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domingo, 17 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - Classificados para a Final




E chegamos aos momentos decisivos!
Duas canções estarão na grande final.
Nossos especialistas madonnísticos tiveram que encarar semifinais acirradíssimas entre grandes hits, sendo obrigados a tomar difíceis decisões que envolveram , além do gosto pessoal de cada um, qualidade, tradição, ritmos, imagens e emoção.
Pois então chega de conversa e vamos ao que interessa, os resultados de nossos treinadores de plantão que classificaram para a grande final dois super-sucessos da maior estrela da música pop.



***



  • INTO THE GROOVE x MUSIC


Iris Borges:
Into the Groove é o conjunto música boa, clipe bom e, mesmo com o passar dos anos, é atual nas pistas de dança. Music tem clipe legal, tem animação, a música é boa e, como sempre, Madonna mostrando corpos e fazendo aquela coisa de provocar, mas que acaba perdendo a graça. Ganha Into The Groove disparado.


Daniel Rodrigues:
Into the Groove chega cheia de moral pra semi no alto de seu status de fase Madonna/Nile Rodgers. Futebol-arte, ofensivo, cheio de craques em tudo que é posição, tipo Seleção de 82. Mas o que ela não contava era que o adversário, “Music”, era justamente a melhor canção de Madonna pós-Bedtime. Ao invés de toquezinho bonito e lance pra galera, a eficiência de “Music”, que vai lá e mete um, dois e, no fim do jogo, quando “Into” se mandava toda pro ataque no desespero, enfia um terceiro. “Into” ainda marcaria o seu de misericórdia, mas era isso mesmo. MUSIC na finaleira!

Eduardo Almeida:
A tradição de um lado contra o mais moderno. Into The Groove é dançante no melhor estilo anos 80, época do futebol espetáculo. Logo faz um gol. Music é mais técnica, muitos artifícios tecnológicos na sua preparação para o campeonato. O empate não demora a acontecer. Into desempata no final do primeiro tempo. Music volta com toda energia, empata e vira o jogo. Os três gols marcados pelo artilheiro, no melhor estilo Paolo Rossi na Copa da Espanha. Into tem seus craques, mas nem sempre craque vence o jogo.
Final de jogo: INTO THE GROOVE 2 X 3 MUSIC

Por maioria, MUSIC classificada para a final.




  • VOGUE x DEEPER AND DEEPER


José Júnior:
E a semifinal chega com dois times maduros, com técnicas semelhantes: Vogue x Deeper And Deeper. Jogo duro, bem marcado. A bola vai rolando, passando pelo dance-pop, disco, house... Deeper and Deeper que cita, ao final da canção, versos de Vogue, tem um time bem estruturado, uma defesa presente. Vogue está em campo como em batalha nas Ballrooms e, mesmo com um grande adversário, desfila em campo e marca um strike (a pose), ou melhor, com um gol de voleio!Vogue classifica!

Cly Reis: 
É o tipo do jogo em que um time grande, com alto potencial, bons resultados e tudo mais, chega pra enfrentar, praticamente, uma seleção. Não dá... Deeper and Deeper é uma baita duma música, empolgante, dançante, bem composta, fez um sucesso absurdo, mas foi pegar logo um adversário que é praticamente sinônimo de Madonna. O jogo acaba 3x0 pra Vogue mas é aquele placar quase enganoso porque D&D jogou pra caralho, jogou muito, insistiu, tocou bola, chutou em gol... só que não dá. Não chega perto. No final, Vogue comemora a classificação e a vaga na final.


Por unanimidade, VOGUE classifica para a final.



finalistas
VOGUE x MUSIC




quinta-feira, 14 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - Semifinais

Agora é que eu quero ver quem tem garrafa vazia pra vender, como diria aquele antigo locutor.
Quem tem bala na agulha, quem tem café no bule...
Só restaram quatro.
Quatro mega-hits!
Dois jogaços!
Chegamos à reta final da Copa do Mundo Madonna e agora apenas duas grandes canções da Rainha do Pop chegarão à grande decisão.
Não há mais possibilidade de clássico local, jogo de times do mesmo disco, pois cada um dos semifinalistas representa um álbum da cantora. "Into The Groove", a mais antiga entre elas, vem lá do álbum "Like A Virgin", de 1984; "Vogue" vem de uma trilha sonora de um filme, "Dick Tracy", o subestimado disco "I'm Brethless", de 1990; "Deeper and Deeper" do polêmico "Erotica" de 1992; e "Music" que dá nome ao disco lançado no ano 2000. 
Que disputa, hein, amigos!
Quem será que fica com as duas vagas pra a finalíssima?
Os jogos já estão nas mãos dos nossos analistas técnicos que, por certo, terão muito trabalho para definir as partidas abaixo.


quarta-feira, 13 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - classificados para as Semifinais


Chegamos aos momentos decisivos do maior certame futebolístico-musical do planeta. A Copa do Mundo Madonna pega fogo de vez e daqui pra frente, apenas quatro estarão habilitados ao título.
As quartas-de-finais foram duras, hein! Alguns jogos poderiam tranquilamente terem sido a final do campeonato mas novamente, grandes clássicos da nossa Rainha tiveram que ficar pelo caminho. 
A propósito de clássicos, agora passa a ser impossível termos dérbis locais, enfrentamentos do mesmo álbum, até a final, uma vez que restaram apenas uma representante de cada disco.
Confira abaixo como definiram as partidas o nosso time de técnicos-analistas que, a partir desta fase conta com Eduardo Almeida, que já participara conosco da Copa do Mundo The Smiths, fazendo parte da nossa Seleção até o final do torneio.


