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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Música da Cabeça - Programa #38



Como diria Cassiano: “Então é Natal/ Estrelas no céu/ Então é Natal/ Papai Noel”. Pois o Bom Velhinho vem com um saco cheio de presentes musicais no programa de hoje, às 21h, na Rádio Elétrica! E tem pra todos os gostos: Caetano Veloso, Beatles, The Cure, Chico Buarque, R.E.M., Carole King, Mutantes e muito mais. Ah, o Papai Noel também não se esqueceu dos quadros “Palavra, Lê”, “Música de Fato” e do pedido de quem ouve o Música da Cabeça, que vai rolar no “Cabeça dos Outros”. Então, se comportem, que aí vocês ganham aquilo que pediram de Natal, ou seja: muita música. Produção, apresentação e trenó, Daniel Rodrigues.


sábado, 30 de julho de 2016

"Homem-Formiga", de Peyton Reed (2015)


E eu hesitei em ver "Homem-Formiga"! Não é nenhuma obra-prima, filmaço, não é o melhor filme da Marvel mas é muito bacana. Entretenimento e diversão garantidos. Um personagem carismático, situações engraçadas, cenas de ação de tirar o fôlego, efeitos especiais empolgantes, uma história coerente dentro do que se propõe e totalmente encaixada dentro do universo Marvel, cheia de ganchos e ligações com personagens e projetos futuros da produtora.
Um ladrão brilhante, recém saído da cadeia, Scott Lang (Paul Rudd), é o cara certo para recuperar para um cientista, Hank Pymm (Michael Douglas), o projeto de um traje que permitirá que pessoas possam ser encolhidas para fins bélicos. Utilizando o protótipo, o projeto original, Lang deve entrar nas instalações da antiga empresa onde Pymm trabalhou durante anos e, fazer o que sabe de melhor, roubar o projeto.
As cenas de encolhimento e aumento do personagem são demais, a cena do trenzinho Thomas e da formiga gigante já nos momentos finais do filme é um barato mas, se eu já estava gostando do filme àquelas alturas, a cena do "Disintegration" foi pra ganhar de vez um fã de The Cure como eu. Mas nem precisava. Não foi por causa disso. O filme é bem legal.
A cena do trenzinho:
Ação em miniatura.





Cly Reis

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

"Nunca é o Bastante: A História do The Cure", de Jeff Apter - Edições Ideal (2015)


"(...) As gravadoras não tem a menor ideia
do que o Cure faz
e do que a banda significa."
Robert Smith



Eu juro que, como fã, queria ter gostado de "Nunca é o Bastante: A História do The Cure" do jornalista australiano Jeff Apter, mas o livro é um trabalho sem alma, sem paixão. Talvez "excessivamente" jornalístico, em muitos momentos, parece um mero relatório de números e datas com a dolorosa finalidade de em algum momento chegar ao final. Embora seja inegável o trabalho, a investigação, parece haver uma certa ausência de envolvimento do autor com o tema o que acho estranho para alguém que se proponha a fazer uma biografia de um artista ou banda. Jeff Apter parece um biógrafo profissional que escreve sobre artistas e não um fã que escreve biografias de bandas que considere que mereçam ter sua história contada.
Não sei, sinceramente o quanto o senhor Apter é ou julga-se fã do The Cure mas a sensação que dá é que ele não é lá muito admirador ou, se é, faz como aquele tipo de comentarista esportivo que, conhecido seu clube do coração, quando comenta sobre ele, a fim de alicerçar credibilidade, põe defeitos ou vê marcações a favor do adversário. Jeff Apter por várias vezes dentro do livro deprecia canções, desvaloriza instrumentistas, subvaloriza feitos e desmensura importância e qualidade de álbuns. Dedica pouca atenção à construção, concepção, idealização dos álbuns e é muito básico na descrição da parte técnica das canções, e quando o faz, a meu ver, o faz tão equivocadamente a ponto do fã perguntar-se, "ele está falando da mesma música que eu estou pensando?". Gasta muita tinta com bebedeiras e números de turnê quando poderia estar concentrando esforços em coisas mais relevantes.
Mas tenho que admitir que, de qualquer forma, o livro cumpre com a sua proposta, de contar a história da banda e não há como negar que o produto envolveu um belo esforço, contatos, pesquisa e pedras pelo caminho. Como méritos do livro devo apontar o fato de dar a real dimensão do problema de Lol Tolhurst com a bebida e explicar definitivamente sua inviabilidade na banda; de revelar os motivos pelos quais "Wild Mood Swings" é um álbum tão ruim e o quão equivocadas foram as decisões em torno dele; revelar, não raramente, inconsistência de declarações de Robert Smith sobre sua obra; confirmar o quanto cada um dos discos da trilogia sagrada do Cure, "Pornography", "Disintegration" e "Bloodflowers" são importantes desde sua concepção, inclusive para o próprio Robert Smith; e mostrar o quão perto o Cure esteve, efetivamente, várias vezes, à beira do fim.
No mais, parabéns pela pesquisa, pelo interesse, pelo esforço mas, infelizmente, não foi o bastante.



Cly Reis

quarta-feira, 25 de março de 2015

"Discoteca Básica : 100 Personalidades e seus 10 Discos Favoritos", de Zé Antônio Algodoal - Ed. Ideal (2014)



“Em um tempo em que
 as pessoas “baixam” músicas
e não tem noção
do que é um álbum,
nada mais bacana que
poder falar dos álbuns
 e de suas influências em nossas vidas.”
Marcelo Rossi
(fotógrafo, diretor de videoclipes e compositor)





