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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Copa do Mundo The Smiths- definição das quartas-de-finais




Senhoras e senhores, que jogaços, hein! 
Só pedreira!
Não à toa convocamos uma equipe de especialistas para nos ajudar a descascar esse abacaxi.
O álbum "The Queen Is Dead" chega com três representantes  mas já sabe que não vai poder colocar todos nas semis pois dois deles se encontram e não é qualquer joguinho, não. São dois dos maiores clássicos da banda. Já 'Meat Is Murder" tem dois times nesta fase sendo uma delas a surpreendente "I Want The One I Can't Have" que veio comendo pelas beiradas e chegou entre as oito. Completam as quartas-de-finais a forte e competitiva "What Difference Does It Make?" representando o disco de estreia e o time entrosado e de futebol envolvente de "Girl Afraid" do álbum "Hatful of Hollow".
Pois então, amigos do ClyBlog, chegou a hora então de conhecermos os quatro semifinalistas e para isso, vamos então saber, um a um, como nossos técnicos encararam e definiram cada confronto das quartas-de-finais.
Vamos aos jogos:




*****



Chave 1
(jogos para José Júnior, Fernanda Calegaro e Cly Reis)


  • THE QUEEN IS DEAD x IWANT THE ONE I CAN'T HAVE


José JúniorI Want The One I Can't Have tem feito um ótimo jogo, mas The Queen Is Dead faz um gol de cabeça.
THE QUEEN IS DEAD classifica.

Fernanda Calegaro5x1 pra I Want The One I Can't Have.
I WANT THE ONE I CAN'T HAVE classifica

Cly ReisConvenhamos,... I Want Th One I Can't Have é legalzinha e tal mas já foi longe demais. Uma quarta-de-final e apossibilidade de chegar entre as QUATRO melhores dos Smiths tá muito pra bolinha dela. Ainda mais pegando The Queen Is Dead pela frente e aquele fúria avassaladora que invade o palácio e cospe na cara da monarquia. 3x0 molinho pra Rainha.
Pra mim, THE QUEEN IS DEAD classifica

Por maioria, THE QUEEN IS DEAD CLASSIFICADA


  • WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? x MEAT IS MURDER

José Júnior:What Difference Does It Make? entra no campo com vontade. Uma música que tem minha torcida. Mas confrontou Meat Is Murder, com um ataque mais eficaz (ataque ao governo, violência infantil, matança de animais).
MEAT IS MURDER classifica.

Fernanda Calegaro6x0 pra What difference does it make
WHAT DIFFERENCE DOES T MAKE? classifica

Cly ReisEssa sim é páreo duro. Times com boas qualidades e alternativas. Jogo decidido lá pelos 35 do segundo tempo numa bola parada. WTDIM? 1x0.
Para mim, WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? classifica

Por maioria, WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE? CLASSIFICADA


***

Chave 2
(jogos para Eduardo Almeida, Patrícia Ferreira e Daniel Rodrigues)

  • THE BOY WITH THE THORN IN HIS SIDE x GIRL AFRAID

Eduardo AlmeidaOutro jogo digno de uma final. Equipes bem estruturadas. Atacam bem. Defendem bem. O jogo é bem movimentado, de tirar o fôlego. The boy marca logo no início. É dado o reinício do jogo, e no primeiro ataque, Girl empata o jogo. No final do primeiro tempo, Girl vira o jogo com um jogo mais cadenciado. O segundo tempo continua movimentado, e Theboy marca logo dois gols, virando a partida a seu favor. Mas Girl não desiste, e empata o jogo. Decisão por pênaltis. Cada time converte seu gol, mas o goleiro de Girl consegue agarrar a última cobrança de The Boy. Jogo dificílimo. Resultado final: THE BOY WITH THE TORN IN HIS SIDE 3 (4) X 3 (5) GIRL AFRAID
GIRL AFRAID classifica

Patrícia FerreiraApesar da popularidade de The Boy... o placar fica empatado 3x3 The Boy and Girl. Como não pode haver empate, nos pênaltis The Boy faz 4 a 3 em Girl Afraid.
THE BOY WITH THE THORN IN HIS SIDE classifica

Daniel Rodrigues: Jogo aberto, cheio de chances e gols. “The Boy”, com a imponência de clássico, de hit, marca 2. “Girl”, confiante e atrevida, empata. E vira! E “The Boy” empata de novo. Tudo isso nos primeiros 45 minutos! Que jogo, meus senhores amantes do esporte bretão, pois smithiano! Ambos mexem nos times no segundo tempo tentando conter o adversário. O jogo se transforma numa partida de respeito dos dois lados. Mesmo assim, cada time marca mais um gol. 4 x 4. Muito equilíbrio. Como ficará essa partida? Resultado: prorrogação com direito a gol de ouro. Tensão! Primeiros 15 minutos, nada. Até que, quase encerrando, numa bola lançada pro ataque, “Girl” entra pelo flanco e faz um cruzamento despretensioso da linha de fundo que bate no zagueiro adversário e engana o goleiro e vai parar mansa no fundo das redes. É aquele final surpreendente de “Girl”, que acaba acabando. Final: 5 x 4 para GIRL AFRAID, que classfica.

