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sábado, 30 de setembro de 2023

Santigold - "Santogold" (2008)

 





"Apesar de ser o seu primeiro álbum, 
parecia que ela já tinha caído na terra 
como uma superestrela totalmente formada. 
Quero dizer, de onde é que ela veio? 
Como é que alguém pode abranger 
todos os elementos mais excitantes 
do eletrônico, do punk, da new-wave e do reggae 
de forma tão fácil? 
Estas melodias fantásticas, 
e ainda fazer com que pareça que 
mal pestanejou enquanto as compunha.
Ela parecia ser a personificação 
do termo música do futuro 
e a síntese do cool."
Mark Ronson,
produtor musical


A música pop do século XXI, cá entre nós, não é nada, assim, de entusiasmar, não é mesmo? Tirando quem pintou da metade para o final dos anos 90 e entrou no novo século ainda com qualidade, como Björk, Beck, Daft Punk, por exemplo; o pessoal dos anos 80 que tinha uma fórmula eficiente edificada a partir do punk e da ascensão dos sintetizadores, como Depeche Mode, Pet Shop Boys e New Order, que sobreviveram, persistiram e continuaram sendo relevantes; os consagrados, os símbolos, ícones do pop, Prince, Michael Jackson e Madonna, que, influentes e insubstituíveis, continuaram dando as cartas mesmo tempo depois de seus respectivos auges; e gênios, como David Bowie, que conseguiam se reinventar e ainda dar grande contribuição para uma cena pouco inspirada; os anos 2000, de um modo geral, não nos apresentavam nada de especial. De vez em quando até aparecia uma coisa boa, uma Amy Winehouse, por exemplo, mas foi só. E para piorar, mal nos deu o gostinho do seu talento e nos deixou cedo. De resto, muita bunda, muita repetição de fórmula, batidas eletrônicas sempre muito parecidas, muito autotune, rappers mal-encarados, mas nada de novo ou de original.

Mas de vez em quando, mesmo em meio a toda essa pobreza, o universo pop nos presenteia com alguma coisa que vale a pena. Às vezes alguém com talento, criatividade e boas influências nos surpreende e traz alguma coisa que, se não é nova, original, é, no mínimo, interessante. Santigold, multiartista norte-americana, nos apresentava ali, quase no final da primeira década do século XXI, algo um pouco mais que interessante. Seu álbum de estreia "Santogold" (2008) é uma preciosidade repleta de muito do melhor que a música negra pode oferecer. "Santogold" é rhythm'n blues, é soul, é rap, é funk, é raggae, é dub, é blues, é afro. É animado, é melancólico, é seco, é irreverente, é contagiante. Tem glamour, tem força, tem ousadia. Hip-hop, pós-punk, eletrônico, disco, rock, new-wave... Aquele tipo de disco que possui todos os atributos de uma grande obra pop!

"L.E.S. Artistes", a abertura e um dos singles do álbum, já é o cartão de visita mostrando que Santigold está disposta a frequentar todos os terrenos possíveis: inicialmente um pop minimalista bem compassado, marcado na batida, a primeira faixa, ganha força em guitarras no refrão para culminar num pop-rock poderoso. "You'll Find Away", a segunda, é uma típica new-wave elétrica e empolgante; o reggae eletrônico, repleto de elementos e nuances, "Shove It" baixa a rotação das duas anteriores com muito estilo, mas a eletrizante "Say Aha", com sua base agressiva de baixo. logo põe tudo pra cima de novo.

"Creator", o primeiro single do álbum é uma "loucura" maravilhosa! Uma percussão tribal, literalmente selvagem, grunhidos, efeitos eletrônicos alucinados, ecos, um vocal enlouquecido e, dentro de tudo isso, um refrão incrivelmente eficaz. 

"My Superman", outra das joias do disco, é construída sobre, nada mais nada menos, que um sampler de "Red Light", de Siuoxsie and The Banshees, adicionado à sensualidade da nova canção, toda a atmosfera sombria do gótico oitentista.