***
  • DEEPER AND DEEPER x GIVE ME ALL YOUR LUVIN'
por Eduardo Almeida

GIVE ME possui um trio de atacantes de impor respeito: Nicky, Madonna e M.I.A. E logo de cara marcam um gol com a categoria de sempre da Madonna, expert nas "contratações" de suas parcerias. Mas Deeper and Deeper possui uma cadência de jogo que te envolve rapidamente, o que leva a equipe ao empate no fim do primeiro tempo. No segundo tempo, Nicky e M.I.A. aparecem, mas não estão no seu melhor. Jogam bem, mas estão muito discretas. Deeper não perde tempo e marca novamente, e vai envolvendo a equipe adversária, marcam o terceiro, e a torcida grita olé, pula e dança na arquibancada. Final: Deeper and Deeper 3 x Give Me All Your Luvin' 1.
DEEPER AND DEEPER classificada


  • INTO THE GROOVE x HUMAN NATURE
por Iris Borges

Into the Groove é aquela música que funciona super com o clipe, do filme "Procura-se Susan Desesperadamente", e na pista de dança de qualquer festa porque é alegre. Human Nature música de lounge ou pra andar de carro na boa, mas o clipe é uma mistura de "Encaixotando Helena" masoquista com Flashdance onde Madonna fica se revirando na cadeira como se tivesse com pó de mico.
Ganha INTO THE GROOVE.


  • JUSTIFY MY LOVE x MUSIC
por José Júnior

Até aqui nenhum dos jogos foi uma pelada, mas a situação complicou. Justify My Love contra Music significa, para mim, vestir duas camisas, torcer por dois times. O jogo segue duro, JML tem mais posse de bola e Music é mais perigosa no contra-ataque, Zero a zero mostra o placar e o jogo é decidido nos pênaltis.
MUSIC classifica!

  • VOGUE X EROTICA
por Daniel Rodrigues

Expectativa antes do jogo para ver como as equipes estariam armadas. Afinal, é outra final antecipada da Copa Madonna. “Vogue”, com a experiência de hit definidor da carreira da Rainha do Pop; “Erotica”, a virada arrebatadora da carreira. O que se viu foi respeito dos dois lados, jogo de meio campo, o que resultou num placar de 0 x 0 todo o primeiro tempo. As equipes vão para o intervalo e todos se põe a pensar: “o que os técnicos vão armar para o segundo tempo?” “Que táticas vão usar para romper (a defesa, viu?) do adversário?”. Quem dá a resposta logo no início da etapa final é “Erotica” que, com sua malícia, abre o placar. Mas não dá 2 min e “Vogue”, aguerrida, empata. E passa a pressionar. Até que fura o bloqueio e vira a partida numa jogada bem armada e um cruzamento na área, que o atacante cabeceia e não perdoa. “Vogue”, na raça e na qualidade, vence um dos mais difíceis adversários do torneio. E com o perdão da insinuação – por que futebol vive de flauta, ainda mais quando o tema é música e Madonna –: de virada é mais gostoso.
VOGUE classificada para as semi!

domingo, 10 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - Quartas-de-Finais

Não sabe brincar, nem desce pro play porque agora a coisa aqui é só de gente grande.
Só restaram oito e, a gente sabe, que oito hits de Madonna, tem que se respeitar.
Realizado o sorteio, saíram os confrontos das quartas-de-finais e não tem refresco pra ninguém. É só jogaço! O ruim, que a gente sabe, é que quatro grandes músicas da Rainha vão ficar pelo caminho.
Novamente não tivemos clássicos locais e de agora em diante, apenas o álbum "Erotica" que colocou dois representantes nas quartas, poderá ter um enfrentamento direto na próxima rodada ou na final. Já as outras vagas dessa fase ficaram com os álbuns "Like a Virgin", "Bedtime Stories", "Music", "I'm Breathless", "MDNA" e com a coletânea "The Immaculate Collection" que trazia duas inéditas, uma delas, nossa representante nas quartas-de-finais.
Confira abaixo os enfrentamentos da atual fase da Copa do Mundo Madonna:



terça-feira, 5 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - oitavas-de-finais

Sorteados os confrontos das oitavas.
Por enquanto nada de clássicos locais, de enfrentamentos de músicas do mesmo disco, mas o que não significa que não teremos emoções. 
Os discos Erotica e True Blue botam três representantes, cada, nesta fase, enquanto o Like a Virgin põe dois, e os álbuns Music, Like a Prayer, Bedtime Stories, I'm Brethless, MDNA, o primeiro álbum, Madonna, e a coletânea Immaculate Collection, cada um leva um para a atual disputa. Confessions On a Dance Floor, Ray Of Light, American Life, Hard Candy, Who's That Girl, Something To Remember e Rebel Heart por sua vez, não tem mais como levar a taça pois não tem mais times na competição.
Apertou a coisa, hein!
Muito time bom vai ter que ficar pelo caminho.
Depois daqui, só restarão oito.
Confira abaixo os jogos das oitavas-de-finais.