Topei, dia desses, com o livro “Discoteca Básica: 100 personalidades e seus 10 discos favoritos” e, blogueiro como sou, com seção dedicada a álbuns importantes, além de apaixonado por música e colecionador de CD's e LP's, fiquei extremamente interessado. Trata-se de uma série de listas elaboradas por 100 personalidades, em sua maioria ligadas ao mundo da música, que destacam, cada um, 10 álbuns musicais importantes de alguma forma em suas vidas. Por mais que tivesse me dado coceira pra comprar, até hesitei um pouco em comprar imaginando que as indicações dos convidados pudessem meramente cair naqueles clichês tipo “progressivo é mais técnico e o resto é pobre”, ou “sou do metal e escolhi 5 AC/DC e 5 Iron Maiden" ou Beatles é melhor que tudo” e simplesmente saírem nomeando 5 entre os 10, 7 de 10 ou mesmo 100% da lista só de Beatles. Mas não. Um que outro até manifestou a intenção de relacionar Beatles nas 10 posições mas felizmente meus temores não se confirmaram. No caso do Fab Four, em especial, tiveram, por óbvio, um número de indicações proporcional à sua importância de maior banda de todos os tempos, mas felizmente as listas mostraram-se bem diversificadas, curiosas e contendo dicas bem interessantes. Os convidados em sua maioria são de alguma maneira ligadas ao mundo da música, como os músicos Arnaldo Baptista, Péricles Cavalcanti, Dinho e Andreas Kisser, por exemplo, mas também encontramos artistas visuais, produtores, executivos de gravadoras, e ex-VJ's da MTV como Didi, Gastão, Edgar e Thunderbird.
O que torna o livro mais interessante é que a proposta do organizador, Zé Antônio Algodoal, não foi a de necessariamente listar 10 discos qualitativamente ou em ordem de preferência. Seus entrevistados podiam utilizar o critério que quisessem e essa liberdade de escolha resultou em listas muito bacanas. Questões afetivas, cronológicas, de formação, profissionais, primeiras aquisições, parcerias, influências, os critérios adotados são os mais diversos, alguns convidados preferindo comentários mais genéricos, abrangentes, outros mais detalhados, pontuais, disco a disco. Alguns relatos como o da francesa Laetitia Sadier da banda Stereolab são muito amplos, bonitos e completos, por outro lado, pessoas de quem gostaríamos de ter alguma consideração a mais sobre suas escolhas, como no caso do apresentador Jô Soares, foram extremamente econômicos, deixando uma breve observação ou às vezes nenhuma.
A paixão demonstrada pelo músico Hélio Flanders em suas descrições; o envolvimento do diretor de cinema e teatro Felipe Hirsh; as metamorfoses da ex-diretora da MTV Brasil, Ana Buttler; o caso dos primeiros dez discos que o Gordo Miranda ganhou do pai; o texto criativo e bem escrito de Xico Sá; e a emoção de Airto Moreira ao ser apresentado ao álbum “Miles Ahead” pela cantora Flora Purim, no relato de Rodrigo Carneiro, são alguns dos pontos mais legais do livro e que não podem deixar de serem lidos. Como curiosidades, me chamou a atenção o fato do álbum “Boys Don't Cry” do The Cure, que eu, fã, nem considero dos melhores, aparecer bastante entre os votantes; a surpreendente 'disputa' acirrada entre o "Força Bruta", muito votado, e o "Tábua de Esmeralda", que no fim das contas prevaleceu; e o fato de que alguns dos meus xodózinhos como o "Psychocandy" do Jesus and Mary Chain, que eu considero a melhor coisa que eu já ouvi, e o "Loveless" do My Bloody Valentine, que eu costumo dizer que seria o disco que eu levaria para uma ilha deserta, aparecem com bastante frequência no livro em diversas listas, inclusive na do próprio organizador. No mais, muitos dos meus favoritos aparecem com grande destaque entre os mais escolhidos como, por exemplo, o "Nevermind" do Nirvana, o "Transa" do Caetano e o "Tábua de Esmeralda" de Jorge Ben.
Elogios também para a parte gráfica do livro muito caprichada, cuja arte, meio retrô e saudosista, faz referência, desde a capa, a vinis, toca-discos e equipamentos de som antigos.
Para quem gosta de listas, como eu, especialmente aqs de música, é um livro que desperta a vontade de montar as suas próprias, com critérios diferentes, de modo que se consiga contemplar todos aqueles discos que, de certa forma quase como filhos, e tem um lugar reservado no coração.




Cly Reis

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Campeã


E chegou a hora, torcedor !
Um clássico local, ou seja, duas músicas do mesmo álbum, "M" e "A Forest" do "Seventeen Seconds" de 1980, decidem a Copa do Mundo The Cure.
Nossos especialistas Christian Ordoque, Daniel Rodrigues, Anderson Reis, juntamente comigo e contando com as manifestações dos amigos da nossa página no facebook, elegeram a grande campeã.
Confira abaixo as avaliações da bancada cureística e seu 'verdedito' final:




>>> "M" x "A FOREST" <<<



Cly Reis
Não tem jeito. "M" pode ser muito boa, muito certinha, uma ótima representante do pós-punk do Cure, mas diante de "A Forest" não segura. "A Forest" simplesmente se impõe e faz 3x0. Mas não aquele três a zero humilhante de goleada. É um 2x0 no primeiro tempo, tirando o pé do acelerador quando vê que o jogo tá sob controle e um golzinho no segundo tempo, no contra-ataque só pra sacramentar. Não tinha como dar outra. 
A FOREST VENCE.






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Anderson Reis
Nem preciso pensar. É "A Forest", certo! Sinceramente, eu acho que dá uns 3x0 para "A Forest". 
A FOREST VENCE.






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Christian Ordoque
Baaaaahhhhhh, complicado! Repito o que disse sobre A Forest no confronto anterior: M perde para A Forest por um simples motivo: Foi a única música que vi tocada ao vivo onde milhares de pessoas a aplaudiu NO MEIO da execução ! A Forest é a Hey Jude do The Cure. Pode parecer monótona ou coisa de fã, mas só quem está no meio da multidão pode saber e sentir do que se trata. A Forest é a vencedora deste confronto e pela minha escolha é a campeã.
Não tem como ser diferente.
A FOREST VENCE





