quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Kraftwerk – “Tour de France Soundtracks” (2003)
segunda-feira, 11 de maio de 2020
As 5 melhores do Kraftwerk na escolha dos fãs - Homenagem a Florian Schneider
- “Home Computer” (“Computer World”, 1981)
- “Numbers” (“Computer World”, 1981)
- “Tour de France” (single “Tour de France”, 1983, e “Tour de France Soundtracks”, 2003)
- “The Telephone Call” (Electric Café”, 1986)
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Copa do Mundo Kraftwerk - classificados das oitavas-de-final
Afunilou!
Só ficaram oito.
Nas oitavas, em alguns casos deu a lógica, em alguns tivemos surpresas, mas o inevitável é que alguns grandes times comecem a ficar pelo caminhoagora. The Model dançou, Autobahn caiu fora e, talvez a maior zebra da rodada, The Man-Machine deu adeus à competição.
Mas, também, com tão poucos concorrentes na briga, nessa reta final, não tem como alguns bons não se despedirem.
Confira aí o comentário dos confrontos, dos nossos julgadores e, consequentemente, os classificados para as quartas-de-finais:
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resultados de Luciana Danielli
Radioactivity 3 X 1 The Model
Estou me sentindo entre a cruz e a caldeirinha fazer a escolha da melhor música para dois duelos de uma das bandas mais importantes ao meu ver, quando se trata de música eletrônica, que surge a partir do pós-Guerra, com as mudanças para a chegada do contemporâneo.
Realmente deveria nascer das profundezas de um país que abalou as estruturas do século XX. Alemanha, como tu és importante!
Escolher as melhores músicas do Kraftwerk é uma tarefa difícil, pois a qualidade sonora, além de estar na vanguarda pra influenciar uma década (I love 80's), bem como estamos com eles no século XXI nós fazendo afirmar que sintetizadores, samplers e agora digitalizados, sem Kraftwerk não sei como seria.
Bom, sem mais delongas, vamos ao primeiro jogo:
Fico com “Radioactivity”. Que música potente, feita nos anos 70's e nós, anos 80's, mundo tivemos que encarar a tragédia de Chernobyl...
Quase profético.
Boing Boom Tschack 2 X The Man Machine 1
Este foi a mais difícil pra mim. As duas músicas são obras-primas, mas a escolhida foi “Boing Boom Tschack”, que pertence a uma das melhores discos da discografia do Kraftwerk. A sonoridade dessa música e a possibilidade de pensar que ela está mixando o disco é muito bom. Sem contar que é a cereja do bolo nos shows da banda, pois é a música para a despedida. Eu só sei que Kraftwerk é bom demais!
resultados de Luna Gentile
Elektro Kardiogramm 1 x 2 Trans-Europe Express
Elektro Kardiogramm já faz um gol logo de início com aqulea batida do coração e voz ecoada, e sai ganhando, mas Trans-Europe não se intimida e com uma batida precisa e os elementos certos entrando ao longo da música, ou melhor, do jogo, consegue virar. TEE ganha de 2x1, uma vitória difícil, mas merecida.
The Hall Of Mirros 2 x 1 Airwaves
Airwaves começa tranquila com sua melodia suave, mas The Hall Of Mirros chega com seus passos e abre o placar: 1x0. The Hall Of Mirros, com seriedade e com aquela espécie de 'solo' incrível, marca o segundo gol. E lá no final do segundo tempo, Airwaves até faz um gol porque, no fim das contas, não jogou mal.
Assim, o placar final ficou The Hall Of Mirros 2 x 1 Airwaves.
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resultados de Cly Reis
Autobahn 0 X 2 The Robots
Autobahn aposta na posse de bola. É um jogo lento arrastado e demora pra engrenar. Enquanto isso The Robots entra com um futebol elétrico, meio mecânico, é verdade, muito padrão e automatizado, mas eficiente. Bem típico do futebol alemão. Vitória dos robôs. 2x0, no placar final.
Techno Pop 0 X 4 Metal On Metal
Techno pop, na verdade é tipo aquele time menor na sua cidade. Tem dois grandões, campeões nacionais, continentais e tal e ele, até tem alguns estaduais e tal, mas nem se compara. Techno Pop faz parte do brilhante lado A do disco Electric Café (ou Techno Pop), mas é a parte menos brilhante da tríade completada por Boing Boom Tschack e Music Non Stop.
