Curta no Facebook

Mostrando postagens classificadas por data para a consulta pixar. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta pixar. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

"Ilha dos Cachorros", de Wes Anderson (2018)


Belo, bem escrito, bem dirigido, uma  animação espetacular! O filme é fantástico, Wes Anderson é incrível, “ Ilha dos Cachorros” pode não ser perfeito mas é sublime em todos os aspectos.
Atari Kobayashi é um garoto japonês de 12 anos de idade que mora na cidade de Megasaki sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de viverem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo, porém o pequeno Atari não aceita se separar de seu cachorro, Spots. Ele então convoca os amigos, rouba um jato em miniatura e parte em busca de seu fiel amigo. E essa aventura vai transformar completamente a vida da cidade.
É uma obra que você tem que assistir completamente dedicado a ela pois necessita muito da sua atenção, uma vez que é fundamentada nos diálogos e detalhes.  Apesar de ser uma animação e ter bichinhos, "Ilha dos Cachorros" não é um filme infantil. Tem seus momentos cômicos mas de um modo geral seu enredo é bastante político, além de um ritmo lento que, certamente não chama atenção das crianças em geral, não é mesmo? (Podemos dizer que nem de alguns adultos).  Portanto, não vá com espírito de ver algo Disney/Pixar, ou Dreamworks.
A nada bela ilha para onde os cães são enviados.
Visualmente falando, o filme é perfeito e logo na primeira cena você já fica impressionado com a perfeição e naturalidade dos movimentos dos bonecos, já que estamos falando de uma obra de stop-motion. A forma como a câmera passeia pelo cenário também chama muito atenção. Temos planos abertos que são obras de artee lembram muito os filmes japoneses de samurais. Temos homenagens a Miyazaki e o estúdio Ghibli, aos animes de Tezuka, e muitas outras  referências a cultura japonesa.
É curioso como ficamos distanciados e não conseguimos ter muita empatia com os personagens humanos, o que é provável que seja proposital pelo fato do elenco de cachorros ser o principal,  o que fez com que nenhum humano me cativasse muito. Já os cães, são magníficos! O trabalho de arte de movimentação, as atuações, o trabalho vocal do grande elenco do filme (Angelica Huston, Bill Murray, Bryan Craston e mais uma galera... até Yoko Ono), e as partes cômicas também ficam por conta do cães que, por sinal, se saem muito bem.
Mesmo envolto numa polêmica de uma suposta apropriação cultural, que no meu ponto de vista é muito mais como uma linda homenagem ao cinema e à cultura japonesa, o longa vem com força e se continuar assim pode ser candidato ao próximo Oscar de animação. Não é uma obra de fácil absorção até pela grande quantidade de referências à arte nipônica, o que exige um certo conhecimento para captá-las, porém a beleza visual, a sutileza do enredo podem te colocar dentro  do filme e prender sua atenção. Mais uma bela obra de Wes, que vem conquistando meu coração a cada novo filme.
O divertido grupo de cães que ajudam o jovem Atari.




Vagner Rodrigues

sábado, 21 de julho de 2018

"Os Incríveis 2", de Brad Bird (2018)