Por maioria, GIRL AFRAID CLASSIFICADA


  • BIGMOUTH STRIKES AGAIN x THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT

Eduardo Almeida: Bigmouth é daqueles times cheios de craques falastrões, tipo Túlio Maravilha, Romário, Dadá Maravilha. There´s a light é um time mais classudo, com jogares tipo Sócrates, Andrade e Falcão. Ótimos times, Cada um com seu ritmo de jogo. Bigmouth é mais acelerado, e de tanto atacar, marca um gol. O problema é que resolve segurar um pouco o jogo, e There’s a light, como quem não quer nada, numa ótima troca de passes de seus craques, empata a partida. Ambos os técnicos vão para o intervalo cheio de táticas para vencer o jogo. A correria de um, e a tranquilidade de outro. Tudo leva a crer em outra disputa de pênaltis, mas num descuido da defesa adversária, Bigmouth consegue um lançamento bem eficaz, e encontra um de seus artilheiros lvre para marcar o gol da classificação. Resultado Final: Bigmouth 2 x 1 There's a Light.
BIGMOUTH STRIKES AGAIN classifica

Patrícia Ferreira: There is a light...vs Bigmouth é um jogo MUITO difícil.
Mas There's a Light ganha.
THERE'S A LIGHT THT NEVER GOES OUT classifica

Daniel Rodrigues: Clássico do universo smithiano, é um jogo entre iguais: dois hits, duas faixas da mesma idade, do mesmo disco, com a mesma aura mítica. “Bighmouth”, mais atrevida, agitada, de toques rápidos. “There”, mais cadenciada, mas que sabe onde quer chegar. 1 x 1 até a segunda metade do segundo tempo, quando “There”, com seu estilo manso vai adensando seu jogo, principalmente quando entram aquelas cordas e aquele solo de teclado que mais parece uma flauta doce. Time que sabe as qualidades que tem. Com isso, “There” marca o segundo e fica em vantagem. Bigmouth”, como time grande que é, vai pra cima e cria diversas oportunidades. Bola na trave, defesaça do goleiro, gol perdido pelo centroavente que nunca erra. Não teve jeito. Não era dia de “Bigmouth” e “There” consegue uma vitória no sufoco no talvez mais difícil jogo até aqui da Copa Smiths. THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT classifica.

Por maioria, THERE'S A LIGHT THAT NEVER GOES OUT CLASSIFICADA


***

Classificados para as semifinais:
THE QUEEN IS DEAD
WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE?
GIRL AFRAID
THERE'S  LIGHT THAT NEVER GOES OUT



segunda-feira, 27 de maio de 2019

Rick Wakeman - "The Myths and Legends of King Arthur and the Knights of the Round Table" ou "King Arthur" (1975)



"Tudo começou em 1957 quando eu estava em Cornwall e fui levado para Tintagel e comprei um livro sobre o Rei Arthur. Foi tão mágico, e eu amei todos os mitos e lendas. Nos anos seguintes, comprei muitos livros sobre o Rei Arthur e visitei Tintagel muitas vezes. Depois de "Journey to the Centre of the Earth", eu já havia decidido que o King Arthur seria o meu próximo grande projeto musical".
Rick Wakeman

Um dos discos que marcaram minha história é "The Myths and Legends of king Arthur and the Knights of the Round Table", ou simplesmente "Rei Arthur", de Rick Wakeman. Quem foi adolescente nos anos 70 e curtia rock progressivo, foi assaltado e sequestrado pelos teclados de Wakeman desde os discos do Yes - especialmente "Close to the Edge" - e dos seus trabalhos solo "The Six Wives of Henry VIII" e o lendário "Journey to the Center of the Earth", que foi apresentado na íntegra aqui em Porto Alegre em dezembro de 1975.

Aliás, foi o anúncio de que ele viria a Porto Alegre com a Sinfônica Brasileira regida por Isaac Karabtchevsky que me fez ir à Casa Victor (bah, mas tu és velho, hein??) lá na Rua da Praia e decidir entre "Viagem ao Centro da Terra", que todo mundo tinha e ouvia o dia inteiro, ou "Rei Arthur", que era a novidade. Depois de muito pensar, comprei o "Arthur" e me deliciei durante anos com "Guinnevere" e "Sir Lancelot and the Black Knight".

O LP tinha um super encarte com as letras das músicas e ilustrações imitando desenhos medievais. O som era aquela lance grandiloquente que o Rick fazia e faz até hoje. Lá pelas tantas, meu disco sumiu e nunca mais tinha ouvido até ser convidado pelo professor e agitador cultural Francisco Marshall, em 2 de abril de 2008, para dividir com o historiador José Rivair Macedo um almoço cultural, onde ele falava das histórias reais do mito do "Rei Arthur" e eu destrinchava o disco do tecladista. Foi muito bom. Hoje não tenho este disco mas seus sons ficaram na minha memória e nas minhas lembranças de adolescente.

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FAIXAS:
1. "Arthur" - 7:26
2. "Lady of the Lake" - 0:45
3. "Guinevere" - 6:45
4. "Sir Lancelot and the Black Knight" - 5:20
5. "Merlin the Magician" - 8:51
6. "Sir Galahad" - 5:51
7. "The Last Battle" - 9:41
Todas as composições de autoria de Rick Wakeman

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OUÇA O DISCO::
Rick Wakeman - "The Myths and Legends of king Arthur and the Knights of the Round Table"



Paulo Moreira

quinta-feira, 4 de abril de 2013

The Cure - "The Head on the Door" (1985)



The Cure - The Head on the Door (clyblog)
"Acho que muitos fãs gostam desse disco porque ele está balanceado.
Tem o nosso lado mais soturno como em 'The Blood',
mas há momentos muito relaxados como em 'In Between Days' e 'Close to Me' ."
Robert Smith
“The Head on the Door” , de 1985, é certamente o disco mais pop do The Cure. Mas isso não significa que a banda tenha meramente se entregado ao mercado musical fazendo o que a 'indústria' e o grande público desejavam. O álbum é resultado de toda uma bagagem que o Cure foi agregando ao longo de sua trajetória desde o punkzinho dos dois primeiros discos, a atmosfera dark da fase seguinte, o synth-pop da época que o Cure foi apenas uma dupla, chegando à metade dos anos oitenta tão bem constituída a ponto de dar subsídio para que a banda conseguisse produzir um trabalho extremamente variado sem abrir mão de sua identidade sonora e de suas convicções, com qualidade e personalidade.

