terça-feira, 2 de maio de 2023
Coleção "Os Melhores Filmes de Todos os Tempos - Terror", coordenação de Paulo Basso Jr. - ed. Europa (2020)
segunda-feira, 13 de março de 2023
Oscar 2023 - Os Vencedores
Michelle Yeoh, a primeira asiática a ganhar o Oscar de melhor atriz. |
A produção alemã "Nada de novo no front" foi outro destaque da noite, levando 4 prêmios, incluindo filme internacional. "A Baleia" ficou com dois, um deles para a excepcional atuação de Brendan Fraser, batendo o também impressionante Elvis de Austin Butler. De resto, os prêmios ficaram bem distribuídos. O ótimo "Pinóquio", de Guillermo Del Toro, com muita justiça, levou o prêmio de melhor animação; os badalados "Avatar" e "Top Gun: Maverick", ganharam um prêmio técnico, cada um e o novo "Pantera Negra" levou o de melhor figurino.
- Melhor Animação:
Pinóquio
- Melhor Ator Coadjuvante:
Ke Huy Quan - Tudo em todo lugar ao mesmo tempo
- Melhor Atriz Coadjuvante:
Jamie Lee Curtis - Tudo em todo lugar ao mesmo tempo
- Melhor Documentário:
Navalny
- Melhor Curta-metragem:
The Irish Goodbye
- Melhor Fotografia:
Nada de novo no front
- Melhor Cabelo e Maquiagem:
A Baleia
- Melhor Figurino:
Pantera Negra: Wakanda Forever
- Melhor Filme Internacional:
Nada de novo no front
- Melhor Documentário em Curta-metragem:
Como cuidar de um bebê elefante
- Melhor Curta-metragem de Animação:
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo
- Melhor Direção de Arte:
Nada de novo no front
- Melhor Trilha Sonora Original:
Nada de novo no front
- Melhores Efeitos Visuais:
Avatar, O Caminho da Água
- Melhor Roteiro Original:
Tudo em todo lugar ao mesmo tempo
- Melhor Roteiro Adaptado:
Entre Mulheres
- Melhor Canção Original:
Naatu Naatu - RRR
- Melhor Som:
Top Gun: Maverick
- Melhor Montagem:
Tudo em todo lugar ao mesmo tempo
- Melhor Direção:
Daniel Kwan e Daniel Scheinert - Tudo em todo lugar ao mesmo tempo
- Melhor Ator:
Brendan Fraser - A Baleia
- Melhor Atriz:
Michelle Yeoh - Tudo em todo lugar ao mesmo tempo
- Melhor Filme:
Tudo em todo lugar ao mesmo tempo
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
Oscar 2023 - Os Indicados
O fraquissimo "Top Gun" Maverick" foi um dos destaques nas indicações. |
Tenho que admitir que, por enquanto, não assisti a muitos ainda, mas hoje em dia com a facilidade dos streamings, a oportunidade está dada para quem quiser, a partir de agora, maratonar os filmes até 12 de março, quando serão conhecidos os vencedores.
"Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo", lidera as indicações com 11, seguido por "Os Banshees de Inisherin" e pela produção alemã "Nada de novo no Front", com 9, esta disputando, inclusive, por melhor filme e melhor filme internacional. "Elvis", da brilhante atuação de Austin Butler, aparece com 8, "Os Fabelmans", de Steven Spielberg, com 7, e o badalado "Top Gun: Maverick", com 6, e destaque também para o vencedor da Palma de Ouro do ano passado, "Triângulo da Tristeza", indicado a melhor filme, além de outras duas categorias.
Particularmente, me chamou atenção a indicação de "Top Gun: Maverick", para melhor filme, a meu juízo um gloriosa porcaria; as indicação de "Batman", com 3; e a não indicação da animação "Pinóquio" de Guillermo del Toro para a categoria principal de melhor filme, o que não foi exatamente uma surpresa, mas era uma expectativa tal a qualidade do filme. Quanto ao mais indicado "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" , embora já tenha aparecido aqui no ClyBlog, na opinião do nosso parceiro Vagner Rodrigues, de minha parte não posso fazer juízo, por enquanto, mas fico com a impressão positiva pelo que foi descrito na resenha.