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Daniel Rodrigues
Dois tempos bem distintos. No primeiro, “M”, com personalidade e a confiança de quem passou por pedreiras como “End” a “A Night Like This” por estar ali, sai apavorando, botando pressão, inesperada para “A Forest”. E deu resultado. Aos 14, “M” marca o primeiro numa roubada de bola na intermediária, passe pro atacante matador que ainda dribla um zagueiro e chuta cruzado, meio mascado, mas suficiente pro goleiro não alcançar e estufar as redes. 1 x 0 surpreendente no inicinho do jogo. E agora, “A Forest”, e o favoritismo? E os prognósticos da imprensa que lhe davam vantagem? E a campanha irreparável, em que bateu fortíssimos concorrentes do calibre de “Friday I’m in Love”, “The Caterpillar” até com facilidade? É, o negócio ficou feio pro lado de “A Forest”: aos 21, logo em seguidinha do primeiro gol, “M” botou uma na trave e, mais pro final do primeiro tempo, quase marcou de novo, numa cabeçada do zagueiro no escanteio, que o goleiro fez milagre. Mas acabou assim os primeiros 45 min, com vantagem para “M”, que podia ter sido maior, mas não foi.
Mas aquela máxima do futebol que não falha: quem não faz leva. “M”, que teve duas chances claras de marcar no primeiro tempo e fechar definitivamente o placar, levando o caneco pra casa, desperdiçou. Então que os deuses do futebol não perdoam. Aguerrido e agressivo como na sua versão do “Concert”, “A Forest” tira da cartola um empate aos 30 min e dali pra diante, meus senhores, foi um verdadeiro filme de terror pra “M”. Bola pra área, chute da intermediária, pênalti claro pra “A Forest” que o juiz não marcou. Bombardeio. No abafa, na pressão, “A Forest”, aos 41, num escanteio ensaiado, o lateral esquerdo escora a bola na segunda trave e o zagueiro central entra com tudo no meio da área de cabeça. Gol da vitória que sacramenta o título. 2 x 1 e...

A FOREST VENCE


 A FOREST CAMPEÃ
A MELHOR MÚSICA DO THE CURE


The Cure - A Forest 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Grande Final


Chegou o grande momento!
Só restaram duas.
De 96 músicas que começaram a competição agora só restaram as grandes finalistas na Copa do Mundo The Cure : "M" e "A Forest", ambas do disco "Seventeen Seconds" de 1980, o que faz inevitavelmente vir à tona a questão: seria "Seventeen Seconds" o melhor álbum da banda?
Hum...
Discutível.
Bom, mas polêmicas à parte, as nossas finalistas tiveram que percorrer um longo caminho e topar com os mais duros adversários e percalços em suas trajetórias.
"M", que entrou na pré-fase, teve um confronto a mais que sua adversária da final, que já entrou na fase de singles, e derrubou os seguintes adversários:

  • "End", na fase preliminar;
  • "Mint Car", na primeira fase;
  • "A Night Like This", na segunda fase;
  • "Inbetween Days", nas oitavas-de-final;
  • "Just Like Heaven", nas quartas-de-final e
  • "The Walk" na semifinal.


Já "A Forest", que como já foi dito, já entrou na primeira fase, encarou e tirou do caminho os seguintes adversários:

  • "Other Voices", na primeira fase;
  • "The Caterpillar", na segunda-fase;
  • "The Top", nas oitavas-de-final;
  • "Friday I'm in Love" nas quartas-de-final e 
  • "Push", na semifinal.


Como vemos, ninguém teve moleza, apesar de, na avaliação da nossa bancada, os confrontos de "A Forest" terem sido sempre mais tranquilos que os de "M", que na maioria das vezes passou suando sangue.
Agora nossa comissão cureóloga, com a participação dos nossos amigos, fãs da banda, do Facebook, tem a tarefa de decidir qual a melhor música do The Cure entre as duas que chegaram à decisão. "M" ou "A Forest". vá tirando suas dúvidas aí com os vídeos das duas em sensacionais performances acústicas.


M
 

 X


A Forest
 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - finalistas


Dois jogos.
Duas batalhas.
Quatro grandes músicas.
Apenas duas delas chegarão  final e apenas uma será proclamada a Melhor Música do The Cure.
O clássico 'The Walk', um sinth-pop da fase de transição do Cure dark para uma banda mais pop encarou a boa 'M', do álbum Seventeen Seconds, um pós-punk irretocável com bela base de guitarra e sintetizadores quebrando os tempos. A grandiosa 'A Forest', uma das músicas que melhor representa o som do Cure e uma das mais executadas ao vivo ao longo da carreira da banda pegando a ótima 'Push', um show instrumental com uma guitarra espetacular de Robert Smith, em uma das melhores performances coletivas da banda. Puxa vida... E agora? Nossos 4 especialistas, ajudados pelos amigos do Clyblog no Facebook tiveram a dura tarefa de escolher apenas 2 classificadas. Uma em cada confronto.
Confira abaixo as análises de cada um e o resultado destas semifinais:



Daniel Rodrigues

"M" x "THE WALK"
" “The Walk” é daqueles ex-campeões nacionais que há muito não ganha um título, tipo Botafogo e Atlético Mineiro, mas que, desta vez, montou um time competitivo, armadinho, eficiente. Por isso, vinha despachando adversários fortes nas fases anteriores, como as “Disintegration” “Fascination Street” e “Lovesong”. Mas só força de vontade não basta em futebol quando se pega pela frente um time com mais consistência e qualidade técnica. “M” não se apavora com o retrospecto de “The Walk” e lhe aplica um 2 x 0 sem susto, um gol em cada tempo: jogada armada pela esquerda no primeiro (aquele cruzamento da linha de fundo implacável com cabeçada do centroavante na marca do pênalti, sabe?), e, no segundo, de pênalti.
‘M’ NA FINALEIRA! "

"PUSH x "A FOREST"
"Pensei que esta seria a final, mas, por essas coisas do futebol, deu aquele “jogo da morte” nas semi, tipo “Gre-Nal do Século”, tipo Holanda e Itália de 1978, tipo Uruguai e Hungria de 1954. Mas quem foi o Inter, a Holanda e a Hungria da vez? “A Forest”. 1 x 0 com um golaço de fora da área, uma bucha no ângulo, aos 20 do segundo tempo. O jogo encrespou a partir de então, porque “Push”, com a qualidade que tem, foi pra cima e botou pavor na área adversária. Mas “era dia de floresta”, depois de por um volante e mais um zagueiro (abdicando de atacar) e...
‘A FOREST’ CLASSIFICA "

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Anderson Reis

"M" x "THE WALK"
"Meu voto vai para "The Walk
THE WALK CLASSIFICA


"PUSH x "A FOREST"
"A Forest" ! Não tem como, meu.. "Push" é mto boa mais "A Forest" é fodastica e ao vivo é melhor ainda.
A FOREST CASSIFICA

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Christian Ordoque
"M" x 'THE WALK"
Ganha 'M'. Por mais que 'The Walk' cresça ao vivo não é o suficiente para ganhar da 'M'. Aristocraticamente falando, M tem berço, tem estirpe, tem origem e pedigree. 'The Walk' não tem. 'The Walk' é novo-rico comparado com a bem nutrida, centrada e consistente 'M'.
"M" CLASSIFICA