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segunda-feira, 4 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - classificados para as oitavas-de-finais

Tá afunilando! Tá afunilando!
Restaram só dezesseis e ficaram pelo caminho, nesta segunda fase, times grandes como Live To Tell, 4 Minutes, Sorry, Frozen, Open Your Heart. Por outro lado, surpresas como as não tão badaladas Human Naure que se destaca depois de ter derrubado duas gigantes e "Dress You Up" sucesso lá dos velhos tempos, estão dispostas a escreverem seu nome na história definitivamente. Os discos Erotica e True Blue garantiram três representantes cada um na próxima fase, em compensação, bons discos como Cofessions On A Dance Floor e Ray Of Light ficam sem nenhum representante. Confira, abaixo, destacados em amarelo, os classificados para as oitavas-de-finais da Copa do Mundo Madonna.


Classificadas: Human Nature, Everybody, Into the Groove, Papa Don't Preach, Erotica, True Blue, Like a Virgin, Dress You Up, Music, La Isla Bonita, Give Me All Your Luvin', Justify My Love, Vogue, Fever, Deeper and Deeper e Express Yourself.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Copa do Mundo Madonna - Segunda Fase

Bem, amigos do ClyBlog.
Estamos de volta, agora com a segunda fase da Copa do Mundo Madonna, com confrontos eletrizantes entre os grandes sucessos da Rainha do Pop, analisados e decididos pelos nossos comentaristas José Júnior, Iris Borges, Daniel Rodrigues e este que vos escreve, Cly Reis.
Apesar de a partir de agora os dérbis locais estarem liberados, ou seja, não existir mais a restrição de enfrentamento de músicas do mesmo disco, o sorteio, caprichoso, não nos proporcionou nenhum destes encontros. Mas o que não significa que não ocasionado alguns confrontos de sair faísca! Quer ver? Confira abaixo os jogos da segunda fase.




quinta-feira, 31 de maio de 2018

Copa do Mundo Madonna - classificados da primeira fase

Pois é, torcedores, a coisa começou quente e nem tinha como ser diferente em se tratando de Madonna e suas canções. Já teve jogão logo de cara e, como alguém tem que sobrar, algumas grandes já foram mais cedo pra casa logo na primeira fase. Potenciais favoritas como Rain, Hung Up, Give It to Me, Like a Prayer deram adeus à competição e agora vão assistir do sofá a segunda etapa da competição, quando adversários do mesmo álbum poderão se encontrar.
Agora sim a chapa esquenta de vez, hein!
Confira abaixo todos os classificados da primeira fase marcados em vermelho e aguardem, em breve, o sorteio da seguinte.




Classificadas: Fever, Girl Gone Wild, Live to Tell, Give Me All Your Luvin', Justify MyLove, Human Nature, True Blue, Into The Groove, Papa Don't Preach, Celebration, 4 Minutes, Secret, La Isla Bonita, Jump, Spanish Eyes, Material Girl, Erotica, Vogue, Everybody, Frozen, Sooner Or Later, Sorry, Music, Turn Up The Radio, Open Your Heart, Take a Bow, Don't Tell Me, Like a Virgin, Deeper and Deeper, Dress You Up, Express Yourself e Borderline.

sábado, 26 de maio de 2018

Copa do Mundo Madonna - Primeira Fase

Vai ser dado o pontapé inicial!
Vai começar a Copa do Mundo Madonna!
Como a discografia e a produção artística da cantora é bastante extensa, em quase 35 anos de carreira, apenas sessenta e quatro canções da Rainha do Pop foram escolhidas para fazer parte do torneio, na maioria singles e grande sucessos. Assim, muita coisa boa ficou de fora mas não tinha jeito senão o torneio se estenderia pelo ano inteiro.
O esquema é o mesmo dos certames anteriores, jogos eliminatórios e vão diminuindo os participantes a cada fase até chegarmos à grande final. Ao contrário do que acontecera em copas de outros artistas,  quando hits e singles entravam depois e não se enfrentavam na primeira fase, nessa, por tratarem-se basicamente de músicas de trabalho, não há esse filtro e todo mundo pode se pegar na logo de cara, com exceção de músicas do mesmo disco. Então vamos lá! Vamos conhecer os confrontos sorteados da primeira fase que já estão nas mãos dos nossos analistas-técnicos-comentaristas para que decidam a sorte dos classificados.


sexta-feira, 25 de maio de 2018

Copa do Mundo Madonna

Quem foi que disse que Copa é coisa só pra marmanjo? Depois de certames futebolístico-musicais envolvendo Robert Smith e sua turma, os legionários de Renato Russo, os quatro rapazes de Liverpool e, mais recentemente a dupla de ataque Morrissey e Marr, uma representante feminina  vem pra desbancar esses cuecas. E para tal tarefa não poderia ser qualquer uma, então, assim sendo, nada melhor do que a Rainha do Pop, Madonna para tematizar a próxima Copa do Mundo Rock do ClyBlog.
A coisa vai correr no mesmo formato dos torneios anteriores: 64 músicas entram inicialmente e metade vão sendo eliminadas a cada fase pelos nossos especialistas que irão pôr em prática todo seu conhecimento madonnístico e exibir seus precisos comentários futebolísticos. Nosso time está escalado com o nosso tradicional colaborador, José Júnior; com a amiga Iris Borges e seus tradicionais comentários implacáveis, e com os titulares da casa, Daniel Rodrigues e Cly Reis.
Pois então, preparem-se porque vai começar mais um emocionante e disputadíssimo campeonato. Serão 5 fases até que seja conhecida a Rainha das Canções da Rainha do Pop e até lá, é só jogão.
Times nos vestiários, a torcida aguarda, vão entrar em campo os maiores sucessos de Madonna.