Mas chega de papo. Fiquem com a lista dos indicados:
- Melhor Filme
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Os Banshees de Inisherin
Elvis
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Os Fabelmans
Tár
Top Gun: Maverick
Triângulo de Tristeza
Women Talking
- Melhor Ator
Austin Butler (Elvis)
Colin Farrell (Os Banshees de Inisherin)
Brendan Fraser (A Baleia)
Paul Mescal (Aftersun)
Bill Nighy (Living)
- Melhor Atriz
Cate Blanchett (Tár)
Ana de Armas (Blonde)
Andrea Riseborough (To Leslie)
Michelle Williams (Os Fabelmans)
Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)
- Melhor Atriz Coadjuvante
Angela Bassett (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
Hong Chau (A Baleia)
Kerry Condon (Os Banshees de Inisherin)
Jamie Lee Curtis (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)
Stephanie Hsu (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)
- Melhor Ator Coadjuvante
Brendan Gleeson (Os Banshees de Inisherin)
Brian Tyree Henry (Causeway)
Judd Hirsch (Os Fabelmans)
Barry Keoghan (Os Banshees de Inisherin)
Ke Huy Quan (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)
- Melhor Direção
Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin)
Daniel Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)
Steven Spielberg (Os Fabelmans)
Todd Reid (Tár)
Ruben Ostlund (Triângulo de Tristeza)
- Melhor Animação
Pinóquio por Guillermo del Toro
Marcel the Shell with Shoes On
Gato de Botas 2
A Fera do Mar
Red: Crescer é uma Fera
- Melhor Curta de Animação
The Boy, The Mole, The Fox and the Horse
The Flying Sailor
Ice Merchants
My Year of Dicks
An Ostrich Told Me The World is Fake and I Think I Believed It
- Melhor Roteiro Original
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Os Fabelmans
Tár
Triângulo de Tristeza
- Melhor Roteiro Adaptado
Nada de Novo no Front
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Living
Top Gun: Maverick
Women Talking
- Melhor Curta em Live-Action
An Irish Goodbye
Ivalu
Le Pupille
Night Ride
The Red Suitcase
- Melhor Design de Produção
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Babilônia
Elvis
Os Fabelmans
- Melhor Figurino
Babilônia
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Elvis
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Sra. Harris vai a Paris
- Melhor Documentário
All That Breathes
All the Beauty and the Bloodshed
Fire of Love
A House Made of Splinters
Navalny
- Melhor Documentário em Curta-Metragem
The Elephant Whisperers
Haulout
How Do You Measure a Year?
The Martha Mitchell Effect
Stranger at the Gate
- Melhor Som
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Elvis
Top Gun: Maverick
- Melhor Direção de Fotografia
Nada de Novo no Front
Bardo
Elvis
Empire of Light
Tár
- Melhor Edição
Os Banshees de Inisherin
Elvis
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Tár
Top Gun: Maverick
- Melhores Efeitos Visuais
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Top Gun: Maverick
- Melhor Maquiagem e Cabelo
Nada de Novo no Front
Batman
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Elvis
A Baleia
- Melhor Filme Internacional
Nada de Novo no Front (Alemanha)
Argentina, 1985 (Argentina)
Close (Bélgica)
EO (Polônia)
The Quiet Girl (Irlanda)
- Melhor Trilha Sonora Original
Nada de Novo no Front
Babilônia
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Os Fabelmans
- Melhor Canção Original
Diane Warren – “Applause” (Tell It Like a Woman)
Lady Gaga – “Hold My Hand” (Top Gun: Maverick)
Rihanna – “Lift Me Up” (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
M.M. Keeravaani e Chadrabose – “Naatu Naatu” (RRR)
Ryan Lott, David Byrne, Mitski – “This Is a Life” (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)
Que comece a maratona!
