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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Guns'n Roses - Appetite for Destruction (1987)




A capa original censurada nos Estados Unidos
e abaixo a alternativa que a substituiu.
“Bem-vinda à selva,
nós temos diversões e jogos.
Nós temos tudo o que você quiser, querida,
nós sabemos os nomes.
Nós somos as pessoas
que podem encontrar
tudo o que você precisar.
Se você tiver o dinheiro, querida,
nós temos sua doença
Welcome to the Jungle.



Confesso que a primeira vez que escutei Guns não sabia o que era esse som. Perguntei para um amigo meu sobre uma música do Rush, visto que ele é especialista nessa banda e não encontramos a canção, que era "Sweet Child O´Mine" e estava numa trilha sonora de novela “O Sexo dos Anjos”
Este disco possui uma das melhores músicas “cartão de visita” do rock que é “Welcome to the Jungle”, aquela que abre o disco e apresenta para o ouvinte qual é a o clima que tu vais escutar. Assim de cabeça me lembro de outras músicas “cartão de visitas”, I Saw Her Standing There no primeiro disco dos Beatles, o Smell Like Teen Spirit do Nirvana no "Nevermind", o War Pigs do Sabbath, O Led III com o Immigrant Song e ai por diante.
Mas como bem disse o Cap. Nascimento “Eu vou... retomar o raciocínio”. Pois bem, o "Appetite for Destruction" mantém uma média de canções muito boas, e encontrou um nicho muito pequeno de mercado que ficava espremido entre os rocks poseur americanos de Poison, Skid Rows e Cinderellas da vida, o rock do The Cult, Led Zeppelin e de bandas de bebedeiras como o Creedence,Thin Lizzy e AC/DC. Na interseção dessas 3 esferas musicais (bonito isso) localizou-se o Guns com este disco.
Bons tempoe de um disco com começo, meio e fim, com músicas que preparam umas às outras. Por exemplo, depois do clássico “Welcome to the Jungle”, vêm 3 músicas boas, que preparam para a maravilhosa “Mr. Brownstone”, que levanta a bola para a “Paradise City” com o seu indefectível apito de início do ferro sonoro.
Depois de uma aliviada com “My Michelle”, a rotação aumenta bastante com “Think About You” e prepara para a “Rushiana” (não sei de onde eu achava parecido com Rush essa música, mas enfim) “Sweet Child O´ Mine”, hit radiofônico que os tornou conhecidos mundialmente, é o “Satisfaction” do Guns. “You´re Crazy” tem uma certa pitada de punk em sua parte inicial, uma quebra com um temperinho blues e segue rápida de novo.
Quase terminando o disco vem uma das minhas preferidas de todas as músicas do Guns que é “Anything Goes” com sua batida de bateria invertida e é uma música bem construída que dá uma derrapada e tu pensa, “Isso não vai engrenar...” mas é como aquele carro V8 que tu acelera e ele te avisa, “Tô derrapando mas tô tranquilo...”.
O disco termina com um clima de “quero ver como vai ser o próximo disco deles” com a mais elaborada “Rocket Queen”.
Resumindo. "Welcome to the Jungle", "It´s so Easy", "Mr. Brownstone", "Paradise City", "Anything Goes". Discaço que merece ser ouvido dentro de um Muscle Car, um Mustang, um Dodge, um Mavericão V8 daqueles que fazem 4 km por litro. A propósito, alguém ai aceita troca de algum desses carros por um Civic?
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FAIXAS:
1. "Welcome to the Jungle"
2. "It's So Easy"
3. "Nightrain"
4. "Out Ta Get Me"
5. "Mr. Brownstone"
6. "Paradise City”
7. "My Michelle"
8. "Think About You"
9. "Sweet Child o' Mine"
10. "You're Crazy"
11. "Anything Goes"
12. "Rocket Queen"