C.R.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Cyndi Lauper - "She's So Unusual" (1983)




"Uma mistura de auto-confiança,
sentimentalismo descarado
e humor inteligente"
Stephen Thomas Earlewine,
da Allmusic sobre 
"She's So Unusual"





Se me perguntassem, lá naquele início de anos 80, entre as cantoras pop que estavam em evidência, Madonna ou Cyndi Lauper, qual seria minha preferida, eu, não teria dúvida em escolher a segunda. Se preferia Cyndi naquele momento, mesmo sem muito discernimento naqueles meus 9 ou 10 anos de idade, hoje com critério o suficiente (eu acho...) consigo avaliar os porquês. Madonna já estourava em sucesso, é verdade, com seu primeiro álbum já prenunciando seu reinado no mundo pop, no entanto, aquilo me soava um popzinho frágil, artificial e pueril. Musiquinhas como "Everybody", "Borderline", "Burning Up", "Crazy For You" não me despertavam, e não despertam até hoje, nenhum entusiasmo, nenhum brilho nos olhos. Eram cançõezinhas bobas que qualquer outra daquelas, qualquer cantora medíocre metida a gatinha apelando pra lingeries e sensualidade gratuita podia fazer.
No mesmo ano, 1983, "rivalizava" com ela nas paradas uma outra norte-americana. Uma magricela de voz estridente e cabelo extravagante que apesar do igual sucesso comercial naquele momento, parecia ter seu lugar irremediavelmente reservado à margem da outra.
"She's So Unusual", álbum de estreia de Cyndi Lauper era muito melhor do que o debut de Madonna com o disco que levava seu nome. Mais bem trabalhado, bem acabado e coeso, o trabalho de Cyndi alcançava um resultado mais consistente, isso sem falar no talento vocal nem sempre devidamente reconhecido da cantora, muito superior ao da Material Girl.
"Money Changes Everything", cover dos The Brains, uma banda americana pouco conhecida, é um pop vigoroso que ganha uma atmosfera meio escocesa por conta de um agradável solo de melódica; "Time After Time", que possivelmente tenha inspirado a canção "Como Eu Quero" do Kid Abelha é uma balada graciosa, delicada e apaixonante; e "When You Were Mine" é uma boa versão da música do primeiro álbum de Prince. "Witness" é interessante pela pegada reggae; "She Bop", uma new wave embalada, com seu refrão malicioso e picante (sugerindo masturbação), parece reeditar as velhas chamadas rock'n roll ("Be bop--be bop--a--lu--she bop/ Oo--oo--she--do--she bop--she bop); e a encantadora "All Through The Night" tem interpretação marcante da cantora e um trabalho de estúdio impecável dos produtores lhe garantindo um status de qualidade superior.
Mas o ponto fulgurante do disco não poderia ser outro que não o megahit "Girls Just Wanna Have Fun", canção vibrante e descontraída conduzida por uma base eletrônica repetida que, se prestar-se bastante atenção, lembra a "locomotiva" de "Trans-Europe Express" do Kraftwerk. A música, aparentemente boba e juvenil, é quase um manifesto bem-humorado pela liberdade de escolha das mulheres, o que a torna extremamente relevante nos dias atuais com a presente reconscientização feminina e levante em busca de condições igualitárias. "Sim, eu sou mulher e só quero me divertir. E daí?", este era o recado.
O tempo viria a mostrar que a aparente "apelação" de Madonna era na verdade um inteligente e necessária provocação tão valorosa quanto uma "Girls Just Wanna Have Fun", e que, apesar de seu talento vocal inferior a Cyndi, é uma artista mais completa. Hoje gosto muito mais de Madonna. Da obra de Madonna, da influencia de Madonna, do comportamento de Madonna. Talvez a dimensão do que Madonna se tornou, e mais uma legião de madonnetes que vieram na cola dela exibindo seus decotes e lingeries e cantando refrões sussurrados tenha abafado as Cyndis por aí afora. Mas o fato é que Cyndi Lauper prosseguiu sua carreira com competência e qualidade, reapareceu na metade dos anos 90 com uma coletânea que trazia uma releitura de "Girls Just Wanna Have Fun", mas nunca igualou o sucesso de seu ótimo disco de estreia de 1983 quando, sim, Cyndi Lauper era melhor que Madonna.
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FAIXAS:
1. Money Changes Everything (5:02)
2. Girls Just Want To Have Fun (3:55)
3. When You Were Mine (5:07)
4. Time After Time3:59

5. She Bop (3:43)
6. All Through The Night (4:29)
7. Witness (3:38)
8. I'll Kiss You (4:05)
9. He's So Unusual (0:45)
10. Yeah Yeah (3:17)

*"She's So Unusual" teve um relançamento comemorativo pelos 30 anos de seu lançamento em 2013 com uma série de extras, demos, remixes e versões inéditas.
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Ouça o Disco:


Cly Reis

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Madonna - "Erotica" (1992)



"Eu não acho que sexo é algo ruim,
eu não acho que nudez seja algo ruim.
Eu não acho que estar em contato com sua sexualidade
e ser capaz de falar sobre isso seja ruim.
Acho que o problema é que todo mundo é tão encanado sobre sexo
que fazem isso parecer ruim."
Madonna