A abordagem de "Os Incríveis 2", dando um protagonismo maior para sua personagem feminina e examinando questões de igualdade de gênero, de direitos e obrigações, não joga nem contra nem a favor do filme de Brad Bird enquanto produto final. Não o prejudica em nada, não o faz perder em dinâmica, ação, carisma dos personagens, mas também não o consegue fazer superar seu antecessor, que, com todo seu humor cativante e criatividade, já tratava de assuntos relevantes em relação à vida familiar na sociedade atual há quatorze anos atrás. "Os Incríveis 2" é apenas um bom filme, um bom entretenimento com este incremento de debate, de reflexão, de atualidade que a Pixar sabe fazer tão bem.
Nesta sequência, que começa exatamente de onde a última aventura acabou, na saída do estádio, com o vilão Escavador saindo debaixo da terra e causando pânico e destruição à cidade, a família de super-heróis vê-se novamente às voltas com a proibição da atuação dos paladinos mascarados e dificuldades financeiras, só que desta vez uma oportunidade "ilegal" surge para a Mulher-Elástico, patrocinada por um fã de super-heróis que pretende contribuir para revogar a lei e vê-los de novo livremente em ação. O problema é que a escolha da esposa Helena e sua exposição na mídia, além de causar uma enorme ciumeira em Beto Pêra, o Senhor Incrível, o colocam diante das obrigações do dia a dia como às quais ele não é nada afeito e para as quais ele vai descobrir que para dar conta tem que ser mais que um super-herói.
Em grande parte é esse o reconhecimento que o filme quer fazer às mulheres, mostrando o quanto é difícil ser mãe, dona de casa, administradora, professora, psicóloga e tudo o que o cotidiano mandar pela frente, e colocar em discussão a necessidade da colaboração, da divisão de tarefas, de tempo, de preocupações dentro da vida de um casal.
A ideia central do filme, não só na questão conjugal específica como também na trama, no combate ao vilão e na resolução do caso, parece ser a ênfase à importância do trabalho em conjunto, tentando mostrar que unindo forças as dificuldades podem vir a tornar-se menor árduas. Se o filme trata com sua forma sutil e inteligente de assuntos sérios, as risadas são garantidas pelo bebê Zezé que, agora exibindo seus poderes, ainda sem muito controle, causam uma série de confusões e trapalhadas.
Algumas cenas de ação meio longas demais; o roteiro ainda que bem bem desenvolvido, um tanto esparso ali pela metade, tentando atender a todos os personagens, mas no geral um filme bem agradável e divertido. Não, não é melhor do que "Os Incríveis", mas seria querer muito que superasse uma das melhores e mais maduras animações que a Pixar já fez. Mas dá pra ver numa boa e curtir sem decepção nem arrependimento.
Em "Os Incríveis 2", a Mulher-Elástico tira o traje antigo do armário,
sai pra trabalhar e deixa o marido em casa tomando conta das crianças.




Cly Reis

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

"Viva - A Vida é uma Festa", de Lee Unkrich e Adrian Molina (2017)



