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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Live "Hertha Spier - A Sobrevivente A21646", com Tailor Diniz, Mário Spier, Lúcio Spier, Luiz Gustavo Guilhermano e Cíntia Moscovitch - Ed. BesouroBox - 66ª Feira do Livro de Porto Alegre

Anne, Olga e Hertha


Anne Frank 
(Assassinada em fevereiro de 1945 em Bergen Belsen/Al)

Olga Benário 
(Assassinada em 23 de abril de 1942 no Campo de extermínio de Bernburg/Al)

Hertha Spier
(Faleceu em 09 de fevereiro de 2020, aos 101 anos, em Porto Alegre-RS) 

A história da 2ª Guerra Mundial chegou a minha vida, muito cedo. Minha mãe Anita nasceu em 1941 e cresceu escutando a história de Olga Benário e sua filha Anita Leocádia. Sempre me contou que muito pequena folheava as revistas da época, onde fotos da pequena Anita Leocadia ilustravam reportagens sobre a tragédia que ela, sua mãe e Luiz Carlos Prestes vivenciaram. Contemporânea de Anita Leocadia, minha mãe solidária a história dela, dizia que quando tivesse uma filha colocaria o nome de Leocadia, e assim eu nasci e recebi meu nome. Além do nome, tenho uma descendência judaica nunca muito bem esclarecida, mas que veio da França e foi acolhida em Satolep na geração dos bisavós maternos, Lhullier. Na escola, quando pré-adolescente tive a oportunidade de ler "O Diário de Anne Frank" e, anos mais tarde, "Olga", que ampliaram meu conhecimento em relação ao cenário dos campos de concentração e as atrocidades ocorridas na 2ª Guerra, dirigidas ao extermínio principalmente da comunidade judaica. 

Recentemente quando iniciou a pandemia no Brasil senti uma atmosfera que me lembrou muito os relatos das Guerras, dos exílios e dos cárceres onde sempre a bestialidade, a violência, o medo, a vulnerabilidade física e mental, o genocídio estão presentes. Lembrei de Anne e Olga mas no verão de 2020 me deparei com Hertha Spier, uma sobrevivente do Holocausto recém-falecida, aos 101 anos de idade. 

A história de Dona Hertha passa pelo Gueto de Cracóvia no campo de Plaszow, que é o cenário do filme "A Lista de Schindler", para o qual concedeu uma entrevista à equipe de Steven Spielberg, depoimento inclusive que integra o Acervo da Fundação Survivors of the Shoah: “A sua entrevista será preservada cuidadosamente como parte importante da mais completa videoteca de testemunhos até hoje coletada. Em um futuro longínquo, as pessoas terão a possibilidade de ver o seu rosto, ouvir sua voz e conhecer sua vida, a fim de aprender para sempre lembrar”. No dia 15 de abril de 1945, as tropas de libertação encontraram Dona Hertha inconsciente e muito enfraquecida no campo de Bergen Belsen, na Alemanha, mesmo campo onde poucos dias antes morrera a holandesa Anne Frank.

Convidado a transformar essa história em livro, o escritor e biógrafo Tailor Diniz entrevistou ela por inúmeras vezes e nos traz as lembranças e o aprendizado profundo de quem emergiu em meio a tanta dor, adversidade e conflito. Para mim a história de Dona Hertha poderia ser uma história sobre irmãs onde a presença e o espelhamento entre Gisi e Hertha foi um fator determinante de vida, de continuidade. Além disso, há inúmeras particularidades que nos fazem acolher com muita admiração Dona Hertha: a forma inteligente em adaptar-se e o amor que carregava consigo, todas resultantes da personalidade de uma mulher que sobreviveu à perda de toda a família e, sem casa e sem futuro numa Europa devastada, veio para o Brasil. Aqui, numa pátria diferente da sua de origem, sem nenhum familiar lida com todos esses traumas, abrindo espaço para a arte e a dedicação à família, sendo uma administradora dos negócios, em função da sua precoce viuvez. 

Ao ler a biografia de Tailor Diniz, com prefácio de Moacyr Scliar sobre a diferença entre memória e história e posfácio com o ensaio sobre a resiliência pelo psiquiatra Dr. Luiz Gustavo Guilhermano, posso dizer que Dona Hertha une-se a Anne e a Olga, fechando a trilogia de histórias sobre mulheres que estiveram frente a frente com a morte, sobreviveram cada qual da sua forma, mas permanecem em meu  coração por serem um exemplo do quanto o amor pode vencer e ressignificar tudo o que existe, principalmente o mal.

