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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

14 anos, 14 convidados

 








E o clyblog chega a seus 14 anos de idade.

Parabéns para nós!

E parabéns para nós, principalmente, por, durante todo esse período de existência, termos tido a honra de contar com colaborações valiosas de convidados das mais diversas áreas. Escritores, jornalistas, músicos, fotógrafos, artistas, deram suas contribuições a partir de suas experiências, preferências pessoais e respectivos repertórios culturais, abrilhantando momentos especiais do nosso blog em datas importantes, números redondos de publicações ou em nossos aniversários anteriores.

Para comemorar os 14 aninhos e essas colaborações maravilhosas, relembramos aqui, exatamente, 14 momentos, 14 participações especiais, 14 grandes convidados que nos proporcionaram publicações de altíssima qualidade e conteúdo valiosíssimo para o Clyblog.

Então aí vão 14 participações de convidados durante os 14 anos, até aqui, de ClyBlog:


1.
Em 2013, o escritor, teólogo, filósofo, ensaísta, crítico de arte, poeta e cronista gaúcho, Armindo Trevisan, nos deu de presente de Natal uma belíssima crônica que sugeria uma merecida reverência silenciosa a um momento tão importante como é o caso do nascimento de Cristo, no nosso 
Cotidianas Especial de Natal.

"(...)Que maravilhoso seria se, na comemoração do Natal, as nações cristãs, concordassem em instituir um minuto de silêncio em homenagem a tão grande Mistério!
Seria preciso que não se ouvisse som algum em nosso mundo!
Seria preciso que a paz, silenciosa como as estrelas (ao contrário de nossos ícones que, para serem ovacionados, inflamam as multidões) entrasse nos corações na ponta dos pés, e aí fizesse adormecer as almas ao som da Noite Feliz, traduzida para o português por um frei franciscano de Petrópolis, o qual preferiu o adjetivo feliz ao adjetivo original alemão stille: Noite Silenciosa! (...)"


Leia o texto na íntegra:

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2.
Marcando a publicação de número 200 dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, convidamos um cara com autoridade para falar de sua banda favorita: Roberto Freitas, vocalista da banda The Smiths Cover Brasil, uma das mais respeitadas bandas cover do Brasil, revelou tudo sobre sua paixão pelo disco "Meat is Muder", o primeiro que teve da banda, e o álbum que o impulsionou a querer estar em cima de um palco.


"(...) As pessoas sempre me perguntam até hoje qual a minha musica preferida dos Smiths e eu respondo sem pensar muito :"Não tenho apenas uma tenho pelo menos umas dez e a maioria estão no álbum 'Meat is Murder' (...)"




Leia o texto na íntegra:


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3.
Em 2018, para os nossos 10 anos, o convidado Wladymir Ungaretti, fotógrafo e professor de jornalismo da UFRGS, compartilhou conosco um de seus ensaios fotográficos para a nossa seção Click, chamado "Imagens para melhor imaginar". Modelos em situações sensuais, no limite do vulgar, do sujo. Erótico com um toque de mistério. Não poderia ter sido mais preciso no conceito: fotos que mostram, mas que deixam muito para a imaginação.



"(...) Este é um espaço reducionista. Escrevemos a partir de muitos pressupostos. São muitas as variáveis na conceituação do que seriam fotos pornográficas ou, simplesmente, eróticas. Conceitos determinados por cada contexto histórico e por cada cultura. Uma obviedade muitas vezes esquecida. Fotógrafos estão olhando, sempre, o trabalho de outros fotógrafos. Mesmo quando, por absoluto egocentrismo, digam que não, Faço questão de "copiar". De me deixar influenciar por outros fotógrafos. Busco o despojamento do surrealista Man Ray. A "pornografia" do japonês Araki. Os cenários surpreendentes de Jan Saudek. Pode parecer muita pretensão. Não canso de olhar livros dos fotógrafos que, por razões muitas vezes nada precisas, tocam o meu "olhar". Fotografei estas modelos inspirado pela ideia de Vilém Flusser que diz: "produzimos imagens para melhor imaginar".



Veja o ensaio:
Imagens para melhor imaginar



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4.
Para falar de uma banda e de um álbum, nada melhor do que alguém que criou a banda, foi seu integrante, compôs músicas e tocou no álbum. Carlos Gerbase, hoje, doutor em comunicação social, em outros tempos foi baterista e vocalista da banda Os Replicantes e para o ÁLBUNS FUNDAMENTAIS Especial de 5 anos do ClyBlog, falou sobre o lendário primeiro disco da banda, lá de 1986.


"(...) na hora de decidir como o nosso primeiro LP se chamaria, alguém sugeriu (provavelmente eu mesmo, mas não tenho certeza) que o disco se chamasse “O Futuro é Vortex”. Foi uma  boa escolha. Ele estava cheio de canções de ficção científica, e esse título era uma boa síntese (...)"




Leia o texto na íntegra:
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5.
O jornalista gaúcho Márcio Pinheiro, especialista na área de jornalismo cultural, com passagens pelas redações de jornais como Zero Hora, Jornal do Brasil, Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo, autor do recém lançado livro "Rato de Redação - Sig e a História do Pasquim", amante de música, especialmente de jazz e MPB, nos deu o privilégio de compartilhar sua admiração pelo disco "Quem é Quem", de João Donato, nos nossos 
ÁLBUNS FUNDAMENTAIS. Segue aí um trecho da resenha:


"[João Donato] Era um músico dos músicos, respeitado pelos seus pares mas pouco conhecido pelo público. Da convivência com o cantor Agostinho dos Santos, um grande incentivador de seu trabalho, nasceu a ideia de colocar letras nas suas músicas (...)"




Leia o texto na íntegra:

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6.
Cléber Teixeira Leão
, além de meu primo e um excelente músico, é professor de História e um de seus focos, nas aulas que ministra na rede estadual do Rio Grande do Sul tem sido as relações étnico-raciais, com foco no conceito do estudo crítico da branquitude. Nessa linha, falou para o Claquete do ClyBlog, sobre a representatividade negra nas mídias de entretenimento norte-americanas, nas comemorações de 12 anos do blog. Muito interessante o texto e análise do nosso convidado. Confere só:


"(...) Ainda que de forma ficcional, o Pantera Negra serviu e serve ainda hoje, como símbolo dessa quebra de padrões e imposições, além é claro de personificação imagética do antirracismo. Quando o Marvel Studios lançou em 2017 o filme "Pantera Negra" nos cinemas, a repercussão política e social do Blockbusters foi tanta, que gerou uma das maiores bilheterias da franquia de heróis até hoje (...)"




Leia o texto na íntegra:

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7.
Uma das histórias mais curiosas e engraçadas de bastidores já contadas no ClyBlog foi relatada por Castor Daudt, ex-guitarrista da banda DeFalla, sobre uma ocasião em que encontraram um integrante da banda New Order, num camarim de um show em São Paulo. Foi para o Cotidianas Especial de 10 anos do ClyBlog, em 2014. Não vou contar mais nada aqui porque vale a pena você mesmo ler.


"(...) Depois do show eu fiquei sozinho no camarim, descansando. Era raro ter um minuto de sossego, na época.
De repente entra um cara meio estranho, no camarim..."




Leia o texto na íntegra:


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8.
As andanças, por aí, dos nossos convidados também nos trazem colaborações muito interessantes. Fabrício Silveira, jornalista e escritor, quando de sua passagem por Manchester, na Inglaterra, cidade  berço de bandas como Joy Division, The Smiths, Stone Roses, The Fall, entre outras, presenciou, possivelmente, o surgimento de mais um nome para se guardar vindo daquele lugar: The Sleaford Mods, uma dupla de eletrônico, punk, minimalista..., estranha mas muito interessante. Nosso convidado nos contou da experiência de ter presenciado um show desses caras para o nosso ClyLive.


"Não há quase nada em cima do palco. Não há equipamento algum, além de um pedestal de microfone e uma mesa de bar, lado a lado. É até um pouco estranho encontrar ali aquele móvel rústico, com pernas dobráveis, trabalhado em madeira nobre. Sobre ele, há um laptop fechado, discreto, quase invisível, que se confunde aos desenhos e aos padrões cromáticos da toalha de mesa. Ao fundo, espessas cortinas de veludo escuro. Em contraste, há uma forte luz branca, opressiva e desconfortável. Este é o cenário. Não há mais nada em cima do palco (...)"



Leia o texto na íntegra:


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9.
Nosso convidado de um dos especiais dos 11 anos, lá de 2019, participou da gravação desse álbum histórico da música brasileira. Waldemar Falcão, músico, astrólogo e escritor, tocava na banda de Zé Ramalho quando o cantor gravou se clássico "Zé Ramalho 2" ou "A Peleja do Diabo com o Dono do Céu", de 1979. Ou seja, pouca gente estaria tão autorizada a comentar sobre a obra, as músicas, a atmosfera do álbum. Saca só...



"Quanto mais o tempo passa, mais nos damos conta de que ele na verdade voa mesmo... Quando penso que se passaram 40 anos desde que gravamos esse lendário LP (permitam-me...), chega a ser difícil de acreditar (...)"




Leia o texto na íntegra:

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10.
Um dos muitos convidados que participaram das nossas comemorações de 
10 anos, foi o ator e diretor de teatro Cleiton Echeveste que destacou para a nossa seção Claquete, o filme nacional "Tinta Bruta", de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, de 2018. E, na boa, se ele falou bem do filme, é porque é bom mesmo, porque de atuação e direção o cara conhece.



"(...) Na minha relação com a arte, busco ser o menos analítico possível ao vivenciá-la, esteja eu no lugar de criação ou de fruição. A análise é fria e requer distanciamento, e foi exatamente o contrário disso que “Tinta Bruta” me proporcionou: a vivência da minha humanidade, da minha falibilidade, de dores que são também minhas e que são, por isso, plenamente identificáveis(...)"




Leia o texto na íntegra:


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11.
Ele já havia sido 
ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, com seu disco  “Sambadi”, de 2013, e convidado a escrever sobre um disco de sua admiração para os 8 anos do Clyblog, o cantor, compositor e arranjador Lucas Arruda, escolheu falar sobre um dos trabalhos que mais o influenciara, "Robson Jorge & Lincoln Olivetti", de 1982. Um AF comentando sobre outro. Essa foi certamente uma participação especialíssima que tivemos.



"(...) Alegria imensa em poder falar um pouco deste álbum! Pessoalmente, é o disco que mais influenciou em termos de arranjo, sonoridade, composição. Minha bíblia! (...)"




Leia o texto na íntegra:


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12.
Esse cara sempre trazia coisas muito curiosas, interessantes e diversificadas pra o Clyblog. Cinéfilo, fã de cinema anos 70, filmes clássicos, faroeste, colecionador e admirador de cultura pop, além de conhecedor de literatura e folclore sul-americano, Francisco Bino colaborou com o blog durante alguns meses e sempre nos surpreendeu com assuntos instigantes e muita informação. 
Num desses textos, nos conta sobre as inspirações em religiões afro na clássica canção "Sympathy for the Devil", dos Rolling Stones. Dá só uma olhada:


"Em uma sexta-feira qualquer de 1968 depois de beber uma garrafa e meia de Jim Beam, Mick Jagger invadiu bêbado e meio "alto" a uma terreira de Candomblé em Salvador na Bahia (...)"



Leia o texto na íntegra:


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13.
Colaboração ilustre e internacional no ClyBlog nos nossos 
12 anos. A escritora angolana Marta Santos aceitou nosso convite para falar sobre algum disco importante, segundo sua opinião, e nos surpreendeu com a ótima dica do trabalho de seu conterrâneo Elias Dya Kymuezu, com o disco "Elias", de 1969, cuja qualidade e influência é reconhecida na música brasileira por nomes como Martinho da Vila e Chico Buarque de Holanda. Abaixo, um trecho da resenha da nossa convidada:



"(...) Elias Dya Kimuezu é bangāo, cheio de classe. Faz lembrar os clássicos  americanos. Podemos facilmente perceber a humildade dele e a sua sensibilidade. A sua música, ou melhor, a essência das suas músicas, as suas canções são de lamento de quem lamenta a morte de alguém. Naquela altura, quando ainda eram colonizados, não se lamentava, só isso se lamentava, o sofrimento do povo, e até hoje o cantor não sai da sua canção, do seu ritmo. Porque a sua canção é invocação. Invoca a mãe, a dor invoca toda uma sociedade (...)"



Leia o texto na íntegra:


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14.
Um Super-Álbuns Fundamentais! Isso foi o que o convidado Lucio Brancato, músico, jornalista, colunista musical e apresentador de TV e rádio, nos proporcionou no nosso aniversário de 
10 anos. Pedimos para que ele nos falasse sobre um disco de sua preferência e ele nos deu cinco de uma vez só: Crosby, Stills, Nash & Young, com  "Déjà Vu", de1970; Yes, com "Close to The Edge", de 1971; Dillard & Clark, com o disco The Fantastic Expedition of Dillard & Clark, de 1968; Faces, com seu "Oh La La", de1973; e Kinks, com o álbum Face to Face, de 1966. Não tinha maneira melhor de fechar essa lista de colaborações do que essa. 


"Mudei o pedido do Daniel Rodrigues para escrever sobre um disco importante na minha vida.
Foram tantos que ficaria muito difícil selecionar apenas um. E mesmo assim, esta lista nunca é definitiva.
Resolvi listar cinco fundamentais na minha formação e talvez os discos que mais escutei na vida."



Leia as resenhas completas:

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Obrigado a todos os que colaboraram com o ClyBlog até aqui.
Todos os que foram lembrados nessa pequena listagem e a todos que não aparecem nela
 mas igualmente nos honraram com suas experiências, conhecimentos, bagagem e qualidade.
Muito obrigado a todos!  




C.R.
D.R.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

ÁLBUNS FUNDAMENTAIS ESPECIAL 12 ANOS DO CLYBLOG - Elias Dya Kymuezu - "Elias" (1969)


"Mamã kudilė ngö"


"Na vida do rei da música angolana encontrei o percurso de todos nós, angolanos. Elias fala por todos os Elias, todos os mais velhos de Angola".
Marta Santos

“O lamento transmitido na canção do povo de Luanda, que enfrentava o colono, e que o Elias espalhou por Angola inteira através da sua voz, constituiu uma forma de clamar o socorro para a liberdade do seu povo do jugo colonial”.
Marta Santos

A voz que acalma, o pranto das mamãs angolanas que viram seus filhos partirem e nunca mais voltarem.“Mamã kudilė ngö é-me muene ngui monå” (“Mamã não chores mais, eu também sou teu filho!”)  Um Semba na voz do cantor Elias Dya Kymuezu, o rei da música angolana. 63 anos de carreira, sempre a cantar em kimbundo, compondo e escrevendo as suas próprias músicas. Nunca cantou ou usou uma composição de outros.

O homem que recebeu na era colonial, pela mão do Luís Montez, o título de “rei da música angolana” quando o negro não era considerado gente, era menos que uma coisa. Ficou em terceiro lugar num festival de ex-colônias, em Santarém, Portugal. Foi chamado de fadista africano, porque diziam que: "Quando ele canta, minha alma encanta!" Santarém chorou e aplaudiu, mesmo não entendendo a letra e o dialecto. Sentiu o sentimento que a música carregava.

Em 1983, foi ao Brasil a convite do seu amigo Martinho da Vila para gravar com ele e Chico Buarque no grande projeto "Canto Livre de Angola".

Elias, hoje com 82 anos: voz e o
percurso do povo angolano


Certa vez, o cantor Percy Sledge veio até cá dar um concerto, na casa 70, e Elias faria o show de abertura. Mas Percy chegou cedo e o dono do espaço encontrou-o impávido a um canto espreitando Elias a cantar. Lembrou-lhe que o seu show do começaria às 21h, ele não entendia o porquê de tão grande estrela estar aí a espreitar o Elias. Percy respondeu que estava aí para ver um grande monstro da música angolana. E não se cansava de aplaudir de pé, apesar de algumas pessoas lembrarem-lhe que estavam aí para vê-lo a ele. Percy fez um grande show e disse a alto e bom som: "Esse homem motivou-me mais, porque acabei de ver uma coisa que qualquer grande músico espera ver no mundo”.

Elias Dya Kimuezu é bangāo, cheio de classe. Faz lembrar os clássicos  americanos. Podemos facilmente perceber a humildade dele e a sua sensibilidade. A sua música, ou melhor, a essência das suas músicas, as suas canções são de lamento de quem lamenta a morte de alguém. Naquela altura, quando ainda eram colonizados, não se lamentava, só isso se lamentava, o sofrimento do povo, e até hoje o cantor não sai da sua canção, do seu ritmo. Porque a sua canção é invocação. Invoca a mãe, a dor invoca toda uma sociedade.

Elias Dya Kimuezu traz-nós a lembrança dos ancestrais, o mesmo lamento, a mesma dor.
Ele faz a transição do tradicional ao moderno.

Um breve retrato do homem, o músico, rei da música angolana que retrata, nas suas músicas factos quotidianos, da vida nos bairros suburbanos de Luanda.

Aprendi com meu pai a respeitá-lo e a apreciá-lo.

A mensagem de conforto do filho para a mãe angustiada que vê, o filho partir a fim de se juntar aos combatentes da libertação, ou deportado (“transportado”, no dizer do povo) para o trabalho forçado nas roças  de São Tomé e Príncipe.

Essa mensagem de esperança, na qual o filho acredita na canção, “Mamã kudilė ngö”, do disco "Elias". É uma canção que acalma e limpa a lágrima da mamã negra que vê o filho partir para não mais voltar. Elias lembra as mamãs negras de Angola que “não chores mais, tu também sou teu filho...”

50 anos se passaram e eu tive o prazer de escrever o livro-biografia de Elias Dya Kymuezu: "A Voz e o Percurso de um Povo".

E continuo a emocionar-me com as canções do rei da música angolana.

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(NOTA DO EDITOR) Não há registro oficial quanto ao ano de lançamento do disco "Elias". Conforme a autora, também biógrafa do músico, a produção não ultrapassa o ano de 1970. Somando-se à informação de que o encontro de Elias Dya Kymuezo com o produtor angolano Valentim De Carvalho, produtor deste disco, ocorreu em 1969, creditou-se o lançamento  para este ano.



Vídeo de "Zé Salambinga" para a TV francesa, 1989



por  M A R T A    S A N T O S


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FAIXAS:
01. Watiaña - Instrumental
02. Uá Ué Muxima - Ai Meu Coração
03 Monami, Uá Muxima - Meu Filho Do Coração
04. Samba
05. Ressurreição
06. Ku Iéku - Não Vás
07. Entrudo
08. Nhajinga - Waya - Instrumental
09. Zom - Zom
10. Muénho Uá Mutu - Vida Humana
11. Zé Salambinga
12. Mama Kudile Ngó - Minha Mãe Não Chores
Todas as faixas de autoria de Elias Dya Kymuezu

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Marta da Silva Santos nasceu em Luanda, Angola, em julho de 1963. Com 15 anos foi para Portugal, onde decidiu viver e estudar Direito. Escritora infantil, valoriza em sua obra a oralidade e a ancestralidade do povo africano. É a primeira angolana pertencente à Academia de Letras e Artes Luso-Suíça e Membro da Associação Portuguesa de Poetas. Além da biografia "Elias Dya Kimuezo: a voz e o percurso de um povo" (2012), é autora também dos livros "Gita e Outros Contos" (2006), "Contos de Cá, Pedaços de Mim" (2013), "A Fada Clodi" (2015) e  "Tão Perto e Tão Longe: satisfação residencial e participação cívica nos bairros municipais de Lisboa" (2015).

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Música da Cabeça - Programa #141



Pirralhas, incendiários e energúmenos: uni-vos! O Música da Cabeça está com vocês provando que não tem Bozo que nos denigra. No programa de hoje, Mutantes, Joy Division, Carlinhos Brown, Public Enemy, Filho Do Zua, Secos & Molhados e mais. Ainda tem a segunda parte da entrevista com a escritora angolana Marta Santos, “Música de Fato”, “Palavra, Lê” e mais. Tudo no MDC, às 21h, na Rádio Elétrica, antro dos que sabem o valor que têm. A produção e a apresentação são do pirralho, incendiário e energúmeno Daniel Rodrigues, com muito orgulho.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Música da Cabeça - Programa #140


A beleza e a integridade da mulher negra vão tomar o Música da Cabeça  edição 140. Na semana em que a Miss Universo veio da África, é do mesmo continente berço da humanidade a nossa primeira entrevista internacional: a escritora angolana Marta Santos. Ela falou conosco sobre literatura, Marielle Franco, intercâmbio cultural, negritude, Conceição Evaristo e mais. Ouça a primeira parte desta conversa no programa desta quarta, que terá também música, notícia e tudo mais. É na kizomba da Rádio Elétrica, às 21h. Produção e apresentação africaníssimas: Daniel Rodrigues.




Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/