"PUSH" x  "A FOREST"
Conheci “A Forest” como muitos de vocês devem ter conhecido no glorioso Concert Live numa versão acelerada empurradaça por um teclado poderoso que fazia mais um zumbido opressor do que tocava as notas da música e um reverber no vocal que chegava a dar eco e foi nesta versão que eles vieram a Porto Alegre no show do Gigantinho que não fui. Muito escutei esse disco. Ou muito me engano ou tive que ter dois discos destes porque o primeiro gastou. Depois retomei minhas audições do The Cure quando daquela fase do Wish pelos EUA que resultou no disco ao vivo Show, uma Forest mais comportada, mas ainda mantendo a essência. Depois nos anos 90 vi meu primeiro show do Cure no Hollywood Rock onde conheci os colegas Cureólogos e dedicados à Cureologia Aplicada Cly Reis E Daniel Rodrigues. Foi um show mais de emoção do que de razão onde chorei horrores e que dizem que não foi tão bom assim. Para mim foi bem bom. Ano passado fui ver como estava a banda e me surpreendi com a coesão do grupo. Neste show e imagino em todos os outros que passararam e que virão eles tocaram “A Forest”. Em um show de 40 músicas, eles “queimaram” este cartucho na música 14 ! Um clássico dessa envergadura antes da METADE do show. Corta. E Push ? O que dizer de Push ? Musicaço cartão de visitas, onde mostra todo o potencial de instrumentistas em várias formações ao longo dos anos. Foi por anos a cortina do Glorioso programa Boys Don´t Cry do Mauro Borba. Contarei um causo. A Pop Rock tinha um programa depois das 11 ao vivo onde o Ricado Padão atendia a alguns pedidos da galera e numa dessas noites pedi a Push para ele. Foi muito engraçado e diferente ouvir uma música que era características dos sábados de tarde tocar de madrugada. Push é hino, Push é instrumental absurdo, Push é símbolo de uma música bem composta por exímios músicos. Mas não é imbatível. Perde para A Forest por um simples motivo: Foi a única música que vi tocada ao vivo onde milhares de pessoas a aplaudiu NO MEIO da execução ! A Forest é a Hey Jude do The Cure. Pode parecer monótona ou coisa de fã, mas só quem está no meio da multidão pode saber e sentir do que se trata.
"A FOREST" CLASSIFICA
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Cly Reis
"M" x "THE WALK"
"M" tem mais jogo, tem mais talento. "Walk" tem um jogo muito mecânico, sempre a mesma jogada. "M" aproveita a previsibilidade de "Walk" e anula suas principais virtudes. Faz 1x0 já  no início, só por aquela introdução que é muito bala, o jogo fica equilibrada na maior parte do tempo, mas "M" liquida o jogo no solinho final. 
"M" CLASSIFICA

"A FOREST" x "PUSH"
Agora o bicho pegou! 'A Forest' tinha passado por outras grandes mas provavelmente por nenhuma tão completa quanto 'Push'. São estruturas diferentes mas ambas extremamente técnicas e muito bem desenvolvidas. Enquanto 'Push' faz uma longa introdução instrumental, onde apresenta toda a estrutura da música e então a repete acompanhada da letra, 'A Forest' tem três partes cantadas que desembocam num solo e que por sua vez vai se desvanescendo até morrer nas notas do baixo. O que vale mais? Difícil escolher! 0x0 no tempo normal.
'Push' tem guitarras mais altas, mas estridentes, mais vibrantes, mas 'Forest' tem a intensidade precisa pra manter o clima sombrio, tem a medida exata de intervenções, e um solo final de arrepiar. Se 'Push' tem aquele "the only way to beeeeeee....", "A Forest" tem seu 'again and again and again and again...". Segue a igualdade. 
O contrabaixo: o baixo de 'Push' é notável, mas o que dizer do da outra, simplesmente o coração da música? "A Forest' até faz 1x0 por conta dessa performance de Simon Gallup, mas o gol é anulado.
Enquanto os teclados de 'Push' são mais um complemento, os de 'Forest', notáveis, densos, formando uma atmosfera escura e esfumaçada, são fundamentais. 1x0 na prorrogação, e agora valeu. Mas a bateria de 'Push' supera a discreta bateria eletrônica da original de 'A Forest'  e 'Push' empata nos acréscimos do tempo extra.
Vai para os tiros livre da marca da cal. Nos penais, pelas versões ao vivo de "A Forest", pela remix e pelo tanto que representa e simboliza em relação à banda, 'A Forest' faz 3x1. 
A FOREST CLASSIFICADA


por maioria de votos "M" e "A FOREST" estão na grande final.


Agora é aguardar a avaliação da bancada, as opiniões populares e todo o desenrolar deste grande clássico para sabermos quem será o grande campeão da Copa do Mundo The Cure.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Semifinais

"Acerte o seu aqui que eu arredondo o meu aqui!"
Vão começar as semifinais do torneio musical mais empolgante da internet. A Copa do Mundo The Cure chega à sua reta final.
Foram sorteados os confrontos da penúltima fase e, como era inevitável, só saiu caroço.
A surpreendente M, que derrubou Just Like Heven na fase anterior pega a forte The Walk que, confirmando sua condiçaõ de um dos grandes hits da banda, tirou do caminho algumas grandes candidatas; e a favorita A forest pega a impecável Push que conta com grande torcida.
Nesta fase, todos os quatro cureólogos, Daniel Rodrigues, Christian Ordoque, Anderson Reis e Cly Reis, analisaraão as duas partidas e chegarão a um consenso sobre os finalistas, e é claro, levaremos em consideração as manisfestações, predileções, palpites e torcidas dos amigos pelo Facebook.
Confira abaixo a tabela das semis e o clipe de cada uma para que você também faça sua escolha.
"Está valendo!"







M

X

THE WALK
 





PUSH

 X


A FOREST
 

sábado, 12 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Semifinais

Bem amigos do clyblog,chegamos às semifinais do torneio mais espetacular da internet brasileira, a Copa do Mundo THE CURE.
Apenas quatro sobreviveram e chegaram até esse momento decisivo. Se até agora os jogos eram divididos igualmente entre os cureólogos estudiosos, nas semifinais, todos decidem todos os jogos. É aguradar pra ver o que vai dar
Na análise dos nossos comentaristas, conheçam os quatro classificados:


Daniel Rodrigues :
LOVESONG x THE WALK
"Na lógica. “The Walk”, que desclassificou uma forte concorrente e até melhor do que esta nova adversária, “Lullaby”, na fase anterior, faz prevalecer seu volume de jogo. Vitória de 2 x 1 sem contestação."
THE WALK CLASSIFICA.