A LIVE com Tailor Diniz receberá os convidados, a escritora e Patrona da 62ª FLPOA Cintia Moscovich; os filhos de Hertha, Dr. Mario Spier e Lucio Spier, o médico psiquiatra, Dr. Luiz Gustavo Guilhermano e a mediação dessa que aqui escreve para vocês. 

Agenda aí: dia 13 de novembro (sexta), às 19h30, no canal do YouTube: BesouroBox Editora Oficial.

***************



o que: Live "Hertha Spier - A Sobrevivente A21646"
quando: 13 de novembro, 19h30
apresentação: Leocádia Costa
mediação e participação: Tailor Diniz, Mário Spier, Lúcio Spier, Luiz Gustavo Guilhermano e Cíntia Moscovitch
evento: Feira do Livro de Porto Alegre

Leocádia Costa

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Os filmes favoritos de todos os tempos (segundo os amigos de Facebook)


"Laranja Mecânica", um dos mais admirados pelos facebookers
Rolam seguidamente aquelas brincadeiras pelas redes sociais convidando as pessoas a escolherem várias coisas de suas preferências, mas nem todas “pegam”. Ou seja, não conseguem mobilizar de fato. O tema “cinema”, entretanto, parece ser capaz de provocar o saudável compartilhamento. Recentemente, a emoção e as memórias afetivas que os filmes despertam foram capazes de envolver vários participantes a cumprirem o seguinte desafio: listar os seus dez filmes favoritos de todos os tempos, um por dia, postando-lhe no Facebook somente uma imagem, sem necessidade de explicação e ainda convidando outra pessoa a cada dia para fazer o mesmo.

O que se viu durante umas duas ou três semanas foi uma gostosa chuva de posts de amigos – e amigos de amigos – a cada filme revelado, a cada imagem descoberta ou não a que obra pertencia, a cada gosto partilhado, a cada surpresa pelo filme escolhido. Esta matéria, assim, traz a listagem de alguns desses facebookers de vários lugares e ocupações, que toparam o desafio de revelar suas preferências cinematográficas e, além disso, a difícil tarefa de escolher APENAS uma dezena. Num mar de filmes marcantes e adorados, selecionar apenas alguns poucos exige esforço. Mas um esforço bom, haja vista que o exercício fez com que se perscrutassem os íntimos à procura daquilo que realmente faz sentido em termos de 7ª Arte. Aqueles filmes que se levaria para uma ilha deserta.

O carisma de Jerry Lewis o fez aparecer mais de uma vez
Uma amostra do resultado desse desafio está aqui. Para tanto, reproduzimos as escolhas, além das de meu irmão e minhas, editores do blog, dos amigos Carolina Costa, Cleiton Echeveste, Diego Marcon, Iris Borges, Leocádia Costa, Pamela Bueno, Paulo Coelho Nunes, Rachel Bins e Simone Hill, que tiveram a persistência de completar o pedido e a quem agradecemos por nos autorizarem a publicação. Entre os títulos, há coincidências, inesperados e outros bem subjetivos. “Fahrenheit 451”, “Laranja Mecânica” e o original de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” foram os campeões em menções, com três delas. Surpreenderam títulos como as comédias “Sessão da Tarde” “Bancando a Ama Seca” e “Goonies”, com duas menções, igual a “Alien”, “Billy Elliot”, “O Sacrifício”, “Bohemian Rhapsody”, “Fellini 8 e ½” e “Blade Runner”. Em compensação, títulos consagrados, como “O Poderoso Chefão”, “Touro Indomável”, “Crepúsculo dos Deuses” e “O Bebê de Rosemery”, seguidamente inseridos em listas oficiais dos melhores filmes de todos os tempos, dignificaram suas tradições com uma menção apenas.

Tarantino: destaque entre os diretores
Em nacionalidades, a esmagadora maioria são produções dos Estados Unidos, mas vale destacar a presença dos filmes nacionais: 10 do total de 110. A Europa ficou com 24, a Ásia com 6 e América Latina, sem contar com os brasileiros, apenas 2. Das décadas, a de 80 foi a que mais compreendeu obras, com 23, acompanhada dos 90, com 19. Entre os cineastas, Quentin Tarantino teve mais filmes diferentes lembrados, 3, seguido por Akira Kurosawa, Ridley Scott, Stanley Kubrick, Jean-Pierre Jeunet, Walter Salles Jr., Tim Burton, Ang Lee, Luc Besson, Andrei Tarkowsky, Stephen Daldry, Milos Forman, Steven Spielberg e Sofia Coppola, todos com 2.