“In Between Days “ que abre o disco dá a mostra do quão acessível é esse trabalho da banda, num dos maiores hits de sua carreira. Uma base com um violão marcante, um teclado fluído e inconfundível e um refrão daqueles de não tirar da cabeça. A segue “Kyoto Song”, uma belíssima e perturbadora balada de característica sonora bem à japonesa; uma levada agressiva de violões à espanhola dão início e pautam toda a forte e intensa “The Blood” que vem na sequeência, cujos versos "I'm paralized by the blood of Christ" são resultado de alucinações causadas por um vinho português; vem em seguida “Six Different Ways”, psicodélica, interessante, mas nada mais que apenas graciosa; mas “Push”, a seguinte, com uma introdução longa, típica do Cure, apresentando primeiro toda a parte sonora antes de entrar com a letra, tem um dos melhores trabalhos de guitarra de Robert Smith, nesta que é para mim uma das grandes músicas do álbum.

“The Baby Screams”, que durante algum tempo até mesmo abriu shows da banda, é uma interessante mistura de guitarras com recursos eletrônicos com Robert Smith verdadeiramente gritando, numa interpretação muito legal e interessante; vem na sequência outro super-hit, “Close to Me” com sua batida seca, vocal quase sussurado e tecladinho adorável. Não precisaria nem dizer que é uma das melhores da banda até hoje. O acerto pela simplicidade. “A Night like This’ é outra jóia do disco. Música belíssima, bem composta, tristinha (como de costume) mas de uma leveza impressionante.  Tem um solo de sax lindíssimo que, se o ouvinte não estiver derretido até ali, cai de vez depois dele. Gosto muito de “Screw”, esquisitona, quebradiça, com destaque especial para o ótimo Simon Gallup e seu baixão distorcido. E então o disco fecha magistralmente com a ‘climosa’ “Sinking”, sombria, soturna, depressiva, para, se havia ficado alguma dúvida, ter-se certeza de que tudo o que ouviu-se até então era realmente o bom e velho The Cure.

Um trabalho perfeito de síntese musical dos anos 80. A mistura exata entre o clima de obscurantismo do início da década com a fórmula pop que consegue atirngir o grande público. Com sua melhor formação e auge técnico, o Cure conseguia com um álbum impecável atingir o sucesso comercial, não trair a si próprio, ganhar novos fãs e manter os existentes sem desagradá-los. Nem é meu preferido, até porque sou mais fã dos discos bem ‘góticos’ por assim dizer, como "Disintegration", “Faith”, "Pornography", mas reconheço sua alta qualidade e não estranharia e não tiraria a razão de algum fã se me afirmasse ser este o melhor disco do The Cure.
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FAIXAS:
  1. "In Between Days" – 2:57
  2. "Kyoto Song" – 4:16
  3. "The Blood" – 3:43
  4. "Six Different Ways" – 3:18
  5. "Push" – 4:31
  6. "The Baby Screams" – 3:44
  7. "Close to Me" – 3:23
  8. "A Night Like This" – 4:16
  9. "Screw" – 2:38
  10. "Sinking" – 4:51
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Ouvir:

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ClyBlog 5+ Músicas


Cinco amigos e as 5 músicas que, por algum motivo, qualidade, emoção, memória, referência, ou qualquer outro que seja, fazem suas cabeças:




1 Cláudia de Melo Xavier
funcionária Pública
(São Paulo)
"Da minha vida de morcega no início do Madame Satã e nos anos 80.
Bem clássicas. Na época pirei quando ouvi.
Amo"

1. "Bela Lugosi is Dead" - Bauhaus
2. Should I Stay or Shoud I Go - The Clash
3. Anarchy in the U.K. - Sex Pistols
4. The Boy With the Thorn in His Side - The Smiths

5. Boys Don't Cry- The Cure


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2 Roberto Freitas
empresário e vocalista da banda
The Smiths Cover Brasil
(Rio de Janeiro)
"As minhas não estão na ordem, pois acho que seria injusto."

1. "Well I Wonder" - The Smiths
2. "Human" - Human League
3. "The More You Ignore Me The Closer I Get" - Morrissey
4. "Butterfly on a Wheel" - The Mission
5. "Back on a Chain Gang" - Pretenders

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3 Eduardo Wolff
jornalista
(Porto Alegre)
"Saiu essa lista... com muito pesar de várias outras, hehe!"


1. "She is Leaving Home" - The Beatles
2. "My Generation" - The Who
3. "Tumbling Dice" - The Rolling Stones
4. "Layla" - Derek and the Dominos
5. "Blitzkrieg Bop" - Ramones


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4 Patrícia Rocha
vendedora
(Rio de Janeiro)
" 'Sete Cidades' passou a ter um significado importante pra mim
e as do Cure e dos Smiths me lembram a juventude
e a época de boas músicas."

1. "Sete Cidades - Legião Urbana
2.  "In Between Days" - The Cure

3. "Thre's a Light That Never Goes Out" - The Smiths
4.  "Infinite Dreams" - Iron Maiden
5. "Once" - Pearl Jam

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5 Guilherme Liedke
arquiteto, cartunista, músico
(Las Vegas, USA)

"Bom bixo, definir 5 musicas sob vários conceitos é complicadíssimo,

mas digamos assim, que eu tenha definido as

5 musicas melhores escritas e gravadas no meu conceito geral."