Álbum um tanto eclipsado pelas polêmicas dos filmes “Na Cama com Madonna”  e “Corpo em Evidência”, e principalmente do bombástico livro “Sex”, “Erotica”, de 1992, é, no entanto para mim, o melhor disco de Madonna, com um trabalho de produção impecável, sonoridades interessantíssimas, trabalhos vocais elogiáveis, e atitude e provocação no grau máximo. A Material Girl encarnava a personagem Dita e deixava correr soltas todas as suas perversões: a brilhante faixa título, "Erotica", com sua base de baixo sampleada, propositalmente chiando como em um LP, acompanhada de um funkeado hipnótico, já é o cartão de visitas de Dita, com Madonna praticamente declamando os versos, sussurrando, numa interpretação sedutoramente ameaçadora. Dita volta a aparecer em outro grande momento do disco, a matadora “Waiting”, um hip-hop pesadão, com samples muito bem sacados e mais uma violenta dose de pimenta da safada personagem criada por Madonna para expor com mais naturalidade todas suas fantasias. E já que estamos nesse assunto, a ótima “Where the Life Begins”, um funk cadenciado, com tendências rythm’n blues e samples de cordas, é outra que não fica para trás no quesito putaria, uma vez que La Ciccone literalmente 'cai de boca', falando sobre sexo oral sem muitas cerimônias.
Mas falando assim parece que o álbum resume-se a um monte de hip-hop's sacanas pra chocar a galerinha menos avisada. Não! Embora a muitas faixas apresentem essa tendência, “Erotica” trazia Madonna passeando por outras tendências, experimentando desde a disco, na espetacular “Deeper and Deeper”; passando por uma espécie de ragga high-tech, com a ótima “Why’s it So Hard”, um manifesto contra preconceitos; revisitando Peggy Lee, lá dos anos 50, numa versão competentíssima de “Fever”; e logicamente trazendo aquelas canções pop que só ela sabe fazer, como “Rain”, provavelmente uma das melhores canções da cantora até hoje, numa interpretação inspirada e marcante.
Outros grandes momentos são a ótima balada “Bad Girl”, a bem ritmada e muito interessante “Words”; a vingativa e (até) divertida “Thief of Hearts”; na melancólica “In This Life”, para um amigo falecido pela AIDS; “Did You Do It?”, com uma performance à parte de dois MC’s, trabalhando sobre a base de “Waiting”, do próprio álbum; e o grande final com a sensual e misteriosa “Secret Garden”, um hip-hop lento, com ares de jazz, novamente com uma interpretação maviosa e precisa da loura, encarnando uma Dita dessa vez fragilizada e confessional.
 O fato é que se o hip-hop, os ritmos negros, as revisitas à disco, ao funk e aos rythm’n blues viraram moda dali para a frente naquele início dos 90’s, provavelmente em “Erotica” pela primeira vez aqueles elementos eram explorados de uma maneira eficiente e bem acabada por uma artista pop.
É isso que faz o diferencial de Madonna. Sempre um pouquinho à frente. Sempre mostrando como se faz.
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FAIXAS:
1. "Erotica"
2. "Fever"
3. "Bye Bye Baby"
4. "Deeper and Deeper"
5. "Where Life Begins"
6. "Bad Girl"
7. "Waiting"
8. "Thief Of Hearts"
9. "Words"
10. "Rain"
11. "Why's It So Hard?"
12. "In This Life"
13. "Did You Do It?"
14. "Secret Garden"


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Ouça:


Cly Reis

terça-feira, 22 de maio de 2012

Madonna - "MDNA" (2012)


Dei de presente pra ‘patroa’ o novo CD da Madonna, o “MDNA”, e mesmo não tento lá grandes expectativas por conta do último trabalho da cantora, 'Hardy Candy", uma vez o tendo em casa, então, resolvi escutá-lo e dar uma chance. Mas,contrariando a minha má vontade, minha desconfiança para minha agradável surpresa o disco é bem interessante. Bom disco, mesmo! Havia lido em algum lugar que o disco era excessivamente diversificado e por isso não tinha uma identidade, mas na minha opinião a variedade de possibilidades propostas por Madonna e seus produtores, é exatamente um dos principais méritos do trabalho. Se é pra ter uma linha e ficar na mesmice do álbum anterior, tal coerência de linguagem é completamente contraproducente, mas neste, a exemplo de “Like a Prayer”, onde atacava na música negra (‘Like a Prayer”), pop básico (“Express Yourself”), funk minimalista (“Love Song”), balada à espanhola (“Spanish Eyes”),  Madonna e seus parceiros, dentro de uma linguagem de música eletrônica, desfilam diversas facetas e alternativas, tendo como resultado um produto final altamente interessante.
Já havia gostado muito de “Give me All Your Lovin” quando a ouvi pela primeira vez no intervalo do Superbowl e ouvindo agora, a sensação só se confirma, nesta música que tem um dos refrões mais bacanas da música pop nos últimos tempos com aqueles gritos de cheerleaders e aquele clima super up. Mas surpreenderam-me muito positivamente também a primeira faixa do álbum “Girl Gone”, um bom cartão de visitas; a minimalista, agressiva, de batida forte e marcada, “Gang Bang”; a lenta “Masterpiece”, uma espécie de ragga com tons espanhóis; e a excelente “I’m Addicted” com sua levada furiosa e uma performance impecável da cantora, num 'punk-eletrônico' que lembra de certo modo Kraftwerk (sei que é redundância dizer que música eletrônica lembra os robôs, mas em especial remete às músicas do “Computer World”). Madonna ainda se aventura em “Free Falling” que fecha o disco, a cantar sobre uma base orquestrada de cordas, numa canção que soa quase como uma oração, e, surpreendam-se, senhores, sai-se muitíssimo bem dando um final mais que digno pra o álbum.
De resto, algumas são popzinhos competentes, outras, na verdade, descartáveis outras poucas dispensáveis, mas no geral, Madonna, cercada de uma boa retaguarda (William Orbit, Martin Solveig, Benny Bennassi) consegue de novo nos proporcionar mais um bom trabalho em sua discografia.
Não chega a ser um "True Blue", um “Erotica”, um “Like a Prayer” mas é um filho legítimo que não pode negar que ali tem o DNA da Rainha do Pop.

