim com Reed e Cale desde sempre. Dois dos maiores talentos de sua geração de prodigiosos jovens artistas nascidos no pós-Guerra, são figuras essenciais para a cena da contracultura nova-iorquina, que mudou os rumos da vida social na segunda metade do século XX. Isso, contudo, não impediu que as desavenças se manifestassem. Pelo contrário, era-lhes como dar mais munição. Já na Velvet Underground, histórica banda que cofundaram com Moe Tucker e Sterling Morrison nos anos 60 e espinha dorsal do rock junto a Beatles, Bob Dylan e Rolling Stones, isso já acontecia. Mesmo com a alta sinergia artística que os unia e os colocava como o principal núcleo criativo do grupo – capaz de inventar algumas das mais elevadas obras da música contemporânea, como “Heroin”, “Venus in Furs” e “Sister Ray” –, as diferenças falavam mais alto do que as semelhanças. A Velvet continuou com Reed até este partir para sua própria carreira no início dos anos 70, mas Cale, incomodado com o parceiro, não suportou mais do que dois discos e saltou fora um ano após a estreia no clássico "Disco da Banana" para voos solo e na produção musical.
Já veteranos, os integrantes da banda promoveram uma nova aproximação somente 25 anos, em 1993, para o memorável show “Live MCMXCIII”. A turnê comemorativa, que vinha emocionando fãs por onde passava, entretanto, mal havia começado e teve de ser subitamente interrompida por causa de brigas entre os dois líderes. De novo os iluminados raios se chocavam e faziam fechar o tempo, transformando a situação festiva em um dilúvio de ferozes descargas elétricas.
A Velvet com Nico: apadrinhados por Andy |
Precavidos do próprio histórico, a combinação foi a seguinte: por três meses, os dois – e somente os dois –, suportariam o confinamento e baixariam a cabeça para comporem conjuntamente um repertório inteiramente novo em memória a Andy. Três meses apenas. O que talvez seja muito pouco tempo para alguns, foi mais do que suficiente para que os conflituosos, mas não menos experientes e afinados companheiros, compusessem uma obra-prima única em vários aspectos. A começar pela ocasião em si, para a qual Reed e Cale conceberam também algo especial, uma vez que sabiam da responsabilidade que lhes cabia: somente eles podiam cumprir aquela tarefa. Embora a vastidão da influência de Andy para a arte, estabelecendo nesta um "antes" e um "depois" de si, eram Reed e Cale seus verdadeiros herdeiros na música. Por isso, entendiam que a homenagem a Andy pedia pompas. Afinal, somente um indivíduo ímpar na humanidade poderia juntar Drácula com Cinderella (daí, o apelido “Drella”). Com isso, “Songs” saiu não apenas um disco, mas uma ópera-rock, que respeita toda a estrutura clássica tal como o rock havia incorporado ao narrar uma história de apogeu e miséria e final necessariamente trágico. Outra excepcionalidade é ter apenas os dois no recinto tocando, cantando, gravando, mixando e produzindo a si próprios. O resultado é um disco de sonoridade minimalista mas altamente expressiva, em que não há percussão, sopros, orquestra ou outras vozes, apenas as cordas vocais dos dois falando pela de Andy e intercalando-se e a de seus instrumentos: guitarras, baixo, viola e piano/teclados.
Cale, Reed e Andy em 1976: relação antiga e muito cúmplice |
Para narrar a trajetória de Andy, Cale e Reed determinam, então, 15 movimentos em que se ouvem a sofisticação do art rock, a fúria do punk, a ousadia da vanguarda, a tradição clássica europeia e o palpável da canção pop. Tudo que Andy lhes legou em ideias e conceitos, desde a Velvet até as suas carreiras solo, era revisado e revisitado de forma altamente madura e concisa, mas também emocional e devota. Num teor erudito, a provocativa “Smalltown” começa como uma espécie de minueto ternário em allegro em que a voz de Reed faz resgatar o desejo do jovem Andy antes de mudar-se para a cosmopolita Nova Yprk nos anos 50. Gay, estranho e totalmente deslocado em sua Pittsburgh natal, ele tinha uma única certeza: a de que queria sair dali. “De onde é que Picasso vem/ Não há Michelangelo vindo de Pittsburgh/ Se a arte é a ponta do iceberg/ Eu sou a parte mais ao fundo“.