A propósito de darkismo, "Starstruck", embora mais encaixada na linguagem sonora atual, do hip-hop e afins, também remete ao som do pós-punk dos anos 80. Mas aí, mudando radicalmente, temos "Lights Out", um pop radiofônico saborosíssimo, e a irresistível "Unstoppable, um ragga eletrônico dançante, ao ritmo do qual é impossível ficar parado. Imparável!

A elegante "I'm a Lady" encaminha o final do disco que, por fim, encerra-se com "Anne", um synth-popp sofisticado que só confirma a riqueza da experiência vivida nos últimos 40 minutos. Um baita disco!

Detalhe para a capa. Mais um destaque: uma colagem "tosca" quase ao estilo punk, com a artista expelindo purpurina dourada pela boca.

Vomitando "glamour". 

Precisa dizer mais?

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FAIXAS:

  1. L.E.S. Artistes 3:25
  2. You'll Find A Way 3:01
  3. Shove It 3:46
  4. Say Aha 3:35
  5. Creator 3:33
  6. My Superman 3:01
  7. Lights Out 3:13
  8. Starstruck 3:55
  9. Unstoppable 3:33
  10. I'm A Lady 3:44
  11. Anne 3:29
*******************
Ouça:




por Cly Reis

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Prince - "1999" (1982)



"Não se preocupe,
eu não vou te machucar.
Eu só quero que você
se divirta um pouco."
frase de introdução da música "1999"




A melhor coisa que eu fiz na minha vida foi trocar aquele CD do Tears for Fears por um do Prince. Depois de um longo período de preconceito contra o baixinho de Minneapolis, julgando se tratar de mais um popzinho barato, fui aceitando-o melhor aos poucos. Conheci a música "Sign'O the Times" na MTV e simpatizei mais ainda com o cara, mas ainda tinha aquela resistência. Então deu-se que certa vez, comentei com um amigo, um colega de trabalho, que eu tinha um CD do Tears for Fears mas que não curtia muito a banda, achava o som deles meio morno, sem graça e tal, e ele por sua vez, na mesma conversa me disse que tinha um do Prince e que também não morria de amores. Percebendo meu interesse pelo artigo que ele desdenha, propôs então uma troca. Uma troca simples: Tears for Fears por Prince. Bom, não podia ter feito um negócio melhor.
Era o que eu precisava pra descobrir, gostar e respeitar definitivamente aquele carinha.
Gênio! Gênio!
Como é que eu não tinha percebido antes.
(e já tinha sido alertado)
Com a cara dos anos 80, recheado de teclados, sintetizadores, com ambição futurista, inspirado no filme "Blade Runner" segundo o próprio Prince, 1999” (de 1982) se apresentava para mim então como algo fascinante pela riqueza de ritmos, elementos e alternativas. Embora tivesse, é bem verdade, essa maciça utilização de teclados e dos recursos que a tecnologia, então nova, do início dos anos 80 começava a proporcionar, Prince chama atenção muitas vezes exatamente pela capacidade de fazer muito com pouco. Uma batida básica, uma programação de bateria, um ritmo pré-gravado no teclado e a música está pronta. Mas o que seria limitação nas mãos de qualquer outro, nas dele transforma-se numa obra-prima pela incrível leitura e pela musicalidade que este notável artista carrega consigo.
“Delirious” e “"All the Critics Love U in New York" vão bem nessa linha do “menos é mais”: batida repetida, base gravada de teclado e temos uma música estupenda.
O álbum é perfeito da primeira à última mas tenho predileção especial pela apimentada “Lady Cab Driver”, um funk embalado com um daqueles notáveis trabalhos de guitarra de Prince, discretos mas geniais, incrementada por gemidos femininos, altamente sugestivos; e pela sensual e quente “DMSR” (“Dance Music Sex Romance”), uma longa peça musical na qual Prince brinca com um todas as possibilidades que a música negra oferece.
Não dá pra deixar de citar, é claro, a faixa que dá nome ao disco, a pessimista “1999”, a divertida “Let's Pretend We're Married” e o sucesso “Little Red Corvette”.
Embora tenha a cara dos anos 80, “1999”, acho, alcança a pretensão de seu nome profético, estando desde aquele momento à frente de sua época permanecendo ainda hoje, já adiante da data anunciada, com uma linguagem pop em poucos casos superada.
E pensar que eu não gostava de Prince...
Bendita hora que eu aceitei aquela troca! Foi a melhor coisa que fiz na minha vida.
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FAIXAS:
1. "1999" 6:15
2. "Little Red Corvette" 5:03