Até por isso não resiste a Metal on Metal que, também faz parte de uma combinação de faixas, mas que, por sua vez, é tão boa quanto seu complemento, Trans-Europe Express. Vitória fácil de Metal on Metal: 4 x0.
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resultados de Daniel Rodrigues
Planet of Visions 2 (5) X 2 (3) Ruckzuck
Parecia uma partida qualquer de dois times que nunca são dados como favoritos entre o repertório da própria Kraftwerk. Mas sabe aquele jogo que o caldo engrossa porque os adversários se equiparam? O time mais antigo, de 1971, contra o mais recente, 2005, escolas totalmente diferentes, uma ainda com elementos acústicos; a outra, já totalmente computadorizada. E que jogão tivemos, meine jungs? “Ruckzuck” propondo jogo com seu estilo marcante, “Planet” também, este resumo das épocas e características da banda. Por este fator sintético “Planet...” se dá melhor, mas ali ali: 2 x 2 no tempo normal e vitória apertada nos pênaltis por 5 x 3.
Tour De France 1 X 0 Tour De France Étape 2
Clássico francês nos gramados da Copa Kraftwerk! Duas músicas do mesmo disco e com o mesmo nome! Em campo, o que se via era um jogo tático espelhado: 4-4-2 para os dois lados. Muita igualdade na parada. O que resolve quando o “match” está assim? A qualidade técnica e a experiência. Com o desenrolar da partida, nota-se que, mesmo com nome igual, “Étape 2” é, sim, mais inexperiente, mais afoita. Quer sair pedalando na frente sem ter preparado a jogada lá atrás. E disso “Tour De France”, a original, tem de sobra, lá dos idos de 1983, quando entrou em campo pela primeira vez. O resultado é um placar magro, 1 x 0, mas ganho sem grandes sustos para aquela que inventou toda a sonoridade do disco “Soundtracks” com décadas de antecedência e quando a tecnologia nem era tão boa assim. Tem que respeitar.
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CLASSIFICADOS:
Metal on Metal
Trans-Europe Express
Radioactivity
Boing Boom Tschak
The Robots
The Hall of Mirrors
Tour de France
Planet of Visions
Assim que sortearmos as quartas-de-final, você irá conhecer os confrontos aqui no ClyBlog ClyBola, especial de Copa do Mundo.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
A Arte do ClyBlog em 2015
Mesmo já quase no fim de janeiro, mas ainda em clima de retrospectiva, relembramos aqui algumas das artes de divulgação do blog, na maior parte das vezes apresentadas apenas nas redes sociais e que não apareceram como publicações e postagens. Adaptações de posteres de filmes, de capas de discos, brincadeiras com marcas, logos, com obras de arte, com personagens, paródias e criações livres, eis aqui algumas das imagens que o clyblog esteve espalhando por aí ao longo do ano que passou.
Clyblog chamando! adaptação da capa de "London Calling", do The Clash para a seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS |
Sônico! adaptação da capa de "Goo" do Sonic Youth para a seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS |
A nova ordem é curtir o ClyBlog. adaptação da capa de "Low-Life" do New Order para a seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS |
Que tal uma voltinha de bike? adaptação da capa de "Tour de France Soundtracks" do Kraftwerk para a seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS |
Olhe bem. adaptação da capa de "Todos os Olhos" de Tom Zé para a seção ÁLBUNS FUNDAMENTAIS |
Nascidos para ver filmes. adaptação do poster de "Nascido Para Matar" de Stanley Kubrick para a seção CLAQUETE |
O sertão vai virar mar! adaptação do poster de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha para a seção CLAQUETE |
Sem medo da altura. adaptação do poster do filme "Um Corpo Que Cai", de Alfred Hitchcock para a seção CLAQUETE |
Foooogo!!! adaptação do poster do filme "O Encouraçado Potemkin", de Sergei Eisenstein para a seção CLAQUETE |
As muitas faces do cinema chamada para a seção CLAQUETE |
Hora do recreio. chamada do ClyBlog sobre capa do disco "School's Out" de Alice Cooper |
Nossa, que blog! chamada do ClyBlog a partir de obra de Roy Lichenstein |
O Velho Safado sabe das coisas chamada ClyBlog |
Risco biológico. chamada ClyBlog |
Fora do Ar. chamada ClyBlog |
Ops! Alguma coisa errada! chamada ClyBlog |
Altamente inflamável! chamada ClyBlog |
Shhhhhhh!!! chamada ClyBlog |
Let's Rock! chamada ClyBlog |
Chega a dar desespero. campanha "Esse tá precisando conhecer o ClyBlog" |
Internet pode dar um sono... campanha "Esse tá precisando conhecer o ClyBlog" |
Ás vezes de cortar os pulsos campanha "Esse tá precisando conhecer o ClyBlog" |
De arrancar os cabelos. campanha "Esse tá precisando conhecer o ClyBlog" |
Um brinde ao novo ano! chamada para o Ano Novo, dezembro 2015. |
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
"Kraftwerk: Publikation - A Biografia", de David Buckley - ed. Seoman (2015)
Se as caixas "The Catalogue" e, mais recentemente, a ao vivo "The Catalogue 3D" repassam musicalmente a carreira e obra do grupo Kraftwerk, um dos mais importantes de todos os tempos pelo seu pioneirismo e definição de uma linguagem, a biografia "Kraftwerk: Publikation - A Biografia" de 2015, faz o mesmo em forma de palavras, indo ainda mais fundo do que as compilações, mergulhando nas origens do projeto chegando desde seus primeiros formatos e configurações.