Anderson Reis:
PUSH x THE HANGING GARDEN
"Nossa! Foi dificil mas "Push" passa. Ela foi mais especial pra mim."
PUSH CLASSIFICA

Christian Ordoque :
FRIDAY I'M IN LOVE x A FOREST
"Música do disco Wish, "Friday" foi importante no renascimento pop/comercial do Cure. Música solar, faceira e alegre ! Perde feio para A Forest. A desigualdade é tamanha que A Forest mete 5 a 0 e só não fez mais pq tirou o pé de acelerador e colocou vários reservas no meio do segundo tempo. Foi um massacre. Time grande contra time faceiro dá nisso. A Forest chega com consistência nas Semi-Finais por ser uma música que melhora ano após ano."
A FOREST CLASSIFICA


JUST LIKE HEVEN x M
"Just Lik Heaven é uma música perfeita. Boa introdução, refrão gostoso, um riff tão legal que é quase um mini-solo, um teclado lindo, etéreo e divinal, e uma interpretação bárbara do Bob. Talvez por isso tudo tenha entrado em campo se achando, imaginando que a qualquer momento mataria o jogo. Mas, não! M bate no peito e diz, "o que é que eu tenho menos que esses caras?". M tem uma introdução fantástica com aquele riff que culmina na entrada do efeito de sintetizador, uma levada belíssima e contagiante sempre entremeada pela quabra no synth, uma interpretação vocal igualmente espetacular, um teclado discreto mas preciso e um final crescente e empolgante. Junto com Play for Today, que já caiu, talvez sejam os melhores exemplos do pós-punk do Cure. Enquanto JLH fica naquele "You-u-u...", M destroça naquele solo final majestoso e faz 1X0, no apagar das luzes."
M CLASSIFICA



classificadas: THE WALK, PUSH, A FOREST e M
*os confrontos das semifinais  serão conhecidos por sorteio.

Aguardem!



sexta-feira, 11 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - quartas-de-final

E saíram os confrontos das quartas-de-final da Copa do Mundo The Cure:
Uma das favoritas, LOVESONG encara a valente THE WALK que vem derrubando bons adversários; outra das cotadas para o título, JUST LIKE HEAVEN pega M, uma das poucas que vieram da pré-fase; PUSH,que também veio desde a preliminar, e já derrubou gigantes como why Can't I Be You, encara a forte HANGING GARDEN; e, por fim, o favoritismo de A FOREST será finalmente posto à prova contra a fortíssima FRIDAY I'M IN LOVE, no confronto que, me parece, o mais difícil da fase. Mas todos são dureza. Não tem mais refrsco para ninguém.
Apenas como curiosidade, como M e A FOREST não se encontraram nessas 4ª.-de-final, ainda é possível haver 'clássico local', ou seja, músicas do mesmo disco, numa final. vamos ver o que vai dar.
As decisões, como desde o início da comeptição, estão nas maões de 4 cureólogos especializados, este ilustre blogueiro que vos escreveDaniel RodriguesChristian Ordoque e Anderson Reis, cabendo, nesse caso, um jogo para cada: LOVESONG x THE WALK para o Daniel, FRIDAY I'M IN LOVE x A FOREST para o Christian, PUSH x THE HANGING GARDEN com Anderson Reis e JUST LIKE HEAVEN x M, cabendo a mim.
Confira abaixo a tabela das quartas-de-final da Copa The Cure:



quarta-feira, 9 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Classificados das oitavas-de-final

Afunilou a coisa.
Agora só restam oito.
Algumas das possíveis favoritas como "Lullaby" e "Inbetween Days" ficaram pelo caminho, o sonho da franco-atiradora "This  Twlight Garden" de figurar entre as maiores músicas da banda, simplesmente desmoronou, e no clássico local, "The Hanging Garden" triunfou sobre "The Figurehead". No mais fortes candidatas ao título como "Friday I'm in Love", "Lovesong" e "A Forest" continuam  passando por cima de quem vem pela frente.
É mas essas aí que não pensem que vão ter vida fácil. Não tem mais moleza!
Agora são só 4 jogos. Quatro confrontos mortais. Quatro clássicos.
Veja abaixo quias são os oito classificados, destacados em vermelho:


sábado, 5 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Oitavas-de-Final

Saíram os confrontos das oitavas!
Apenas 16 chegaram até aqui e daqui pra frente não tem mais moleza, é ferro e ferro!
Curiosidade é que saiu o primeiro clássico local: teremos um The Hanging Garden x The Figurehead. Vai sair faísca!
Confira abaixo os outros confrontos:

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Classificados Segunda Fase

E acabou a segunda-fase. A coisa encrespou, grandes ficaram pelo caminho e agora só restam 16. Veja aí quem passou para as oitavas-de-final. Os classificados estão destacados em vermelho:




quarta-feira, 2 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - Confrontos segunda fase

E saíram os confrontos da segunda fase da Copa The Cure.
Só caroço!!!
Por mais que agora não existisse mais a restrição de enfrentamento do mesmo disco, curiosamente, por sorteio não deu nenhum 'clássico local', o que não impediu de termos enfrentamentos de gigantes. Entre eles, alguns confrontos chamam especialmente a atenção, tais como "The Walk" x "Boys Don't Cry", "Lovesong" x "High", "Killing An Arab" x "Hanging Garden" entre outros jogaços que complementam a tabela desta fase.
Bom, confiram todos os confrontos.
Haja Coração!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - classificados primeira fase