Seja um filme visto no Corujão da Globo, o que provocou arrebatamento na tela grande, aquele que se alugou na videolocadora ou mesmo o assistido via streaming. Independe a ocasião ou plataforma. Seleções como estas mostram o quanto as imagens em movimento mexem conosco e como são importantes na construção de nossos imaginários ao longo do tempo.

Por fim, a ordem dos títulos respeita a de postagens de cada pessoa, mas não quer dizer necessariamente que se trate de uma ordem de preferência do mais gostado para o menos. O importante é que todos os títulos citados, na opinião e no sentimento de cada um, estão guardados na retina e no coração.

Daniel Rodrigues


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Carolina Costa
Pedagoga
(Porto Alegre/RS)
1 - Amadeus, de Milos Forman (1988)
2 - Fahrenheit 451, de François Truffaut (1966)
3 - Alien, o 8º Passageiro, de Ridley Scott (1979)
4 - O Quinto Elemento, de Luc Besson (1997)
5 - Corra, Lola, Corra!, de Tom Tykwer (1998)
6 - ET: O Extraterrestre, de Steven Spielberg (1982)
7 - Billy Elliot, de Stephen Daldry (2000)
8 - A Festa de Babette, de Gabriel Axel (1987)
9 - Aquarius, de Cléber Mendonça Filho (2016)
10 - Bohemian Rhapsody, de Bryan Singer (2018)


Clayton Reis
Arquiteto, cartunista e escritor
(Rio de Janeiro/RJ)
1 - Fellini 8 e ½, de Federico Fellini (1963)
2 - Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock (1954)
3 - O Sacrifício, de Andrei Tarkowsky (1986)
4 - Outubro, de Sergei Einsenstein (1927)
5 - A Marca da Maldade, de Orson Welles (1958)
6 - Intolerância, de D. W. Griffith (1916)
7 - Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick (1971)
8 - Coração Selvagem, de Alan Parker (1985)
9 - Farenheit 451, de François Truffaut (1966)
10 - Gosto de Cereja,de Abbas Kiarostami (1997)


Cleiton Echeveste
Ator, escritor e dramaturgo
(Rio de Janeiro/RJ)
1 - Minha vida em cor de rosa, de Alain Berliner (1996)
2 - Razão e Sensibilidade, de Ang Lee (1996)
3 - Bancando a Ama Seca, de Frank Tashlin (1958)
4 - A Hora da Estrela, de Suzana Amaral (1985)
5 - O Segredo de Brokeback Mountain, de Ang Lee (1996)
6 - Uma Noite de 12 Anos, de Álvaro Brechner (2018)
7 - Em Nome do Pai, de Jim Sheridan (1993)
8 - A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Mel Stuart (1971)
9 - Billy Elliot, de Stephen Daldry (2000)
10 - O Sacrifício, de Andrei Tarkowsky (1986)


Daniel Rodrigues
Jornalista, radialista e escritor
(Porto Alegre/RS)
1 - Bagdad Café, de Percy Adlon (1987)
2 - O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola (1971)
3 - Fellini 8 e ½, de Federico Fellini (1963)
4 - Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa (1954)
5 - Fanny & Alexander, de Ingmar Bergman (1982)
6 - Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick (1971)
7 - Farenheit 451, de François Truffaut (1966)
8 - Stalker, de Andrei Tarkowsky (1978)
9 - Touro Indomável, de Martin Scorsese (1980)
10 - O Anjo Exterminador, de Luis Buñuel (1962)


Diego Marcon
Hairdresser, consultor de imagem e empresário
(Buenos Aires/ARG)
1 - A Convenção das Bruxas, de Nicolas Roeg (1990)
2 - Garota, Interrompida, de James Mangold (2000)
3 - Dançando no Escuro, de Lars Von Trier (2000)
4 - Maria Antonieta, de Sofia Coppola (2006)
5 - A Pele que Habito, de Pedro Almodóvar (2011)
6 - As Horas, de Stephen Daldry (2002)
7 - Moulin Rouge, de Baz Luhrmann (2001)
8 - O Estranho que nós Amamos, de Sofia Coppola (2017)
9 - Piaf, Um Hino ao Amor, de Olivier Dahan (2007)
10 - Os Goonies, de Richard Donner (1985)