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Ouça:
Guns'n' Roses Appetite fo Destuction



terça-feira, 16 de setembro de 2008

1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer




Não venho tendo, lá, muito tempo para ler, e quando tenho, por conta do desgaste, do ritmo de acordar cedo, obra e tudo mais, acabo ficando com muito sono e minhas leituras não rendem.
Até por isso estou lendo um livro de longo prazo, daqueles que dá pra pegar aos pouquinhos todos os dias e mesmo assim curtir bastante, que é caso do 1001 discos para ouvir antes de morrer.
Bem legal!
Poderia ter escolhido qualquer tipo de ordem para a leitura: por década, por álbuns que conheço, por álbuns que gosto muito, mas resolvi pegar desde o inicio. Às vezes por uma circunstância qualquer, pulo e vou a alguma pesquisa específica, mas por regra estou indo d´cada por década.
O livro vem desde a década de 50, quando o livro se concentra mais no jazz, mas já apresentando figuras marcantes do rock como Elvis que não poderia ficar de fora, claro, passando aos sessenta já com o efetivo estouro do rock e o surgimento de seus grandes mitos como, os Beatles e Stones, por exemplo. Daí vai aos setenta com o um rock já consolidado, ficando psicodélico, assumindo atitudes, ficando minimalista, ficando barulhento. Vê o punk se sofisticar e ganhar várias caras, roupas pretas, roupas coloridas e uma porrada de estilos diferentes nos 80 quando se fortalece o pop. Vai, literalmente, ao Nirvana nos 90, com o chamado grunge, além de nos apresentar o que se chamou brit-pop e mostra o eletrônico ganhando uma cara que se configuraria mesmo no início do século XXI.
É logico que isso tudo é só um resumo bem básico. O livro pega álbum por álbum destes 1001 e comenta todos com detalhes de produção, projeto gráfico, curiosidades e informações úteis (e inúteis, também). Muitos álbuns acho que não deveriam estar ali e acho que outros fazem falta na lista. Não dá pra concordar com tudo. Mas os básicos, os fundamentais estão todos ali e dá aquele gosto legal de ver um Let It Bleed, um Darkside of the Moon, um Nevermind, entre tantos outros clássicos recheando um livro como este.
Ainda estou lendo os anos 80 pra falar a verdade, ainda em 83. Mas não estou com pressa, não. Estou degustando a leitura de cada disco. Conhecendo muitos e apreciando ver falar sobre obras pelas quais sou apaixonado.
Costumo dizer que o 1001 discos para ouvir antes de morrer é a minha Bíblia.
Ali estão os discos sagrados.


Cly Reis

terça-feira, 26 de abril de 2011

Foo Fighters - "Foo Fighters" (1995)

"Foi necessário trazer tudo isso à tona para conseguir fazer esse disco. Não estaria fazendo o que estou fazendo se não fosse pelo Nirvana".
Dave Grohl



