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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ClyBlog 5+ Filmes


Ah, se tem um assunto que nos fascina aqui no clyblog é cinema. Tenho certeza que não falo só por mim. Daniel Rodrigues, Leocádia Costa, José Júnior, Luan Pires, parceiros-colaboradores do blog, todos, assim como eu, são fanáticos pela arte dos Lumière.
No embalo das listas comemorativas dos nosso 5 anos, é a vez então de 5 amigos qualificadíssimos escolherem seus 5 grandes representantes da 7ª Arte.
(Ih, no número da arte não deu pra ficar no CINCO. Mas isso é o de menos...)
Enfim, com vocês, clyblog 5+ filmes preferidos.





1 Ana Nicolino
estudante de filosofia
professora de inglês
(Niterói/RJ)
"Meus cinco melhores. 
(Não estão em ordem)
Vai assim mesmo!"

1. "Solaris" - Andrei Tarkovski
2. "Rashomon - Akira Kurosawa


3.  "Morangos Silvestres" - Ingmar Bergman
4. "Fahrenheit 451" - François Truffaut
5. "8 e 1/2" - Federico Fellini

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2 Roberta de Azevedo Miranda
professora
(Niterói)

"Depois de muto pensar em qual seria o tema da minha lista,
achei que este combinaria mais comigo.
Sou amante dos filmes de terror psicológico, por assim dizer."


1. "Psicose" - Alfred Hitchcock
2. "O Bebê de Rosemary" - Roman Polanski
3.  "O Exorcista" - William Friedkin
4. "O Iluminado" - Stanley Kubrick
5. "O Exorcismo de Emily Rose" - Scott Derricson


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3 Álvaro Bertani
empresário
proprietário da locadora "E o Vídeo Levou"
(Porto Alegre/RS)

"Decidi nortear a escolha pela quantidade de vezes que assisti a cada um deles,
e se houvesse a possibilidade de passar o resto da minha vida dentro de um filme,
não restaria qualquer dúvida que seria um dos cinco escolhidos."


1. "8 e 1/2" - Federico Fellini
2. "Cidadão Kane" - Orson Welles
3. "Cópia Fiel" - Abbas Kiarostami
 

 4. "Ponto de Mutação" - Bernt Capra
5.  "Nós que Aqui Estamos Por Vós Esperamos" - Marcelo Masagão

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4 Daniel Rodrigues
jornalista
editor do blog O Estado das Coisas Cine
colaborador do ClyBlog
(Porto Alegre/RS)

" O fato de eu amar “Bagdad Café” é quase que uma tradução de mim mesmo. 
Zelo por aquilo que gosto, e, se gosto, acabo naturalmente mantendo este laço intacto anos a fio.
Assisti pela primeira vez em 1998 e desde lá, a paixão nunca se dissipou.. 
"O Chefão" tem a maior interpretação/personificação do cinema; "Fahrenheit 451" é poesia pura;
"Laranja Mecânica" considero a obra-prima do gênio Kubrick. Jamais imaginaria Beethoven ser tão transgressor;
e 'Stalker", com sua fotografia pictórica e esverdeada, a forte poesia visual,
o andamento contemplativo, o namoro com a literatura russa, a água como elemento sonoro e simbólico
 é para mim, a mais completa e bela obra de Tarkowski."


1. "Bagdad Café" - Percy Adlon
2. "O Poderoso Chefão I" - Francis Ford Copolla
3.  "Fahrenheit 451" - François Truffaut
4. "Laranja Mecânica" - Stanley Kubrick
5. "Stalker" - Andrei Tarkovski

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5 José Júnior
bancário
colaborador do ClyBlog
(Niterói/RJ)

"É a pergunta mais difícil que você poderia me fazer! 
Se eu parar pra pensar tem muitos de muitos estilos variados.
Ih, ferrou!
Não consigo para de pensar em filmes."

O texto de William Burrougs se presta perfeitamente
para as geniais bizarrices de Cronenberg,
em "Mistérios e Paixões"














1. "Mistérios e Paixões" - David Cronenberg
2. "O Exorcista" - William Friedkin
3.  "O Império Contra-Ataca" - Irvin Kershner
4. "Matrix" - Andy e Larry Wachowski
5. "O Bebê de Rosemary" - Roman Polanski



segunda-feira, 14 de outubro de 2019

"[REC]", de Jaume Balgueró e Paco Plaza (2007) vs. "Quarentena", de John Erick Dowdle (2009)