A percepção de que o destino de Andy era mudar os padrões da sociedade começa a ser desenhada a partir do momento em que ele pisa na Big Apple, mais precisamente quando “abre a casa” na 81st Street, em Manhattan, para receber toda a fauna de artistas e doidões de uma Nova York em plena ebulição criativa. Era a Factory, seu lendário estúdio de onde a arte ocidental entrou de um jeito e saiu de outro para nunca mais ser a mesma. A dupla dá a este momento ares litúrgicos e ambientais, mas ao mesmo tempo recorre ao minimalismo nas três notas repetidas que formam o núcleo melódico de "Open House", o mesmo que usaram em "Waiting for the Man", outra sua do repertório da Velvet.
Enquanto Cale canta a busca de Andy por patrocínio junto aos mecenas endinheirados, a quem apresenta um portfólio com suas embalagens de Brillo e uma tal banda chamada Velvet Underground (“Style It Takes”), Reed, na sequência, sob um ruidoso e minimalista rock, traz o artista em atividade (“Work”) fazendo lembrar o som hipnótico e sequencial de contemporâneos de anos 60, mas estes, da cena avant-garde da Califórnia, Philip Glass e Steve Reich. Logo começam, entretanto, os problemas. “Trouble With Classicists”, numa melodia neo-renascentista quase declamada por Cale, traz as idiossincrasias entre a arte moderna e classicismo, bem como o embate com os críticos.
A efervescência nova-iorquina agora está nas veias de Andy. A intensa “Starlight”, com as guitarras distorcidas de Reed e o toque atonal do piano de Cale, fala da casa LGBT que abrigou seus pares: Ingrid, Viva, Little Joe, Baby Jane, Eddie S. “Starlight aberto/ Luz das estrelas abre sua porta/ Isso se chama Nova York/ Com filmes na rua/ Filmes com pessoas reais/ Que você recebe é o que você vê”. Desses personagens reais surgem as famosas fotografias e serigrafias como as que imortalizou de Marylin Monroe, Elvis Presley ou Truman Capote. O genial e inquieto rapaz do interior agora se encontra totalmente consigo mesmo. Criador e criaturas se homogeneízam. Para Andy, cantado no elegante timbre de Cale numa das mais brilhantes do disco, “rostos e nomes são tudo a mesma coisa”. Kitsch, celebridades, sexo, drogas, noite, ruas. Em "Faces and Names" a arte sai pelos poros, seja pela pintura, cinema, teatro ou música. São os “15 minutos de fama” e muito mais. Andy, no auge, prossegue formando novas figuras, como Reed canta noutra maravilha de “Songs”, “Images”. A viola ao estilo La Monte Young de Cale e a guitarra com efeitos de pedal de Reed formam um corpo dissonante só para registrar que, além do figurativo, o abstrato também integra o repertório pictórico do artista visual.
A dupla em 1990 na rara reunião para homenagear o pai da pop art |
O belo country “Nobody But You” versa ainda sobre o traumático episódio (“Eu realmente me importo muito/ Embora pareça que não/ Desde que eu fui baleado/ Não há ninguém além de você”), encaminhando o musical para um desfecho, como se sabe, melancólico como em todas as óperas. Na discursiva e etérea “A Dream”, Cale traz sua veia new age e neoclássica captada junto a outros parceiros, como Terry Riley, Brian Eno e Kevin Ayers. A letra é um fluxo de pensamento de Andy, cuja descrição de um sonho traça um panorama de vários momentos de sua biografia: os primeiros anos, a Velvet, pessoas de convivência, a amizade com Reed e Cale, o incidente na Factory e as feridas que a vida lhe trouxe. A indagação: “Puxa, não seria engraçado se eu morresse neste sonho antes que eu pudesse inventar outro?”, quase ao final da faixa, denota o pressentimento de que os últimos traços de um artista sublime estavam sendo dados.
