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sábado, 31 de outubro de 2020

Live "As sintonias da vida e da morte”, com Rosa Montero - 66ª Feira do Livro de Porto Alegre



Rosa Montero é espanhola, mulher, professora, escritora e jornalista. Sim, essas quatro fracções de vida dizem muito da literatura que ela produz. Rosa fala em seus livros de questões as vezes autobiográficas, daquilo que sente, do modo como percebe a sua condição, que está interligada a esses e outros tantos aspectos da vida. É premiada por alguns setores de relevância literária e como professora inspirou jovens a escreverem aquilo que lhes motiva, seja de ordem emocional ou simplesmente aquilo que vivem. 

Descobri-a em dois momentos interessantes da minha vida e guardo seus livros como artigos preciosos desse saber feminino que fala de uma maneira tão próxima, que a elegi como uma amiga faz 15 anos. O primeiro livro comprei durante uma Feira do Livro em 2005 quando entrei na loja do MARGS com a minha irmã. Queríamos ver as novidades, mas nada agradou de imediato. Este livro, porém, me chamou a atenção pelo título: “A Louca da Casa”. Pronto, eu disse: “sou eu, esse livro fala de mim!” E não deu outra: comprei-o e comecei a ler no mesmo dia. Devorei-me! (risos) Não seria diferente com um livro que começa assim: “Estou acostumada a organizar as lembranças da minha vida em torno de um rol de namorados e de livros”, por exemplo. A forma coloquial e desapegada aparentemente com que Rosa escreve e o senso de humor que ela tem de si mesma ou de suas personagens me fez rir, chorar, refletir e, por fim, procurar outro livro dela para ler. Um "tira-dúvidas", pensei, ainda duvidando se noutra publicação ela se manteria fiel à sua essência. 

Rosa Montero: 
inspiração feminina
Demorei mas, em 2009, buscando um presente de Dia das Mães para a minha, entrei noutra livraria (que dúvida!) e descobri outro título dela: “História de Mulheres”. Bah! A espera valeu a pena! Nesse livro ela recupera, sem nenhum pudor, mulheres conhecidas e, nem tanto, da história mundial e fala sobre elas de uma forma tão comovente que todas ficaram vivas ali no instante em que eu lia sobre as suas vidas. Além disso, Rosa faz um firme posicionamento feminista em relação ao lugar que nós mulheres ocupamos na história de tudo o que há nesse mundo, vasto mundo!.

Amigos, as edições que tenho são antigas, das editoras AGIR e EDIOURO, mas procurem ler Rosa Montero, porque ela é transformadora. Uma vez lida, será para sempre sua amiga e com certeza fará você rir mais de si mesmo, de um jeito carinhoso, engraçado e ao mesmo tempo profundo. Coragem, Olé! A LIVE com ela im-per-dí-vel será dia 31/10/2020, às 15h, no canal da Feira do Livro de Porto Alegre, tendo como tema “As sintonias da vida e da morte”.

*********

o que: Live com Rosa Montero
tema: As sintonias da vida e da morte
quando: 31 de outubro, 15h
como: Feira do Livro de Porto Alegre, plataforma on-line
realização: Câmara Rio-Grandense do Livro

Texto: Leocádia Costa
Fotos: Daniel Rodrigues e divulgação

sábado, 16 de novembro de 2019

Leia o que quiser ler - parte II



Fechando mais uma edição da Feira do Livro de Porto Alegre, deixo aqui mais algumas indicações de livros a partir de um fragmento.