C.R.
sábado, 31 de dezembro de 2022
"O Trem do Terror", de Roger Spottiswoode (1980)
Que boa ideia!
Nem tanto...
Não quando dentro desse trem há um maníaco assassino que vai eliminando convidados.
Por quê?
Bem, não se abe ao certo mas tudo indica que os crimes estejam sendo cometidos por vingança.
Três anos antes um estudante do curso de medicina, o virgem da turma, Kenny Hampston, fora submetido a um trote de muito mau gosto, quando, na expectativa de finalmente transar com uma garota, fora colocado pelos veteranos, na cama com um cadáver. Agora, enquanto Kenny encontra-se num hospital psiquiátrico, traumatizado pela experiência, os outros comemoram o fim do curso e a formatura e para isso, organizam uma festa à fantasia num trem, na virada do ano. Só que alguém aproveita-se do anonimato garantido pelos disfarces e vai eliminando passageiros usando a máscara das vítimas à medida que as mata. Grouxo Marx, Lagarto, Pássaro, Bruxa... Nosso serial-killer, ao contrário de um Jason, Michael Myers, de um Ghostface, não tem uma máscara só, assumindo a "identidade" do último que matou e, desta forma, circulando livremente entre os convidados, como mais um formando, sem levantar suspeitas. Seria o perturbado Kenny Hampston? Mas ele não estava no hospital psiquiátrico? (pelo que se sabe, ele teria matado uma pessoa no manicômio...) E qual seria aparência dele agora? Seria ele o mágico que dava espetáculo no vagão do fundo e que ninguém lembrava de ter contratado? Ou outro formando qualquer? Quase impossível saber entre tantas máscaras e fantasias.
Embora, na maioria das vezes, as mortes não sejam mostradas explicitamente, algumas são bastante chocantes, o terror é intenso e o clima de ameaça é constante e imprevisível. Além disso, a limitação de um veículo em movimento, seus corredores estreitos e o inevitável final dos vagões, garantem um clima claustrofóbico e angustiante.
Já consagrada no gênero, por conta de sua estreia de dois anos antes, "Halloween", a então jovem Jamie Lee Curtis é a estrela da produção que também conta, curiosamente, com o ilusionista David Copperfield, como não poderia deixar de ser, no papel do mágico, que tem até um certo protagonismo na trama, chegando a ser apontado como um dos possíveis suspeitos pelos crimes na locomotiva.
Dirigido por Roger Spottiswoode, que viria a fazer o bom "O Amanhã Nunca Morre", de James Bond, anos depois, "Trem do Terror" é um clássico dos primórdios do slasher com um serial-killer interessante que ao contrário do que acostumamos a ver, não tem um rosto só. Não é uma máscara branca sem expressão, não é uma máscara de hóquei, nem de bebê, nem feita de pele humana. Pode ser qualquer coisa, qualquer um... E isso o torna mais perigoso e ameaçador. Garantia que ninguém dentro daquele trem tenha uma passagem de ano tranquila.
Grouxo, Lagarto, Velha? O assassino pode ser qualquer um e estar em qualquer lugar naquele trem do terror. |
Assista:
"O Trem do Terror" (1980) completo legendado
Cly Reis
domingo, 10 de maio de 2020
Mãe é Mãe - Algumas das Mães Mais Marcantes do Cinema
Ela, inatingível, pairando sobre tudo. |
2. "Psicose", de Alfred Hitchcock (1960) - Esse é o caso de uma mãe que é fundamental para a trama mas, na verdade, não está presente fisicamente o tempo inteiro durante o filme. Hitchcock, genial como era, até nos deixa com a pulga atrás da orelha num primeiro momento, sugerindo alguma farsa ou assombração, uma vez que nos tornando conhecedores do fato que a mãe do dono do motel, Norman Bates, está morta, faz aparecer um vulto feminino na janela da casa, nos deixa ouvir uma bronca de voz feminina envelhecida no filho Norman e, por fim mostra-nos uma senhora de cabelos brancos e coque esfaqueando a cliente loura no chuveiro, numa das cenas mais clássicas do cinema. "Como assim?", pergunta-se o espectador de primeira viagem. Acho que não vou dar *spoiler porque a essas alturas, mesmo quem não viu, está cansado de saber que é o próprio Norman que, perturbado e esquizofrênico assume o papel da mãe, vestindo-se como ela e punindo quem quer que seja que venha a despertar algum tipo de desejo no reprimido Norman.