A arquitetura narrativa de “Songs” - que mantém um exemplar equilíbrio entre densidade e leveza, tonalismo e dissonâncias, agitação e calmaria, classicismo e vanguarda, agressividade e lirismo - surpreende mais uma vez na virada da contemplativa e extensa “A Dream” para o blues ultramoderno “Forever Changed”, talvez a mais impactante de todo o álbum. Ciente da proximidade da morte, Andy compreende igualmente a sina de todo grande artista: a permanência do seu legado. “Eu fui”, mas tudo “mudou para sempre”. A consciência da eternidade. Se Cale emenda as duas anteriores, é Reed quem tem o privilégio de desfechar este réquiem. Isso porque, ao invés de prosseguirem a narrativa na terceira pessoa, como que falando pela voz de Andy, são as próprias palavras de Reed que compõem a letra de“Hello It's Me” numa emocionante carta de despedida. “Andy, sou eu, não te vejo há um tempo/ Eu gostaria de ter falado mais com você quando você estava vivo”, abre dizendo na singela balada, mais uma como “Femme Fatale” e “Sunday Morning” composta pelos dois em meio aos vários proto-punks raivosos e sinfonias ruidosas dos tempos de Velvet.
Terminada a gravação, também não durou muito a turnê de “Songs”. Após algumas apresentações, Cale e Reed separaram-se novamente, como raios excelsos que entram em choque depois de mal se aproximarem. A última ocasião, o reencontro da Velvet, três anos dali, foi sentenciada com a partida de Sterling Morrison dois mais tarde e a do próprio Reed, em 2013. Antes da tormenta, contudo, o tempo colaborou para que registrassem este impecável e sui generis disco, que evidencia o quanto figuras como Andy Warhol fazem falta sempre. E por quê? Porque, como um Michelangelo, um Mozart, um Picasso, um Shakespeare, ícones revolucionários invariavelmente deixam lacunas impreenchíveis, simplesmente. Ouvir “Songs” hoje, a três décadas de seu lançamento, dá a dimensão do que existências como as de Andy, Reed, Nico e Morrison significam depois que partem e da importância dos que ficam, como Cale e Moe. Raios muito raros que, incrivelmente, caíram no mesmo lugar. Justo por isso que o disco tenha se concluído com estes versos: “Bem, agora Andy, acho que temos que ir/ Espero de alguma forma que você goste deste pequeno show/ Eu sei que é tarde, mas é a única maneira que eu sei/ Olá, sou eu/ Boa noite, Andy”.
sexta-feira, 12 de julho de 2019
cotidianas #640 - Rock & Roll
Jenny disse que quando tinha apenas cinco anos de idade
Não havia nada acontecendo
Todas as vezes que ela ligava o rádio
Não havia nada de especial
Nada mesmo
Então numa bela manhã ela sintonizou numa estação nova-iorquina
Sabe, ela não conseguia acreditar no que ouvia
Ela começou a dançar ao som daquela música interessante
Você sabe que a vida dela foi salva
pelo rock 'n' roll
A despeito de todas as amputações você sabe que poderia sair
E dançar ao som de uma estação
de rock n roll
Isso foi muito bom
Hey, baby, você sabe
Você sabe que isso foi muito bom
Isso foi muito bom
Jenny disse que quando tinha apenas cinco anos de idade
Você sabe que meus pais serão a morte de todos nós
Duas televisões e dois Cadillacs
Bem, você sabe que não vai me ajudar em nada
Jamais irão me ajudar
Então numa bela manhã ela sintonizou numa estação nova-iorquina
Sabe, ela não conseguia acreditar no que ouvia
Ela começou a dançar ao som daquela música interessante
Você sabe que a vida dela foi salva pelo rock 'n' roll
Yeah, rock n' roll
A despeito de todos os cálculos
Você pode simplesmente dançar ao som de uma estação de rock 'n roll
E, baby, isso foi muito bom
E isso foi muito bom
Hey, isso foi muito bom
Isso foi muito bom
Hey, aí vem ela agora!