Uns dizem que Dave Grohl, medíocre ex-baterista do Nirvana, teria contado com a ajuda do falecido vocalista Kurt Cobain (ainda em vida) para compor as músicas do primeiro álbum do que viria a ser sua futura banda; outros afirmam que o próprio Kurt teria composto quase todas, senão todas, as faixas para Grohl; outros ainda que, na verdade,  o material era de sobras da famosa banda de Seattle; ou ainda, e o mais provável, até que se prove o contrário, que Grohl, oficialmente compositor de todas as faixas, além de co-produtor e executor de praticamente todas, estivesse altamente inspirado. Mas independentemente do que tenha acontecido, o fato é que o Foo Fighters, embora tenha alcançado e mantido o sucesso comercial ao longo de sua carreira, nunca mais produziu um disco como seu primeiro, "Foo Fighters" de 1995 que, senhores, é um discaço!
A comparação com Nirvana é inevitável no início do Foo Fighters. Muito ainda enquadrada na sonoridade que consagrou o legendário grupo do qual Grohl fez parte, as canções soavam ainda muito 'grunge', por assim dizer, e mantinham uma estrutura muito similar ao que fizeram principalmente em "Nevermind".
Contudo, ainda que mostrasse peso, energia, influências de punk-rock e metal, o disco já soava mais pop e acessível que seus contemporâneos, representando neste sentido, um passo à frente no que dizia respeito à aproximação com o grande público, o que viria a se confirmar, sobremaneira com os trabalhos posteriores da banda.
Mas, "Foo Fighters", o álbum, sem analisarmos o que a banda acabaria fazendo futuramente, é um ótimo trabalho. Tem pegada, tem força, tem melodia e se constitui num dos melhores e mais importantes discos dos anos 90.
O início do disco é de tirar o fôlego com três tiros certeiros: "This is a Call" começa o álbum em grande estilo, transitando entre o melodioso e o enérgico com uma levada, ao mesmo tempo doce e forte; já traz na colada, praticamente emendando "I'll Stick Around" que entra com tudo com uma bateria furiosa introduzindo para um riff vibrante e empolgante; "Big Me" baixa a rotação mas não a qualidade e nos apresenta uma balada graciosa com levada mais lenta e pendendo pro acústico.
Aí o caldo engrossa com o peso de "Alone+Easy Target" e com o hardcore furioso de "Good Grief". "Oh, George" volta a dar uma cadenciada e é igualmente um dos destaques do disco; "Weenie Beenie" detona tudo; "For all the Cows" outra das grandes é uma espécie de jazz de cabaré com rompantes ocasionais; "Wattershed" volta a atacar furiosamente num hardcore pesado e distorcido; e o disco fecha espetacularmente com a majestosa "Exhausted" com suas guitarras belas e rascantes de arrepiar, num grand-finale digno de um álbum fundamental.
Não sei o que é verdade ou o que é lenda a respeito deste disco, a respeito de Grohl e do Foo Fighters, o que me interessa é o som, o que fazem, o que produzem e o que ouvi da banda depois deste disco não me agrada muito, aliás muito pouco. Porém, o que se escuta neste álbum de estreia da banda é um avanço técnico e compositivo em relação à própria fonte de inspiração, o Nirvana, com uma sonoridade mais limpa, mais uniforme e que, aqui, ainda não perdia a autenticidade do som e sua a agressividade natural.
Agora, independente do quanto Dave Grohl tenha de parcela de composição, genialidade, de inspiração, mesmo que só o tivesse tocado as músicas, pode-se dizer que o fez muito bem. E se as canções eram de Kurt, do Corgan, da Courtney ou fosse lá de quem, não teria havido demérito algum em, a partir delas ter constituído uma obra de grande qualidade. Quantos artistas não compõe uma nota e consagraram-se, assumidamente, interpretando ou tocando composições de outros?
Agora, o que eu acho? Particularmente acho que algum dedo do falecido Cobain tem por aí. Não me parece por acaso que a inspiração nunca mais tenha batido à porta do sr. Dave Grohl. Mas o que importa?
Se o disco é do Foo Fighters, então vamos curtir um Foo Fighters.
Então... Aperte o play.
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FAIXAS:
1. "This Is a Call" 3:53
2. "I'll Stick Around" 3:52
3. "Big Me" 2:12
4. "Alone+Easy Target" 4:05
5. "Good Grief" 4:01
6. "Floaty" 4:30
7. "Weenie Beenie" 2:45
8. "Oh, George" 3:00
9. "For All the Cows" 3:30
10. "X-Static" 4:13
11. "Wattershed" 2:15
12. "Exhausted"

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Ouça:
Foo Fighters 1995


Cly Reis

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pixies - "Doolitle" (1989)


O Disco que Inventou o Nirvana
"Quando escrevi 'Smells Like Teen Spirit'
eu estava basicamente tentado 'sugar' os Pixies.
Eu tenho que admitir isso."
"Kurt Cobain, Nirvana