Passada a fase preliminar, uma espécie de peneira, os singles e hits entraram nesta primeira fase e não encontraram vida fácil. Mega-sucessos como "Why Can't I Be You?", "Close to Me" e "Catch" já ficaram pelo caminho. Por outro lado algumas menos badaladas como "This Twilight Garden" e a surpreendente "Do the Hansa" que já tirou "The Holy Hour" e "The End of World" aparecem como surpresas.
No mais, as grandes confirmam suas condições de favoritismo e se impõe, como "Inbetween Days", "Just Like Heaven", "Friday I'm in Love", "Boys Don't Cry", "The Walk", etc., mas entre estas despontam um pouco à frente 'Push" que superou duas pedreiras ("Another Journey by Teain" e "Why Can't I Be You?"), "Fascination Street" pela consistência e "A Forest" que num primeiro confronto, contra a forte "Other Voices", não deu a menor chance.
O saldo dos calssificados da fase, por álbum foi de 6 do "Three Imaginary Boys"; 4 do "Disintegration"; do "The Top", "Wish" e "The Head on the Door", 3 cada; 2 de "Japanese Dream", "Seventeen Seconds" e "Pornography", além de 2 B-sides de singles; 1 do "Faith", 1 do "Kiss Me...", 1 do "4:13 Dream", 1 do "Boys Don't Cry" (uma vez que a música "Boys Don' Cry" não saiu no "3 Imaginary Boys") e 1 single, "Charlotte Sometimes", que na discografia original não saiu em álbum.
Abaixo, destacados, em vermelho, todos os classificados:

quarta-feira, 26 de março de 2014

Copa do Mundo The Cure - Primeira Fase

Agora sim é pra valer!
Depois de uma fase preliminar, os singles e hits entram na peleia e enfrentam os classificados da fase anterior. E mais uma vez nosso time de cureólogos especializados terá a difícil tarefa de classificar só uma música em confrontos dificílimos.
Confira aí a tabela da nova fase da competição.
Haja coração!


terça-feira, 25 de março de 2014

Copa do Mundo The Cure - classificados fase preliminar

E a pré-fase acabou!
Algumas grandes já ficaram pelo caminho como Shake Dog Shake, Kyoto Song, The Kiss, Faith, mas a grande surpresa da primeira fase foi a desclassificação de The Holy Hour para Do the Hansa.
Se já nessa fase preliminar tivemos clássicos como Play for Today x Shake Dog Shake, Faith x A Night Like This, One Hundred Years x The Kiss, imagina agora quando vão entrar os hits e singles!
Confiram aí todos os classificados. Em seguida, nos próximos dias, vem aí os confrontos da próxima fase.
Aguenta coração!!!
Em vermelho, os classificados:


quinta-feira, 20 de março de 2014

Copa do Mundo The Cure - Fase Preliminar

Está valendo!
Começou a Copa.
Não a da FIFA, a do clyblog.
E na nossa Copa do Mundo a gente escolhe a melhor música de uma banda em confrontos eliminatórios até chegar a uma grande final.
A primeira banda a entrar em campo é o The Cure e 4 cureanos fanáticos, Cly Reis, Daniel Rodrigues, Christian Ordoque e Anderson Reis, vão decidir quem passa e quem fica pelo caminho em confrontos espetaculares.
No total serão 96 músicas se enfrentando entre si. Na fase preliminar 64 canções se degladiam e apenas 32 passam para enfrentar os singles e grandes sucessos como "Inbetween Days", "Why Can't I Be You", "Boys Don't Cry", que já estão esperando, pré-classificadas para a fase seguinte.
Nas duas primeiras fases não pode haver enfrentamento do mesmo álbum (por exemplo: "Friday I'm In Love" não pode enfrentar "High") mas depois disso não tem jeito. Tem que matar quem cair pela frente.
Abaixo os enfrentamentos da pré-fase. Todos foram definidos em sorteio dirigido, de modo a não haver confrontos do mesmo disco, assim como a quem caberá a decisão dos classificados.
Então acompanhe a tabela e fique na torcida.




terça-feira, 18 de março de 2014

Copa do Mundo Rock - The Cure

Qual a melhor maneira de escolher a melhor música de uma banda?
No clyblog a gente escolhe no mata-mata.
Vai começar a Copa do Mundo Rock e a primeira banda que vai entrar em campo é The Cure.
São 96 músicas no total, 32 delas entre singles e grandes sucessos já ficam pré-classificados esperando que as outras se eliminem entre si. Músicas do mesmo álbum não se enfrentam nas duas fases iniciais, mas depois não tem jeito: tem que matar quem cair pela frente. 
É só jogão!
Eu,Cly Reis, Daniel Rodrigues e 
Christian Ordoque e Anderson Reis estaremos encarregados de decidir quem se classifica em confrontos espetaculares.
Então tá. Prepare seu coração que a bola vai rolar.



Em breve, os confrontos e chaveamentos.
Aguardem!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

cotidianas #256 - Uma Floresta



Quem é amante de música como eu vai entender essa história, mas quem é fã da banda inglesa The Cure vai, mais do que isso, se identificar. Embora tenha ocorrido há uns bons anos, a sensação daquele acontecimento ainda me é bastante presente. Os “bons anos” a que me refiro significam 23 deles atrás, em 1990. O local: a emblemática loja Mesbla da Voluntários da Pátria, Centro de Porto Alegre.

Era um início de noite de um dia útil qualquer, terça, quarta, qualquer coisa assim. Hora do pico: pessoas pegando condução, umas correndo para os compromissos noturnos, outras voltando para casa, comércio fechando, meretrício abrindo, ambulantes aproveitando o movimento para vender, frotas de coletivos lotando as ruas, muito zunzunzum. Minha mãe, que trabalhava na Senhor dos Passos, combinou comigo de nos encontrarmos ao final de seu expediente, por umas 18h30. Ela precisava comprar algo ou simplesmente pesquisar preços, não lembro ao certo. Lembro, sim, de pegá-la em seu trabalho e rumarmos em direção da Mesbla, por ficar ali perto e por ser um dos poucos estabelecimentos que se mantinham abertos até mais tarde do que o horário normal do comércio.

A Mesbla, para os que não conhecem, era uma loja de departamentos (tal qual uma Magazine Luiza ou Colombo da vida) de origem francesa cuja falência, decretada em 1999, diz-se, se deu por má administração. Porém, naquela época, princípio dos anos 90, a Mesbla ainda reinava, embora, por debaixo dos panos, já se prenunciava a derrocada, o que só veio a público anos depois, quando tentaram em vão salvar o negócio e as lojas foram fechando aos poucos até definhar. Havia outra loja Mesbla na esquina da Otávio Rocha com Dr. Flores (onde funciona hoje uma Manlec). No entanto, a da Voluntários era “A” Mesbla. Majestosa. Moderna. Convidativa. Numa época em que outras boas lojas de departamento já guerreavam entre si com ofertas e preços, as também extintas Grazziotin, Hipo-Incosul, JH Santos e Arapuã (que se situavam se não na mesma rua, no entorno), nenhuma batia a Mesbla. Lá era o shopping de uma Porto Alegre que, naquele então, tinha apenas o Iguatemi como grande centro comercial.