Uma das marcas mais confiáveis da indústria cinematográfica da atualidade não é necessariamente um cineasta ou uma escola, mas, sim a Disney/Pixar. Invariavelmente, suas produções, seja em curta ou longa metragens, agradam (quando não surpreendem) tanto quem busca por entretenimento quanto por arte. “Viva – A Vida é uma Festa”, de Lee Unkrich e Adrian Molina, é um bom exemplo. Para quem como eu e Leocádia, que nos sentimos desassistidos diante da grade dos cinemas comerciais, optar por ver uma animação da Pixar ao invés de qualquer blockbuster tão “real” quanto descartável é um acerto no alvo. Afora a qualidade técnica indiscutível, os filmes da produtora estabelecem alto poder de diálogo com o público adulto (às vezes, até priorizando-o, caso de “Wall-E”) e, ao mesmo tempo, divertem a criançada.
“Viva” tem, de fato, grandes méritos, tanto que é um dos concorrentes ao Oscar de Melhor Animação e Canção Original deste ano. Na história, Miguel Rivera é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com a desaprovação de sua família de tradicionais sapateiros traumatizada com um episódio do passado em que um músico os abandonou para nunca mais voltar. Determinado a seguir os passos do seu ídolo, o cantor Ernesto de La Cruz – espécie de Roberto Carlos mexicano, mas já falecido –, ele acaba desencadeando uma série de eventos e aventuras no feriado mexicano do Dia dos Mortos, celebrado com devoção no México. Estes, por sinal, envolvem tanto a sua família – sejam os entes vivos ou não – quanto o misticismo peculiar do povo mexicano, cuja linha entre vida e morte é estreita – pelo menos, quando os sentimentos estão aflorados para o feriado de finados.
O simpático Dante: mensageiro entre
os dois mundos
As cores vibrantes, a luz tropical, a musicalidade, as formas e as crenças do México são muito bem representados no roteiro, que engendra uma trama capaz de unir tudo isso sem deixar de ser um verdadeiro entretenimento. Afinal, não apenas de coisas agradáveis se compõem os fatos da trama. Se tem o colorido das roupas e da música ou a beleza onírica da mitologia, há também os tabus, como a presença permanente da morte e a passagem do tempo. Assim, a história equilibra com felicidade em seu ritmo narrativo a tríade aventura/humor/drama, sine qua non para uma produção da Pixar, com estes traços característicos da cultura mexicana, inserindo-o na narrativa tradicional do cinema norte-americano mas sem deturpá-los.
Um dos aspectos folclóricos a que me refiro é exatamente a morte e como esta se dá no imaginário do povo mexicano. A sensibilidade de artista e de criança do pequeno Miguel é usada para mostrar como a antiga cultura mexicana mistifica a morte e, ao mesmo passo, a elabora melhor do que o convencionado no Ocidente. Seja no mundo dos vivos ou dos mortos, o que mantém as relações é o afeto e a energia que este emana. Sem a energia vital, capaz de manter acesa a memória afetiva, as pessoas são esquecidas e desaparecem. Este lado espiritualista do ser mexicano, advindo dos povos indígenas originários, é abordado com delicadeza e reverência. Um exemplo são os bichos, como o simpático cão Dante, naturalmente conectado com os diferentes planos de existência por sua condição de pureza animal.
O nível de profundidade que o filme atinge é realmente louvável. Além da questão da morte e dos laços familiares e suas implicações na forma de ser e ver o mundo, a história toca, num âmbito mais apurado, na questão da identidade. A busca do menino Miguel por aquilo que lhe faz sentido, a música (mesmo que, para isso, tenha preciso mover, literalmente, “céus e terras”), bem como a ligação que isso tinha com seu laço sanguíneo, vai ao cerne dessa premissa. Seja na fase infantil ou adulta, é sempre tocante a um espectador ver numa obra de cinema o encontro emocional com as origens – mesmo que o personagem seja um desenho animado inventado e não necessariamente uma pessoa interpretando um papel.
O pequeno Miguel em sua aventura no mundo dos mortos
Outro aspecto interessante de “Viva” é a evidente valorização da música. Esta ganha nuança de arte transformadora tanto no sentido biográfico de Miguel quanto biológico, uma vez que ele guarda geneticamente o talento de seu antepassado. Porém, também pode ser vista como uma força capaz de unir as almas deste plano ou do além. Ou melhor: de provar que não existem fronteiras para quem ama. Momento muito bonito do filme é quando Miguel tenta de todas as maneiras reavivar a memória de sua “mamá”, a bisavó velhinha e praticamente sem reação sobre uma cadeira. Ele só o consegue quando toca ao violão uma música do pai dela, seu tataravô. É o reconhecimento de si mesmo na forma da vibração energética motivada pela música, bem como da apreensão, mesmo que somente naqueles instantes mágicos em que os sons ressoam, do tempo: o novo que segue, agora a seu modo, aquilo que é da essência dos Rivera. Além disso, a cena é o próprio cinema em sua acepção: o registro da memória.
Toda criança – ou adulto – tem a sua animação da Pixar preferida. Há os que adoram “Toy Story”, “Os Incríveis”, “Up – Altas Aventuras”, “Monstros S.A.” ou outro título. A variedade e a qualidade é grande. “Viva”, com certeza, passa a figurar nessa lista. Ao se valer como tema o México com suas tradições, folclores e história, o filme presta uma bela homenagem à cultura do país vizinho de Estados Unidos numa época em que este vem sofrendo com a política protecionista do governo Trump, principalmente no que diz respeito aos imigrantes. Resta ver se, na premiação do dia 4 de março, essa valorização vai realmente se concretizar. Qualidade para isso, “Viva” tem sem nenhuma dúvida.





Daniel Rodrigues

quinta-feira, 7 de julho de 2016

"Procurando Dory", de Andrew Stanton e Angus MacLane (2016)