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Ouvir:

sábado, 6 de agosto de 2011

Madonna - "True Blue" (1986)


“A mais bacana Rainha da Ferveção"...
"Uma combinação escandalosa de Orfãzinha Annie, Margaret Thatcher e Mae West”…
“Narcisista, rebelde, cômica....a Deusa dos Anos Noventa...”
trechos de matérias da imprensa
no encarte
da coletânea "The Immaculate Collection"



"True Blue" de 1986, representa um marco e a primeira virada na carreira de Madonna Veronica Louise Ciccone. A partir dele, a "material girl" de roupinhas sensuais, temas pueris e vocais de menina, dava lugar a uma mulher e a uma artista que sabia o que queria e onde pretendia chegar. Começava a dar rumos e um sentido artístico real e relevante à sua carreira que desde o início tivera sucesso mas que carecia de ser tomada à sério pelo público. Não que tivesse abandonado a sensualidade, a ironia, nem o apêlo pop, mas a partir de "True Blue", notava-se pela primeira vez uma certa ousadia, uma pretensão musical, intenções,  e objetivos.
Avalizada pelo sucesso comercial de seus discos anteriores, Madonna passava a escrever suas letras e compor parte delas, co-produzindo inclusive o disco e dando sua cara ao trabalho. O resultado é um disco diferenciado no âmbito vigente do pop daquele momento. "Papa Don't Preach" que abre o disco já dá mostras disso com uma introdução imponente de cordas que desemboca numa canção bem estruturada apoiada numa letra segura e madura que trata sobre aborto e gravidez precoce. Aborto? Mas isso lá é tema que se aborde numa canção para fácil consumo? Era Madonna causando polêmica e novo, mas agora não apenas por causa da lingerie. Era o início de uma rotina de afrontas aos padrões que se repetiriam e fariam uma de suas principais marcas.
"La Isla Bonita" com seu ritmo latino cheio de percussões e balanço, com partes da letra cantada em espanhol; e a pouco convencional balada confessional, "Live To Tell", longa, funkeada e com um improvável intervalo, atestam ainda mais essa diferenciação de qualidade e de estrutura do álbum em relação a seus 'similares', marcante sobremaneira pela variedade de alternativas, pelas temáticas pouco usuais, pela instrumentação qualificada com um bom time que inclui o brasileiro Paulinho da Costa na percussão, e pela cuidadosa produção.
Outra das boas do disco, a dançante e alegre "Open Your Heart", é apenas uma canção pop convencional, mas inegavelmente muito legal e um dos clássicos da rainha; a canção que dá nome ao disco,"True Blue", faz retornar um pouco aos discos anteriores com um pop juvenil, bastante simplório, porém extremamente gostoso e simpático. A boa e embalada "White Heat" vem com referências cinematográficas interessantes como o diálogo sampleado do filme "Fúria Sanguinária" que abre a música; a dedicatória da mesma a James Cagney que fizera parte do filme; além de trazer na letra o famoso bordão do personagem Dirty Harry de Clint Eastwood, o clássico "make my day" . Tem ainda a boa "Where's the Party", a frenética "Jimmy, Jimmy" e a otimista "Love Makes the World Go Round" para fechar este belo disco.
Sei que muitos torcem o nariz para a Madonna colocando-a no mesmo barco de umas outras tantas que na verdade só balançam a bunda e correm atrás e tentam imitá-la, mas a verdade é que a loira tem uma produção musical bem mais consistente, interessante e ousada que as imitações. Madonna sempre, desde o "True Blue", está um passo à frente e sempre incorporando novos elementos, ainda que às vezes sutilmente, à música pop. Ouço com frequência que Madonna não sabe cantar, que as músicas são fracas e biririborobó... Mas o curioso é que aceita-se tão facilmente artistas do metal, do punk, etc., que não cantam nada, mas para os quais se ressalta com ênfase atitude como grande mérito; bandas que não produzem mais que três acordes ou composições minimalistas de mestres tidas como geniais, a quem  a simplicidade, a força, o impacto, são celebrados como grandes virtudes, e no entanto as mesmos predicados sejam minimizados ou ignorados nesta artista extremamente relevante para a música e para o comportamento do final do século XX.
A verdade é que em se tratando de atitude, impacto, enfrentamento, polêmica, pouca gente foi mais 'punk' que Madonna nos últimos tempos. É verdade que se utiliza da mídia e da posição conquistada para expôr suas ideias, estética, conceitos e tudo mais; mas não deixa de ser até mesmo a grande ironia disso tudo, utilizar-se destes meios e ao mesmo tempo miná-los e colocá-los à prova. Coisa de artista diferenciado, coisa de uma mulher à frente de seu tempo. Gostem ou não gostem, parece que não há como negar que Madonna já pode ser considerada uma das maiores personalidades da história e uma das grandes mulheres do nosso tempo.