1. "Blowing in the Wind" - Bob Dylan

2. "Bridge Over Trouble Water - "Elvis Presley
3. "Free Bird" - Lynyrd Skynyrd
4. "God Only Knows" - The Beach Boys
5. "(Just Like) Starting Over" - John Lennon





quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

30 grandes músicas dos anos 80 (não necessariamente as melhores)

Os irlandeses da U2, no topo da lista, em foto de
Anton Corbjin da época de "Bad"
Sabe aquela música de um artista pop que você escuta e se assombra? E o assombro ainda só aumenta a cada nova audição? “Caramba, que som é esse?!”, você se diz. Pois bem: todas as décadas do rock – principalmente a partir dos anos 60, quando as variações melódico-harmônicas se multiplicaram na reelaboração do rock seminal de Chuck Berry, Little Richard e contemporâneos – são repletas de músicas assim: clássicos imediatos. Mas por uma questão de autorreconhecimento, aquelas produzidas nos anos 80 me chamam bastante a atenção. É desta década que mais facilmente consigo enumerar obras desta característica, as que deixam o ouvinte boquiaberto ou, se não tanto, admirado.

Conseguiu entender de que tipo de música estou falando? Creio que talvez precise de maior elucidação. Bem, vamos pela didática das duas maiores bandas rock de todos os tempos: sabe “You Can´t Always Get What You Want”, dos Rolling Stones, ou “A Day in the Life”, dos Beatles? É esta espécie a que me refiro: podem não ser necessariamente as músicas mais consagradas de seus artistas, nem grandes hits, mas são, inegavelmente, temas grandiosos, emocionantes, que elevam. Você pode dizer: “mas têm outras músicas de Stones ou Beatles que também emocionam, também são grandes, também provocam elevação”. Sim, concordo. Porém, estas, além de terem essa característica, parecem conter em sua gênese a ideia de uma “grande obra”. Dá pra imaginar Jagger e Richards ou Lennon e McCartney – pra ficar no exemplo da tabelinha Beatles/Stones – dizendo-se um para o outro quando compunham igual Aldo, O Apache em "Bastardos Inglórios": “Olha, acho que fizemos nossa obra-prima!”

Quer mais exemplos? “Lola”, da The Kinks; “Heroin”, da Velvet Underground; “Marquee Moon”, da Television; "We Are Not Helpless", do Stephen Stills; "Kashmir", da Led Zeppelin. Sacou? Todas elas têm uma integridade especial, uma alma mágica, algo de circunspectas, quase que um selo de "clássica". 

Pois bem: para ficar claro de vez, selecionamos, mais ou menos em ordem de preferência/relevância, as 30 músicas do pop-rock internacional dos anos 80 as quais reconhecemos esse caráter. Para modo de poder abarcar o maior número de artistas, achamos por bem não os repeti, contemplando uma música de cada - embora alguns, evidentemente, merecessem mais do que apenas uma única indicada, como The Cure, U2 e The Smiths. Haverá as que são mais conhecidas ou mais obscuras; as que, justamente por conterem certo tom épico, se estendem mais que o normal e fogem do padrão de tempo de uma "música de trabalho"; artistas de maior sucesso e outros de menor alcance popular; músicas que inspiraram outros artistas e outras que, simplesmente, são belas. 

E desculpe aos fãs, mas, claro, muita gente ficou de fora, inclusive figurões que emplacaram superbem nos anos 80, como Michael Jackson, Elton John, Bruce Springsteen e Queen. Até coisas que adoraria incluir não couberam, como “Hollow Hills”, da Bauhaus, “Hymn (for America)”, da The Mission, "51st State", da New Model Army, "Time Ater Time", da Cyndi Lauper, "Byko", do Peter Gabriel, "Up the Beach", da Jane's Addiction, "Pandora", da Cocteau Twins, "I Wanna Be Adored", da Stone Roses... Mas não se ofendam: tendo em vista a despretensão dessa listagem, a ideia é mais propositiva do que definidora. Mas uma coisa une todos eles: criaram ao menos uma música diferenciada, daquelas que, quando se ouve, são admiradas de pronto. Aquelas músicas que se diz: “cara, que musicão! Respeitei”. 


1 – “Bad” - U2 ("The Unforgatable Fire", 1984) OUÇA
2 – “Alive and Kicking” - Simple Minds (Single "Alive and Kickin'", 1985) OUÇA
3 –
Capa do compacto de
"How...", dos Smiths
“How Soon is Now?”
- The Smiths 
("Hatful of Hollow", 1984) OUÇA








4 – “Nocturnal Me” - Echo & The Bunnymen ("Ocean Rain", 1984) OUÇA
5 – “A Forest” - The Cure ("Seventeen Seconds", 1980) OUÇA
6 – “World Leader Pretend” - R.E.M. ("Green", 1988) OUÇA
7 – “Ashes to Ashes” - David Bowie ("Scary Monsters (and Super Creeps)", 1980) OUÇA
8 – “Vienna” - Ultravox ("Vienna", 1980)

Videoclipe de "Vienna", da Ultarvox, tão 
clássico quanto a música


9 – “Road to Nowhere” - Talking Heads ("Little Creatures", 1985) OUÇA
10 – “All Day Long” - New Order ("Brotherhood", 1986) OUÇA
11  “Armageddon Days Are Here (Again)” - The The ("Mind Bomb", 1989) OUÇA
12 – “The Cross” - Prince ("Sign' O' the Times", 1986) OUÇA
13 – “Live to Tell” - Madonna ("True Blue", 1986) OUÇA

Madonna estilo diva, no clipe de "Live..."

