sábado, 20 de setembro de 2025
Dia do Baterista: os melhores na opinião dos bateristas (e não-bateristas também)
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
14 anos, 14 convidados
E o clyblog chega a seus 14 anos de idade.
Parabéns para nós!
E parabéns para nós, principalmente, por, durante todo esse período de existência, termos tido a honra de contar com colaborações valiosas de convidados das mais diversas áreas. Escritores, jornalistas, músicos, fotógrafos, artistas, deram suas contribuições a partir de suas experiências, preferências pessoais e respectivos repertórios culturais, abrilhantando momentos especiais do nosso blog em datas importantes, números redondos de publicações ou em nossos aniversários anteriores.
Para comemorar os 14 aninhos e essas colaborações maravilhosas, relembramos aqui, exatamente, 14 momentos, 14 participações especiais, 14 grandes convidados que nos proporcionaram publicações de altíssima qualidade e conteúdo valiosíssimo para o Clyblog.
Então aí vão 14 participações de convidados durante os 14 anos, até aqui, de ClyBlog:
Em 2013, o escritor, teólogo, filósofo, ensaísta, crítico de arte, poeta e cronista gaúcho, Armindo Trevisan, nos deu de presente de Natal uma belíssima crônica que sugeria uma merecida reverência silenciosa a um momento tão importante como é o caso do nascimento de Cristo, no nosso Cotidianas Especial de Natal.
"(...)Que maravilhoso seria se, na comemoração do Natal, as nações cristãs, concordassem em instituir um minuto de silêncio em homenagem a tão grande Mistério!
Seria preciso que não se ouvisse som algum em nosso mundo!
Seria preciso que a paz, silenciosa como as estrelas (ao contrário de nossos ícones que, para serem ovacionados, inflamam as multidões) entrasse nos corações na ponta dos pés, e aí fizesse adormecer as almas ao som da Noite Feliz, traduzida para o português por um frei franciscano de Petrópolis, o qual preferiu o adjetivo feliz ao adjetivo original alemão stille: Noite Silenciosa! (...)"
Leia o texto na íntegra:
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Os Replicantes - Bar Opinião - Porto Alegre (Julho/1997)
Já vi muitos shows, já vi alguns artistas mais de uma vez mas, sem dúvida alguma, a banda que eu mais vi ao vivo foi Os Replicantes. Já assisti de graça, pagando, em lugar fechado, ao ar livre, em lugar metido a besta, em ambiente bem punk, no litoral, na cidade... Foram tantas que até perdi a conta. Mas uma das que mais me marcou foi no Bar Opinião, em 1997. Um show vibrante que carregava toda uma energia especial em que o público que podia perceber uma banda motivada, afinzona, superpilhada em dar o melhor de si. A coisa toda já começou com o então vocalista, Carlos Gerbase, entrando no palco, pulando como um louco, vestindo uma fantasia de cachorro, com uma cabeçorra enorme que ele tirou para cantar, é claro, mantendo, contudo, o macacãozinho da indumentária com uma barriguinha branca de pet fofinho. A partir daquele momento a coisa não parou e Os Replicantes botaram o lugar abaixo e incendiaram a galera com seu punk-rock agressivo e ao mesmo tempo divertido e carismático.
Quem assistiu o filme "Uma Cilada Para Roger Rabbit" deve lembrar quando o juiz, tentando desentocar o coelho de seu esconderijo dá algumas batidinhas seguidas nas paredes, provocando o animal-desenho a aparecer, pois ele, exibido como é, não resiste a completar as batidas e se mostrar. "O que é que isso tem a ver?". É que, quando se trata de punk rock, eu sou meio como o Roger Rabbit quando ouve as batidinhas: não resito àquelas guitarras me chamando, àquele pessoal suado se debatendo, aquela "violência", e tenho que ir pra roda punk. Não tive como resistir e, mesmo acompanhado dos amigos Christian Ordoque, Iris Broges e Flávia Howes, pessoal que eu havia conhecido no ano anterior, numa excursão para o Hollywood Rock, várias vezes ao longo do show, os deixava momentaneamente para ir lá pra frente, pra roda, poguear como um louco. Voltava exausto e todo suado mas nada que uma cerveja gelada não resolvesse. Ia de novo.
O repertório dos Replicantes é contagiante: "Boy do Subterrâneo", "Nicotina", "Hippie-Punk-Rajneesh", "Astronauta", o hit "Surfista Calhorda". Uma pedrada atrás da outra sempre levando a galera à loucura. Mas, particularmente, se fixaram na minha memória os momentos do show em que tocaram "Pra Ver Se Eu Conseguia", que eu não conhecia e passei a adorar a partir dali; o "samba-punk" "Samba Cacetada", cujo refrão "Sacode, sacode, sacode...", era praticamente uma ordem para o pessoal intensificar ainda mais o pogo; e a ótima "Eu Quero é Mucra", em que o público levantava as mãos imitando a forma de uma vagina, repetindo o refrão em coro.
Como cereja do bolo, rolou um revival do ex-vocalista Wander Wildner cantando o seu hit solo "Jesus Cristo Vai Voltar", e encerrando o show com seus ex-companheiros de banda com "Festa Punk, em uma anárquica performance com uma porrada de gente em cima do palco. Nada mais justo que fosse assim e que esta fosse a música escolhida para finalizar, pois, na verdade, ela simbolizava exatamente tudo o acontecera naquela noite: uma grande festa punk.
Afudê!
Os Replicantes - Bar Opinião - 1999


























