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quarta-feira, 22 de março de 2023

Debate "O trabalho dos profissionais da crítica nos festivais e mostras de cinema" - I Encontro dos Festivais Ibero-Americanos - Cinemateca Capitólio - Porto Alegre/RS (26/3)

 

No próximo domingo, através da ACCIRS, eu participo como mediador de um debate sobre a crítica e festivais de cinema dentro do I Encontro dos Festivais Ibero-Americanos, que ocorre na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, entre os dias 23 e 27 de março. No painel "O trabalho dos profissionais da crítica nos festivais e mostras de cinema", que acontece no dia 26/03, às 15h, será debatido sobre o espaço da crítica nos eventos de cinema e qual seu papel no fomento da cinefilia. 

Participam da mesa Ivonete Pinto, colega de ACCIRS e editora da revista Teorema, o argentino David Obarrio, programador da Buenos Aires Festival (Bafici), e o mineiro Victor Guimarães, curador do Festival Internacional de Cine de Valdivia (FICValdivia).

A iniciativa é da Coordenação de Cinema e Audiovisual e Fundacine e tem como eixo central a criação de um espaço de intercâmbio entre alguns dos principais eventos da Ibero-América, com mesas e painéis temáticos, além de uma Mostra de obras cinematográficas que tiveram relevância no cenário destes eventos. 

Alta expectativa. Após o evento, claro, a gente faz registros e conta aqui como foi. Mais informações sobre o evento, que contém uma série de outras atividades, basta conferir aqui: www.fundacine.org.br  


Daniel Rodrigues

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Música da Cabeça - Programa #231

 

Em semana de 7 de Setembro, proclamemos nossa independência no MDC. Aliás, o que o Brasil sabe muito bem, a se ver por Erasmo Carlos, Black Alien, Mutantes e Lia de Itamaracá, que estarão no programa hoje. Afora eles, têm também os estrangeiros Beach Boys, Talking Heads e The Cardigans que também falam por si próprios. Ainda, quadros fixos e móveis, tudo no programa desta quarta, às 21h, na proclamada Rádio Elétrica. Produção, apresentação e grito do Ipiranga: Daniel Rodrigues. (além de um outro retumbante de #forabozo)


Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

30 anos de construção de uma identidade cultural extintos numa única medida provisória


Sou produtora cultural desde 1998 e, em 20 anos de atividades ininterruptas, realizei projetos em todas as áreas e segmentos. Neste tempo acompanhei a criação de associações, institutos, fundos, leis e processos colaborativos. Aprendi a escrever projetos orientada por planos públicos governamentais, a encaminhar propostas e ver o dinheiro público sendo aplicado em cultura beneficiando diversas comunidades. Muitas etnias ganharam voz. Muitos grupos discriminados começaram a ser vistos, a ser reconhecidos como emissores culturais. Muitas expressões nesse imenso país ganharam forma e ampliaram-se uns aos outros na escuta. Todo o investimento cultural foi uma conquista lapidada em anos de trabalho por muitas pessoas que desenvolveram políticas culturais para todos, vencendo obstáculos, preconceitos e autoestimas até então destinadas somente a ações estrangeiras. O Brasil se deu conta que é criativo e que mantém parte da sociedade de forma econômica via cultura. A cada passo dado para avançar positivamente nesse cenário, às vezes, sedia alguns passos para trás, pois quase sempre alguma notícia de descrença nesse processo legítimo era questionado.

Precisamos entender que existir culturalmente livre não fez parte da historia da América Latina, por causa da questão bélica militar que marca a história desse continente. Então toda essa estrutura cultural é um ato de descoberta de uma identidade e de uma força de produção antes nunca desvelada. Por isso termos um Ministério da Cultura, e demais instituições estaduais e municipais exclusivamente cuidando da cultura brasileira é um bem resultante de muita luta, muita sapiência e dedicação.

Entretanto, estávamos numa fase ainda muito inicial dessa construção e por isso essa medida expedida ontem pelo atual Presidente da Republica é um ato que terá consequências históricas graves para todos nós, trabalhadores da cultura ou simplesmente consumidores.

Nestes anos de leis e planos nacionais desenvolvidos para a promoção cultural brasileira, inúmeras propostas incentivaram e patrocinaram atividades das mais diversas, envolvendo todas as áreas culturais. Boa parte dessa construção cultural faz parte da minha história de vida. Sou parte da grande massa de produtores culturais que organizaram seus projetos culturais através das leis de incentivo à cultura, entre elas a Rouanet, criada com o objetivo de incentivar e fomentar políticas culturais pelo país.

Sem um órgão legislador que responda por essa manutenção das políticas, parte dessa estrutura virá abaixo. E fico pensando como será nos próximos anos reorganizar a cadeia produtiva cultural de forma livre.

Nesse 3 de janeiro de 2019, lamento imensamente que esse ato tenha ocorrido tão logo a posse presidencial porque só evidencia o despreparo que esse grupo de “políticos” carrega consigo. A partir de hoje todos nós perderemos boa parte do que conquistamos de maneira coletiva, suada e dialogada exaustivamente ao longo de 30 anos. Uma das fontes que mantém a vida pulsando. Hoje uma ação somada às recentes notícias quanto a exclusão de políticas para os grupos LGTBs, da demarcação das terras indígenas e sobre a importância dos alimentos orgânicos, sei que outras tantos desmanches virão. Mas desde que houve eleições eu sabia que nada seria em prol do aprimoramento e respeito humano, porque quem assumiu esse comando precisa aprender a utilizar o poder de maneira benéfica e não destrutiva. Ao destruir políticas, segmentos, etnias e mobilizações de grupos sociais variados, se criará o quê?

2019 começou, e nós vamos continuar existindo de maneira ainda mais intensa, criativa e resistente do que antes. Apesar de você!


domingo, 5 de novembro de 2017

Lançamento da revista “Obscena – Observe a Cena Underground”



Underground significa, literalmente, subterrâneo. É usado para denominar a cultura que não está nas grandes mídias e nem sob os holofotes, subsistindo na marginalidade e de forma totalmente independente. Logo, é comum que a maioria das pessoas desconheça a arte underground que acontece bem ao seu lado. Porque estes artistas não estão na TV, nas rádios e nos jornais, não participam dos eventos oficiais, não recebem prêmios, medalhas e condecorações. Mas seguem existindo, atuando, movimentando uma cena na qual estamos todos inseridos, direta ou indiretamente.

Observar esta cena é o objetivo da revista Obscena – Observe a Cena Underground, uma publicação da Editora Os Dez Melhores, de Carazinho/RS, com projeto gráfico de Sergio Chaves, da Charlotte Estúdio. A revista busca não somente trazer à luz estes muitos artistas subterrâneos, mas também levantar um debate sério sobre a importância desta arte, que pulsa e vibra longe do centro e da superfície, mas perto de cada um.

A revista reúne quase 100 artistas, todos independentes, de 20 cidades da região e das mais diferentes áreas: ilustração, fotografia, culinária, literatura, maquiagem, música, tatuagem, moda, artesanato. Além disso, a 1ª edição da Obscena traz também 6 reportagens, 10 entrevistas e 17 artigos sobre a arte e a cultura underground, ilustrados com desenhos e fotografias de artistas locais. A Obscena convida a conhecer e reconhecer a arte que está ao alcance de nossas mãos, mas também a refletir e debater sobre o nosso papel nesta cena.

Jana Lauxen, escritora e editora do projeto, afirma que a ideia é registrar uma janela de tempo na história da arte independente de nossa cidade e região, para que a revista possa servir como um retrato cultural local de um determinado período:

– É uma forma de armazenar uma parte da nossa própria história. Imagine como seria massa ter em mãos hoje uma revista publicada nos anos 60 com artistas e projetos culturais locais? Bem, nossos bisnetos terão em mãos uma destas revistas – diz.

A Obscena será lançada dia 11 de novembro, entre 16h e 20h, no Sindicato dos Bancários (Rua Venâncio Aires, 338, Centro), em Carazinho/RS. Junto ao lançamento acontecem também exposições e feira de arte com alguns dos muitos artistas que participam desta 1ª edição, e shows com a banda Rastilho, o projeto Formato Mínimo e o rapper Josué Quadros. A sonorização é por conta do DJ Christiano Naza.

Com tiragem limitada, a revista estará disponível para venda durante o lançamento por apenas R$19,90.

Então vem junto observar a nossa cena underground! A entrada é franca e a arte é daqui.
Mais informações: contato@editoraosdezmelhores.com.br

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SERVIÇO
lançamento da revista Obscena – Observe a Cena Underground
quando: 11 de novembro, entre 16h e 20h,
onde: Sindicato dos Bancários (Rua Venâncio Aires, 338, Centro), Carazinho/RS)
valor da revista: R$19,90 (tiragem limitada)