14 – “Hunting High and Low” - A-Ha ("Hunting High and Low", 1985) OUÇA
15 – “Save a Prayer” - Duran Duran ("Rio", 1982) OUÇA
16 – “Hey!” - Pixies ("Doolitle", 1989) OUÇA
17 – “Libertango (I've Seen That Face Before) - Grace Jones ("Nightclubbing", 1981) OUÇA
18 – “Black Angel” - The Cult ("Love", 1985) OUÇA
19 – “Children of Revolution” - Violent Fammes ("The Blind Leading the Naked", 1986) OUÇA
Os pouco afamados
Alternative Radio
emplacam a fantástica
"Valley..."
20 – “Valley of Evergreen” - Alternative Radio 
("First Night", 1984) OUÇA









21  “USA” - The Pogues ("Peace and Love'", 1989) OUÇA
22  “Decades” - Joy Division ("Closer", 1980) OUÇA
23 – “Easy” - Public Image Ltd. ("Album", 1986) OUÇA
24  “Teen Age Riot” - Sonic Youth ("Daydream Nation", 1988) OUÇA
25 – “One” - Metallica ("...And Justice for All", 1988) OUÇA
26 – “Little 15” - Depeche Mode ("Music for the Masses", 1987) OUÇA
27 – "Never Tear Us Apart" - INXS ("Kick", 1987)

Hits também têm seu lugar: 
"Never Tear Us Apart", da INXS


28 – “Lands End” - Siouxsie & The Banshees ("Tinderbox", 1986) OUÇA
29 – “US 80's–90's” - The Fall ("Bend Sinister", 1986) OUÇA
30 – “Brothers in Arms” Dire Straits ("Brothers in Arms", 1985) OUÇA


Daniel Rodrigues

terça-feira, 3 de novembro de 2009

The Stone Roses - "The Stone Roses" (1989)





"I'm the Ressurection
and I'm the life"



Adquiri sábado, irresponsavelmente , a edição de 20 anos aniversário do álbum “The Stone Roses”. Digo irresponsavelmente por que uma edição dessas com o álbum original, mais um de demos, mais o DVD, foi uma verdadeira facada no rim ($$$). Mas e daí? Que se dane!
O grande disco dos Stone Roses, um dos marcos da cena chamada Madchester, daquela renovada onda de psicodélicos ingleses do final dos 80 acabou por ser na verdade um dos discos mais importantes da década seguinte que já estava ali às portas. Muitos como Charlatans, Ride, An Emotional Fish, Inspiral Carpets, já estavam na estrada e tinham o seu som, mas os Roses, certamente ajudaram a direcionar e abrir novas possibilidades.
Novas possibilidades como em “Warerfall” com sua melodia hipnótica que lá pelas tantas parece acabar e começa a tocar invertida mas continua sendo cantada normalmente. Já vimos isso com Hendrix em “Are You Experienced”? Já. Certamente. Mas aquela sonoridade da Grâ-Bretanha no final dos 80 precisava destas reinjeções, destas reexperimentações.
É lógico que nada se cria. Muito do disco é Beatles puro. Puro, não, aliás. Quase puro. Quase impuro. Sempre entendi que os Beatles deram os passos que ninguém havia dado até então, mas quando chegou a hora de seus discípulos (inesgotávies) os darem, o fizeram com um resultado melhor porque o caminho já estava trilhado. Por isso algumas coisas são totalmente influenciadas pelos Fabfour mas acabam, aquelas alturas, em 1989, tendo um resultado mais conciso. “I Wanna Be Adored” é um exemplo disso, “Bye Bye Badman” é outra muito próxima daquela sonoridade mas soa bem contemporânea e “Elizabeth My Dear” também não deixa de ter esta característica, mas tem aquela tocada mais melancólica, num breve acústico que funciona quase como uma ponte dentro do álbum.
Pontos altos na minha opinião são “Made of Stone”, que foge um pouco da característica do resto do disco, com uma pegada mais forte, e a clássica “I’m the Ressurrection” que é uma metamorfose contínua ao longo de seus quase 9 minutos.
A edição ainda tem uma bônus no disco principal que é a ótima “Fools Gold”, também totalmente psicodélica e mutável, que sem sofrer variações bruscas, vai indo, indo e termina bastante diferente de como começou.
O segundo disco é praticamente só de versões demo, sendo a maior parte de músicas daquele álbum mesmo, além de uma faixa inédita até então, “Pearl Bastard”; e o DVD traz parte de uma apresentação ao vivo em Blackpool com 6 músicas.
“The Stone Roses” com certeza é um dos meus álbuns preferidos e por certo, também, um dos mais influentes e importantes de todos os tempos, freqüentador assíduo de listas de melhores álbuns de todos os tempos e apontado, por exemplo, pela New Musical Express como o “maior álbum britânico de todos os tempos”.
Entre os 10, deve estar, sim.