Aquele contrabaixo bem cadenciado, a bateria só marcando o tempo, um vocal ainda contido, sereno; todos só esperando o refrão para explodirem juntos em ímpeto, histeria, barulho e loucura. Não, eu não estou falando de “Smells Like Teen Spirit” ou de “ Lithium”, mas é fato que esta fórmula que o Nirvana utilizou como sendo sua linha principal de composição, sobremaneira em “Nevermind”, já era praticamente marca registrada do som dos Pixies, aparecendo de forma mais evidente em “Doolitle”.
Se em “Surfer Rosa” Steve Albini (que depois viria também a trabalhar com o Nirvana em “In Utero”) tratou de “sujar” (num bom sentido) o som dos Pixies, Gil Norton, que assumiu a produção em “Doolitle” deu uma polida no som, deixando palatével até mesmo para as o grande público como no caso de “La La Love You” e “Here Comes Your Man” que chegaram a tocar nas rádios. Isto não os tornava uma banda pop ou de fácil aceitação geral. Apenas encorpava e dava, a partir dali, características fundamentais para a sonoridade do grupo.
A adorável “Hey” com sua delicadeza suja foi outra que se não virou hit, foi daquelas que fez “sucesso” no underground e passou a ser uma das favoritas dos fãs. Além dela, a ótima “Monkey is Gone to Heaven” é outra que marca bem aquela característica com o doce baixo de Kim Deal marcando para um refrão mais poderoso. Também nesta linha aparece “Tame” mas com um ápice bem mais gritado e barulhento. A propósito é bom salientar que guitarradas ensurdecedoras como esta ou outras que aparecem invariavelmente no disco, não conseguem esconder a grande qualidade não só de composição como de técnica de Black Francis, um baita guitarrista; tampouco a aparente simplicidade da condução da base de Kim Deal, uma baixista não muito virtuosa, diminuir os méritos das composições da banda, normalmente bem básicas mas extremamente apropriadas para cada canção e para a proposta geral.“I Bleed”, é prova disso, conduzida com uma linha muito simplória mas eficiente e perfeita.
“Debaser” que abre o disco com sua linha meio surf-music é ótima, “Crackity Jones” é alucinada, “Silver” baixa a rotação e traz uma sonoridade beirando o dark e “Gouge Away”, uma das melhores, fecha o disco de forma magnífica. Baita disco!!!
É lógico que os Pixies não foram a única inspiração do Nirvana, nem influenciaram apenas o pessoal do Kurt, muito menos se limitavam apenas àquela fórmula. Com sua sonoridade normalmente pesada, com um pé no punk, mas sempre melódicos e criativos, incrementando tudo com toques latinos, religiosos e letras beirando ao surreal; provavelmente no universo dito alternativo, o Pixies, juntamente com o Sonic Youth, sejam as bandas mais influentes deste meio, e “Doolitle”, enquanto obra, pelo encaixe destes elementos e a tradução deles em rock de primeira, seja um dos álbuns mais importantes de todos os tempos.
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FAIXAS:
1. "Debaser" – 2:52
2. "Tame" – 1:55
3. "Wave of Mutilation" – 2:04
4. "I Bleed" – 2:34
5. "Here Comes Your Man" – 3:21
6. "Dead" – 2:21
7. "Monkey Gone to Heaven" – 2:56
8. "Mr. Grieves" – 2:05
9. "Crackity Jones" – 1:24
10. "La La Love You" – 2:43
11. "No. 13 Baby" – 3:51
12. "There Goes My Gun" – 1:49
13. "Hey" – 3:31
14. "Silver" *(Francis, Kim Deal) – 2:25
15. "Gouge Away" – 2:45
*todas as músicas compostas por Black Francis, exceto a indicada.

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Ouça:
Pixies Doolitle


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Morre Malcolm McLaren

E morreu Malcolm McLaren.
Um oportunista? Um visionário? Um filha-da-puta? Um gênio? Um talento?
Um pouco de tudo isso.
McLaren, entre tantas incursões no mundo pop, tentativas, sucessos, fracassos, teve sobremaneira, o mérito de inventar o Sex Pistols e dar uma cara para o punk.
Não, ele não criou um guarda-roupa, não criou um estilo, nem uma linguagem. Ela estava ali! A coisa toda era um porcesso. Ele só viu isso no momento certo e encontrou os "instrumentos" certos: quatro jovens de classe pobre, operéria, cheios de indignação e um líder-vocalista, cheio de fúria e verso rascante. Deu no que deu: Sex Pistols. E "Nevermind The Bollocks", deles, não só mudou a história da música, como também do comportamento. E Malcolm McLaren, por mais chato que fosse (e era), foi parte importantíssima de tudo isso.
Aos 64 anos e vítima de um câncer, McLaren foi fazer companhia a seu pupilo Syd Vicious.





C.R.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Garbage - "Garbage" (1995)


"O rótulo perfect-pop foi mal aplicado
nos anos 1990,
referindo-se tanto ao Take That
quanto ao St. Etienne.
Porém fazia muito sentido
se aplicado ao Garbage"
Joel McIver
jornalista, escritor e apresentador de TV,
no livro "1001 Músicas Que Você Deve Ouvir Antes de Morrer"