Que mania que os americanos tem de achar que podem pegar filmes de polos menos tradicionais no cinema e fazer melhor! Nem sempre é bem assim. É o caso de "Quarentena", tentativa hollywoodiana de refilmagem de "[REC]", terror espanhol de baixo orçamento, catapultado, desde seu lançamento, ao status de novo clássico do gênero. Num filme caracteristicamente falso-documentário, onde tudo tem que soar o mais natural possível, "Quarentena", pelo contrário  mostra-se frio e artificial, com cenas que claramente forçam um realismo e muitas excessivamente bem preparadas e tratadas. Já o original, mais cru, mais "amador", é muito mais convincente em sua proposta, e o formato câmera na mão, ligada o tempo inteiro, além de justificar-se plenamente em praticamente todas as situações, funciona muito bem na condução da trama.
Uma repórter e seu cinegrafista, desses da madrugada, que ficam em busca de algum acontecimento interessante, numa reportagem despretensiosa no corpo de bombeiros, decidem, para salvar a chata reportagem no quartel, acompanhar os bombeiros em uma chamada num edifício  residencial onde uma senhora, ao que parece estaria apresentando alguma dificuldade. Lá, depois da idosa apresentar um comportamento anormal e morder pessoas que tentavam auxiliá-la, todos se vêem às voltas com uma espécie de epidemia canibal e jornalistas e bombeiros são isolados pelas autoridades, junto com os moradores, dentro do prédio. Ah, é aí que o bicho pega! Sem ter como sair e vendo a legião de mortos-vivos-canibais aumentar à medida que cada novo morador é  mordido, é tensão e correria escada acima e escada abaixo, atravessando corredores estreitos e entrando e saindo de apartamentos. 


"[REC]" - trailer




"Quarentena" - trailer


A diferença é que no original a gente fica quase saltando da poltrona para cada nova situação que o filme apresenta,  enquanto que, no remake..., se está, simplesmente, assistindo a mais um filme de terror de Hollywood.
No tête-à-tête, embora a espanhola Manuela Velasco esteja perfeita no papel da repórter Ángela Vidal e tire o primeiro zero do placar, nossa eterna Emily Rose, Jenniffer Carpenter, com seu carisma e, até boa atuação, deixa tudo igual: 1x1. Mas daí pra frente o jogo ficá meio desigual. O clima sufocante, tenso e claustrofóbico, aliado à naturalidade e o realismo dentro da proposta de foud footage garantem o desempate para os espanhóis. O filme de Jaume Balgueró e Paco Plaza, ao contrário de sua cópia frustrada, tem cenas marcantes e que permanecem vivas na mente do fã de terror . A cena, por exemplo, em que, já  quase no final do filme, saindo do apartamento no último andar, a câmera do cinegrafista, ou seja, o olho do espectador, enquadra o vão da escadaria, repleto de zumbis, por todos os andares inferiores é de fazer o cara lembrar da cena sempre que olhar pra baixo num vão de escadas. Golaço! 3x1.

Pavor na escadaria.
Zumbis por todos os lados.

Ainda que "Quarentena" também faça menção às experiências científico-religiosas realizadas no prédio e igualmente nos revele, na cena do laboratório clandestino, a horrenda criatura que ainda vive ali, a Menina Medeiros de "[REC]", fruto original dos experimentos, já crescida e toda magricela, molenga, desengonçada e asquerosa, balançando aquele martelo descoordenadamente no escuro, sob a lente do infra-vermelho da câmera, é algo não só para não se esquecer como, certamente para ter pesadelos. Gol da Menina Medeiros! Virou goleada. 4x1.



A horripilante mulher, vítima original
de uma experiência que veio a causar toda a contaminação zumbi.

E quando parecia que não poderia acontecer mais nada no jogo, aos 48 do segundo tempo, já nos acréscimos,  ou melhor, já  nos créditos eis que num ataque fulminante "[REC]" guarda mais um. A trilha sonora final, "Vudú", um punk-surf do espanhol Carlos Ann, é outro golaço de "[REC]" e fecha o caixão do adversário.



Nossa repórter, Ángela Vidal, em três momentos.
Mesmo que Jannifer Capenter, em "Quarentena", tenha se saído bem
 a carismática Manuela Velasco foi um verdadeiro show de bola!



Mesmo com menos recursos, o time da dupla de diretores espanhóis, Plaza e Balgueró, mostrou uma proposta tática mais adequada ao tipo de jogo.
Foi um time com mais fome, um time que mordeu mais e, por consequência, acabou jantando o adversário.