FAIXAS:
1. Papa Don`t Preach
2. Open Your Heart
3. White Heat
4. Live to Teel
5. Where`s The Party
6. True Blue
7. La Isla Bonita
8. Jimmy Jimmy
9. Love Makes The World Go Round

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Ouça:
Madonna True Blue


Cly Reis

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Beijo da Década


 A loja de departamentos inglesa Selfridges encomendou uma pesquisa entre seus clientes para saber qual seria o Melhor Beijo da Década e deu na cabeça o sensualíssimo beijo de Madonna e Britney Spears no Video Music Awards de 2003, que deixou, inclusive, o ex de Britney, Justin Timberlake, com uma cara de bunda na platéia. Acho justa a escolha. O beijo foi excitante e a ex ninfeta com aquele modelito noivinha tava de enlouquecer. Pra deixar qualquer marmanjo com vontade de fazer um ménage à trois.
Coma medalha de prata ficou o já clássico beijo de ponta cabeça do Homem Aranha com Kirsten Dunst e com o bronze outro beijo homossexual, o do casal de vaqueiros de "O Segredo de Brokeback Montain".

terça-feira, 21 de julho de 2009

Coluna dEle #10


Hoje no ClyBlog é dia da coluna de... do... vocês sabem de quem.
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"Cheguei! Estou no paraíso", como diria o Compadre Washington. E Eu estou literalmente (hehehe).
E aí, tudo na boa?
Feliz Dia do Amigo atrasado pra toda a galera aí embaixo. Atrasado, mas sincero. Apesar de muita gente ficar achando que Eu não ligo pra vocês, "que tipo de Pai é esse que abandona seus filhos numa hora dessas?" e outras choradeiras, eu queria dizer que tenho todos vocês no meu coração e que não dá pra ficar interferindo em tudo a toda hora e não é por não ficar salvando o pescoço de vocês a todo momento que Eu deixo de ser parceiro.
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Vi a alguns dias neste blog uma tal de uma lista dos 100 melhores discos de todos os tempos escolhidos pelo blogueiro.
Esse cara deve estar de pilha! Deve estar de sacanagem comigo.
Jesus and Mary Chain como melhor? O negócio parece uma furadeira elétrica enguiçada e o cara Me põe esta... esta... coisa, pra não dizer algo pior, no topo da lista. Ah, larguei! Sem falar que os caras ainda põe no meio da história o nome do meu guri e da minha patrôa.
Não posso deixar de concordar com os Stones, com o Nirvana, com os Led, mas com todo o respeito, colocar o veadinho do Prince entre os 10, não dá pra agüentar.
Bom, vou parar de meter o pau na lista dos outros e apresentar a minha.
Com vocês...


OS 10 MELHORES dELE

1. The Beatles "White Album"
(Cara, Eu tenho o "Álbum Branco" original da época. Bolachão pesado, sabe? Puts! Os Beatles foram os caras que eu botei no mundo pra fazer o que Eu faria se tivesse uma banda de rock)











2. Rolling Stones "Beggars Banquet"
(Que é o disco que tem a fantástica "Sympathy for the Devil")

3. Pink Floyd "The Darkside of the Mooon"
(Essa eu tenho que concordar com o blogueiro. Mas também, desse acho que não tem cristão que não goste)
4. Michael Jackson "Thriller"
(Todo mundo tem esse disco, vocês acham que Eu não teria?)
5. Madonna "Like a Prayer"
(Não só por ter o nome da Minha Senhora, mas o disco é bom pacas. O título também ajuda pra Eu gostar. Tem toda aquela coisa de cruzes, clipe com igreja, santo preto e tal. A loira é foda)
6. Jimmy Hendrix "Electric Ladyland"
(Deus da guitarra. Nem eu conseguiria fazer as coisas que o cara fazia nas seis cordas)

7. Muddy Waters "Fathers and Sons"
(Nesse eu apareço na capa NEGÃO e criando o homem. Hehehe! Bárbaro! Mas não só pela capa, o disco é demais mesmo!)



8. Stan Getz e João Gilberto "Getz/Gilberto"
(Esse é pra baixar a rotação. A interpretação do João é de levar às nuvens. E o que são aqueles solos do Getz, hein? Simplesmente divinos!)
9. Cream "Fresh Cream"
(Olha, diziam na época que Eric Clapton era Deus. Eu sei que ele não é por que Eu sou, mas que o disco é bom pra caralho, é)
10. Cocteau Twins "Heaven or Las Vegas"
(Eu só dei pra uma mortal uma voz que representasse a Minha celestialidade na Terra e esta mortal é a Liz Fraser. "A voz de Deus")

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Até a próxima, galera!
Isso se a minha coluna for mantida depois das minhas divergências musicais com o dono do blog.
Abraços.
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Palpites, reclamações, pitacos, opiniões e discordâncias sobre a lista,
e-mails para god@voxdei.gov

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Madonna, show de constrangimentos