3. "Delirious" 4:00
4. "Let's Pretend We're Married" 7:21
5. "D.M.S.R." 8:17
6. "Automatic" 9:28
7. "Something in the Water (Does Not Compute)" 4:02
8. "Free" 5:08
9. "Lady Cab Driver" 8:19
10. "All the Critics Love U in New York" 5:59
11. "International Lover"

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Ouça:


Cly Reis


domingo, 28 de agosto de 2011

Prince - "Sign O' the Times" (1987)


"Sinal dos Tempos"



Sou assumidamente do time dos que preferem Prince a Michael Jackson . Já ouvi de alguns que a comparação é sem fundamento e que são coisas diferentes, mas só não enxerga quem não quer que trata-se absolutamente da mesma matéria só que com roupagens diferentes. Ao passo que Michael aproximou muito seu trabalho do grande público, criou uma imagem pública forte e coreografias impressionantes a ponto de ser coroado o Rei do Pop, Prince, muito mais MÚSICO que o ele mas que não dança lá tão bem assim, explorava a cada disco todas as possibilidades que a música negra lhe concedia e fazia isso sozinho (literalmente), enquanto, Michael, admitamos, provavelmente nunca teria deixado de ser apenas o caçula dos Jackson 5 se não fosse o verdadeiro gênio Quincy Jones lhe mostrar os caminhos.
Prince já que aparecera como uma das grandes promessas da música pop no final dos anos 70 vinha evoluindo com seu trabalho e a cada disco mostrava-se mais competente. Já havia nos apresentado o ótimo "1999", o bom "Parade",a consagrada trilha de "Purple Rain" e agora, com "Sign O' the Times" de 1987, parecia que chegava a uma espécie de auge profissional com um disco que explorava a black-music praticamente de cabo a rabo e com todas as possibilidades e técnicas possíveis até então. Prince então concebia o disco, compunha-o todo, arranjava-o, produzia e tocava todos os instrumentos de uma obra que levava sua assinatura integralmente.
A genial faixa-título que abre o disco construída (ou descontruída) a partir de uma base eletrônica e vocal rap é absolutamente moderna e minimalista em sua composição com uma letra inteligente e irônica.
"Housequake", com sua bateria alta e pesada, é um funkão daqueles dignos dos mestres do gênero; e em "The Ballad of Dorothy Parker" Prince desfila um vocal primoroso sobre uma base de percussão eletrônica extremamente bem composta.
A ótima "It", também minimalista, com sua batida invariável e contínua, com teclados e efeitos pontuais, é sexy, luxuriante e... fora de série. "Starfish and Cofee", um gospel simplezinho, é bem música negra americana de rua, daquelas de cantar em grupo na esquina ao lado de um tonel com fogo, sabe? Já "Slow Love" uma balada apaixonante, e uma das minhas preferidas, faz bem o estilo soul-man romântico dos anos 50 com um vocal 'derretido' do baixinho e um recheio muito legal de metais.
Até nas aparentemente simples como "Hot Thing", outro funkão foda, com sua estrutura básica porém cheia de variações e inserções de elementos ou na interessante "Forever in My Life" que é só vocal (e que vocal) sobre uma base rigorosamente repetida, sempre aparece nitidamente a qualidade superior do trabalho.
Pra não dizer que tudo é assim espetacular, músicas como "Play in the Sunshine", "U Got the Look", "Strange Realtionship", "I Could Nevet Take..." não passm de boas canções pop, mas ainda assim cheias de soul, de funk, de rythm'n blues e muito melhores do que a maioria das 'canções pop' que rolam por aí.
Ainda deve-se destacar a crescente "The Cross", talvez a mais rock do disco, com o melhor da guitarra de Prince; a verdadeira 'festa' que é "It's Gonna Be a Beautifull Night", um funk longo carregado e cheio de embalo, tirado de uma gravação ao vivo; e a lentinha adorável "Adore" que faz as honras de despedida do álbum.
Disco pra se ficar boquiaberto da primeira à última. Impecável em cada detalhe. Prince chegara possivelmente a um álbum perfeito. Ele amadurecera, progredira, evoluíra. Era o sinal dos tempos! E eles anunciavam Prince como o verdadeiro gênio da música pop negra americana.