Uma grande expectativa criou-se quando rolou um papo nos bastidores do universo musical, que o produtor do Nirvana, Butch Vig, se reuniria com outros dois produtores para formar uma banda. Não que todos já não tivessem tido suas experiências do outro lado da mesa de som, mas especialmente no caso de Vig, seria a primeira vez depois do estrondoso sucesso do grande clássico "Nevermind", produzido por ele. As expectativas se confirmaram e com uma produção caprichada, um som lapidado e limpo, o Garbage atingiu imediatamente uma sonoridade muito particular, quase única mesmo não tendo reinventado a roda. O interessante, é que ao contrário do que poder-se-ia imaginar por ter como integrante um superstar dos estúdios, as atenções e os holofotes se voltaram, com justiça para a vocalista Shirley Manson, que convidada para comandar os vocais do projeto roubou a cena como uma verdadeira frontwoman pela atitude, pela imagem, pelas idéias e pela performance. A escocesa de pele marmórea e cabelos avermelhados cantava com fúria, sensualidade, deboche e energia dando o brilho essencial para o rock vigoroso com elementos eletrônicos feito pelos três rapazes. O resultado foi uma mistura de Nirvana, com Madonna, com Blondie, com Nine Inch Nails. Nitroglicerina com purpurina! Lixo com plumas! Punk com pop!
O disco de estréia, de mesmo nome da banda ("Garbage", 1995), é simplesmente um dos grandes álbuns dos anos 90 e uma das melhores coisas que surgiram nas últimas décadas. "Supervixen" que abre já é o perfeito cartão de visitas do apuro técnico do álbum com aquele início "hesitante", para-continua, num show de produção. A segue a ótima charmosíssima "Queer" com o vocal sexy e provocante de Shirley Manson, e o hit "Only Happy When it Rains", um impecável rock comercial da melhor qualidade, bem como outro grande sucesso do álbum, o gostoso pop rock "Stupid Girl".
"As Heaven as Wide" traz uma percussão eletrônica nervosa e um baixo distorcido responsável pelo peso da música; cheia de efeitos e detalhes, a lenta e melancólica "A Stroke of Luck" apresenta uma levada meio reggae do baixo e um certo peso no refrão; e a excelente "Not My Idea", simplesmente detona tudo com um riff minimalista, repetido, martelado e uma interpretação praticamente silábica da cantora no poderoso refrão.
Merecem menções também as boas "Dog New Tricks" e "My Lover's Box", canções pop-rock produzidas com detalhismo; "Fix Me Now" que alterna vocais quase sussurados com rompantes mais enérgicos e traz uma guitarra hipnótica levemente oriental; e a fascinante "Vow", outro sucesso da banda, com seu início de guitarras esparsas e desencontradas em mais um show à parte do time de músicos/produtores que souberam tirar de cada música o melhor que elas podiam oferecer.
Grandes álbuns costumam ter grandes finais e este não é exceção. Em "Milk", a agressiva Shirley Manson se desmancha revelando-se então suplicante e frágil num encerramento digno de um grande disco.
Se alguém menos atento pegar o disco do Garbage para ouvir pode até achar que é igual a um monte de outras coisas que se fazia na época, naquele início de anos 90. Mas com um pouquinho de ouvido, um pouquinho de atenção ( e não precisa ser muita porque os detalhes saltam), percebe-se claramente que só o Garbage fez aquilo. Fez a mesma coisa, mas fez diferente.
Entendeu?
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FAIXAS:

  1. "Supervixen" – 3:55
  2. "Queer" – 4:36
  3. "Only Happy When It Rains" – 3:56
  4. "As Heaven Is Wide" – 4:44
  5. "Not My Idea" – 3:41
  6. "A Stroke Of Luck" – 4:44
  7. "Vow" – 4:30
  8. "Stupid Girl" (Garbage, Strummer, Jones) – 4:18
  9. "Dog New Tricks" – 3:56
  10. "My Lover's Box" – 3:55
  11. "Fix Me Now" – 4:43
  12. "Milk" – 3:53
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Ouça:
Garbage 1995

Cly Reis


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As Melhores Capas de Discos








Grandes capas de discos. Aqui vai uma seleção das 10 melhores capas de discos, na minha modesta opinião.
No topo da minha lista está o Joy Division e seu "Unknown Pleasures" com sua capa minimalista, enigmática, que é na verdade um medidor de pulsos de uma estrela, em uma concepção de Peter Saville que aparece novamente na lista com a ótima capa de "Power, Corruption & Lies" do New Order, banda fruto do Joy, da qual o designer sempre foi colaborador.Outro que faz "dobradinha na minha lista é Andy Wahrol com a famosa capa do Velvet e com a provocante "Sticky Fingers" dos Stones.
Capas como as do PIL (Public Image Ltd.) "Metalbox" e a do Marley em seu "Catch a Fire" podem parecer muito simples numa primeira olhada mas sua concepção, conceito e formato as justificam. "Metalbox" vinha, efetivamente, em uma caixa de metal. O LP ficava em uma lata tipo rolo de filme que funcionava quase que como "proteção" ao ouvinte quanto ao material contido ali. "Catch a Fire", caso não dê pra notar, imita um isqueiro e aí, quanto ao conceito, em tratando-se de Bob Marley, não precisa falar mais nada. Uma curiosidade é que, assim como o álbum do PIL, este foi concebido para o formato vinil e sua capa abria como se fosse o isqueiro, mesmo, para cima.
A do Alice Cooper também pode se enquadrar nessas aparentemente comuns, mas note que a capa imita uma carteira de couro e as do "Sgt. Peppers..." e do "Dark Side..." dispensam comentários.