Iris Borges
Fotógrafa
(Porto Alegre/RS)
1 - Os Goonies, de Richard Donner (1985)
2 - A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Mel Stuart (1971)
3 - A Lista de Schindler, de Steven Spielberg (1993)
4 - Pulp Fiction: Tempo de Violência, de Quentin Tarantino (1994)
5 - Kill Bill - Volume 1, de Quentin Tarantino (2003)
6 - Dirty Dancing, de Emile Ardolino (1987)
7 - O Bebê de Rosemery, de Roman Polanski (1969)
8 - Curtindo a Vida Adoidado, de John Hughes (1986)
9 - Flashdance, de Adrian Lyne (1983)
10 - Blade Runner: O Caçador de Androides, de Ridley Soctt (1982)


Leocádia Costa
Publicitária, produtora cultural e fotógrafa
(Porto Alegre/RS)
1 - Barravento, de Glauber Rocha (1961)
2 - A Liberdade é Azul, de Krzysztof Kieslowski (1993)
3 - O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci (1988)
4 - A Vida é Bela, de Roberto Begnini (1997)
5 - O Iluminado, de Stanley Kubrick (1979)
6 - Sonhos, de Akira Kurosawa (1990)
7 - Up: Altas Aventuras, de Pete Docter e Bob Peterson (2009)
8 - O Nome da Rosa, de Jean-Jacques Annaud (1986)
9 - Blade Runner: O Caçador de Androides, de Ridley Soctt (1982)
10 - Bohemian Rhapsody, de Bryan Singer (2018)


Pamela Bueno
Historiadora e estudante de Sociologia
(Canoas/RS)
1 - Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick (1971)
2 - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, de Jean-Pierre Jeunet (2002) 
3 - Adeus Lênin!, de Wolfgang Becker (2003)
4 - O que é Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto (1997)
5 - Carandiru, de Hector Babenco (2003)
6 - A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Mel Stuart (1971)
7 - Central do Brasil, de Walter Salles (1998)
8 - Os Fantasmas se Divertem, de Tim Burton (1987)
9 - Edward Mãos de Tesoura, de Tim Burton (1991)
10 - Que Horas Ela Volta?, de Ana Muylaert (2015)


Paulo Coelho Nunes
Agente publicitário, continuísta, editor e roteirista
(Goiânia/GO)
1 - Cães de Aluguel, de Quentin Tarantino (1992)
2 - Easy Rider, de Dennis Hooper (1969)
3 - Betty Blue, de Jean-Jacques Beineix (1985)
4 - Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder (1950)
5 - Ladrão de Sonhos, de Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet (1993)
6 - Terra Estrangeira, de Walter Salles Jr. e Daniela Thomas (1995)
7 - Amor à Flor da Pele, de Wong Kar-Wai (2000)
8 - Retratos da Vida, de Claude Lelouch (1981)
9 - Dolls, de Takeshi Kitano (2002)
10 - Traídos pelo Desejo, de Neil Jordan (1993)


Rachel Bins
Estudante de Biblioteconomia
(Porto Alegre/RS)
1 - Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças, de Michel Gondry (2004)
2 - O Castelo Animado, de Hayao Miyazaki (2005)
3 - Lilo e Stitch, de Chris Sanders e Dean DeBlois (2002) 
4 - O Cemitério Maldito, de Mary Lambert (1989)
5 - O Segredo da Cabana, de Drew Goddard (2012)
6 - Alien, o 8º Passageiro, de Ridley Scott (1979)
7 - Legalmente Loira, de Robert Luketic (2001)
8 - Casa Comigo?, de Anand Tucker (2010)
9 - O Auto da Compadecida, de Guel Arraes (1998)
10 - Cats, de Tom Hooper (2019)