 


por Cly Reis


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

10+1 Filmes de Terror Para Curtir no Halloween



Halloween pede um bom filmezinho de terror, não? É só ver por aí, hoje, as programações dos canais recheadas de títulos do gênero em todas as suas variações possíveis. Tem de demônios, de casa assombrada, de serial-killer, de zumbis, de mutilações e podreiras e assim por diante. O ClyBlog pediu para que alguns amigos listassem seus favoritos do gênero e reuniu os mais mencionados numa super lista de filmes altamente recomendáveis para os amantes do lado sinistro do cinema. Na verdade, a maioria deles já são conhecidos, batidos, alguns já são clássicos mas exatamente por conta dessa imortalidade, dessa aura mítica que os envolve é que merecem sempre serem assistidos de novo e de novo e de novo.
Então vamos a eles:


As perspectivas de Kubrick ficam mais sufocantes.
1. "O Iluminado", de Stanley Kubrick (1980)
Frequentemente apontado como o melhor terror de todos os tempos, o clássico de Stanley Kubrick não foi esquecido pelos votantes. Um escritor, Jack Torrance, se candidata a trabalhar como zelador num hotel nas montanhas na época de baixa temporada quando o mesmo fica completamente vazio e leva para lá sua esposa e seu filho pequeno. Só que lá ele começa a ser influenciado por "alguma coisa" e seu comportamento vai mudando chegando ao ponto de ameaçar a integridade física de sua própria família. Ao mesmo tempo o garoto começa a ter visões para o espectador vai ficando claro que alguma coisa de não muito bom andou acontecendo naquele lugar. A câmera em movimento e as perspectivas de Kubrick, sempre muito marcantes, talvez nunca tenham sido mais adequadas e perfeitas do que neste filme, causando uma sensação de opressão, claustrofobia e inquietude, especialmente nos momentos em que perambula pelos corredores quietos e vazios do hotel. E as meninas no corredor, e a mulher na banheira, e a cascata de sangue no elevador, e o REDRUM... Ah, cara, que filmaço!




2. "O Exorcista", de William Friedkin (1973)
Passa o tempo, surgem filmes e mais filmes de terror, aperfeiçoam-se as técnicas, surgem novos recursos, mas "O Exorcista'continua lá, sempre sendo lembrado como um dos grandes filmes de sua categoria. Não é para menos, o drama da menina Regan possuída por um demônio é impactante visualmente ainda hoje mesmo com o avanço dos efeitos especiais. Como não lembrar da cena em que a garota vira completamente o pescoço?

As cenas mais impactantes de "O Exorcista"



3. "O Bebê de Rosemary", de Roman Polanski (1968)
Outro dos mais lembrados nas listas dos votantes e outro da "veterano" do terror. Clássico de Roman Polanski em que  um casal se muda para um novo apartamento e lá, Rosemary grávida, começa a suspeitar de um plano maligno dos vizinhos, um casal de idosos, com o próprio marido para fazer de seu bebê o Filho das Trevas. Filme muito mais inquietante, angustiante do que aterrorizante. Não é de dar medo mas mantém o espectador em um estado de tensão constante. Brilhante roteiro e excepcionais atuações, especialmente de Mia Farrow no papel principal. De um modo geral, o impacto visual é bem brando, mas, mesmo muito sutilmente e sem forçação nenhuma, a parte em que aparecem os olhinhos da criança é bem perturbadora.






4. "Evil Dead - A Morte do Demônio", de Sam Raimi (1981)
Como se faz um clássico? Com um sítio no meio da floresta, um grupo de amigos, pouca grana e uma câmera na mão. Exagerando é mais ou menos isso. Com baixíssimo orçamento, com alguns amigos, uma boa ideia, criatividade e muito talento, o então novato Sam Raimi, criava um dos filmes mais cultuados do gênero de terror. Um livro misterioso encontrado no porão de uma cabana onde um grupo de jovens vai passar um final de semana grupo de amigos que vai passar um final de semana dá início a uma demoníaca e sangrenta jornada de terror. Um espírito é libertado e cada um deles começam a ser possuídos pela entidade maligna. A cenas da câmera correndo rapidamente rente ao chão no meio da floresta com um efeito sonoro agoniante são muito legais e a da árvore estuprando a garota, uma das mais marcantes de todos os filmes de terror.


Tralier de "Evil Dead", A Morte do Demônio"




O Freddy vai te pegar...
5. "A Hora do Pedsadelo" de Wes Craven (1984)
O filme de Wes Craven consegue ter um dos personagem mias carismaticamente sinistros ou sinistramente carismáticos do cinema. Sabemos que Freddy Krugger, pedófilo, sequestrados e matador de criancinhas é um filha da puta mas aquele jeitão desleixado e seu humor negro fazem com que inevitavelmente mantenhamos alguma simpatia por ele. O fato do assassino se materializar no sonho dos adolescentes da cidade, filhos das pessoas que o queimaram vivo é um grande achado do filme e seu grande diferencial. Além de lhe conferir um charmoso toque surrealista, também lhe atribui características de desenho animado uma vez que o mundo dos sonhos possibilita de forma ilimitada variações de forma, espaço, dimensões, estado físico, etc. com uma justificativa muito mais natural do que teria em outra situação no mundo real.