Uma personagem carismática mera coadjuvante num filme no qual praticamente roubou a cena e que é elevada à condição de protagonista mas que infelizmente, na linha de frente, não teve bala na agulha pra sustentar sua nova condição de superstar. Não deu. Eu também adoro a Dory mas não deu. "Procurando Dory" é fraco. A história é fraca, o argumento é fraco, quase não há situações verdadeiramente hilárias e a ação não empolga. Totalmente sustentado pelos lapsos (não raros!) e flashes de memória da peixinha (frequentes demais para quem nunca lembrou de nada) o filme filme fica picotado e não engrena. A própria motivação da jornada de Dory é bastante questionável. Pra quem não sabe, Dory, depois de toda a ventura do primeiro filme da busca do peixe-palhaço pelo filho Nemo, agora vive próxima a eles, confusa e esquecida como sempre mas de repente algumas palavas, fatos, situações passam a funcionar como gatilhos de lembranças perdidas no fundo da mente da peixinha que lembra que tem pai e ma~e e resolve ir atrás deles. Ok! Não que encontrar os pais não seja algo importante, motivador, etc., mas teeeempos depois, com uma criatura que tem falhas constantes de memória fica tão pouco plausível ou aceitável. A busca do Marlin em "procurando Nmo", não. Aquilo era uma busca obstinada de um pai que acabara de perder um filho e não se conformava com aquilo, indo até o inferno, se precisasse para encontrá-lo. Sim, mas porque era uma coisa presente, uma coisa palpável, não uma memória apagada talvez nem exatamente fiel. E a propósito de Nemo, o despropósito e´q eu ele e o pai aparecem quase forçadamente, sem propósito, protagonizando uma cena aqui outra ali nas quais nem precisariam ser eles a estarem presentes que daria na mesma.
Tá bom, ela é muito querida, as cenas dela bebê são muito fofas, a mensagem sobre crianças com algum tipo de dificuldade é extremamente válida mas pra mim não foram o suficiente para fazer um bom filme. Entretenimento? Tá bom. Se eu for considerar só isso posso dizer que não é aquela coisa que dá ódio de ficar quase duas horas no cinema com aquela sensação de dinheiro jogado pela privada. Não chega a isso. Tem cisas legais. A cena da perseguição de caminhão foi muito bacana, o personagem Hank, o polvo, é um barato, a qualidade da animação da Pixar é impecável e, é claro, a Dory é divertida, louquinha e um amor. No mais, quem ficou procurando, procurando, procurando alguma coisa e não encontrou, fui eu.
O polvo Hank, personagem de destaque no filme. Um tanto ranzinza mas gente boa.




Cly Reis

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Oscar 2016 - Os Indicados



DiCaprio tem mais uma chance de conseguir
seu tão almejado Oscar com "O Regresso".
E saiu a lista dos indicados para o Oscar 2016!
Surpresa para mim, apesar dos muitos elogios que ouvi e li a respeito, é "Mad Max: Estrada da Fúria" ter recebido 10 indicações, só atrás de 'O Regresso" de Alejandro González Iñárritu que pode fazer um bicampeonato em Hollywood. Outros que aparecem como bons candidatos, pelas qualidades que vem sendo apontadas e pelo número de indicações são 'Spotlight" (6 indicações), "Perdido Em Marte" (7) e "A Grande Aposta" (5). Tarantino, com seu "Os Oito Odiados"  dessa vez ficou de fora da corrida principal de filme e direção, e  até de sua especialidade, o roteiro original, mas  mesmo assim concorre em três categorias. Nas categorias técnicas "Star Wars: O Despertar da Força" deve fazer uma limpa, mas sempre de olho em "Mad Max" que também disputa com qualidade algumas delas.
No mais, Leo DiCaprio que goza de grande torcida feminina, muito mais por suas qualidades físicas do que técnicas, terá uma nova chance por sua atuação no filme de Iñárritu; Stallone recebe reconhecimento importante pela nominação a ator coadjuvante; e a animação brasileira "O Menino e o Mundo" tem a honra de ser indicado mas terá uma parada duríssima pele frente, o favoritíssimo "Divertidamente" da Disney/Pixar.
Conheça, abaixo, todos os indicados. A premiação ocorre no dia 28 de fevereiro em Los Angeles.