Vi no filme "Na Cama com Madonna" o trechos da turnê Blonde Ambition e fiquei fascinado. Quis ver aquilo! No entanto a turnê seguinte, que acabou passando pelo Brasil, foi a Girlie Show, que apesar de não ser tão boa quanto a anterior, de não ter os figurinos do Gaultier nem a performance libidinosa de "Like a Virgin" foi um belo espetáculo e me proporcionou boas surpresas.
Anos depois resolvi ir ver novamente a Madonna ao vivo pelo mero fato de ser a Madonna. Sabia já que o álbum "Hard Candy" era um horror porém guardava a expectativa de que o SHOW, o ESPETÁCULO, o TUDO, valesse a pena.
Olha, foi um CIRCO DO LAMENTÁVEL. A começar pela chegada, entrada, acesso. Pra começar não divulgaram a hora de abertura dos portões (porque provavelmente ninguém, lá, tinha muita certeza, mesmo) e eu imaginando que para um show com todos os ingressos vendidos a meses, com gente dormindo na fila pra entrar, os portões fossem abertos pela manhã, talvez com boa vontade, às duas ou três da tarde. Não! Chego às 16:40 para um show que está previsto para as 20h, as filas serpenteiam o Maracanã e os portões ainda não estão abertos. A notícia era de que abririam às 17 e no entanto só abrem mesmo às 17:40. OK! Só que quando abrem, a fila não anda pelo mero fato de que ela tinha tantas voltas que criava vários pontos de "furo" e não havia sequer um cidadão de organização do evento pra orientar, ordenar a fila ou no mínimo se fazer presente para intimidar os bicões.
Cara, muita SORTE não ter havido um grande tumulto. Fosse pela pressa de entrada, uma vez que o tempo passava, a hora do evento se aproximava e nada do pessoal entrar, fosse pela desordem das filas e a irritação crescente.
Tá bem. Superado isso vem a espera pro show. Normal, nada demais e o show só começa com meia-hora de atraso (plenamente aceitável) só que debaixo de um 'caldo' que resolveu cair bem na hora do show.
Aí começam os micos do show em si: Madonna com 'medo' da chuva não sai de baixo da parte principal do palco durante toda a primeira música e parte da segunda, enquanto uns enxugadores ficam passando insistentemente panos na passarela do palco. Simplesmente ridículo!
E quando a loira resolve ir até a ponta da passarela, guitarra em punho, vai salvaguradada por um guarda-chuveiro. Isso mesmo. Um cidadão parado como um dois-de-paus atrás dela com um guarda-chuva. Nunca vi disso num show mesmo que estivesse caindo o mundo! Pior que isso mesmo só o tombo que a 'material girl' levou na tal da passarela molhada, com o segurança correndo imediata e inutilmente para socorrê-la.
Além desses maus momentos, por assim dizer, o show foi fraco. Não sei porque tive esperança que algumas faixas ruins crescessem ao vivo. Não, não aconteceu nem poderia. As músicas do último disco são piores do que as da Cristina Aguilera.
Os figurinos que normalmente são destaque nos espetáculos da blondie, estavam pouquíssimo elaborados e os cenários, se é que se pode chamar um conjunto de telões de cenário, eram pouquíssimo inspirados. Se bem que os telões do palco até que funcionaram bem na nova "Here comes the Rain Again" onde os efeitos de água ficaram muito bons e impressionantes, causando um excelente espetáculo visual e também deram sua contribuição em "She's not Me" que soou como uma despedida com Madonna renegando todas as imagens do seu passado, com bailarinas caracterizando suas fases no palco e com o telão passando todas suas antigas facetas.
Musicalmente destaque para a ótima versão pesadinha de "Borderline", que é uma música que não gosto originalmente, mas que cheia de guitarras e de ímpeto, ganhou outra cara. E também para a imortal "Vogue" que já foi executada de várias maneiras e desta vez sobreviveu ilesa a uma mistura com o novo hit "4 Minutes".
No mais, "Ray of Light" e principalmente "Like a Prayer" foram as que levantaram a galera, mas pra completar o festival de constrangimentos, o show fecha com a péssima "Give it 2 Me" na qual a rainha do pop resolve oferecer o microfone ao público mesmo com a canção sendo executada em playback. O resultado é a voz do público com voz de Madonna.
Lamentável!


Cly Reis

domingo, 14 de dezembro de 2008

Madonna no Maraca "Sticky & Sweet Tour"





Showzinho da Madonna hoje...
Como já dissera em outro momento não tenho maiores expectativas quanto à parte musical uma vez que o último disco é um lixo. Fica valendo pelas antigas.
Além disso, li em algum lugar que o show é bem monumental e cheio de parafernálias, o que de certa forma é sempre é o que se espera de um show da Madonna. Madonna não é só música (e muitas vezes nem isso, até por que sabemos das limitações dela), é muita performance, visual, coreografias, multimídia, glamour, figurinos e tudo mais. Sim, tudo isso também que grande parte do público quer ver.
Daqui a pouco estarei me encaminhando para lá. É aqui pertinho, no Maraca.
Amanhã lhes conto como é que foi.








Cly Reis

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Madonna no Rio




Começa hoje a venda de ingressos para o show de Madonna aqui no Rio. Passei agora pela manha ao lado do Maracanã e me impressionei com a fila.

Me assustei um pouco qto à possibilidade de acabar perdendo o show, caso aconteça algo semelhante à final da Libertadores, qdo em poucas horas não tinha mais nada de ingressos.

Vou nesse show (se conseguir ingresso) pq é a Madonna. Gosto muito e tal. Mas tudo que ouvi deste novo álbum me pareceu meio "sem sal-sem açucar", chato, fraco. Vou lá mesmo ver as antigas, as que eu curto, as performances de palco e etc., mas realmente o repertorio das novas, provavelmente não irá me seduzir muito, mesmo ao vivo.

Dêem uma olhada nas informações do site Globo Online Cultura, no link abaixo: