Intuição correta, baby! Aquele palhaço monocromático estará dali a alguns instantes naquela pizzaria dando início à sua noite de terror, sangue e brutalidade. E elas, as duas, serão suas principais vítimas.
"Terrifier" (2016) marca o início oficial da saga de um dos novos ícones do terror, o brutal e sádico slasher Art, O Palhaço, possivelmente o mais selvagem, violento, cruel, desumano, bárbaro, perverso personagem do cinema de horror já visto nos últimos tempos. Art não tem limites, não tem remorso, não tem pena, brinca, se diverte com a dor, com o sofrimento da vítima, debocha e gargalha silenciosamente ao melhor estilo de um mímico enquanto pratica suas maiores atrocidades.
É sinistramente criativo, é original em suas execuções, tem uma ampla coleção de instrumentos em seu saco de lixo e os usa com liberdade e variação conforme a necessidade, a conveniência ou a intensidade da maldade pretendida.
"Terrifier" tem algumas das cenas mais chocantes que já vi na vida e, mesmo depois, já tendo assistido às outras duas sequências da franquia cujo autodesafio desafio do diretor era exatamente o de superar a violência de sua primeira obra, ele continua sendo o mais impressionante nesse sentido. A parte em que o palhaço simplesmente corta uma das garotas que está dependurada nua de cabeça para baixo e de pernas abertas, da vagina até cabeça, é ainda hoje, para mim uma das coisas mais terríveis que um filme de terror já me apresentou.
As sequências "Terrifier 2" e "Terrifier 3" têm, sem dúvida, coisas absurdas, cenas de fechar os olhos, de virar o rosto, mas, na prática, embora até tenham roteiros mais elaborados, mais elementos, mais personagens, são meros exercícios de superação daquilo que foi tão impressionante a ponto de ser sempre lembrado quando o assunto é violência extrema e tornar-se uma referência de algo a ser batido. Podem até superar por condições técnicas, orçamento, novas ideias, mas o que fez brotar esse anseio dos fãs do splatter em ter sempre mais e mais e mais, mais sangue, mais tripas, mais brutalidade, foi o primeiro longa do perverso palhaço mímico preto e branco. É mais limitado, mais curto, tem pouca história, pouco desenvolvimento... pode ser. Mas, queira ou não, a 'semente do mal' foi semeada por Terrifier.
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| Que bonitinho o palhacinho, né, moça? Só que não! E esse será o início de uma noite aterrorizante... |