Quem é aquela mulher?
6. "Psicose", de Alfred Hitchcock (1968)
"Ah, mas não é filme de terror!". Não é? Uma mulher é morta brutalmente a facadas no chuveiro por outra "mulher"... Como assim? Não havia mais ninguém no motel além do dono e gerente Norman Bates. Mas poderia ser sua mãe... Não! Ela e falecida. Mas então com quem ele conversa? De quem é aquela voz de mulher? O espírito da velha? Será? Não! Antes fosse. é algo pior. "Psicose" tem o grande mérito de ir mudando de gênero ao longo de seu desenvolvimento e ir moldando a expectativa do espectador: começa como um filme policial, um roubo; passa a ser um terror sobrenatural talvez, uma vez descartado a assombração, passa a ser um suspense e por fim descobrimos que é um filme de serial-killer. Ora, se um filme de assassino em série não é terror então que me desculpem Leatherface, Michael Myers e cia.






Samara, dos personagem mais marcantes
do mundo do terro nos últimos tempos.
7. "O Chamado", de Gore Verbinski (2002)
Uma das várias refilmagens americanas de originais japoneses e, neste caso, assim como em "O Grito" com competência e êxito. Pode-se  até discutir quanto a qual das versões é melhor mas é fato que a ocidental já um clássico do gênero. O filme da fita de vídeo matadora, à qual quem a assiste acaba morrendo em uma semana, mantém a tensão no alto o tempo inteiro por conta da expectativa de saber se a mãe, a jornalista Rachel, conseguirá em tempo hábil salvar o filho que assistiu à fita. A edição, muito videoclípica, nas cenas do tal VHS maldito é simplesmente agoniante, e Samara com sua cabeleira sobre o rosto e seus movimentos quebrados ao sair da tela e atacar as vítimas já é uma referência entre os personagens de horror.






Ih, tá na hora.
8. "O Exorcismo de Emily Rose", de Scott Derrickson (2005)
Outro dos novos clássicos este é um filme daqueles constantemente apontado como extremamente assustador, de não deixar dormir. Um dos motivos desta inquietação de provoca no espectador é o fato de ser baseado numa história real, o que inapelavelmente esfrega na nossa cara que TUDO AQUILO ACONTECEU DE VERDADE. Outro é a grande atuação da triz Jennifer Carpenter garantindo um incrível realismo às possessões. E outro ainda, possivelmente seja a tal da "hora do demônio" que tanto atormenta a jovem e depois as noites da advogada. Eu mesmo, quando vi, pensei duas vezes quanto a deixar o relógio ao lado da cama e quis dormir tão profundamente pra não correr o risco de acordar às 3 da manhã. Curiosamente é um filme de tribunal com flashbacks no referido exorcismo o que mais méritos lhe dá quanto ao fato de ser considerado tão assustador.






O vampiro repugnante de Murnau.
9. "Nosferatu", de F.W. Murnau (1922)
É incrível como muitos dráculas depois nenhum tenha conseguido superar esse. Baseado no "Drácula" de Bram Stoker, o filme do genial alemão F.W. Murnau traz um vampiro completamente fora dos padrões que depois nos acostumamos a ver no cinema,  o tipo bonitão e sedutor. Seu Conde Orlock é feio, bizarro, estranho e aterrorizante. Em 1922, mudo, com recursos primaríssimos de efeitos especiais, "Nosferatu" não é responsável apenas pela formação da linguagem do terror mas pela consolidação da linguagem cinematográfica como um todo. Obra-prima. Não é à toa que seu subtítulo é "uma sinfonia do horror".





O menino com seu "brinquedinho".
10. "Cemitério Maldito", de Mary Lambert (1989)
Filme que é cult desde que nasceu por conta da trilha sonora dos Ramones mas que, pode ter certeza, não fica só nisso. Depois de em um antigo cemitério indígena, revelado por um vizinho, ressuscitar o gato atropelado numa movimentada rodovia, o pai da família Creed desesperado pelo fato do filho ter tomado o mesmo destino que o mascote, resolve utilizar o mesmo recurso para reanimar o menino já sabedor que, assim como acontecera com o bichano, quem é enterrado naquele solo sagrado não volta como era antes. O filme tem cenas fortes de violência, de brutalidades, de mutilação especialmente as do menino com o bisturi na mão mas poucas coisas são mais aterrorizantes que a risadinha do garoto antes de aprontar "alguma das suas".






