O quadrinho americano além dos Supers
por Vagner Rodrigues
Michael Sullivan (Tom Hanks) é um assassino que trabalha para John Rooney (Paul Newman), o grande chefão da cidade. Tudo ia bem para Michael Sullivan, até que seu filho mais velho Michael Sullivan, Jr (Tyler Hoechlin), um menino de 14 anos que é tomado pela curiosidade de descobrir qual é o trabalho misterioso do pai, acabar virando testemunha de um assassinato. Connor Rooney (Daniel Craig), o filho de John Rooney, era o homem que estava junto com o pai do garoto no dia do assassinato, e com medo que o garoto conte para alguém, vai atrás do menino para matá-lo e não consegue, mas acaba matando a esposa de Michael Sullivan, e seu filho mais novo. A partir daí vemos Michael em sua difícil caçada atrás de vingança, ao mesmo tempo em que tenta manter seu filho longe da vida do crime.
Um raro momento onde pai e filho conseguem
conversar calmamente. (Não por muito tempo...)
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As atuações estão ótimas! Tom Hanks sem comentários, como sempre, e Paul Newman consegue mostrar muito bem a deterioração de seu personagem ao longo filme. Vou dar um destaque para dois atores com partições pontuais, Daniel Craig, como vilão da história está incrível, com um ar debochado, em sua primeira aparição, no seu primeiro sorriso, você já fica com a impressão que Connor Rooney não é uma boa pessoa. Suas atitudes imprudentes fazem com que ele sempre piore as coisas. E Jude Law, que nossa, tem pouco tempo na tela, mas faz você não conseguir desgrudar o olho dele. Seu papel é do assassino Harlen Maguire, que é contratado para matar Sullivan e seu filho. Uma particularidade de Harlen Maguiree, é que ele fotografo criminalístico, ganha dinheiro tirando fotos das pessoas que ele mata e por isso além de sua arma ele carrega uma máquina fotográfica.
Paul Newmman em atuação que lhe valeu
indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante
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"Estrada Para a Perdição" é o segundo filme do diretor Sam Mendes, ele vinha do fantástico “Beleza Americana”, e tinha toda a pressão de ter que se provar, e conseguiu. Embora a temática deste filme seja muito diferente do seu filme anterior, as críticas sociais novamente estão presentes. Se você assistir o filme com bastante atenção vai reparar que não tem muitas personagens femininas, apenas duas mulheres e com poucas falas, a esposa de Michael Sullivan, e a senhora que mora em uma pequena fazenda com seu marido, que dá abrigo para pai e filho quando os dois estão necessitados. O porquê de não haver mulheres parece claro, a sociedade americana na época era extremamente machista e a mulher praticamente não era ouvida e vista. O mesmo acontece com os policiais, na época as cidades eram controladas pelos mafiosos, e Sam Mendes retrata isso, dando pouco espaço para aparições policiais. Outro aspecto interessante do filme é a espetacularização da morte que vemos através do Harlen Maguire o fotografo assassino, era um começo para o que vemos hoje nos nossos telejornais, onde cada vez mais tem “ibagens” assim, onde a morte e a tragédia são os assuntos principais.
Vale muito a pena assistir. O filme conta uma grande história, através de cenas memoráveis, como a famosa cena do assassinato na chuva (que fotografia linda), temos também cena onde Sullivan, observa o mar que é lindíssima. Uma direção de arte realmente impecável.
É um filme belo em todos os aspectos, quem for assistir vai gostar, se não gostar da trama, tem a ambientação muito bem feita, figurinos caprichados. Com certeza algo vai te agradar. Assista ao filme e vá acertar as suas contas com a máfia, de preferência em um dia de chuva que é propício para isso.
A belíssima fotografia da cena da execução na chuva. Não precisa falar nada. Assista ao filme. |