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sábado, 13 de dezembro de 2025

67º Prêmio ARI Banrisul de Jornalismo - Melhor Reportagem Cultural a Daniel Rodrigues - Auditório da Farsul - Porto Alegre/RS (12/12/2025)


"Não por coincidência, o senso de justiça é parte crucial da história deste filho de Xangô com Oxum chamado Renato Dornelles. Jornalista, escritor e cineasta, Renatinho, como é conhecido entre colegas e amigos, aprendeu desde cedo que, como pessoa preta, precisava achar a sua forma vencer na vida."
Trecho da matéria do Jornal do Comércio vencedora do Prêmio ARI

E deu! 1º Lugar no Prêmio ARI Banrisul de Jornalismo em Reportagem Cultural, concedido pela Associação Riograndense de Imprensa. Após minha conquista do Prêmio Açorianos de Literatura, em 2013, veio, mais de uma década depois, o reconhecimento àquilo que me é mais valioso enquanto fazer: o Jornalismo. 

Essa premiação representa a mim uma série de conquistas. Primeiro, pela qualidade dos finalistas com quem concorri, alguns deles, como o amigão Marcello Campos, e Juarez Fonseca, uma referência do Jornalismo Cultural no Brasil, caras de quem tenho os livros em casa e aprendo diariamente. Afora eles, também Ana Stobbe, do Jornal do Comércio, e Camila Bengo, de GZH, jovens jornalistas que merecem todo respeito.

Página inicial da matéria do JC
publicada em abril
Segundo, porque, como alguém do cinema, é uma enorme satisfação poder tratar desse assunto através da escrita. O Jornal do Comércio me abriu espaço este ano no caderno Viver para reportagens como esta, e ninguém menos simbólico pra isso como o objeto da minha matéria: o jornalista e cineasta Renato Dornelles. A matéria, intitulada "Das páginas policiais para as imagens do cinema", foi produzida em março e publicada em 17 de abril.

Sobre Renatinho, então, o terceiro e importante símbolo dessa vitória: trata-se de uma matéria de um jornalista preto sobre um outro jornalista preto cujas famílias, vindas do mesmo quilombo urbano (que hoje chamam de Rio BRANCO...), sustentam-se pela resistência e ancestralidade. Dividi essa alegria e orgulho, inclusive, com o ilustre presidente da ARI, José Maria Nunes, primeiro presidente preto da associação em nove décadas... Diz muito. 

A ARI, aliás, também merece um aparte: são 90 anos de instituição, criada, lá nos indos de 1935, por ninguém menos que Erico Verissimo, este totem da literatura e da cultura gaúcha e brasileira que, em 2025, completa 120 anos de nascimento e 50 de morte. Tudo muito simbólico, ainda mais num ano em que perdemos, justamente, seu ilustre filho, o genial Luis Fernando Verissimo. Fora isso, o Prêmio ARI em si, em sua 67ª edição, soube ser o mais longevo do Brasil - e não só no seguimento do Jornalismo, mas em todas as áreas!

Por fim, a conquista de alguém que se sente no seu lugar e premiado por seus pares: os jornalistas. A militância do repórter, reduzida por muitos anos, foi retomada por mim este ano a todo vapor pelas páginas do JC e... taí o resultado!

Fiquem, então, com alguns momentos desse feliz momento e a listagem de todos os premiados.

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Com o mestre Renato Dornelles celebrando o prêmio e nossa ancestralidade


Dividindo a felicidade preta com o atual presidente da ARI, José Maria Nunes


Selfie com a amiga - e também vencedora na categoria
Reportagem em TV - Isabel Ferrari


Presença preta no Prêmio ARI: colega de profissão e de ACCIRS
Chico Izidro com Renatinho e eu


Foto geral dos vencedores


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Troféu Reportagem Especial – FIERGS: RS Mais Forte”
"O Fim do Futuro" – Geórgia Santos e Filipe Speck (Vós)

Troféu ARI/Banrisul de Jornalismo Universitário
"Capital da Improvisação" – Cecília Filappi (UFRGS)

Categoria Profissional - Charge
1º Lugar : "Grande Sacada" – Gabriel Renner (Grupo Editorial Sinos)
2º Lugar: "Ponto de Vista" – Iotti (Fumetta.com)
3º Lugar: " Netanyahu” Elias Ramires (Jornal Grifo)
4º Lugar: “Enchente” Santiago (Revista Digital Grifo)
5º Lugar: A última ceia" – Iotti (Fumetta.com)

Categoria Profissional - Crônica
1º Lugar: "A noite em que cheguei sangrando no hospital" – Marcela Donini (Matinal)
2º Lugar: "Bons mestres não morrem" – Juliana Bublitz (Zero Hora e GZH)
3º Lugar: "O ano do mate" – Marcela Donini (Matinal)
4º Lugar: “Coisas do Coração” – Pedro Garcia (Diário Gaúcho)
5º Lugar: “ Só sei viver em esquinas” –  Vitor Necchi (Revista Parêntese/Matinal)