  • Melhor filme
"A grande aposta"
"Ponte dos espiões"
"Brooklyn"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"Perdido em Marte"
"O regresso"
"O quarto de Jack"
"Spotlight: Segredos revelados"

  • Melhor ator
Bryan Cranston ("Trumbo")
Matt Damon ("Perdido em Marte")
Leonardo DiCaprio ("O regresso")
Michael Fassbender ("Steve Jobs")
Eddie Redmayne ("A garota dinamarquesa")


  • Melhor atriz
Cate Blanchett ("Carol")
Brie Larson ("O quarto de Jack")
Jennifer Lawrence (“Joy”)
Charlotte Rampling (“45 anos”)
Saoirse Ronan ("Brooklyn")


  • Melhor diretor
Alejandro G. Iñárritu ("O regresso")
Tom McCarthy ("Spotlight: Segredos revelados")
George Miller ("Mad Max: Estrada da fúria")
Adam McKay ("A grande aposta")
Lenny Abrahamson ("O quarto de Jack")


  • Melhor animação
"Anomalisa"
"O menino e o mundo"
"Divertida mente"
"Shaun, o carneiro"
"Quando estou com Marnie"


  • Melhor filme estrangeiro
"Embrace of the Serpent" (Colômbia)
"Cinco graças" (França)
"O filho de Saul" (Hungria)
"Theeb" (Jordânia)
"A war" (Dinamarca)


  • Melhor trilha sonora
"Ponte dos espiões"
"Carol"
"Os 8 odiados"
"Sicario"
"Star Wars: O despertar da força"


  • Melhor roteiro adaptado
"A grande aposta"
"Brooklyn"
"Carol"
"Perdido em Marte"
"O quarto de Jack"


  • Melhor roteiro original
"Ponte dos espiões"
"Ex Machina"
"Divertida mente"
"Spotlight: Segredos revelados"
"Straight Outta Compton"

  • Melhor design de produção
"Ponte dos espiões"
"A garota dinamarquesa"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"Perdido em Marte"
"O regresso"


  • Melhor fotografia
"Carol"
"Os oito odiados"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"O regresso"
"Sicario"


  • Melhor figurino
"Carol"
"Cinderela"
"A garota dinamarquesa"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"O regresso"


  • Melhores efeitos visuais
"Ex Machina"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"Perdido em Marte"
"O regresso"
"Star Wars: O despertar da força"


  • Melhor montagem
"A grande aposta"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"O regresso"
"Spotlight: Segredos revelados"
"Star Wars: O despertar da força"


  • Melhor atriz coadjuvante
Jennifer Jason Leigh ("Os 8 odiados")
Rooney Mara ("Carol")
Rachel McAdams ("Spotlight: Segredos revelados")
Alicia Vikander ("A garota dinamarquesa")
Kate Winslet ("Steve Jobs")


  • Melhor ator coadjuvante
Christian Bale ("A grande aposta")
Tom Hardy ("O regresso")
Mark Ruffalo ("Spotlight: Segredos revelados")
Mark Rylance ("Ponte dos espiões")
Sylvester Stallone ("Creed")

  • Melhor edição de som
"Mad Max: Estrada da fúria"
"Perdido em Marte"
"O regresso"
"Sicario"
"Star Wars: O despertar da força"


  • Melhor mixagem de som
"Ponte dos espiões"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"Perdido em Marte"
"O regresso"
"Star Wars: O despertar da força"


  • Melhor curta de animação
"Bear Story"
"Prologue"
"Sanjay's Super Team"
"We can't live without Cosmos"
"World of tomorrow"


  • Melhor curta de live action
"Ave Maria"
"Day one"
"Everything will be okay (Alles Wird Gut)"
"Shok"
"Stutterer"

  • Melhor cabelo e maquiagem
"Mad Max"
"The 100-year-old man who climbed out the window and disappeared"
"O regresso"

  • Melhor documentário
"Amy"
"Cartel Land"
"The look of silence"
"What happened, Miss Simone?"
"Winter on fire: Ukraine's Fight for Freedom"


  • Melhor documentário de curta-metragem
"Body team 12"
"Chau, beyond the lines"
"Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah"
"A Girl in the River: The Price of forgiveness"
"Last day of freedom"


  • Melhor canção original
"Earned it", The Weekend ("Cinquenta tons de cinza")
"Manta Ray", J. Ralph & Antony ("Racing extinction")
"Simple song #3", Sumi Jo e Viktoria Mullova ("Youth")
"Writing's on the wall", Sam Smith ("007 contra Spectre")
"Til it happens to you", Lady Gaga ("The hunting ground")

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Superbowl XLIX - Um jogo para ficar na memória



Neste último domingo dia 01/02/2015, conhecemos o mais novo campeão da NFL (liga Nacional de futebol americano dos Estados Unidos). A NFL tem 32 duas equipes que são distribuídas em duas conferências AFC (Conferência Americana) e a NFC (Conferência Nacional), cada conferência tem 16 equipes, e o campeão de cada conferência (vamos pular os playoffs e ir direto para o que interessa) ganha o direito de disputar a gloriosa final, conhecida como SUPER BOWL.

O SUPER BOWL é uma final de jogo único, em um estádio já definido antes do começo da temporada. Este ano SUPER BOWL XLIX aconteceu no University of Phoenix Stadium, em Glande, Arizona (Estádio do Arizona Cardinals) e na disputa pelo título tivemos New England Patriots (campeão AFC) contra Seattle Seahawks (campeã NFC e atual campeão do SUPER BOWL).

LaFell abrindo o placar.
Um início de partida bem movimentado, onde conseguimos ver como seria o jogo, o QB do Patriots Tom Brady (marido de Gisele Bündchen) variando seus passes, colocando todos os seu recebedores para jogar, mas sempre com passes curtos evitando o confronto com "legion of boom" (como é conhecida a espetacular secundária do Seahawks ), mesmo sofrendo uma intercepção, Tom Brady não diminui o ritmo e seguiu controlando o jogo. Do outro lado, o Seahawks fazia campanhas rápidas, não ia muito longe, mas o RB Marshall Lynch, assim como foi durante todo temporada seguia quebrando tackles e conseguindo bons avanços terrestres, o QB Russel Wilson de Seattle, mostrava toda sua frieza e técnica apurada para sair do pocket, e procurar alvos livres para seus passes, mas com a boa marcação da secundária do Patriots, Wilson acabava resolvendo com as pernas (uma de suas grandes qualidades) e assim conquistava algumas Jardas, com esse equilíbrio,
O primeiro quarto terminou empatado 0 x 0

"The Beast" Lynch empata o jogo.
O segundo quarto continuou movimentado, mas agora com touchdowns, com um passe de Brady,  LaFell abriu o placar da partida, em seguida tivemos o empate do Seahawks com uma corrida  de Lynch. Então entra ação uma das melhores duplas da NFL, Brandy e Gronkowski, com um belo passe de Brady, Gronk faz os Patriots voltarem à frente do placar.
Estamos no final do segundo quarto, indo para intervalo do jogo, quando novamente aparece Chris Matthews, WR do Seahawks, para uma recepção para touchdown, Matthews já tinha feito uma bela recepção na campanha do primeiro touchdown de Seattle, o surpreendente, é que ate então ele não tinha feito nenhuma recepção na temporada, a bola nunca tinha sido jogada na sua direção em toda sua vida, sequer Russel Wilson sabia que ele existia antes do jogo (bom esse último é mentira, acho que me empolguei com o lance, desculpa). Então vamos para o intervalo com um empate, e a certeza de que teremos um segundo tempo fantástico.

A bela Katy Perry comandou o show do intervalo.
Bom, intervalo, vamos ao banheiro, trocar de canal, repor o estoque guloseimas... Que nada, não dá tempo para isso, pois aí vem o famoso show do intervalo do SUPER BOWL, onde já tivemos Michael JacksonMadonnaRolling StonesThe Who, entre outros grandes artistas, esse ano ficou por conta da bela Katy Perry animar o público. O show visualmente, foi um espetáculo grandioso, o palco fantástico, show de luzes e fogos, trocas de figurinos, Katy foi embora voando em uma estrela, tudo incrivelmente lindo, já as músicas, foram todos os principais hits da cantora americana, não que eu não goste de Katy, a voz dela é muita boa, ela estava super animada, presença de palco nota dez, mas foi cansativo,  uma dela já bastava, até porque, Lenny kravitz só foi fazer número, ficou no palco uns 30 segundos, e a rapper Missy Elliott só cantou uma parte de "Lose control" (música que me agrada bastante), resumo para quem estava em Glendale:  Viu um belo espetáculo e pode dançar, pois sentiram a energia de perto, já pela TV, só ficou o belo espetáculo. No início da partida tivemos também o cantor John Legend cantando “American The Beautiful" e Idina Menzel (let go, let go...sim a voz do sucesso de Frozen)  interpretando o Hino norte americano.

Ainda aproveitando a pausa do jogo vou falar rapidamente sobre os trailers que passaram durante as paradas de jogo, ao longo de toda partida (apenas para TV americana). Diversos blockbusters estão por vir aí, vou destacar alguns que irão fazer barulho aqui no Brasil (acredito que não muito pela qualidade dos filmes, mas sim pele mídia feita em cima deles): 1) Tomorrowland (baseado em uma das atrações de sucesso do parque da Disney, assim como Piratas do Caribe, pode sair coisa boa ai); 2) Vingadores - Era de Ultron ( vai ser f0d@);  3)Divertida Mente (essa animação é uma das grandes apostas da Disney/ pixar para o ano); 4) Jurrasic World (a nostalgia me levará ao cinema); 5) Velozes e Furiosos 7 ( Sete já? Chega, né?);  6) Ted 2 ( mais do mesmo);  7) Minions (vai ser f0d@);  8) O Sétimo filho (vamos dar uma chance); 9)Cinquenta tons de Cinza (Hummmmm, não verei no cinema, desculpa); 10) O Exterminador - Genesis (Não sei se eu quero mais um filme do exterminador); 11) Divergente : Insugente (Mais do mesmo)  e 12) Bob Esponja: Um herói fora d'água (boas risadas com o Patrick).

Gronkowski recebe um belo passe de Brady
e coloca o Patriots novamente em vantagem.
Agora voltamos ao jogo, o segundo tempo começa com o Seahawks melhores, já conseguindo um field goal e passando a frente do placar pela primeira vez. Melhores na partida, o Seahawks amplia o placar com touchdown de Doug Baldwin, que foi encontrado por Wilson, sozinho, passeando pela end zone dos Patriots.

Com o ataque funcionando bem e a defesa mostrando porque é uma das melhores da NFL, o Seahawks parecia que caminharia tranquilamente para o bi campeonato, só não combinar isso com um certo Tom Brady.

Malabarismo do ataque de Seattle para
colocar a bola na linha de uma jarda.
No último quarto Brady conduziu o seu time a uma incrível virada, com duas campanhas perfeitas que terminaram em dois touchdowns, um de Amendola e outra quase no final da partida de Eldeman. O jogo está ganho, pode começar a festa em New England... Não, ainda não, pois o Seahawks vai para a sua campanha final, e com uma recepção circense (meio malabarista, e meio palhaço), Lochette consegue deixar seu time na linha de uma jarda. Pronto acabou, pode começar a festa em Seattle. Eles irão fazer um "pass rush" para Marshall Lynch, que vai quebrar tackles e fazer o touchdown da vitória, mas nada disso acontece, não sabemos por que, mas eles tentam um passe curto e acabam sendo interceptados na linha de uma Jarda, faltando 20 segundos para acabar o jogo, é inacreditável, interceptação feita pelo CB Butler, sua primeira intercepção na carreira, e ela acaba decidindo o SUPER BOWL. Final mágico, cheio de emoção e Patriots campeão, 28 a 24.

Buttler, o calouro, decidiu o Superbowl.
Ao invés de ficar questionado o culpado pela horrível chamada ofensiva do Seahawks, prefiro falar de uma lenda viva, Tom Brady, que já era considerado um dos melhores quaterbacks de todos os tempos, agora com seus quatro títulos (e mais uma vez escolhido o melhor jogador da final), recordista de passes para touchdowns em SUPER BOWLS, superando a lenda Joe Montana (grande ídolo de Brady), Brady pode ser considerado o melhor de todos os tempos? Não sei, mas sei que estamos vendo um homem fazer história, e se tornar uma lenda, um jogador devemos agradecer por ver ele jogar.


Parabéns para todos nós que assistimos esse inesquecível SUPER BOWL XLIX!

Brady, uma lenda do esporte da bola oval,
celebrando o título de campeão dos Patriots.



Vagner é fã e praticante de futebol americano,
jogador do Restinga Red Skulls, de Porto Alegre.