O livro do autor britânico David Buckley faz uma retrospectiva cronológica desde o momento em que os então jovens Ralf Hütter e Florian Schneider decidem unir suas ideias e pretensões artísticas, até os dias de hoje quando já encontra o atual projeto 3D que baseou o último lançamento.
Fato é que a não ser que Ralf ou Florian resolvam em algum momento lançar suas próprias biografias, nenhum material será melhor e mais completo que "Kraftwerk: Publikation", uma vez que este traz colaboração substancial de uma das vozes de dentro do grupo, da formação clássica e idolatrada, nada mais nada menos do que Karl Bartos, percussionista e integrante desde 1975, que concordou em ser entrevistado e dar seus relatos e versões sobre fatos duvidosos e matérias até então obscuras da história da banda que permaneciam ainda sem esclarecimento exatamente pela característica tão arredia e reservada que seus integrantes sempre mantiveram com a imprensa.
Mas além de Bartos, o grande trunfo jornalístico do biógrafo, o livro ainda conta com depoimentos de pessoas ligadas à banda como o amigo Ralf Dörper e a artista gráfica Rebecca Allen; de contemporâneos como o pessoal do Can e do Tangerine Dream que transitaram na mesma incipiente cena vanguardista alemã; e ainda ex-integrantes como Wolfgang Flur, também da formação clássica; Michael Rother, ex- Neu! e integrante da primeira fase, e ainda Ebenhardt Kranemann, membro do breve período do Kraftwerk, pasmem!, sem Ralf Hütter.
O excelente trabalho de Buckley examina cada um dos discos (mesmo os mais antigos, pouco considerados pela banda) com nomes de capítulos criativos que remetem a cada um dando detalhes técnicos dos mesmos e contextualizando-os ao momento de seus lançamentos, revelando motivações, ideias e peculiaridades que levaram às suas respectivas concepção. A surpresa geral causada por "Autobahn"; o minimalismo de 'Radio-Activity"; o pioneirismo inigualável de Trans-Europe Expressl; a antecipação da disco com "The Man-Machine"; a antevisão da internet de 'Computer World"; o refugo em "Techno Pop" que viria a tornar-se "Electric Café" e a materializar-se conforme o pretendido apenas em "The Mix"; e a finalização de um projeto em "Tour de France Soundtracks", tudo é abordado em "Publikation" com muita pesquisa, informação e seriedade. E mais: curiosidades como os "dois Kraftwerks", a procura de Michael Jackson para uma parceria; os detalhes de seu acidente ciclístico de Hütter, sua personalidade centralizadora; e a demissão do músico português Fernando Abrantes por, supostamente, fazer uma mixagem muito original de "Music Non Stop" e dançar muito entusiasticamente fugindo do padrão caracteristicamente robótico da banda, são apenas alguns dos lances interessantes e marcantes da obra.
Com um volume caprichado, a edição nacional, além dos prefácios do próprio autor, e do ex-kraftwerk Karl Bartos, conta ainda com um prólogo do jornalista Camilo Rocha, ex-Bizz, e um muito legal do DJ Paulo Beto do projeto eletrônico Anvil FX. "Kraftwerk: Publikation" é uma viagem obrigatória pela longa autoestrada da carreira deste extraordinário grupo que, sem dúvida alguma, tem seu nome gravado com honras na história da música.