Simone Hill

Coralista e estudante de Música
(Porto Alegre/RS)
1 - Loucos de Paixão, de Luis Mandoki (1990)
2 - Desafio no Bronx, de Robert De Niro (1993)
3 - Amigas para Sempre, de Garry Marshall (1988)
4 - Luzes da Cidade, de Charles Chaplin (1931)
5 - Verdes Anos, de Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil (1984)
6 - Desejos Proibidos, de Max Ophüls (1963)
7 - O Profissional, de Luc Besson (1994)
8 - Grease: Nos Tempos da Brilhantina, de Randal Kleiser (1978)
9 - Bancando a Ama Seca, de Frank Tashlin (1958)
10 - Hair, de Milos Forman (1979)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Oscar 2018 - Os Indicados



Guillermo del Toro, sempre impressionante visualmente,
tem seu filme como um dos favoritos ao Oscar.
E saiu a lista dos filmes indicados para o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o famoso Oscar. "A Forma da Água" do mexicano Guillermo Del Toro lidera em indicações com treze, mas "The Post", de Steven Spielberg com elenco estrelar, "Me Chame Pelo Seu Nome",  "Três Anúncios Para Um Crime"e "Lady Bird", também prometem disputarem as atenções. Destaque também para a indicação de "Logan", o primeiro filme de heróis nomeado para roteiro original, para a grande surpresa do ano, o bom "Corra!", na categoria principal, para o brasileiro Carlos Saldanha, diretor da animação "O Touro Ferdinando", indicado em sua categoria, e para a indicação de uma mulher para melhor direção, Greta Gerwig, depois de todas as manifestações de atrizes na premiação do Globo de Ouro. Embora a indicação de Greta responda à contestação de Natalie Portman quando da entrega do prêmio de diretor naquela cerimônia, ela passa longe de resolver todas as questões que envolvem a figura da mulher em Hollywood, assim, independente deste "agrado" da Academia, deveremos ver novas manifestações acerca da condição da mulher não somente dentro da indústria cinematográfica norte-americana como na sociedade como um todo. E aí? Teremos gafes como aquela do anúncio do vencedor do ano passado? Termos protestos feministas? Meryl Streep leva outra estatueta para casa? Guillermo del Toro manterá a tradição mexicana de levar o prêmio de direção, já que são três prêmios nos últimos quatro anos? Muitas perguntas aguardam resposta mas elas só serão respondidas no dia 4 de março, em Los Angeles. Até lá, o negócio é ir dando uma conferida nos títulos que já estão em cartaz e nos que estrearão até lá nos cinemas,e claro ir conferindo aqui no ClyBlog as nossas impressões sobre os filmes aqui no Claquete.
Confira abaixo as listas com todos os indicados:



  • Melhor Filme

Me Chame Pelo Seu Nome
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
Corra!
Lady Bird - É Hora de Voar
Trama Fantasma
The Post - A Guerra Secreta
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Direção

Dunkirk - Christopher Nolan
Corra! - Jordan Peele
Lady Bird - É Hora de Voar - Greta Gerwig
Trama Fantasma - Paul Thomas Anderson
A Forma da Água - Guillermo del Toro


  • Melhor Atriz

Sally Hawkins - A Forma da Água
Frances McDormand - Três Anúncios Para um Crime
Margot Robbie - I, Tonya
Saoirse Ronan - Lady Bird - É Hora de Voar
Meryl Streep - The Post - A Guerra Secreta


  • Melhor Ator

Timotheé Chalamet - Me Chame Pelo Seu Nome
Daniel Day Lewis - Trama Fantasma
Daniel Kaluuya - Corra!
Gary Oldman - O Destino de Uma Nação
Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.


  • Melhor Ator Coadjuvante

Willem Dafoe - Projeto Flórida
Woody Harrelson - Três Anúncios Para um Crime
Richard Jenkins - A Forma da Água
Christopher Plummer - Todo o Dinheiro do Mundo
Sam Rockwell - Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Atriz Coadjuvante

Mary J. Blige - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi
Allison Janney - I, Tonya
Laurie Metcalf - Lady Bird - É Hora de Voar
Octavia Spencer - A Forma da Água
Lesley Manville - Trama Fantasma


  • Melhor Roteiro Adaptado

Artista do Desastre
Me Chame Pelo Seu Nome
Logan
A Grande Jogada
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi


  • Melhor Roteiro Original

Doentes de Amor
Corra!
Lady Bird - É Hora de Voar
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Animação

O Poderoso Chefinho
Viva - A Vida é uma Festa
O Touro Ferdinando
Com Amor, Van Gogh
The Breadwinner


  • Melhor Filme Estrangeiro

Uma Mulher Fantástica (Chile)
The Insult (Líbano)
Loveless (Rússia)
The Square - A Arte da Discórdia (Suécia)
On Body and Soul (Hungria)