"Parece que tem alguém ali. Ih, tem alguém ali!"
10+1. "Os Inocentes", de Jack Clayton (1961)
Esse pra falar a verdade não foi tão votado mas é escolha da redação uma vez que eu e o Daniel, editores deste blog, adoramos esse filme e ambos os consideramos um dos grandes de todos os tempos. "Os Inocentes" conta a história de uma moça que vai trabalhar como governanta numa propriedade afastada para cuidar de duas crianças orfãs cujo tio, dono da casa, prefere se eximir da tarefa. O problema é que naquela casa enorme, naquela propriedade imensa, no jardim, no lago, a governanta começa a ver fantasmas. Só que os fantasmas não passam rápido, não "parece" que vimos alguma coisa. Eles realmente estão ali! E este é o grande mérito do terror do filme. É assustador pela sobriedade, pela leveza, pelo silêncio, pela fotografia primorosa e pela grande atuação de Deborah Kerr no papel da governata, Srta. Giddens. Na minha opinião tem um final um tanto exagerado, excessivamente teatral que contrasta com toda a sobriedade do restante do filme, mas o filme é taõ bom, tão bom o tempo todo que a gente até releva algum excessozinho que possa ter sido cometido no final. Mas nada demais! Não se deixe influenciar por essa última impressão. é obra de arte.



Agradecimentos a Claudia Melo; Vagner Rodrigues; Jowilton da Costa; Lisiane Möller; Thamy Lopes; Marcelo Silva; Roberta Motta; Roberta Miranda, José Júnior; Carolina Costa, Daniel Rodrigues, Valeska, Jamal e Lúcio Agacê que colaboraram nesta enquete.

Cly Reis


quarta-feira, 1 de junho de 2011

The Zombies - "Odessey and Oracle" (1968)


"Não tenhas medo; esta ilha é sempre cheia de sons, ruídos e agradáveis árias, que só deleitam, sem causar-nos dano. Muitas vezes estrondam-me aos ouvidos mil instrumentos de possante bulha; outras vezes são vozes"
trecho de "ATempestade" de Shakespeare,
na contracapa do disco


Banda de dois discos apenas. Em parte por conta de questões internas e muito por motivados por questões de gravadora, o The Zombies acabou lançando seu segundo e derradeiro álbum, o brilhante “Odessey and Oracle” , já sabendo que seria o último, mas foi o que bastou para garantirem seu lugar de destaque na história do rock e especificamente na formação do pop-rock britânico.
O disco com seus toques psicodélicos e climas barrocos, por vezes pode soar meio datado com a marca dos anos 60 por conta de seus excessivos côros de fundo, mas por outro lado, se bem analisados,estes mesmos arranjos vocais mostram-se de impressionante qualidade e sensibilidade, e a sonoridade da banda revela, por sua vez, um sutil refinamento e avanço da musicalidade daquela época em direção a um modelo pop mais contemporâneo.
O grande sucesso da banda, “Time of the Season”, provavelmente a melhor canção pop de todos os tempos, é um claro exemplo disso, com uma composição moderna, que atinge tal grau de sofisticação, que poderia tranquilamente passar por uma gravação atual de qualquer banda do momento, tal sua contemporaneidade.
Destaques também para “Care of Cell 44” que abre brilhantemente o disco, para a doce balada “Rose for Emily”, para a sombria “Beachwod Park”, para a psicodelia 'medieval' de “Butcher's Tale” e para outra daquelas atemporais, a ótima "I Want Her, She Wants Me".
Observar para o curioso nome do álbum originado, na verdade, por um erro de grafia do designer gráfico da época que escreveu odessey e não odyssey. Erro que, ironicamente, acabou consagrado em um dos grandes discos da história.
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 FAIXAS:
  1. "Care of Cell 44" (3:53)
  2. "A Rose for Emily" (2:17)
  3. "Maybe After He's Gone" (2:31)
  4. "Beechwood Park" (2:41)
  5. "Brief Candles" (3:38)
  6. "Hung Up on a Dream" (2:58)
  7. "Changes" (3:16)
  8. "I Want Her, She Wants Me" (2:50)
  9. "This Will be Our Year" (2:07)
  10. "Butcher's Tale (Western Front 1914)" (2:45)
  11. "Friends of Mine" (2:15)
  12. "Time of the Season" (3:31)
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Ouça:
The Zombies Odessey and Oracle



Cly Reis