Parte desta importância se devia, certamente, à arquitetura do Edifício Mesbla. Projetado pelo arquiteto Arnaldo Gladosch, em 1944, o prédio, marco da arquitetura comercial da cidade, se já era vistoso por fora, com sua fachada acompanhando a curvatura da rua e cuja superfície explorava a textura dos tijolos em tom terroso-escuro, por dentro, então!... No seu interior, os três primeiros pisos eram integrados através de mezaninos em forma de anéis, enquanto os demais, destinados a escritórios, desenvolviam-se perifericamente, liberando uma área central que possibilitava uma iluminação vinda do cume em todos os pisos de loja. Isso sem falar na visibilidade do seu todo, apreciável de qualquer ponto em que se estivesse.

Depois que aquela Mesbla fechou as portas, antes mesmo de a empresa anunciar a falência, duas situações vividas por mim envolvendo o prédio – hoje pertencente ao Centro Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e onde se pretende, em breve, instalar a nova sede do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – me geraram sentimentos opostos. Uma delas, em 1997, de puro deleite, quando pude visitar a 1ª Bienal do Mercosul, evento o qual, inteligentemente, se valeu da beleza e da disposição espacial do prédio para integrar lindamente o desenho de sua arquitetura a quadros, esculturas e instalações da nata da arte moderna brasileira. A outra circunstância, no entanto, nada tem de encantadora, pois foi quando, a trabalho, em 2009, fui à TV Ulbra à época em que as emissoras da universidade, então dona do imóvel, se transferiram da cidade de Canoas para lá. Encontrei tudo “remendado”: divisórias, paredes móveis e estúdios montados no hall que, numa lógica funcional e burra, descaracterizaram totalmente o local, dando-me, logo ao entrar, a nítida sensação de que não estava no mesmo lugar. Nada daquele visual clean e do espaço amplo, que fazia destacar com clareza os produtos e as pessoas que circulavam. Não localizei nem a grande escada em alas simétricas ao fundo da área central, nos moldes dos primeiros magazines de departamentos do século XIX, que facilitavam a progressão vertical do público no interior da loja.

Naquele início de noite com minha mãe, no entanto, não subi as escadas da Mesbla. Enquanto ela comprava-pesquisava suas bugigangas noutros andares, eu permaneci no térreo, pois ali ficava o que me interessava: os discos. O setor de Música e Vídeo era ao fundo e à esquerda do salão principal, com seus módulos para LP’s separados por categorias (Cantor Nacional, Banda Nacional, Gauchesco, por exemplo) mais os mostruários de fitas K7 e as de VHS, que não recordo como ficavam expostas. Ao chegar, o vendedor do departamento, um rapaz de uns 30 anos de quem não lembro o nome (perdoem-me, mas quem me conhece sabe que tenho dificuldade de gravar nomes, ainda mais quando de um acontecimento de tanto tempo atrás), cumprimentou-me como pede a conduta de um bom atendimento varejista. Porém, percebi que ele ficou observando (com motivo de sobra) aquele pré-adolescente de 12 anos vestido de blusa preta, calças jeans rasgadas num dos joelhos, tênis tipo basquete sujos, cabelo pixaim com corte quase moicano, óculos de grau com armação redonda e de cor azul fluorescente e, para arrematar, pendurado no pescoço por uma corrente metálica, um crucifixo de ferro fundido de uns 14 cm de altura, que tomava a extensão do tórax, comprado não numa loja de artigos de rock, mas num antiquário da rua Fernando Machado. Sim: eu me vestia desse jeito, algo entre o punk, o dark e eu mesmo. E pior: minha mãe, mais por coragem do que por amor, mesmo que fizesse algum comentário a respeito de um exagero ou outro, andava com seu filho numa boa pelo Centro ou onde fosse. Inclusive em lojas de departamentos.

Como não tinha por hábito comprar filmes para assistir no videocassete, pois me eram caros (alugava-os como solução), meu interesse ali era voltado especialmente para os discos de vinil. Diletante já naquela época, colecionava junto com meu irmão o que me era possível com a mesada, mas a maioria dos discos, inevitavelmente, eram apenas objetos de desejo que eu não cansava de admirar nas prateleiras das lojas. Repetia este ritual de contemplação mais uma vez ali na Mesbla, dedilhando volume após volume para, ávido por conhecer mais, descobrir novos títulos, ver os já conhecidos e aqueles que almejava ter ou rever os que já figuravam na discoteca de casa. Passando pela letra C da fileira de Bandas Internacionais, deparei-me com os LP’s de um dos meus grupos preferidos desde aqueles idos: o The Cure. Tinham posto para venda os mais populares em vendagem e conhecimento do cliente mediano, afinal, tratava-se de uma loja de departamentos que, vendedora de produtos muito mais caros e rendosos, não se preocupava em ser especialista justamente em discos. Disco era coisa para aficionados como eu. E o vendedor.

Havia ali dois ou três do Cure, provavelmente “The Head on the Door”, álbum de carreira repleto de hits da banda, de 1985, e “Standing on a Beach”, de um ano depois, a coletânea com os maiores sucessos de Robert Smith e Cia. até então, um campeão de vendagens. O terceiro, no entanto, não podia ser classificado exatamente um estrondo de vendas. Não era o exótico “The Top” nem o deprê “Pornography”, mas, sim, o único LP oficial ao vivo da banda até aquele momento, de 1984: o “Concert”. Embora fosse dos que já tivesse em casa, puxei-o da pilha com surpresa e emoção e fiquei a admirar a capa. Foi quando ouvi uma voz atrás de mim perguntar-me com empolgação:

- Tu gosta de The Cure?!

Virei-me e constatei que quem me perguntava era o vendedor da loja. Respondi que sim com um sorriso tanto de surpresa quanto de identificação. Comentei que meus preferidos (na época era) do Cure eram o “Pornography” e o “Faith”, os bem gothic-punk, mas que gostava muito, no “Concert”, entre outras coisas, da sonoridade da bateria do Andy Anderson, um negrão que assumira as baquetas do grupo naquela época e que tocava forte como um bate-estacas. Foi visível que o tal moço da loja também se identificou comigo, tendo ficando, inclusive, positivamente espantado por aquele pirralho conhecer e gostar do mesmo que ele, de uma geração mais velha – situação que vira e mexe me ocorria quando era mais guri. Ele ainda disse:

- Eu fui no show deles no Gigantinho. Foi demais. – contou-me com emoção. – Cara, me dá esse disco aqui que eu vou colocar pra rodar.