Pule! Pule!
Jenny disse que quando tinha apenas cinco anos de idade
Ei, você sabe que não há nada acontecendo
Em tudo
Toda vez que eu coloco na rádio
Você sabe que não tem nada a descer
Em todos
Então numa bela manhã ela sintonizou numa estação nova-iorquina
Sabe, ela não conseguia acreditar no que ouvia
Hey, nem em tudo
Ela começou a dançar ao som daquela música interessante
Você sabe que a vida dela foi salva pelo rock 'n' roll
Yeah, rock n' roll
Ooh, a despeito de todos os cálculos
Você pode simplesmente dançar ao som de uma estação que toca rock 'n roll
Tudo bem, tudo bem
E tudo isso foi bom
Oh, me escuta agora
E tudo isso foi bom
Vamos agora
Pouco mais
Mais um pouco
Tudo isso foi bom
E tudo isso foi bom, tudo bem
Tudo bem, tudo bem
Baby, tudo bem, agora
Tudo bem, baby tudo bem, agora
Baby, tudo bem
Baby, tudo bem agora
Oh baby, oh baby
Oh baby, yeah yeah yeah yeah yeah
Tudo bem, agora
Ohh, tudo bem agora
Tudo, bem
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"Rock & Roll"
Velvet Underground
(letra: Lou Reed)
terça-feira, 19 de novembro de 2013
cotidianas #254 - "Avenida Suja"
tradução da letra de "Dirty Boulevard"
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Lou Reed - "Transformer" (1972)
jornalista,
2- Andy's Chest
3- Perfect Day
4- Hangin' 'Round
5- Walk on the Wild Side
6- Make Up
7- Satellite of Love
8- Wagon Wheel
9- New York Telephone Conversation
10- I'm So Free
11- Goodnight Ladies
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Ouça:
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Metallica + Lou Reed
Fica a curiosidade do que pode sair desta união e a expectativa. Boa expectativa, aliás.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
The Velvet Underground & Nico - "The Velvet Underground & Nico" (1967)
No embalo da exposicão de Andy Warhol aqui no Rio, aproveito pra destacar aqui nos FUNDAMENTAIS um dos discos mais influentes de todos os tempos, "The Velvet Underground and Nico" de 1967. Como uma espécie de 'tentáculo' musical do projeto multimídia de Warhol, que também incluía artes plásticas, cinema, moda e literatura, o Velvet Underground apadrinhado pelo gênio da pop-art, era composto por músicos extremamente inventivos, ainda que nem todos brilhantes, como eram os casos da limitada percussionista Maureen Tucker e do esforçado Sterling Morrisson, por outro lado destacavam-se especialmente o guitarrista e vocalista Lou Reed com suas influências folk, suas levadas pesadas e letras cáusticas; e o multi-instrumentista criativíssimo John Cale, cara técnico, metódico mas aberto a todas as possibilidades e experimentações musicais. No entanto o projeto musical de Warhol ficaria completo mesmo com o acréscimo da modelo alemã Nico, agregando aos vocais da banda sua voz singela e aveludada, cheia de sotaque e sex-appeal apesar de toda a relutância inicial de Lou Reed. O resultado de tudo isso, Warhol+Velvet+Nico, foi um álbum brilhante, notável, uma referência musical e artística, um dos discos mais influentes da hstória do rock.
O produtor (na verdade, financiador) Andy Wahol |
"Venus in Furs", a melhor do álbum e uma das maiores da história do rock, é um épico arrastado com uma batida marcial, pontuada pela viola elétrica de Cale e com Reed, desta vez, cantando de maneira quase hipnótica.