É incrível mas uma das mães mais célebres do cinema, não está verdadeiramente no filme. Loucura!
3. "O Bebê de Rosemary", de Roman Polanski (1968) - Rosemary (Mia Farrow) é uma futura mãe que pressente uma ameaça ao filho que ainda está em sua barriga, vinda de seus vizinhos, um casal de velhotes estranhos e enxeridos e, por incrível que pareça, de seu próprio marido. Tudo começa quando se mudam para o novo apartamento, conhecem os vizinhos e não muito tempo depois, o esposo, um ator pouco valorizado, ganha um papel importante em um filme em virtude da morte do ator que interpretaria o papel. O marido passa agir estranhamente, os velhos passam a estar constante e inconscientemente presentes em sua casa e sua vida e até mesmo administram à grávida uma estranha dieta à base de algumas ervas de origem e efeitos duvidosos. Aos poucos Rosemary, fragilizada física e emocionalmente, começa a desconfiar estar sendo vítima de alguma espécie de seita para a qual o bebê que leva dentro de si, provavelmente, virá a ser elemento chave.
Paranoia, imaginação, ansiedade, fantasia, reflexo de sua fraqueza física, estresse da gravidez? Exagero ou não, essa mãe vai brigar até o último instante para proteger seu filho de algo que, na verdade, nem ela sabe bem ao certo do que se trata mas que, pelo que vai se apresentando a ela, parece algo muito, muito maligno.
Mães e filhas e suas histórias. |
A maluca mãe de Carrie, disposta tudo para
que a filha continue pura.
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A velha podia ser louca, mas não dá pra dizer que ela não avisou.
Sarah Connor não vai permitir que robô nenhum
se meta com seu filho.
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Ela é fria é pragmática, objetiva, dura, durona, mas não poderia ser de outra maneira quando se sabe que seu filho, além de já ser naturalmente importante somente por ser seu filho, pode ser a salvação da humanidade.
9. "Leonera", de Pablo Trapero (2008) - Circunstância estranhas... Um homem morto, outro ferido, uma mulher inconsciente. Um dos dois seria o assassino? Teria sido uma quarta pessoa? Por que não ela não lembra de nada? Teria sido drogada? Ou não quer lembrar? O fato é que nesse mistério todo, a garota é quem vai parar na cadeia, só que grávida como se encontra, é enviada a uma instituição onde é permitido que as internas tenham lá seus bebês e depois permaneçam com as crianças no presídio, até os 4 anos de idade. Revoltada com a gravidez, relutante e resistente em ter o filho, num primeiro instante, Julia Zarate (Martina Gusmán), aos poucos vai sendo conquistada pelo seu pequeno rebento e seu instinto e amor de mãe acabam prevalecendo, fazendo dela uma mãe atenciosa e carinhosa, mesmo dentro daquele ambiente prisional.
O lugar, mesmo com as características tradicionais de uma instituição carcerária, em muitos momentos acaba parecendo uma creche e a presença das crianças acaba iluminando um pouco o lugar e garantindo-lhe, de certa forma, sempre um rasgo de alegria e esperança.
Só que em meio às situações corriqueiras de um presídio, envolvimentos íntimos, desavenças com outras internas, visitas do advogado, audiências de apelação, Julia vê-se às voltas com as investidas de sua mãe para levar o neto dali daquele ambiente que considera pouco apropriado para a criação de uma criança. Sob pretexto de tratar um resfriado do menino, a avó consegue convencer a mãe a tirá-lo de lá, em princípio, apenas para uma consulta médica, com a promessa de levá-lo de volta. Só que isso não acontece e aí Julia vai fazer de tudo para ter seu filho de volta.
Filme de uma mãe que até hesita um pouco no ofício divino que lhe é concedido mas que a partir do momento que se sente mãe, não vai deixar que ninguém tire isso dela. Uma leoa que protege sua cria a qualquer custo.
Uma das mortes clássicas de "Sexta-Feira 13".
Jason aprendeu direitinho com a mamãe.
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domingo, 31 de dezembro de 2017
12 Filmes de Ano Novo
Filmes natalinos são bastante comuns, desde gostosas comédias como "Esqueceram de Mim"; aventuras frenéticas como "Duro de Matar", terror de péssimo nível como o infame "Krampus"; até dramas europeus como o clássico "Fanny e Alexander" de Ingmar Bergman que tem seu momento de celebração de Natal. Mas, em se pensando nas festas de final de ano como um todo, os de ano novo são bem mais raros. Então o Claquete fez um esforço de memória e alguma pesquisa pra ajudar e trouxe aqui para vocês doze filmes marcantes de virada do ano. Alguns melhores, outros piores, alguns clássicos, outros bem dispensáveis, mas todos de alguma maneira emblemáticos dentro do tema.
Confiram então a nossa lista e feliz ano novo.
Talentos desperdiçados
num filme medíocre
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A antiga estrela Norma Desmond
com seus trejeitos e gestual exagerados.
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Gabriel Byrne encarna bem o belzebu
em "Fim dos Dias"
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A grande luta na noite de ano novo |
O ambiente pode modificar o homem? Este é o mote da aposta dos irmãos Duke.. |
6. "O Destino do Poseidon", de Ronald Neame (1972) - Na noite de ano novo, pouco depois da virada, um transatlântico de luxo, lotado de passageiros, é atingido por uma onda gigantesca e virado de cabeça para baixo, começa lentamente a afundar. Aí é quando um pastor cético, vivido por Gene Hackmann, e um policial acovardado, Ernest Bornigne, tentam conduzir outros poucos passageiros ao casco do navio (que está na superfície) onde talvez tenham alguma chance de serem vistos e resgatados.
Típico filme catástrofe bem característico da época, como "Inferno na Torre", "Krakatoa - O Inferno de Java", "Aeroporto 75", "Terremoto", e outros.
Tirnado um momento em que poderia ser mais ágil, "O Destino do Poseidon" é um bom filme e mantém a tensão o tempo todo depois do início da tragédia. Só cuidado para não enjoar. A câmera, em grande parte do filme, fica balançando angustiantemente, como se o espectador estivesse a bordo.
O jovem Arnie é outra pessoa atrás do volante de Chritine. |
Na véspera de ano novo, Arnie chama o amigo Dennis pra dar uma voltinha na Christine e em meio a uma exibição de velocidade e imprudência, o amigo percebe o quanto aquela máquina maldita mudara o garoto que conhecera desde a infância. Prato cheio para amantes do terror e de rock'n roll uma vez que Christine adora ligar seu rádio por conta própria e tocar clássicos do rock.
O beijo da morte de Michael Corleone |
O atrapalhado mensageiro Ted vivendo
uma noite de ano novo um tanto agitada.
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10. "Boogie Nights - Prazer Sem Limites", de Paul Thomas Anderson (1997) - Um clássico imediato e um dos melhores filmes dos últimos tempos, "Boogie Nights - Prazer Sem Limites" é uma preciosidade. Impecável em todos os sentidos, roteiro, fotografia, atuações excelentes e uma direção primorosa, o filme traz dois planos sequência que só quem entende do assunto é capaz de fazer. Acompanhando a indústria pornográfica desde o final dos anos 70 e focando na vida de um rapaz que se torna astro do gênero Dirk Diggler (Mark Wahlberg), "Boogie Nights" também volta-se para outros personagens periféricos mas não menos interessantes e importantes dentro do contexto. É o caso de Little Bill, vivido por William H. Macy (espetacular no papel!), assistente do diretor Jack Horner (Burt Reynolds) que, casado com uma estrela pornô, convive humilhantemente com constantes traições da esposa, e não falo das atuações dela nos filmes, e sim de suas trepadas fora do set de filmagem.