"É na adolescência em Salvador que aparece a pessoa, propriamente dita, diante das outras pessoas. A cidade exige isso, essa caracterização da individualidade, que você comece a ter noção do que quer ser na vida. Tudo se configura ali em Salvador."
"Gilberto bem perto" - Gilberto Gil e Regina Zappa






"Enquanto observo Rarus e seu público, depois deixo o olhar vagar através das barricadas até o grande campus povoado de sinais exaltados, de exaltadas conversas silenciosas, tenho uma impressão avassaladora não só de um outro modo de comunicação mas de outro modo de sensibilidade, um outro modo de ser."
"Vendo vozes- Uma viagem ao mundo dos surdos" - Oliver Sacks






"Camille, a sequestrada; Camille, a prisioneira. Coxa e dedutora Camille, escultora de gênio, artista maldita e esquecida. Esta é a aterradora história de uma mulher que não "pôde ser". Tinha tudo para triunfar: talento, inteligência, coragem, beleza. Mas as circunstâncias foram desestruturando."
"Histórias de mulheres" - Rosa Montero







“É um livro sobre amor, sobre entrega. Mas também é um livro sobre política. Porque a Laura permitiu que eu me desse conta o quão forte e estruturante, da nossa política, é o machismo. E como, dentre as coisas que eu posso viver – eu jamais serei uma mulher negra, assim como não sou uma mulher lésbica – dentre as coisas que eu posso viver, a maternidade, talvez seja ela que mais desnude, como eu costumo brincar, é a última porrada na cara, pra gente se dar conta do que é o machismo no nosso mundo.”
"Revolução Laura" - Manuela D'Ávila









"Pelas ondas sabem-se os mares lambem-se as margens"
"Poesia Total" - Waly Salomão










"Amanda tem vontade de responder: eu sou puta. Ou: ih, eu não faço nada, não. Mas acaba dizendo: eu escrevo. Ah é? Escreve o quê? Livros? É? Que tipo? Romances? Ah sobre amor, essas coisas? Não exatamente - sobre a puta que te pariu, seu escroto, filho-da-puta, burro, merdalhão, medíocre, babaca. Eu escrevo sobre nós. Sei, sei, explica isso. Desculpe, mas não tenho como explicar. Um livro impresso deveria ser respeitado por aquilo que é: a finalização de imensa dor, exaustão e generosidade."
"As pessoas dos livros" - Fernanda Young






“Alimento é vida, nutre o corpo, a mente e a alma. Para a Ayurveda, nutrir-se é muito mais do que apenas ingerir alimentos. Tudo o que entra em contato com os nossos sentidos é alimento. Ao olhar para o seu prato, para a refeição que vai consumir lembre-se: isto é apenas 1/5 da sua dieta. Aquilo que você vê, ouve, sente e inala também são alimentos. Logo você nutre o corpo com alimentos, pensamentos , sensações. Bons pensamentos geram tecidos saudáveis; maus pensamentos, desequilíbrios.”
"O sabor da harmonia" - Laura Pires






“Num dia de verão abri a janela de par em par. Pareceu-me que o jardim entrara na sala. Eu tinha vinte e dois anos e sentia a natureza em todas as fibras. Aquele dia estava lindo. Um sol mansinho, como se nascesse naquele instante, cobria as flores e a relva. Eram quatro horas da tarde. Ao redor, o silêncio.”
"Todos os contos" - Clarice Lispector







“As tribos germânicas, que no século V invadiram o Império Romano, constituíam uma ramificação dos povos-europeus. A expressão indo-europeu aplica-se a um grupo de línguas: indo-arianas, armenianas, anatolianas, eslavas, célticas e germânicas. O primitivo habitat dos povos pertencentes a essa família linguística provocou muitas hipóteses. É provável que sua origem estivesse na Ásia Central, ou entre a Rússia Meridional e a Europa Setentrional e Central. A dispersão dos povos indo-europeus ocorreu no início do terceiro milênio.”
"Uma viagem através da Idade Média" - Armindo Trevisan








"DORME, DORME, DORME
SONHA, SONHA, SONHA
BRINCA, BRINCA, BRINCA
VOA, VOA, VOA
DORME, SONHA, BRINCA, VOA"
"Cuidado que ronca" - Raquel Grabauska e Gustavo Finkler






por Leocádia Costa  
direto da Feira do Livro de Porto Alegre