Categoria Profissional - Design Editorial
1º Lugar: "Novo projeto gráfico do Caderno GeraçãoE" – Gustavo Van Ondheusden (Jornal do Comércio)
2º Lugar: "Caderno Especial 130 Anos do Correio do Povo" – Pedro Dreher e Leandro Maciel (Correio do Povo)
3º Lugar: "Mapa Econômico do Rio Grande do Sul" – Gustavo Van Ondheusden (Jornal do Comércio)
4º Lugar:” Novo Projeto Gráfico do Correio do Povo – Pedro Dreher (Correio do Povo)
5º Lugar: Ilhota: símbolo da cultura negra de Porto Alegre e berço de figuras ilustres da dupla Gre-Nal – Carlos Garcia (Zero Hora e GZH)

Categoria Profissional - Documentário em Áudio
1º Lugar: "Coronéis do Futebol - A nova face do sistema" – Rodrigo Oliveira, Eduardo Gabardo e Rafael Lindemann (Rádio Gaúcha)
2º Lugar: "Quilombo - corredor do samba de Porto Alegre: ontem, hoje e sempre" – Alan Barcellos, Matheus Freitas da Rosa e Alexandre Leboutte da Fonseca (Rádio FM Cultura - 107,7)
3º Lugar: "Desabrigados: A vida e a esperança da população atingida pelas enchentes nos centros humanitários" – Fabrine Fiss Bartz (Grupo Bandeirantes)
4º Lugar: Cinco anos da Covid no RS – André Malinoski (Rádio Gaúcha)
5º Lugar: “Bioma Pampa: das raízes familiares à luta pela preservação” – Leno Falk (Agência Radioweb

Categoria Profissional - Documentário em Vídeo
1º Lugar: "Imprescindível Jair Krischke" – Milton Cougo, Marco Villalobos, Timóteo Santos Lopes e Daniele Alves (Chuva Filmes)
2º Lugar: "Huni Kuï - Povo Verdadeiro" – Renato Dornelles, Tatiana Sager e Gabriel Sager Rodrigues (Panda Filmes/Falange Produções)
3º Lugar: "RBS.Doc -1 ano da enchente" – Isabel Ferrari, Ariane Xavier Borba Jorej Nobre, Anderson Vargas, Mauricio Gasparetto e Caroline Berbick (RBS TV)
4º Lugar: “A Reconstrução” – Mariana Ferrari(RecordPlus / Record)
5º Lugar: “Darcy Fagundes: meu famoso pai desconhecido” – Luciane Fagundes (Produtora Século 21)

Categoria Profissional - Fotojornalismo
1º Lugar: "Superação do Trauma com Rodas que Transformam" – Ricardo Giusti Schuh Reif
2º Lugar: "Silêncio" – Itamar Aguiar (JÁ On Line)
3º Lugar: "A dor da mãe que perdeu a filha para o feminicídio" – Mateus Bruxel (Zero Hora)
4º Lugar: ” Cozinha Solidária exige passagem” – Jorge Leão – (Brasil de Fato)
5º Lugar: “O gato preto” – Duda Fortes (Zero Hora)

Categoria Profissional - Reportagem Cultural
1º Lugar: "Das páginas policiais para as imagens do cinema" – Daniel Rodrigues (Jornal do Comércio) 
2º Lugar: "Cruz Alta e Erico, entre o real e o imaginado" – Ana Stobbe (Jornal do Comércio)
3º Lugar: “Conheça a história de Nega Lu, ícone negro e LGBT+ que faz parte da memória coletiva de Porto Alegre” – Camila Bengo(GZH)
4º Lugar: “Cultura de Bandeja” – Marcello Campos (Jornal do Comércio)
5º Lugar:”Os 80 anos de Elis Regina” – Juarez Fonseca (Jornal do Comércio)

Categoria Profissional - Reportagem Econômica
1º Lugar: "Mapa Econômico RS" – Eduardo Torres, Ana Stobbe e Guilherme Kolling (Jornal do Comércio)
2º Lugar: "Trump quer transformar os EUA na maior ‘superpotência’ do bitcoin" – Marcus Meneghetti (Jornal do Comércio)
3º Lugar: "Passo Fundo tem ampla expansão imobiliária" – Ana Stobbe (Jornal do Comércio) 
4º Lugar: “Maior parte das empresas superou a enchente, mas quadro ainda traz desafios” – Karina Schuh Reif (Correio do Povo)
5º Lugar:” De peixe a café: bancas do Mercado Público se tornam indústrias e expandem negócios” – Guilherme Gonçalves (Zero Hora)

Categoria Profissional - Reportagem em Áudio
1º Lugar: "O Fim do Futuro" – Geórgia Santos e Filipe Speck (Vós)
2º Lugar: "Série Especial: Tragédia da Boate Kiss: memória, silêncio e impunidade" – Eduardo Covalesky (Grupo Radioweb)
3º Lugar: "Pequenos invisíveis: a cada 24 horas, sete crianças ou jovens sofreram maus-tratos no RS" – Kathlyn Moreira e Vicente Nolasco (Rádio Gaúcha)
4º Lugar:” Um maio depois: Histórias da enchente – Fabrine Fabrine Fiss Bartz (Grupo Bandeirantes)
5º Lugar:” Desatenção e hiperatividade: como é a vida de pessoas com TDAH?  - Renê Almeida (Agência Radioweb)

Categoria Profissional - Reportagem em Texto
1º Lugar: "Crianças órfãs de feminicídio : traumas, perdas e a luta por direitos" – Fabiana Reinholz (Brasil de Fato RS)
2º Lugar: "Evasão escolar pós-enchente" – Isabella Sander (Zero Hora)
3º Lugar: "Violência contra crianças e adolescentes cresce no RS e atinge níveis alarmantes, mostra levantamento" – Fabiana Reinholz (Brasil de Fato RS)
4º Lugar:” Crimes que marcaram o Rio Grande do Sul” – Deivison Ávila (Jornal do Comércio)
5º Lugar:” Violência no ambiente escolar: as lições para evitar o pior” – Ermilo Drews(Grupo Sinos)

Categoria Profissional - Reportagem em Vídeo
1º Lugar: "O drama da moradia provisória - um registro de 6 meses após a enchente" – Isabel Ferrari (Fantástico/Rede Globo)
2º Lugar: "JA Repórter: O sonho da moradia digna" – Mary Silva , Fayller Aprato, Felipe Toledo, Marco Matos, Bárbara Cezimbra, Ronaldo Sabin, Sid Rafael e Moisés Costa (RBS TV)
3º Lugar: "Artur: o menino cego que narrou futebol do estádio" – Kelly Teixeira da Costa, Bruno Halpern, Rafael Techera, William Ramos e Eduardo Ostermayer (RBS TV)
4º Lugar:” JA Repórter: caçadores promovem matança em área de preservação do RS – Vitor Rosa (RBS TV)
5º Lugar:” Corre RS: Histórias de Maratona – Eduardo Rachelle (RBS TV)

Categoria Profissional - Reportagem Esportiva
1º Lugar: "Por que as entrevistas sumiram do futebol?" – Victória Rodrigues e João Paulo Jobim Fontoura (Correio do Povo)
2º Lugar: "Como a internet mudou o cenário do futebol" – Carlos Correa (Correio do Povo)
3º Lugar: "Série especial 'Esporte Atrás das Grades'" – André R. Herzer (Zero Hora)
4º Lugar:” Nossa Voz 2024 –  Mariana Dionisio (RBS TV, ge.globo/rs, GZH, Zero Hora e Diário Gaúcho)
5º Lugar:” Acabou a Grandeza?!? – Fabrício Falkowski (Correio do Povo)

Categoria Profissional - Reportagem Nacional
1º Lugar: "Cortina de Vapor" – Pedro Nakamura (O Joio e o Trigo)
2º Lugar: "Tubarão ameaçado no prato" – Karla Mendes, Philip Jacobson, Kuang Keng Kuek Ser e Fernanda Wenzel (Mongabay Brasil)
3º Lugar: "As marcas do racismo na escola" – Iara Balduino, Paulo Leite, Rogerio Verçoza, André Pacheco, Sigmar Gonçalves, Carolina Oliveira, Patrícia Araújo, André Eustáquio, Márcio Stuckert, Alex Sakata, Caroline Ramos , Wagner Maia, Alexandre Souza, Dailton Matos, Edivan Viana , Rafael Calado e Thiago Pinto (TV Brasil)
4º Lugar:” A TECNOLOGIA USADA COMO INSTRUMENTO PARA FORTALECER A CULTURA DE UM POVO INDÍGENA DO ALTO XINGÚ EM MATO GROSDO” – Eunice Ramos (TV GLOBO / TVCA)
5º Lugar:” Perseguição institucional e distúrbios mentais: o efeito dos crimes sexuais nas forças policiais do país – Herculano Barreto Filho (Do UOL)

Categoria Universitária - Fotojornalismo
1º Lugar: "Capital da Improvisação" – Cecília Filappi (UFRGS)
2º Lugar: "Disposição para recomeçar" – Diogo Beltrão Duarte, Felipe Kramer Damian, Gabriel Vieira da Silva e Lorenzo Vieira de Castro (UFRGS)

Categoria Universitária - Projeto Especial em Jornalismo
1º Lugar: "5198: profissão prostituta" – Vittória Becker, Thayna Weissbach, Pedro Stahnke , Isadora Prigol e Gustavo Marchant (PUCRS)
2º Lugar: "Wacki Jacko: Uma análise da representação do cantor Michael Jackson nas matérias do jornal tabloide The Sun " – Renata Rosa (UFRGS)
3º Lugar Menção honrosa: “Bi-chas, trans e sapatões de Porto Alegre” – Vittória Becker, Thayna Weissbach e Alana Borges (PUCRS)
4º Lugar Menção honrosa :” O Papel do Jornalista no Resgate de Histórias Silenciadas: Uma análise da apuração de Christa Berger para a biografia
de Jurema Finamour”–  Ana Julia Zanotto(UFRGS)
5º Lugar Menção honrosa:'Show de Copa em Zero Hora': uma análise da cobertura do periódico da Copa do Mundo de 1970 – João Pedro Bernardes
( UFRGS)

Categoria Universitária - Reportagem em Áudio
1º Lugar: "Podcast Causa Mortis: Misoginia" – Maria Luiza Rocha, Amanda Steimetz Thiesen e Manuela Saudade Cassano (PUCRS)
2º Lugar : "O Preço da Sorte" – Felipe Kramer Damian, Lorenzo Vieira de Castro, Isabela Daudt e Diogo Beltrão Duarte (UFRGS)
3º Lugar Menção honrosa: "Comércio da Salvação" – Gabriel Magagnin Fernandes, Tainan Nunes, Roberta Kunt, Gabriela Dalmas, Sofia Utz,
Theo Castro e Jean Carlos (PUCRS)
4º Lugar Menção honrosa: Encurraladas - Histórias de mulheres jornalistas sobre violência de gênero – Laura Cunha( UniRitter)
5º Lugar Menção honrosa: Raízes que Resistem: Comunidades Quilombolas em Porto Alegre –  Amanda Schultz (UFRGS)

Categoria Universitária - Reportagem em Texto
1º Lugar: "Denúncia contra projeto do Zaffari expõe falhas no licenciamento ambiental em Porto Alegre" – Dener Pedro, Bárbara Cezimbra de Andrade e
Juliano Lannes de Oliveira (Unisinos)
2º Lugar: "Gerontologia ambiental traz alternativas para o envelhecimento seguro em meio às mudanças climáticas" – Francisco Avelino Conte (UFRGS)
3ºLugar Menção honrosa: "O que afasta os jovens do ensino superior? " – Rafaela Bobsin e Júlia Cristofoli Campos (UFRGS)
4º Lugar Menção honrosa: Tragédia sem rosto: quem eram as vítimas da Pousada Garoa? – Pedro Pereira (PUCRS)
5º Lugar Menção honrosa: Sobre viver no limbo –   Thomas Gregório (UFRGS)

Categoria Universitária - Reportagem em Vídeo
1º Lugar: "Os Centenários de Porto Alegre " – Arthur Reckziegel, Tânia Meinerz e Nathan Lemos (Unisinos)
2º Lugar: "Improviso e Resistência: A realidade das escolas indígenas gaúchas" – Fernanda Axelrud, Beatriz ,Antônio de Macedo Ferraz de Campos,
João Pedro Kovalezyk Bopp, André Jakubowski Zoratto, Ana Carolina Lorenzini e Nathalia Ferrari da Silveira (PUCRS)
3ºLugar Menção honrosa: "Vozes do Esporte" – Vitor Christofoli (UniRitter)
4º Lugar Menção honrosa: Direito à cidade: A luta por moradia em Porto Alegre – Luciana Weber (PUCRS)
5º Lugar Menção honrosa: Violência Policial no Rio Grande do Sul –  Nikelly de Souza (UFRGS)


texto: Daniel Rodrigues
fotos: Mariana Czamanski (ARI) e Isabel Ferrari

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

17º Santa Maria Vídeo e Cinema - Bastidores e Premiações

 

Tem sido bastante estimulante poder participar de atividades voltadas a cinema como venho conseguindo fazer desde o início do ano. Desta vez, através de um generoso convite do cineasta e produtor Luiz Alberto Cassol, pude participar pela primeira vez do Santa Maria Vídeo e Cinema, que já soma louváveis 17 edições e 22 anos de história, que o põem como um dos principais e mais longevos festivais de cinema do Rio Grande do Sul. O convite, irrecusável, foi para compor o júri da mostra principal e também o júri da crítica em nome da ACCIRS. Convite aceito, então: ‘bora pra Santa Maria!

Os agradáveis dias em que estive na cidade foram de bastante atividade. Com 24 filmes no total, ajudei a escolher 27 premiações no total, além dos dois prêmios de crítica, um para cada mostra em competição: Santa Maria e Região e Nacional. Dos prêmios de crítica, tive o prazer de dividir as definições em parceria com minha colega de profissão e de ACCIRS Bia Zasso, natural de Santa Maria e “decana” do SMVC, mas que não pode estar presencialmente desta vez. Representando a associação, fizemos a escolha dos filmes “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann, na Mostra Santa Maria e Região, e ”Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude, da Mostra Nacional.

Com os parceiros de júri do SMVC
Coincidentemente ou não, o júri principal do festival – o qual compus com muita alegria em conjunto com o cineasta argentino Axel Monsú; o diretor de fotografia catarinense Giovane Rocha; a cineasta e professora paraguaia Juana Miranda González; e a atriz gaúcha Manuela do Monte – também destacou os mesmos dois filmes. “Chibo” ainda levou os troféus Vento Norte de Direção e de Fotografia (Lahude). Já “O Amanhã de Ontem”, na categoria SM e Região, emplacou ainda os de Arte (Camila Marques), Roteiro (Kolterman), interpretação (Ida Celina) e Direção. O que nos demonstrou tacitamente que tivemos nesses dois títulos os melhores da edição do SMVC. 

Mas rolou muita coisa boa também, tanto na seleção local, bastante profícua e cinéfila, quanto na de curtas brasileiros, com obras de Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, São Paulo e outros estados. Interessante, no conjunto das premiações nacionais, das quatro animações, três levaram prêmios: “Lagrimar”, Melhor Animação, “O Nome da Vida”, Trilha e uma Menção Honrosa, e “Bicicleta Vermelha”, Desenho de Som.

Os filmes gaúchos, no entanto, obtiveram merecido destaque em nível nacional. Além de “Chibo”, que arrebatou as duas Mostras, “À Borda da Vida”, documentário de Camila Bauer sobre a relação da atriz Liane Venturella com sua mãe, emocionou a plateia e recebeu os merecidos Vento Norte de Melhor Documentário e Melhor Montagem (Mateus Ramos e Raoni Ceccim). Também vale evidenciar o belo drama infanto-juvenil “Flor”, que deu uma das melhores interpretações para a atriz Julia Almeida, e que também levou para casa o troféu de Melhor Direção de Arte para Gabriela Burck e Eder Ramos.

Afora as premiações, o clima da cidade, que respira cinema nos dias em que se realiza o evento, é algo muito bonito de vivenciar. Igualmente, a convivência com esse pessoal interessante do cinema e das artes, a acolhida atencioso as da equipe do SMVC e a programação cuidadosa de um festival que propôs (e conseguiu) estabelecer "diálogos", dão aquela vontade de voltar assim que possível.

Confiram, então, todos os premiados do 17º SMVC:

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MOSTRA SANTA MARIA E REGIÃO DE CURTAS-METRAGENS

Melhor Desenho de Som: Guilherme Wallau, “O Churras”

Melhor Direção de Arte: Camila Marques, “O Amanhã de Ontem”

Melhor Trilha Sonora Original: Márcio Echeverria Gomes, “Cartas de Felippe”

Melhor Montagem: Marcos Oliveira, “Para Que Eu Não Esqueça”

Melhor Direção Fotografia: Marcos Oliveira, “Para Que Eu Não Esqueça”

Melhor Roteiro: Fabrício Koltermann, “O Amanhã de Ontem”

Melhores Interpretações: Ida Celina, por “O Amanhã de Ontem” e Henrique Ávila, por “Para Que Eu Não Esqueça”

Melhor Direção: Fabrício Koltermann, “O Amanhã de Ontem”

Melhor Curta da Mostra de Santa Maria e Região: “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann. Além do troféu Vento Norte, o filme recebe o Troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.

Menções honrosas: “Cartas de Felippe”, de Marcos Borba, “Morada”, de Neli Mombelli, e “O Churras”, de Maurício Canterle;

Cena de "O Amanhã de Ontem", grande premiado na mostra local



MOSTRA NACIONAL DE CURTAS-METRAGENS

Melhor Desenho de Som: “Bicicleta Vermelha”

Melhor Direção de Arte: Gabriela Burck e Eder Ramos, “Flor”

Melhor Trilha Sonora Original: João Castanheira e Lucas Borges, “O Nome da Vida”

Melhor Montagem: Mateus Ramos e Raoni Ceccim, “À Borda da Vida”

Melhor Direção Fotografia: Henrique Lahude, “Chibo”

Melhor Roteiro: Maylon Romes, “O Que Fica de Quem Vai”

Melhores Interpretações: Julia Almeida, pelo curta-metragem “Flor” e, Dyio Coêlho, de “O que fica de Quem Vai”

Melhor Direção: Gabriela Poester e Henrique Lahude, “Chibo”

Melhor Curta de Animação: “Lagrimar”, de Paula Vanina

Melhor Curta Documental: “À Borda da Vida”, de Camila Bauer

Melhor Curta de Ficção: “O que fica de quem vai”, André Zamith e Vinícius Cerqueira

Melhor Curta da Mostra da Mostra Nacional: “Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude. Além do troféu Vento Norte, o filme recebe o Troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.

Menções honrosas: “A Última Valsa”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet, “Cache Lavi”, de Clementino Júnior, “O Nome da Vida”, de Amanda Pomar

O arrebatador "Chibo", vencedor nas principais categorias



Daniel Rodrigues

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

53º Festival de Cinema de Gramado - Bastidores e Premiações


Júri de Longas Gaúchos:
ao lado das colegas
Gabi e Keyti
Minha proximidade e intimidade com o Festival de Cinema de Gramado vem numa crescente desde que passei a, ainda na pandemia, a participar mais ativamente daquele que é o maior festival de cinema do Brasil. Se em outros anos compus Júri da Crítica, comissão de seleção de curtas-metragens brasileiros e, nas duas últimas edições, o júri do Prêmio Accirs, que revela o prêmio da crítica para a Mostra Gaúcha de Curtas-Metragens no Prêmio Assembleia Legislativa, ocorrido durante o evento, desta vez a experiência foi ainda mais completa. Segunda edição à frente da Accirs e primeira em tempo integral, desta vez minha participação foi para a composição do júri de longas gaúchos.

Juntamente com minhas queridas colegas, a gaúcha Gabrielle Fleck, atriz e produtora gaúcha baseada em Los Angeles, Estados Unidos, e Keyti Souza, produtora executiva baiana, formamos um júri coeso e harmonioso. E principal: saímos os três satisfeitos com o resultado de nossa deliberação, que distribuiu de forma meritocrática Kikitos para todos os cinco filmes da mostra. 

Afora essa incumbência, claro, também integrei, assim como no ano passado, o nosso querido júri do Prêmio Accirs na 22º Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas no primeiro final de semana. Ao lado dos colegas Mônica Kanitz, Paulo Casanova, Roger Lerina, Cristian Verardi e Ivana Almeida da Silva, premiamos com certificado o filme “Gambá”, dirigido por Maciel Fischer, o qual tive novamente a alegria de entregar no palco do Palácio dos Festivais. Outro orgulho também foi a presença preta nos júris do festival, uma vez Keyti e eu estivemos acompanhados das ilustres Fernanda Lomba, Dríade Aguiar, Isabel Fillardis e Polly Marinho. O registro, pode-se dizer, resultou numa foto histórica para o festival de Gramado.

Entregando o Prêmio Accirs para o curta gaúcho "Gambá"

Mas o bom mesmo de festival de filmes é ver... filmes! Ao todo, assisti 45 deles, entre documentários, curtas e longas, dentre estes, “O Último Azul”, vencedor do Urso de Prata em Berlim que fez sua pré-estreia em Gramado. Da programação geral, o destaque realmente fica por conta dos longas brasileiros, praticamente 100% de acerto, a não ser o fraco “Querido Mundo” (RJ), de Miguel Falabella, um “Sai de Baixo” cinematográfico esquizofrênico e indeciso entre a linguagem do cinema e do teatro. 

Afora este, só filmes de alto nível, como os ótimos “Cinco Tipos de Medo” (MT), grande vencedor do 53º Festival de Cinema de Gramado (levou para casa quatro Kikitos: Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Montagem para Bini, além do prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Xamã), “Nó” (PR) e “A Natureza das Coisas Invisíveis” (DF), meu preferido da mostra. Já as outras mostras foram bastante mais inconstantes. A de documentários brasileiros, por exemplo, continha filmes mais fracos que alguns da mostra de longas metragens gaúchos, tal “Uma em Mil” ou o grande vencedor, “Quando a Gente Menina Cresce”, melhores que qualquer um dos candidatos nacionais.

Momento histórico dos jurados pretos em Gramado: eu com 
Fernanda Lomba, Dríade Aguiar, Keyti, Isabel Fillardis
e Polly Marinho
Na mostra de curtas nacionais, idem. A seleção trouxe um conjunto mais fraco em relação ao do ano passado, o mesmo para com os curtas gaúchos. O que talvez explique seja a enxurrada de inscrições justificada este ano por conta das produções realizadas a partir das leis de incentivo, como a Paulo Gustavo, que faz aumentar o número de filmes, mas não necessariamente de filmes bons, uma vez que dá espaço para realizadores ainda imaturos cinematograficamente falando. Melhor assim do que os recentes anos de falta de incentivo e negacionismo.

Chamou atenção, por fim, os vários filmes de criança nas diferentes categorias, tipo de temática não tão corrente no cinema brasileiro. Dos curtas gaúchos, os ótimos “Gambá”, laureado por nós da Accirs, e “Trapo”, grande vencedor da Mostra Gaúcha, são quase filmes irmãos, tamanha semelhança narrativa e temática. Ambos tratam do universo infantil e trazem, ludicamente, questões como amadurecimento, medos e anseios. Entre os longas gaúchos, outro filme nesta linha: o já mencionado “Quando...”, que trata sobre a passagem da infância para a adolescência de meninas na fase da primeira menstruação.  

Nos curtas e longas brasileiros, idem. O curta paranaense “Quando Eu For Grande”, sobre um menino que volta para casa com sua mãe após uma visita ao pai e ao irmão na prisão, carregando dúvidas e incertezas sobre o futuro, e o longa candango “A Natureza...”, que trata da relação de duas meninas na faixa dos 10 anos, são exemplares.

A clássica foto final com os premiados

Ademais, confiram, então, os premiados da edição de 2025. Ano que vem tem mais.

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LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Melhor Filme: "Cinco Tipos de Medo", de Bruno Bini

Melhor Direção: Laís Melo, por “Nó”

Melhor Ator: Gero Camilo, por “Papagaios”, de Douglas Soares

Melhor Atriz:  Malu Galli, por "Querido Mundo", de Miguel Falabella

Melhor Roteiro: Bruno Bini, por "Cinco Tipos de Medo" 

Melhor Fotografia: Renata Corrêa, por "Nó", de Laís Melo 

Melhor Montagem: Bruno Bini, por "Cinco Tipos de Medo" 

Melhor Trilha Musical: Alekos Vuskovic, por "A Natureza das Coisas Invisíveis", de Rafaela Camelo

Melhor Direção de Arte: Elsa Romero, por "Papagaios", de Douglas Soares

Melhor Atriz Coadjuvante: Aline Marta Maria, por "A Natureza das Coisas Invisíveis", de Rafaela Camelo 

Melhor Ator Coadjuvante: Xamã, por "Cinco Tipos de Medo", de Bruno Bini

Melhor Desenho de Som: Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes, por "Papagaios", de Douglas Soares

Prêmio Especial do Júri: "A Natureza das Coisas Invisíveis", de Rafaela Camelo

Menção Honrosa: "Sonhar com Leões", de Paolo Marinou-Blanco

Melhor Filme pelo Júri Popular: "Papagaios", de Douglas Soares 

Melhor Filme pelo Júri da Crítica: "Nó", de Laís Melo


Xamã, premiado como Melhor Ator Coadjuvante por seu papel e "Cinco..."


CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS

Melhor Filme: “FrutaFizz”, de Kauan Okuma Bueno

Direção: Adriana de Faria, por “Boiuna”

Ator: Pedro Sol Victorino, por “Jacaré”

Atriz: Jhanyffer Santos e Naieme, por “Boiuna”

Roteiro: Ítalo Rocha, por “Réquiem para Moïse”

Fotografia: Thiago Pelaes, por “Boiuna”

Montagem: Lobo Mauro, por “Samba Infinito”

Trilha Musical: As Musas, por "As Musas"

Direção de arte: Ananias de Caldas e Brian Thurler, por “Samba Infinito”

Desenho de som: Marcelo Freire, por “Jeguatá Xirê”

Prêmio Especial do Júri: "Aconteceu a Luz da Lua", de Crystom Afronário

Menção Honrosa: "Quando Eu For Grande", de Mano Cappu

Prêmio Júri da Crítica: “O Mapa em que Estão Meus Pés”, de Luciano Pedro Jr.

Prêmio Canal Brasil de Curtas: “Na Volta Eu Te Encontro”, de Urânia Munzanzu

Melhor Filme Júri Popular: “Samba Infinito”, de Leonardo Martinelli

"Frutafrizz", melhor curta brasileiro no 53º Festival de Gramado


LONGAS-METRAGENS DOCUMENTAIS

Melhor Longa-metragem Documentário: “Lendo o Mundo", de Catherine Murphy e Iris de Oliveira

Menção Honrosa Documentário: "Para Vigo Me Voy!", de Lírio Ferreira e Karen Harley

O doc sobre Paulo Freire e seu método de ensino levou o principal Kikito na categoria


LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS - MOSTRA SEDAC/IECINE

Melhor Filme: “Quando a Gente Menina Cresce”, de Neli Mombelli

Direção: Jonatas e Tiago Rubert, por “Uma em Mil”

Ator: Stephane Brodt, por “Passaporte Memória”

Atriz: Lara Tremouroux, por “Passaporte Memória”

Roteiro: Jonatas e Tiago Rubert, por “Uma em Mil”

Fotografia: Bruno Polidoro, por “Bicho Monstro”

Direção de arte: Gabriela Burck, por “Bicho Monstro”

Montagem: Joana Bernardes e Thais Fernandes, por “Uma em Mil”

Desenho de som: Rodrigo Ferrante e André Tadeu, por “Rua do Pescador n° 6”

Trilha musical: Renato Borghetti, por “Rua do Pescador n° 6”

Menção Honrosa: para o elenco feminino de "Quando a Gente Menina Cresce"

Melhor Filme pelo Júri Popular: “Quando a Gente Menina Cresce”, de Neli Mombelli

Prêmio Iecine Destaque: “Um é Pouco Dois é Bom”, de Odilon Lopez (recebido por Vanessa Lopez)

Prêmio Iecine Inovação: Victor Di Marco e Marcio Picoli 

Prêmio Leonardo Machado: Araci Esteves

Prêmio Iecine Legado: Gustavo Spolidoro

Prêmio Sirmar Antunes: Glória Andrades 

O belo "Quando...": merecia estar na mostra nacional

MOSTRA GAÚCHA DE CURTAS - PRÊMIO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Melhor filme: ‘Trapo’

Melhor direção: Viviane Jag Fej Farias e Amalia Brandolff (‘Fuá – O Sonho’)

Melhor atriz: Mikaela Amaral, por‘Bom Dia, Maika!'

Melhor ator: Igor Costa, por ‘O Pintor’

Melhor roteiro: Cássio Tolpolar, por ‘Imigrante/Habitante’

Melhor fotografia: Takeo Ito, por ‘Gambá’

Melhor direção de arte: Clara Trevisan, por ‘Mãe da Manhã’

Melhor trilha sonora/música: Zero, por ‘Bom Dia, Maika!’

Melhor montagem: Alfredo Barros, por ‘Imigrante/Habitante’

Melhor figurino: Samy Silva, por ‘A Sinaleira Amarela’

Melhor edição de som/desenho de som: Vini Albernaz, por ‘Mãe da Manhã’

Melhor produção/produção executiva: Renata Wotter, por ‘O Jogo’

Melhor filme - Prêmio Accirs - Júri da Crítica: ‘Gambá’

"Trapo", um dos filmes de criança do festival, levou o troféu de Curta Gaúcho


HOMENAGENS ESPECIAIS

Troféu Kikito de Cristal: Rodrigo Santoro

Troféu Eduardo Abelin: Mariza Leão

Troféu Oscarito: Marcélia Cartaxo



Daniel Rodrigues

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Clyblood #1 - "Extraído dos Arquivos Secretos da Polícia de Uma Capital Europeia" ou "Cerimônia Trágica", de Riccardo Freda (1972)

 

"Extraído dos Arquivos Secretos da Polícia de Uma Capital Europeia" (1972), também conhecido como "Cerimônia Trágica", nome alternativo que faz mais jus ao seu enredo do que o original extenso, criado para capitalizar em cima da moda dos filmes italianos com títulos longos, é um bom exemplo de pânico satânico à italiana. 

Na trama, durante uma noite de tempestade um grupo de jovens hippies bate à porta de uma mansão isolada, sem desconfiar que os proprietários são satanistas. A presença do grupo atrapalha uma missa negra, desencadeando consequências funestas.

O diretor Riccardo Freda, um pioneiro do cinema de horror italiano, se ressentiu pelo fato dos produtores terem feito modificações à revelia, principalmente no seu desfecho. Na sequência final imposta, um personagem aleatório entra em cena para explicar didaticamente a resolução da trama. Um apêndice absurdo que trata o espectador como idiota, justificando o descontentamento de Freda. Na história ainda temos a presença de Camille Keaton, anos antes de estrear o polêmico exploitation "A Vingança de Jennifer" (1978). Os bons efeitos de maquiagem ficaram à cargo de Carlo Rambaldi, que anos depois ficaria famoso por dar vida para "E.T", de Spielberg.


por C R I S T I A N   V E R A R D I


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Membro fundador da Associação de Críticos de Cinema do RGS (ACCIRS), colaborador de diversas publicações especializadas em cinema, como as revistas “Teorema” e “Hatari!”, e os livros “50 Olhares da Crítica Sobre o Cinema Gaúcho” (Ed. ACCIRS), “Cinema Fantástico Brasileiro – 100 Filmes Essenciais” (Abraccine), e “O Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation” (Ed. Estronho). É apresentador do programa “Zinematógrafo”, produtor e programador da mostra “A Vingança dos Filmes B”. Como ator trabalhou em produções como “Mar Negro” (2013), “Morto Não Fala” (2018), “A Noite Amarela” (2019) e “O Cemitério das Almas Perdidas” (2020).

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Nova seção do Claquete: o Clyblood!

 

Não raro os textos do Claquete, nossa sessão sobre cinema, são voltados aos filmes de terror. O gosto por este gênero e por suas diversas subcatagorias, junto à frequência com que assistimos filmes desse tipo, acabam por fazer com que pintem pelo blog vários deles invariavelmente entre dramas, animações, ficções científicas, documentários, etc. Isso nos levou a pensarmos: por que não abrirmos um espaço mais destacado para esses filmes? 

Afora isso, calhou de passarmos a ter agora a luxuosa colaboração de Cristian Verardi, um dos maiores conhecedores (e admiradores) do cinema de terror do Rio Grande do Sul e, por que não dizer, do Brasil. Além de membro fundador da Associação de Críticos de Cinema do RS (ACCIRS), entre outras diversas atividades que desenvolve, o cara é produtor e programador da mostra A Vingança dos Filmes B, que já conta com celebráveis 11 edições. Cristian, assim, vem a somar com aquilo que a gente já naturalmente produzia sobre terror, mas não tinha ainda um nome específico.

Tudo isso nos motivou a que criássemos aqui no Clyblog, dentro da nossa já tradicional sessão Claquete, uma nova subsessão: a Clyblood. O nome fala por si. No Clyblood, será possível encontrar aquela resenha mais desenvolvida até o texto mais despretensioso, aquele que sai espontaneamente quando se assiste um filme de terror e se fica louco pra escrever alguma coisa, nem que seja uma simples comentário.

Então, acompanhe nossas postagens, que em breve teremos novidades! Seja slasher, de vampiro, gore, sobrenatural, de zumbi, found footage, terrir, de serial killer, body horror, trash ou quantos estilos a criatividade macabra imaginar: nada passará ileso às tintas do Clyblood. Tinta de cor vermelho-sangue, obviamente. 


Os editores 
Cly Reis e Daniel Rodrigues