  • Melhor Fotografia

Blade Runner 2049 - Roger Deakins
O Destino de Uma Nação - Bruno Delbonnel
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Rachel Morrison
Dunkirk - Hoyte van Hoytema
A Forma da Água - Dan Laustsen


  • Melhor Documentário em Longa-Metragem

Abacus: Small Enough to Jail
Faces Places
Icarus
Last Men in Aleppo
Strong Island


  • Melhor Documentário em Curta-Metragem

Edith+Eddie
Heaven is a Traffic Jam on the 405
Heroin(e)
Kayayo: The Living Shopping Baskets
Knife Skills
Traffic Stop


  • Melhor Curta-Metragem

DeKalb Elementary
The Eleven O’Clock
My Nephew Emmett
The Silent Child
Watu Wote/All of Us


  • Melhor Curta em Animação

Dear Basketball - Glen Keane e Kobe Bryant
Garden Party - Victor Caire e Gabriel Grapperon
Lou - Dave Mullins e Dana Murray
Negative Space - Max Porter e Ru Kuwahata
Revolting Rhymes - Jakob Schuh e Jan Lachauer


  • Melhor Figurino

A Bela e a Fera
O Destino de Uma Nação
Trama Fantasma
A Forma da Água
Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha


  • Melhor Maquiagem e Cabelo

O Destino de Uma Nação
Extraordinário
Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha


  • Melhor Montagem

Em Ritmo de Fuga
Dunkirk
I, Tonya
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime


  • Melhor Mixagem de Som

Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars - Os Últimos Jedi


  • Melhor Edição de Som

Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars - Os Últimos Jedi


  • Melhores Efeitos Visuais

Blade Runner 2049
Guardiões da Galáxia Vol.2
Kong - A Ilha da Caveira
Star Wars - Os Últimos Jedi
Planeta dos Macacos - A Guerra


  • Melhor Design de Produção

A Bela e a Fera
Blade Runner 2049
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
A Forma da Água


  • Melhor Canção Original

"Remember Me" - Viva - A Vida é uma Festa - Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez
"This is Me" - O Rei do Show - Benj Pasek e Justin Paul
"Mighty River" - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Mary J. Blige, Raphael Saadiq e Taura Stinson
"Mystery of Love" - Me Chame Pelo Seu Nome - Sufjan Stevens
"Stand Up for Something" - Marshall - Diane Warren e Lonnie R. Lynn


  • Melhor Trilha Sonora Original

Dunkirk - Hans Zimmer
Trama Fantasma - Jonny Greenwood
A Forma da Água - Alexandre Desplat
Star Wars - Os Últimos Jedi - John Williams
Três Anúncios Para um Crime - Carter Burwell





C.R.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Quadrinhos no Cinema #7 - "As Aventuras de Tintim", de Steven Spielberg (2011)