Dêem uma olhada na lista e se quiserem deixem a sua também.

Menções honrosas também para "Physical Graffiti" do Led com sua capa cheia de janelas, símbolos e enigmas, também para "Mezzanine" do Massive Attack, "Bandwagonesque" do Teenage Funclub, "Highway to Hell do ACDC, "Number of the Beast" do Iron, "In the court of King Crimson", "The Queen is Dead" dos Smiths, "Songs to Learn and Sing" do Echo com foto de Anton Corbjin e "Violator" do Depeche, concebida pelo mesmo, e ainda para a demoníaca "Live Evil" do Black Sabath com suas figuras simbolizando cada um dos seus clássicos.
ABAIXO, AS MINHAS 10 MELHORES:


1. Joy Division, "Unknown Pleasures"; 2. The Velvet Underground and Nico, "The Velvet Underground and Nico; 3. Nirvana, "Nevermind"; 4. PIL, "Metal Box"; 5. The Beatles, "Sargent Pepper's lonely Hearts Club Band"; 6. Alice Cooper, "Billion Dollar Babies; 7. bob Marley and the Wailers, "Catch a Fire"; 8. New Order, "Power, Corruption and Lies"; 9. Pink Floyd, "The Dark Side of the Moon"; 10. The Rolling Stones, "Sticky Fingers"

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A Arte do ClyBlog em 2016


No ano que passou, como tem sido costume nos últimos anos, nós do clyblog estivemos dando um tratamento mais atencioso à parte visual, tanto na logotipia quanto nas postagens e também na divulgação.
Nosso logotipo, por exemplo, vai se adequando ao que o momento exigir e em ano de Jogos Olímpicos e de 8 anos do blog ele teve que se desdobrar novamente.
As capas de discos e pôsteres de filmes já são tradicionais em nossas adaptações e as chamadas para as pessoas que precisam conhecer o ClyBlog ganharam novas situações. A novidade mesmo é que esse ano resolvemos "dar as caras" e por várias oportunidades ao longo do ano, pela primeira vez, nossos rostos, meu e do Daniel Rodrigues, aparecerem em chamadas. 
Fiquem aqui com uma breve retrospectiva visual do que estivemos aprontando visualmente neste 2016.


Cly Reis


Nosso logo teve que se desdobrar, como  de costume, para o evento ou data para o qual quiséssemos utilizá-lo.
Mas ele é bastante versátil.


ClyBlog código de barras

Todas as cores do blog.

Estamos no ar.

ClyBlog em QR Code.

O melhor remédio.
Sem contraindicações.

Era a peça que faltava.


Nós sempre estivemos aqui.


Daniel e eu em frente ao berço do rock.

Viva la revelución!

Why so serious?

Nem a morte poderá nos separar.

Uma das "paródias" de capas de álbuns famosos
para os ÁLBUNS FUNDAMENTAIS.

A clássica capa do "Nevermind" do Nirvana
também serviu à nossa seção de grandes discos.


Rebobine, por favor (com uma caneta Bic)

Bolachão ÁLBUNS FUNDAMENTAIS. 

Adoramos dar aquele toque pessoal nos pôsteres de filmes.

Somos a mosca que pousou no seu experimento coentífico.

Indomáveis!

Não pule! Ainda há esperança!

Sei que às vezes dá um ódio mas...

Bala não!

Que tal nsso belo pulover natalino?

Um dos fatos que mais marcou 2016 no âmbito artístico musical
foi a perda do grande David Bowie.
O Clyblog tinha a obrigação homenagear e se despedir deste gênio e
Alladin Sane então chorou.


C.R.