Cansado daquilo, na festa de ano novo promovida por Horner, num plano sequência arrebatador, Little Bill entra na luxuosa casa de Horner, percorre os cômodos, pergunta pela esposa para os amigos e a encontra num quarto, mais uma vez transando com outro homem. Ele fecha a porta do quarto parecendo resignado, volta pelo mesmo caminho, chega ao pátio e vai até o carro. O espectador é levado por um breve momento a crer que ele, corno conformado como é, simplesmente vai ligar o carro e ir pra casa. Mas não. Ele se inclina, pega algo no porta luvas, não temos certeza mas logo percebemos que é uma arma. Ele sai do carro, volta pelo mesmo caminho, chega na porta do quarto e dali mesmo mata os dois. Só então a cena corta. Os outros convidados assustados correm para o local de onde ele sai com a arma e com uma expressão meio abobalhada no rosto. Ele sorri, mete a arma na boca e dispara.
Uma das grandes cenas da história do cinema e, sem dúvida um dos melhores e mais impactantes planos sequência já feitos e já que é o nosso tema, se passa na noite de ano novo.
11. "Se Meu Apartamento Falasse", de Billy Wilder (1960) - Mais um de Billy Wilder e mais um grande filme. "Se Meu apartamento Falasse", vencedor de 5 Oscar, incluindo os de filme e direção, mistura com maestria drama, romance e comédia , abordando temas delicados como ética, adultério, depressão, suicídio, sem deixar o filme pesado.
Lemmon e MacLaine brilhantes
no filme de Wilder.
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12. "Harry e Sally, Feitos Um Para o Outro", de Rob Rainer (1989) - Não sou muito de comédias românticas mas essa, devo admitir, é das minhas preferidas. Provavelmente por seu realismo (sim, realismo) uma vez que em meio à comicidade que o filme se propõe, muito das situações vividas pelos personagens são baseadas em histórias reais, entrevistas, relatos de casais, terapeutas conjugais e amigos. Harry e Sally se conhecem desde que acabaram a faculdade e ele dá uma carona a ela até Nova Iorque. Num primeiro momento ele dá em cima dela, ela o odeia, se separam em Nova Iorque, se reencontram, tornam-se amigos, muito amigos, confidentes, compartilham amizades, apadrinham relacionamentos, servem de ombro um para o outro nas decepções amorosas, mas parece que a amizade acaba fazendo com que não percebam que o par ideal está ali, bem mais perto do que imaginam. O estalo ocorre exatamente na noite de ano novo quando Harry, entediado, anda solitário pelas ruas da cidade. Em meio à sua caminhada ele percebe que tudo que queria era estar com ela naquela noite. Ele então, como se o mundo fosse acabar, sai correndo em direção ao prédio onde acontece uma festa de ano novo na qual Sally está. Na hora da contagem Harry chega, faz uma das declarações de amor mais apaixonantes do cinema e finalmente eles acabam juntos. Foi spoiler? Não! O título do filme já entrega tudo: são feitos um para o outro. O grande barato do filme mesmo é curtir cada fase da vida e do relacionamento deles até chegar naquele momento. No quesito cenas de ano novo, a de "Harry e Sally" sem dúvida alguma, é um das mais marcantes.
* também podem ser lembrados, "200 Cigarros", "O Dário de Bridget Jones", "O Primeiro Dia", "Os Penetras", "O Acampamento", Primeiro Dia de Um Ano Qualquer", "Uma Longa Queda", "Onze Homens e Um Segredo" (1960), "O Amor Não Tira Férias", "Sex And The City - O Filme", "O Expresso do Amanhã", Em Busca de Um Beijo à Meia Noite" e "Fruitvale Station" (se lembrarem de mais algum, deixe nos comentários)
por Cly Reis