Depois de muitas tardes incríveis, sentado no chão, assistindo a mais um episódio do desenho Tintim que passava na ótima TVE, eu percebi que simplesmente amava isso, e assistindo a essa animação de Steven Spielberg, percebo que continuo amando.
"As aventuras de Tintim" é uma adaptação da HQ Franco-Belga, de muito sucesso de Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, que contam as aventuras de um jornalista (detetive), que está sempre envolvido em algum problema. Embora a HQ gere algumas criticas negativas e se envolva em polêmicas, as animações assim como este longa conseguem passar por cima delas, por isso não vou entrar em detalhes sobre as polêmicas e irei direto ao filme.
Tintim (Jamie Bell ) é um jovem repórter que certo dia, ao comprar a miniatura de uma embarcação, se vê perseguido pelo misterioso Sakharine (Daniel Craig) que busca implacavelmente ter a miniatura em suas mãos. Assim que Sakharine consegue capturar Tintim, o prende em seu barco que pertencia ao alcoólatra Capitão Haddock (Andy Serkis), agora também feito prisioneiro. Sempre acompanhado pelo cãozinho Milu, Tintim se alia ao capitão e vão em busca de desvendar todos os mistérios que cercam a pequena miniatura da embarcação chamada Licorne.
Não chega a ser um defeito (longe disso) mas o filme tem muito mais a cara de Steven Spielberg do que a pegada dos quadrinhos originais de Hergé . Muito focado nas cenas de ação, é um típico filme de aventura ao melhor estilo Indiana Jones. Infelizmente toda essa ação acaba não dando espaço para que o lado jornalista de Tintim apareça. Fora isso, todas as características das personalidades dos personagens principais foram mantidas.
Adorei esta cena: simples, direta, divertida
e uma referência (homenagem) muito bem feita.
 A animação do filme é incrível, feita através da captura de movimentos, conseguindo muito bem dar um ar moderno mais real para os personagens sem perder o estilo cartoon da HQ. Falando em personagens, todos estão ótimos e funcionam muito bem para trama graças ao excelente roteiro desenvolvido para o longa. Steven Spielberg que nos últimos anos vem tentando ao máximo possível fazer o papel do bom homem, tirando a violência dos seus filmes mais infantis, muda um pouco a relação de Capitão Haddock com a bebida. Aqui ele faz Capitão Haddock superar seu alcoolismo, embora com algumas recaídoas, para a partir dali se tornar um dos heróis do filme. Mas a adaptação não fica forçada e, diferentemente de transformar digitalmente armas em lanternas, por exemplo, é algo bem colocado na trama e funciona bem.
"As Aventuras de Tintim" é um bom filme, atinge o publico mais antigo que é pego pelo saudosismo e também pela aventura ao estilo Spielberg dos anos 80, assim como acerta em modernizar a animação atraindo um público mais novo. Assistindo ao filme me senti voltando no tempo, tentando desvendar os mistérios junto com Tintim e Milu, rindo das trapalhadas da dupla Dupond e Dupont.
Uma ótima mistura de ação, aventura e humor.




terça-feira, 5 de novembro de 2013

ClyBlog 5+ Cineastas


introdução por Daniel Rodrigues


Jean-Claude Carrière disse certa vez que “quem faz cinema é herdeiro dos grandes contadores de histórias do passado”. Pois é isso: cineastas são contadores de histórias. Afinal, quase invariavelmente, quanto mais original a obra cinematográfica, mais se sente a “mão” do seu realizador. Um filme, na essência, vem da cabeça de seu diretor. Fato. Tendo em vista a importância inequívoca do cineasta, convidamos 5 apaixonados por cinema que, cada um à sua maneira – seja atrás ou na frente das câmeras –, admiram aqueles que dominam a arte de nos contar histórias em audiovisual e em tela grande.
Então, dando sequência às listas dos 5 preferidos nos 5 anos do clyblog5+ cineastas:



1. Gustavo Spolidoro
cineasta e
professor
(Porto Alegre/RS)

"Se Deus existe, ele se chama Woody Allen"



O pequeno gênio,
Woody Allen

1 - Woody Allen
2 - Stanley Kubrick
3 - Rogário Sganzerla
4 - François Truffaut
5 - Agnes Varda






***************************************

2. Patrícia Dantas
designer de moda
(Caxias do Sul/RS)


"Gosto destes"


1 - Quentin Tarantino
2 - Stanley Kubrick



3 - Sofia Coppola
4 - Woody Allen
5 - Steven Spielberg

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3. Camilo Cassoli
"Felizes Juntos" rendeu ao chinês
o prêmio de melhor direção
em Cannes
jornalista e
documentarista
(São Paulo/SP)


"Não sei se exatamente nessa ordem,
mas esses são os cinco com quem me identifico."


1 - Wong Kar-Wai
2 - Federico Fellini
3 - Wim Wenders
4 - Eroll morris
5 - Werner Herzog






***************************************

4 . Jorge Damasceno
biblioteconomista
(Porto Alegre/RS)


"Fiquei louco para incluir o Robert Altman e o Buñuel na lista."


1 - Stanley Kubrick
2 - Francis Ford Coppola
3 - Werner Herzog
4 - Ingmar Bergman
5 - Fritz Lang
Um dos clássicos de Lang,
"M- O Vampiro de Dusseldorf''












***************************************

5. Alessa Flores
empresária
(Porto Alegre/RS)


"Greenway mudou a minha vida com "O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante".
Um filme que resume o que é arte pelo roteiro, fotografia, figurinos, trilha e direção impecáveis.
Não consegui achar mais nada que fosse tão bom quanto."


Cena marcante do impressionante
"O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante"












1 - Peter Greenway
2 - Pedro Almodóvar
3 - Sofia Coppola
4 - Roman Polanski
5 - David Cronenberg