Sim: ele interrompeu uma Paula Abdul ou George Michael qualquer que tocava sonolentamente na vitrola e substituiu por The Cure. Pelo “Concert”. O som dos alto-falantes, espalhados por toda a loja, saía, tirando as interrupções para os anúncios em voz dos vendedores ao microfone, somente dali. Ou seja: toda a Mesbla estava prestes a escutar The Cure. Ele pôs na primeira faixa. Chiados da agulha no sulco e entra um sobe-som da plateia ovacionando a banda que, percebe-se, entrava no palco naquele instante para abrir o “concerto”. Robert Smith dá boa noite e anuncia a canção de abertura. Andy Anderson faz um longo rolo na bateria conjugando tom-tom e surdo, abrindo caminho para que toda a banda entrasse explodindo naquele clima soturno e denso, de guitarras distorcidas, teclados espaciais e bateria possante. Era “Shake Dog Shake", para delírio do público, meu e do vendedor.

Escutamos a música inteira entre uma conversa e outra sobre partes da mesma que achávamos legal e sobre nossa paixão pelo Cure. Tudo num volume ambiente, afinal, o som ia para toda a loja. Não que Cure não pudesse tocar na Mesbla, mas o “Concert”, cheio de músicas da fase dark da banda, carregado em sonoridades ruidosas e perturbadoras, além do fato de ser ao vivo, o que adensa as vibrações irregulares por causa do rumor da plateia, não era exatamente o mais aconselhável para uma situação como aquela. Por isso, respeitávamos os ouvidos das senhoras que, como minha mãe, estavam lá para comprar uma colcha, roupa de banho, artigos para casa, etc. Mas nossa vontade era de arrebentar as caixas de som! Durante a conversa, concordamos que a melhor performance da bateria era a de “A Forest”. Sem dúvida. Afinal, aquela marcação de ritmo da música original pedia mesmo uma batida forte. Empolgado, ele virou o lado e foi direto nesta faixa. Largou a agulha ainda no fervor da multidão, que vibrava com o final de “A Hundred Years”, a anterior. Foi a partir dali que a luminosa e moderna loja Mesbla se transformou...

A clássica abertura de teclados, num tom grave e ritualístico, mórbido como que vindo de dentro de uma caverna, e as espaçadas frases da guitarra prenunciando o riff, levam a galera ao êxtase. E nós também. Começava um dos épicos do Cure. Já alheio a qualquer outra coisa que estivesse por perto, inclusive o seu gerente ou outros clientes, o vendedor aumentou o volume. Naquele mesmo momento, a sensação foi de que anoitecera dentro da Mesbla e de que entrávamos definitivamente para dentro de uma selva fechada e escura. Parecia que ninguém mais existia em nossa volta. Só nós, a música e uma floresta.

A introdução de “A Forest”, de pouco mais de 1 minuto, parece ter durado uma hora. Nós, diante daquele som, não falávamos, talvez com receio de alertar os bichos à espreita. Até que, finda a abertura, entra, enfim, a tal batida, marcada em dois tempos, pesada, esmurrando as caixas da bateria e até mais acelerada que na versão original. Arrasador! Meu companheiro silvícola não se conteve e aumentou ainda mais o volume. Para o máximo! Os acordes de “A Forest” retumbavam pelos corredores, fazendo vibrar as mesas, os eletrodomésticos, as vidraças e as louças do setor de Bazar.

Robert Smith dizia: “The sound is deep/ In the dark/ I hear her voice/ And start to run/ Into the trees/ Into the trees...” (“O som é profundo/ Na escuridão/ Eu ouço a voz dela/ E começo a correr/ Para dentro das árvores/ Para dentro das árvores...”). E corríamos, ali, parados. Sentíamos o som reverberar por todo o espaço, tomando totalmente os 15 metros de altura que iam do chão ao teto (ou seria a copa?).

Absorvidos por aquela atmosfera selvagem, os versos: “Again and again and again...” nos fazia investir mais ainda mata adentro. E de novo, e de novo, e de novo. Será que saberíamos voltar agora? “I’m lost in a Forest”? We lost in a Forest? O maravilhoso solo de guitarra, cheio de efeito de pedal, já avançava e levava a canção para o final, em que os instrumentos pouco a pouco vão morrendo, perdendo-se no escuro da noite silvestre. Anderson dá o último soco da bateria; ficam apenas as guitarras e os teclados, que logo se retira, para, por fim, manterem-se as cordas, que saem de cena uma a uma. Cessam as guitarras e fica apenas o baixo, que suspira espaçadamente os últimos pares de acordes: “tan dan - tan dan - tan dan...”, até sua propagação esvaecer de vez no espaço.

Bastou a música terminar para tudo voltar a ser como era antes. Claridade, senhoras comprando ou pesquisando preços, crianças correndo e berrando, vendedores vendendo. Uma loja de departamentos. Entretanto, entreolhamo-nos com a sensação de que algo diferente ainda pairava no ar, mas que não tínhamos mais como saber ao certo o que era. Retomados, trocamos ainda algumas animadas palavras de “cureanos” até que minha mãe retornou para irmos embora. Despedi-me do parceiro de viagem calorosamente, afinal, só nós sabíamos a experiência que tínhamos vivido naqueles 6 minutos e 46 segundos minutos entre o primeiro e o último acorde de “A Forest” que pareceram durar uma madrugada inteira.

Indo em direção à porta de saída, minha mãe ainda observou impressionada:

- Tu faz amizade rápido, hein, Dã?!

- ... É-é... – respondi meio bobo, ainda sem muita noção do que se sucedera ali naquele magazine entre tantos objetos supérfluos e desnecessários, entre tantas pessoas que eu não conhecia e jamais conhecerei.


O segurança abriu-nos a porta da entrada e, ao sairmos para a rua, educadamente deu-nos “boa noite” antes de fechá-la novamente como quem passa o cadeado numa jaula. Antes de a passagem ser totalmente fechada, porém, juro ter escutado, vindo lá de dentro da loja, o uivo de um lobo, o que, lamentavelmente, logo se perdeu no ruído metálico da frenagem desvairada dos ônibus que cumpriam, com suas toneladas de realidade, a correria irracional da vida, deixando-me com a dúvida, até hoje, se realmente escutei aquilo.