"Heroin" outra das grandiosas do disco vai serpenteando como uma montanha-russa sonora com variações de aceleração, intensidade, ênfases e ruídos como fundo para que Reed conte detalhadamente o uso e as sensações causadas pela droga, com a bateria de Mo Tucker chegando a parecer desordenada em determinados momentos e com tudo culminando numa loucura instrumental total e o violino alucinado de Cale 'bagunce' tudo de vez num final caótico-apoteótico. Aliás, bagunça mesmo (num bom sentido), é o que não falta em "European Son" que chega a ficar praticamente inaudível tal a aceleração, a mistura de sons, as microfonias, a distorção que alcança; mas afinal o que seria do Sonic Youth, do Jesus and Mary Chain, do My Bloody Valentine sem isso?
Nico, a vocalista que Warhol praticamente impôs mas que deu grande contribuição |
De resto tem também a galopante e elétrica "Run Run Run", tem outra interpretação bárbara de Reed em "There She Goes Again" falando sobre prostituição, tem outra vez o violino esquizofrênico de Cale em "The Black Angel's Death Song", cara... todas demais, porra!
O disco na época não foi lá muito apreciado; vendeu mal e não obteve grande sucesso. Sua importância foi sendo notada aos poucos e já na década seguinte se sentiria sua influência com a explosão do punk rock. Mas foi só um pouco depois ainda, com o passar do tempo, que se reconheceu definitivamente seu justo status de obra-prima.
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FAIXAS:
- "Sunday Morning" (Reed, Cale) - 2:56
- "I'm Waiting for the Man" - 4:39
- "Femme Fatale" - 2:38
- "Venus in Furs" - 5:12
- "Run Run Run" - 4:22
- "All Tomorrow's Parties" - 6:00
- "Heroin" - 7:12
- "There She Goes Again" - 2:41
- "I'll Be Your Mirror" - 2:14
- "The Black Angel's Death Song" (Reed, Cale) - 3:11
- "European Son" (Reed, Cale, Morrison, Tucker) - 7:46
The Velvet Underground & Nico 1967
terça-feira, 20 de julho de 2010
cotidianas #35 - Um Passeio Pelo Lado Selvagem
Eis aí abaixo uma das suas músicas mais conhecidas, "Walk on the Wild Side" que tem bem essa cara "cidade-suja", lado B das ruas. Bem cotidiana.
Passeio pelo lado selvagem
Holly veio de Miami, Flórida
Atravessou os Estados Unidos pegando carona
Fez as sobrancelhas no caminho
Depilou as pernas, e então ele virou ela
Ela diz :"ei baby, dê um passeio pelo lado selvagem"
Candy veio de fora da ilha
No quartinho dos fundos, ela era querida de qualquer um
Mas ela nunca perdeu a cabeça
Mesmo quando estavam lhe chupando
(as garotas pretas cantam :"doo do doo do doo")
Little Joe nunca chegou a revelar
Todo mundo tinha que pagar e pagar
Um michê aqui, um michê ali
New York é o lugar onde eles dizem :"hey baby, dê um passeio pelo lado selvagem
A bicha Sugar Plum veio e caiu na rua
Procurando 'soul flood' e um lugar pra comer
Foi ao Apollo, você deveria ter visto eles dançando go-go
Jackie só está acelerando agora
Pensou em ser James Dean por um dia
Aí acho que ela tinha mesmo que bater, Valium deve ter ajudado nessa doidera
Hey dê um passeio pelo lado selvagem
E as garotas pretas cantam :"doo do doo do doo"
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Walk on the Wild Side
Lou Reed
do álbum "Transformer" (1972)
Ouça:
Lou Reed Walk On The Wild Side
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Lou Reed - "Berlin" (1973)
E eu ainda me atrevo a falar em pontos altos...
Tudo são pontos altos!
É um grande disco da primeira à ultima.
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FAIXAS:
- "Berlin" – 3:23
- "Lady Day" – 3:40
- "Men of Good Fortune" – 4:37
- "Caroline Says I" – 3:57
- "How Do You Think It Feels" – 3:42
- "Oh, Jim" – 5:13
- "Caroline Says II" – 4:10
- "The Kids" – 7:55
- "The Bed" – 5:51
- "Sad Song" – 6:55
Ouça:
Lou Reed Berlin