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FAIXAS "The Stone Roses" 2009 20th. Aniversary Release:
  • disco 1
The Stone Roses album
1."I Wanna Be Adored" 4:52
2."She Bangs the Drums" 3:42
3."Waterfall" 4:37
4."Don't Stop" 5:17
5."Bye Bye Badman" 4:00
6."Elizabeth My Dear" 0:59
7."(Song for My) Sugar Spun Sister" 3:25
8."Made of Stone" 4:10
9."Shoot You Down" 4:10
10."This Is the One" 4:58
11."I Am the Resurrection" 8:12
12."Fools Gold" (UK 12" single version; bonus track) 9:53

  • disco 2
The Lost Demos
1."I Wanna Be Adored" (Demo) 3:42
2."She Bangs the Drums" (Demo) 3:46
3."Waterfall" (Demo) 4:45
4."Bye Bye Badman" (Demo) 4:03
5."(Song for My) Sugar Spun Sister" (Demo) 3:30
6."Shoot You Down" (Demo) 4:25
7."This Is the One" (Demo) 4:00
8. "I Am the Resurrection" (Demo) 6:38
9."Elephant Stone" (Demo) 3:13
10."Going Down" (Demo) 2:40
11."Mersey Paradise" (Demo) 2:47
12."Where Angels Play" (Demo) 3:16
13."Something's Burning" (Demo) 3:03
14."One Love" (Demo) 6:22
15."Pearl Bastard" (Demo; previously unreleased track) 3:42

  • disco 3
Music videos
1."Waterfall" (Video) 3:36
2."Fools Gold" (Video) 4:14
3."I Wanna Be Adored" (Video) 4:33
4."One Love" (Video) 3:47
5."She Bangs the Drums" (Video) 3:41
6."Standing Here" (Video) 3:15

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Ouça:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sex Pistols "Nevermind the Bollocks, Here's the Sex Pistols" (1977)



"Eu sou o anticristo
Eu sou um anarquista"
da letra de
"Anarchy in the U.K."



Um aquisição tardia, mas ainda muitíssimo válida foi a que fiz recentemente do clássico “Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols”. Já tivera por algum tempo o LP em minha casa mas não era meu, depois gravei numa fita cassete e adorava ouvir no walkman, agora finalmente o tenho em um formato decente, com qualidade, na versão remasterizada em CD.
Lançado em 1977, “Never Mind the Bollocks...” permanece ainda hoje como um dos álbuns mais importantes e influentes de todos os tempos, não se limitando à esfera musical; na qual diga-se de passagem, não teve grande contribuição técnica de qualidade, uma vez que os músicos eram extremamente amadores e fracos; mas estendeu-se a níveis até mesmo comportamentais e sociais; só que em dizendo-se que a música era pobre tecnicamente, não significa dizer eu não fosse boa. Pelo contrário. Os riffs simples, melodias criativas com três ou quatro notas, o peso, a crueza, a aspereza do som lhe conferiram o caráter eterno dentro do mundo da música. Legado valioso que permanece até hoje desde uma Lady GaGa até um Slipknot.
É certo que não foram os Pistols que criaram a fórmula. A coisa foi chegando até lá: Velvet, Doors, Stooges, Television, todos estes fizeram o caminho. Mas foi com o time do sagaz Johnny Rotten que se encontrou a química perfeita. “Nevermind the Bollocks...” tem a fúria, a sujeira, o sarcasmo e a audibilidade na medida certa.
O disco abre com sons de uma marcha de soldados, encaminhando “Holidays in the Sun” seguida da pedrada “Bodies” com sua letra crua sobre aborto. “Liar” é outra bomba, “Problems” é marcante principalmente pelo seu final maquinal, “EMI” é toda deboche à indústria fonogáfica, mas é em “Anarchy in the UK” que Johnny Rotten sintetiza toda a fúria punk quando cospe toda sua raiva vociferando “Eu sou o anticristo, eu sou um anarquista”. No fim das contas ouvindo a predição pessimista de “God Save the Queen”, é de se pensar o que teria sido do futuro sem ‘Nevermind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols”?
Hoje sabemos. Ele precisava mesmo ter existido.
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FAIXAS:
01 - Holidays In The Sun
02 - Bodies
03 - No Feelings
04 - Liar
05 - Problems
06 - God Save The Queen
07 - Seventeen
08 - Anarchy In The U.K.
09 - Submission
10 - Pretty Vacant
11 - New York
12 - E.M.I

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Ouça:
Never Mind The Bollocks, Here The Sex Pistols


Cly Reis

sábado, 24 de maio de 2014

Copa do Mundo The Beatles

Se a bola via rolar nos gramados do Brasil para a Copa do mundo de futebol, o rock não param de rolar aqui na Copa do Mundo Rock do clyblog. E depois de duas grandes competições, a Copa The Cure que parece ter decretado que o melhor álbum da banda é o "Seventeen Seconds" (será?), que botou duas representantes na final e por consequência, teve a campeã do torneio, a fantástica A Forest; e da Copa Legião Urbana que marcou o confronto dos dois grandes discos do grupo "Dois" e "As Quatro Estações", com Tempo Perdido vencendo Há Tempos na finalíssima, a competição é agora de, nada mais nada menos que a maior banda de todos os tempos, The Beatles, no que promete ser a maior das Copas.
O sistema é o mesmo das edições anteriores, serão no total 96 times, quero dizer músicas. 64 delas entram numa fase preliminar e se enfrentam entre si classificando apenas 32. As 32 músicas da banda melhor colocadas na parada da Billboard que só entram a partir da primeira fase pegam aquelas 32 classificadas da pré-fase. Nas duas primeiras etapas (pré-fase e primeira fase) não serão permitidos enfrentamentos locais, ou seja, entre músicas do mesmo álbum, mas depois disso, já na segunda fase, os derbys regionais estão liberados. aí é mata-mata até restarem somente duas, as grandes finalistas.
Novamente, teremos uma bancada especializada para definir os resultados, mas muitos deles, vamos deixar para que os fãs decidam através da nossa página do Facebook. Integrarão o colegiado dessa vez, nossos colaboradores Eduardo Wolff, Eduardo LattesLeocádia Costa, e assim como nas outras Copas do blog, Chirstian Ordoque, todos beatlemaníacos de carteirinha.
Claro que algum beatlemaníaco vai sentir falta de alguma música pois dentro de um formato racional de competição, limitando o número de participantes, seria inviável colocar todas as músicas da banda, mas procuramos contemplar as mais significativas e acreditamos não termos deixado nenhuma importantíssima de fora.
Confira abaixo todas as participantes da competição. O sorteio sai amanhã (25/05/2014). Fiquem ligados.