FAIXAS:
01. Sign O’ The Times
02. Play In The Sunshine
03. Housequake
04. The Ballad Of Dorothy Parker
05. It
06. Starfish And Coffee
07. Slow Love
08. Hot Thing
09. Forever In My Life
10. U Got The Look
11. If I Was Your Girlfriend
12. Strange Relationship
13. I Could Never Take The Place Of Your Man
14. The Cross
15. It’s Gonna Be A Beautiful Night
16. Adore


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Baixe e ouça:
Prince Sign O the Times

sábado, 27 de agosto de 2011

Prince furou!



Que feio, Prince!
Certamente deixando
muitos fãs roxos de raiva
E não é que o anãozinho de Minneapolis deu uma de Tim Maia? Furou, deu cano, deu cachorro!
Soube ontem e fiquei extremamente surpreso. Lamentável. Simplesmente acabou com o Festival. Não que não tenha boas atrações, mas convenhamos que um PRINCE, é de outro nível. E o pior de tudo é que não deu nem satisfação alguma sobre o motivo. Muita filhadaputice, hein! Tão em cima da hora e sem explicações.O resultado, certamente será um bocado de decepção por parte dos fãs e um certo prejuízo aos organizadores. Com a desistência, a grande atração passa a ser a americana Macy Gray que agora, mais do que nunca, vai ter que se virar para segurar a peteca.
Prince com essa, cai um pouco no meu conceito no que diz respeito a caráter, mas ainda goza plenamente dele como músico. Um dos grandes gênios da música dos últimos tempos pena que faça dessas.


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O Festival Back2Black acontece na estação Leopoldina, aqui no Rio e hoje tem:


no palco Oi Estação
Oumou Sangaré e Chaka Kahn;

no Palco Grande
(substituindo Prince)
Jorge Benjor;


no Palco Circo
Eduardo Christoph com Diogo Reis, e Badenov;

e no palco Petrobrás
Moreno Veloso com Domenico

terça-feira, 12 de julho de 2011

Prince no Brasil



Fãs do anãozinho de Minneapolis, preparem as carteiras, porque o cara vem aí: Prince, depois de 20 anos volta ao Brasil para única apresentação no festival Back2Black que acontecerá de 26 a 28 de agosto no Rio de Janeiro na Estação Leopoldina. Mesmo sendo Prince inegavelmente a grande atração o restante do festival deve ser bem bacana, uma vez que tem em seu cast a boa Macy Gray e a clássica Chaca Kahn, além da 'ilustre' presença de... Aloe Black (???).
Mas apesar de curtir muito o Prince acho que não vou vê-lo ao vivo. Às vezes tenho um pouco dessas coisas: tem artista que é pra curtir em CD, LP e tal, e tem artistas que é pra se ver ao vivo. Acho que prefiro ficar ouvindo meus disquinhos do Prince. Posso me arrepender depois mas acredito que seja decisão tomada mesmo.



C.R.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

OS 100 MELHORES DISCOS DE TODOS OS TEMPOS

Coloquei no blog o primeiro da minha lista do melhores álbuns de todos os tempos e então agora resolvi listar o resto.
Sei que é das tarefas mais difíceis e sempre um tanto polêmica, mas resolvi arriscar.
Até o 10, não digo que seja fácil, mas a concepção já está mais ou menos pronta na cabeça. Depois disso é que a gente fica meio assim de colocar este à frente daquele, tem aquele não pode ficar de fora, o que eu gosto mais mas o outro é mais importante e tudo mais.
Mas na minha cabeça, já ta tudo mais ou menos montado.
Com vocês a minha lista dos 100 melhores discos de toda a história:



1.The Jesus and Mary Chain “Psychocandy”
2.Rolling Stones “Let it Bleed”
3.Prince "Sign’O the Times”
4.The Velvet Underground and Nico
5.The Glove “Blue Sunshine”
6.Pink Floyd “The Darkside of the Moon”
7.PIL “Metalbox”
8.Talking Heads “Fear of Music”
9.Nirvana “Nevermind”
10.Sex Pistols “Nevermind the Bollocks"

11.Rolling Stones “Exile on Main Street”
12.The Who “Live at Leeds”
13.Primal Scream “Screamadelica”
14.Led Zeppellin “Led Zeppellin IV
15.Television “Marquee Moon”
16.Deep Purple “Machine Head”
17.Black Sabbath “Paranoid”
18.Bob Dylan “Bringing it All Back Home”
19.Bob Dylan “Highway 61 Revisited”
20.The Beatles “Revolver”
21.Kraftwerk “Radioactivity”
22.Dead Kennedy’s “Freshfruit for Rotting Vegettables”
23.The Smiths “The Smiths”
24.The Stooges “The Stooges”
25.Joy Division “Unknown Pleasures”
26.Led Zeppellin “Physical Graffitti
27.Jimmy Hendrix “Are You Experienced”
28.Lou Reed “Berlin”
29.Gang of Four “Entertainment!”
30.U2 “The Joshua Tree”
31.David Bowie “The Rise and the Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”
32.David Bowie “Low”
33.My Bloody Valentine “Loveless”
34.The Stone Roses “The Stone Roses”
35.Iggy Pop “The Idiot”
36.The Young Gods “L’Eau Rouge”
37.The 13th. Floor Elevators “The Psychedelic Sounds of The 13th. Floor Elevators”
38.The Sonics “Psychosonic”
39.Ramones “Rocket to Russia”
40.The Beatles “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”
41.PIL “Album”
42.REM “Reckoning”
43.Love “Forever Changes”
44.Madonna “Erotica”
45.Grace Jones “Nightclubbing”
46.Pixies “Surfer Rosa”
47.Pixies “Doolitle”
48.Rolling Stones “Some Girls”
49.Michael Jackson “Off the Wall”
50.Michael Jackson “Thriller”
51.Beck “Odelay”
52.Nine Inch Nails “Broken”
53.The Fall “Bend Sinister”
54.REM “Green”
55.Neil Young and the Crazy Horse “Everybody Knows This is Nowhere”
56.Kraftwerk “Trans-Europe Expreess”
57.The Smiths “The Queen is Dead”
58.New Order “Brotherhood”
59.Echo and The Bunnymen” Crocodiles”
60.Prince “1999”
61.Morrissey “Viva Hate”
62Iggy Pop “Lust for Life”
63.Pixies “Bossanova”
64.Chemical Brothers “Dig Your Own Hole”
65.Prodigy “Music For Jilted Generation”
66.Van Morrisson “Astral Weeks”
67.Pink Floyd “Wish You Were Here”
68.Muddy Waters “Electric Mud”
69.Sonic Youth “Dirty”
70.Sonic Youth “Daydream Nation”
71.Nirvana “In Utero”
72.Björk “Debut”
73.Nirvana “Unplugged in New York”
74.Björk “Post”
75.Jorge Ben “A Tábua de Esmeraldas”
76.Metallica ‘Metallica”
77.The Cure "Disintegration"
78.The Police ‘Reggatta de Blanc”
79.Siouxsie and the Banshees “Nocturne”
80.Depeche Mode “Music for the Masses”
81.New Order “Technique”
82.Ministry “Psalm 69”
83.The Cream “Disraeli Gears”
84.Depeche Mode Violator”
85.Talking Heads “More Songs About Building and Food”
86.The Stranglers “Black and White”
87.U2 “Zooropa”
88.Body Count “Body Count”
89.Massive Attack “Blue Lines”
90.Lou Reed “Transformer”
91.Sepultura “Roots”
92.John Lee Hooker “Hooker’n Heat”
93.The Cult “Love”
94.Dr. Feelgood “Malpractice”
95.Red Hot Chilli Peperrs “BloodSugarSexMagik”
96.Guns’n Roses “Appettite for Destruction”
97.The Zombies “Odessey Oracle”
98.Johnny Cash “At Folson Prison”
99.Joy Division “Closer”
100.Cocteau Twins “Treasure”