  • As 64 que disputam a fase preliminar:

    A Day in the Life, Across the Universe, All My Loving And I Love Her, And Your Bird Can Sing, Baby You're A Rich Man, Back in the U.S.S.R., Because, Being for the Benefit of Mr. Kite!, Blackbird, Blue Jay Way, Cry Baby, Cry, Dear Prudence, Don't Let Me Down, Dr. Robert, Drive my Car, Eleanor Rigby, Fixing a Hole, For no One, Getting Better, Girl, Glass Onion, Golden Slumbers, Helter Skelter, Here Comes the Sun, Hey Jude, I Am The Walrus, I Should Have Known Better, I Want You (She's So Heavy), If I Fell, I'll Be Back, It Won't Be Long, Love You To, Lucy in the Sky with Diamonds, Magical Mystery Tour, Michelle, No Reply, Norwegian Wood (This Bird Has Flown), Not a Second Time, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Oh, Darling, Rain, Savoy Truffle, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band – Reprise, She Said She Said, She's Leaving Home, Strawberry Fields Forever (Magical), Taxman, Tell Me Why, The End, The Fool on the Hill, The Night Before, Things We Said Today, Tomorrow Never Knows, Two of Us, When I'm Sixty-Four, While My Guitar Gently Weeps, Why Don't We Do It in the Road?, With a Little Help from My Friends, Within You Without You, You Never Give Me Your Money, Your Mother Should Know e You've Got to Hide Your Love Away.
  • Maiores sucessos (segundo a parada da Billboard) que só entram na primeira fase:

A Hard Day's Nigh, All You Need Is Love, Can't Buy Me Love, Come Together, Day Tripper, Do You Want To Know A Secret, Eight Days A Week, For You Blue, Get Back, Got To Get You Into My Life, Hello Goodbye, Help!, I Feel Fine, I Want To Hold Your Hand, Lady Madonna, Let It Be, Love Me Do, Nowhere Man, Paperback Writer, Penny Lane, Please Please Me, Revolution , She Loves You, She's A Woman, Something, The Ballad Of John And Yoko, The Long And Winding Road, Ticket To Ride, Twist And Shout, We Can Work It Out, Yellow Submarine e Yesterday.






sexta-feira, 27 de junho de 2014

The Beatles Rock Cup - A Grande Campeã


É CAMPEÃO!
Sim, amigos, temos a grande campeã, a maior música dos Beatles.
Nossos beatlelistas especializados avaliaram o confronto A DAY IN THE LIFE x GOLDEN SLUMBERS  e, não sem dificuldade chegaram, cada um à sua decisão, que definiu a grande vencedora desta emocionante Copa do Mundo The Beatles.
E qual foi?
Bom, como era de se esperar, a copa da maior banda de todos os tempos só poderia ter mesmo o desfecho mais espetacular de todas as copas. Confira abaixo as avaliações da bancada e seus resultados para a finalíssima:



A DAY IN THE LIFE x GOLDEN SLUMBERS



Eduardo Wolff:
Se formos parodiar a Copa do Mundo no Brasil nos estilos de jogo apresentados até então, a "A Day In The Life" seria a Holanda e a "Golden Slumbers" uma Colômbia. A primeira esquadra ("a europeia") começou o torneio se apresentando como postulante ao título. E comprovou de fato. Foi passando por vários clássicos compostos pelos Beatles, sendo uns até por goleada, mostrando um futebol refinado e bonito. Nesta composição, Lennon seria Robben e Macca o Van Persie. Já a equipe "sul americana", veio desacreditada, mas mostrou um impressionante toque de bola e ganhando jogo a jogo com um certo respeito. O meio campo dessa música é James Paul McCartney, que seria um James Rodriguez. Ou seja, é o responsável pela classe e cadência do time, além de marcar alguns gols. Neste confronto, a balança pende para o lado "holandês", pois é uma música completa, rica em detalhes e efeitos. A outra é fragmento de uma sequência fantástica de Abbey Road. No final das contas, quem reluz como ouro de fato é...
A DAY IN THE LIFE.



Christian Ordoque:
Seguinte ó... As finalistas demonstram exatamente o que penso sobre os Beatles. Os Beatles foram uma banda formada pelo Lennon que por isso teve o mérito e também de ter sido o compositor que deu mais gás na fase Iê-iê-iê ( a maior parte das músicas do melhor disco dessa fase que é o A Hard Day´s Night foi ele quem compôs). E foi só. Depois disso se apagou. Fez uma música aqui e outra ali. Quem deu consistência, norte ao grupo e o desenvolveu apontando novos caminhos desde o revolver, passando pelo Peppers até o final foi o Macca. Ponto. Desenvolveu e abriu espaço para as suas próprias composições e também para as dos outros Beatles como o seu amigo de infância, George, que fez músicas lindíssimas como Something, Within You, Here Comes the Sun, While my Guitar e por aí vai. Estas duas músicas finalistas representam muito bem o que isso significa, essa hegemonia “Macarthiana”. Se fosse possível mensurar, diria que 66 % das músicas que deram consistência para a carreira dos Beatles tem o Macca. Isso se reflete também nessas duas músicas escolhidas visto que Golden Slumbers é dele e metade da Day in the Life também. Solucionando a questão. Taco a taco, considero que A Day in the Life é uma colagem (solução genial) de duas músicas, uma parte do Lennon e outra do Macca, sendo que até hoje ele a canta em seus shows. Música fundamental num disco fundamental. Golden Slumbers é uma pequena sinfonia utilizando o recorte não somente para duas partes, mas para três, que é Golden Slumbers, Carry That Weght e The End. Esse sim, um recorta e cola maduro, utilizando o potencial de todos os integrantes da banda e podendo ser notados todos os instrumentos sendo tocados com suas características dos músicos. Curiosamente, o Macca até hoje termina seus shows com a frase final de The End que é: And in the end, the Love you take, is equal to the Love you make. Por representar essa hegemonia do McCarney, sua posição de líder de fato dos Beatles e por saber utilizar e mostrar o que cada um tinha de bom dentro de si e da banda nesta música, para mim, GOLDEN SLUMBERS é a melhor música dos Beatles.


Leocádia Costa:
Queridos colegas da Copa Beatles, Confesso que não tive muita dúvida em escolher entre as duas canções finalistas, votando na grande campeã a meu ver depois de tantos embates. Várias canções prediletas caíram nos confrontos, mas tudo bem, as escuto sempre que o coração manda. A escolha da canção aconteceu por predileção, porque nesta etapa as duas finalistas deixaram claro para mim o seu significado. Os Beatles são uma banda, certo? Lennon, Ringo, Paul e George tocaram juntos, compuseram e criaram uma qualidade musical que serviu de referência a muitas pessoas sendo trilhas sonoras de suas vidas ou inspirando novos músicos a experenciarem ainda mais. Como banda os considero imbatíveis. Ainda não escutei uma banda que reúna tanta qualidade aliada à emoção, e atentem, sou uma ouvinte sempre ligada, antenada em tudo, curiosa sonoramente. Através dos Beatles conheci John Lennon a quem admiro e sempre escutei individualmente, viajei com Ringo em sua percussão, me emocionei com as composições malucas que Paul propõe e, ainda hoje, descubro o oriente através de George. Enfim, vejo essa banda como uma união de talentos, um grupo que esteve aqui para deixar essa mensagem sonora para todos nós. Por isso, quando escuto The Day in the Life escuto todos eles fazendo música equilibradamente. Escuto cada conversa e troca de ideias dos bastidores, vejo Lennon e McCartney compondo, percebo a atmosfera dos Beatles. Eles estão ali, presentes a dupla de compositores lendária, os músicos Ringo e George arrasando e a particpação de George Martin que participa como um quinto besouro encantado. Em The Day in the Life, a variada inspiração em fatos do cotidiano, contados em um dia das nossas vidas, recoloca os Beatles num ranking de comunicadores de todas as loucuras humanas, de todos os delírios e de todas as formas de relacionamento que nos encaminham ao amor. Desta forma Golden Slumbers ocupa o segundo lugar, porque eu estaria privilegiando uma composição que é a cara de McCartney e ele sozinho não fez os Beatles. Por isso, escolho essa canção dentre tantas que passaram por nós, nesta Copa e me sinto em boa companhia com estes besouros que nasceram dourados pela sabedoria de espalhar e eternizar canções pelo mundo. Sorte nossa, não é mesmo?
A DAY IN THE LIFE é a minha vencedora.


Rodrigo Lemos:
Que final emocionante. Méritos não faltam às duas equipes. A obra dos The Beatles está muito bem representada nestas duas canções. Curiosamente uma é composta por duas composições diferentes justapostas e a outra é quase que um movimento, uma parte de uma sinfonia junto com carry that weight, etc. A Day in the Life, até por ser uma música 2 em 1 tem quase todos os ingredientes das diferentes fases da Banda. Tem efeitos de estúdio, instrumentos de orquestra, referências à cultura e a vida no Reino Unido, referências ao consumo recreacional de substâncias ilícitas, harmonias de vocal, muita criatividade e só falta o refrão pegajoso iê-iê-iê. Mas como dizem em Liverpool, "A Jack of all trades is a master of none" ou, mal traduzindo, "quem sabe de tudo um pouco não é especialista em coisa alguma" e posso pensar em outras músicas que considero mais interessantes para cada uma das características mencionadas. Golden Slumbers é quase que um exército de um homem só. Não fosse por George Martin ter escrito o arranjo para os instrumentos de orquestra, seria Macca no gol, Macca na defesa, no meio campo, no ataque, no banco, Macca cruzando para Macca cabecear, fazendo corta luz para si mesmo e gastando a bola. Apesar desse individualismo, ou talvez até justamente por causa disso é uma puta música. Golden Slumbers é daquelas para botar numa espaçonave para que outros seres se iludam achando que aqui na terra todos somos talentosos e temos bom gosto. Me desculpem, mas Golden Slumbers é hors-concours. Tudo é muito bem colocado, não tem uma nota fora do lugar. O vocal é matador e o baixo desta música é uma aula de como complementar e dar liga aos outros instrumentos. Pode não representar tão bem a diversidade da obra da banda mas música por música é muito superior a A Day in the Life.
Minha campeã é GOLDEN SLUMBERS.


Inacreditável!
Incrível!
Que final!
Em um final inédito nas Copas, o confronto acabou empatado.
Como se decide uma partida empatada numa copa?
Vamos para os pênaltis.
E os penais serão as escolhas dos amigos do Clyblog no Facebook.
Então vamos lá. Vamos ver o que a torcida decide. Vamos desempatar esse jogo:



e  A DAY IN THE LIFE é
A GRANDE CAMPEÃ!!!



E pra comemorar vamos com ela, A DAY IN THE LIFE para embalar o título: