Quatro capas de diferentes versões: a original, da Columbia, com a fantástica arte de Neil Fujita, e as posteriores pelos selos Pan Am, Green Corner e Jazz Images |
terça-feira, 27 de abril de 2021
Charles Mingus - "Mingus Ah Um" (1959)
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2020
Corre pro abraçaço, Caetano! Você tá na liderança. |
A propósito de país estreante nos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, no ano que passou tivemos também a inclusão de belgas (Front 242) e russos (Sergei Prokofiev) na nossa seleta lista que, por sinal, continua com a inabalável liderança dos norte-americanos, seguidos por brasileiros e ingleses.
Também não há mudanças nas décadas, em que os anos 70 continuam mandando no pedaço; nem no que diz respeito aos anos, onde o de 1986 continua na frente mesmo sem ter marcado nenhum disco nessa última temporada, embora haja alguma movimentação na segunda colocação.
A principal modificação que se dá é na ponta da lista de discos nacionais, onde, pela primeira vez em muito tempo, Jorge Ben é desbancado da primeira posição por Caetano Veloso. Jorge até tem o mesmo número de álbuns que o baiano, mas leva a desvantagem de um deles ser em parceria com Gil e todos os de Caetano, serem "solo". Sinto, muito, Babulina. São as regras.
Na lista internacional, a liderança continua nas mãos dos Beatles, mas temos novidade na vice-liderança onde Pink Floyd se junta a David Bowie, Kraftwerk e Rolling Stones no segundo degrau do pódio. Mas é bom a galera da frente começar a ficar esperta porque Wayne Shorter vem correndo por fora e se aproxima perigosamente.
Destaques, de um modo geral, para Milton Nascimento que, até este ano não tinha nenhum disco na nossa lista e que, de uma hora para outra já tem dois, embora ambos sejam de parcerias, e falando em parcerias, destaque também para John Cale, que com dois solos, uma parceria aqui, outra ali, também já chega a quatro discos indicados nos nossos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS.
Dá uma olhada , então, na nossa atualização de discos pra fechar o ano de 2020:
PLACAR POR ARTISTA INTERNACIONAL (GERAL)
- The Beatles: 6 álbuns
- David Bowie, Kraftwerk, Rolling Sones e Pink Floyd: 5 álbuns cada
- Miles Davis, Talking Heads, The Who, Smiths, Led Zeppelin, Wayne Shorter e John Cale* **: 4 álbuns cada
- Stevie Wonder, Cure, John Coltrane, Van Morrison, Sonic Youth, Kinks, Iron Maiden, Bob Dylan e Lou Reed**: 3 álbuns cada
- Björk, The Beach Boys, Cocteau Twins, Cream, Deep Purple, The Doors, Echo and The Bunnymen, Elvis Presley, Elton John, Queen, Creedence Clarwater Revival, Herbie Hancock, Janis Joplin, Johnny Cash, Joy Division, Lee Morgan, Madonna, Massive Attack, Morrissey, Muddy Waters, Neil Young and The Crazy Horse, New Order, Nivana, Nine Inch Nails, PIL, Prince, Prodigy, Public Enemy, R.E.M., Ramones, Siouxsie and The Banshees, The Stooges, U2, Pixies, Dead Kennedy's, Velvet Underground, Metallica, Grant Green e Brian Eno* : todos com 2 álbuns
PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)
- Caetano Veloso: 5 álbuns
- Jorge Ben: 5 álbuns *
- Gilberto Gil*, Tim Maia e Chico Buarque: 4 álbuns
- Gal Costa, Legião Urbana, Titãs e Engenheiros do Hawaii: 3 álbuns cada
- Baden Powell**,, João Bosco, João Gilberto***, Lobão, Novos Baianos, Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Ratos de Porão, Sepultura e Milton Nascimento**** : todos com 2 álbuns
** contando o álbum Baden Powell e Vinícius de Moraes, "Afro-sambas"
*** contando o álbum Stan Getz e João Gilberto, "Getz/Gilberto" ****
contando com os álbuns Milton Nascimento e Criolo, "Existe Amor" e Milton Nascimento e Lô Borges, "Clube da Esquina"
PLACAR POR DÉCADA
- anos 20: 2
- anos 30: 3
- anos 40: -
- anos 50: 15
- anos 60: 90
- anos 70: 132
- anos 80: 110
- anos 90: 86
- anos 2000: 13
- anos 2010: 13
- anos 2020: 1
*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1
PLACAR POR ANO
- 1986: 21 álbuns
- 1985, 1969 e 1977: 17 álbuns
- 1967, 1973 e 1976: 16 álbuns cada
- 1968 e 1972: 15 álbuns cada
- 1970, 1971, 1979 e 1991: 14 álbuns
- 1975, e 1980: 13 álbuns
- 1965 e 1992: 12 álbuns cada
- 1964, 1987,1989 e 1994: 11 álbuns cada
- 1966, 1978 e 1990: 10 álbuns cada
PLACAR POR NACIONALIDADE*
- Estados Unidos: 171 obras de artistas*
- Brasil: 131 obras
- Inglaterra: 114 obras
- Alemanha: 9 obras
- Irlanda: 6 obras
- Canadá: 4 obras
- Escócia: 4 obras
- México, Austrália, Jamaica, Islândia, País de Gales: 2 cada
- País de Gales, Itália, Hungria, Suíça, França, Bélgica, Rússia, Angola e São Cristóvão e Névis: 1 cada
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Iggy Pop - "Brick by Brick" (1990)
No entanto, dúvidas quanto ao talento de Iggy Pop pairavam àquela época. Ele vinha de um novo sucesso em anos após alguns de ostracismo com “Blah Blah Blah”, de 1986, coescrito e produzido por Bowie. Sua gravadora de então, A&M, queria repetir a fórmula, mas o que o rebelde Iggy fez, ao lado do “sex pistol” Steve Jones, foi, sim, um álbum que pode ser classificado como “Cold Metal”, o representativo título da faixa inicial de “Instintic”, de 1988. O preço por seguir os próprios instintos custou caro a Iggy, que foi dispensado do selo. Foi então que o veterano roqueiro olhou para si e percebeu que algo estava errado. No espelho, James Osterberg viu, na verdade, um artista prestes a completar duas décadas de carreira sem ter, de fato, uma obra inteiramente sua com respeito de crítica e público. Iggy deu-se conta que todos os seus êxitos até então haviam sido divididos com outros: na Stooges, com o restante do grupo; nos discos de Berlim dos anos 70 e em “Blah...”, com Bowie; em “Kill City”, de 1977, com James Williamson, fora outros exemplos. Por incrível que parecesse, o cara inventou o punk, que liderou uma das bandas mais revolucionárias do rock, que colaborou para o engendro da música pop dos anos 80 era ainda olhado de soslaio. Foi com este ímpeto, então, que, desejoso de virar uma importante página, ele assina com a Virgin para realizar um trabalho essencialmente seu.
Produzido pelo experiente Don Was (Bob Dylan, Rolling Stones, George Clinton e outros papas da música pop), “Brick...” é rock ‘n’ roll em sua melhor acepção: jovem, pulsante e melodioso. A começar, tem na sua sonoridade forte e impactante, a exemplo de grandes discos do rock como “Album” da PIL e os clássicos da Led Zeppelin, um de seus trunfos. Igualmente, parte da banda que acompanha o cantor é formada por Slash, na guitarra, de Duffy McKagan, no baixo, nada mais, nada menos do que a “cozinha” da então mais celebrada banda da época, a Guns n’ Roses, além de outros ótimos músicos como o baterista Kenny Aronoff, o guitarrista Waddy Wachtel e o tecladista Jamie Muhoberac. Isso, aliado ao apuro da mesa de som, potencializava a intensidade do que se ouvia. Garantida a parte técnica, vinha, então, o principal: a qualidade das criações. Nunca Iggy Pop compusera tão bem, nunca estivera tão afiado em suas melodias e no canto, capaz de variar da mais rascante vociferação ao elegante barítono.
Com o parceiro de várias jornadas Bowie: Iggy busca a emancipação artística |
Se em discos anteriores Iggy às vezes se ressentia de coesão na obra, como os bons mas inconstantes “Party” (1981) e “New Values” (1979), em “Brick...” ele mantém o alto nível do início ao fim. E olha que se trata de um disco extenso! Mas Mr. Osterberg estava realmente em grande fase e imbuído de pretensões maiores, o que prova na canção de abertura: a clássica “Home”. Rock puro: riff simples e inteligente; refrão que gruda no ouvido; pegada de hard rock de acompanhar o ritmo batendo a cabeça; vocal matador; guitarras enérgicas; bateria pesada. Não poderia começar melhor. Já na virada da primeira faixa para a segunda, a grandiosa balada “Main Street Eyes” – das melhores não só do disco como do cancioneiro de Iggy –, percebe-se outra sacada da produção: interligadas – tal os álbuns de Stevie Wonder ou o mitológico “Sgt. Peppers”, dos Beatles –, as músicas se colam umas às outras, dando ainda mais inteireza à obra.
Assim é com I Won't Crap Out”, na sequência (noutra ótima performance dele e da banda), e aquele que é certamente o maior hit da carreira de Iggy Pop: “Candy”. Dividindo os vocais com Kate Pearson (B52’s), a música estourou à época com seu videoclipe (28ª posição na Billboard e quinta na parada de rock) e ajudou o disco a vender de 500 mil de cópias. Como classifica o jornalista Fábio Massari, trata-se de um “perfect pop”. Tudo no lugar: melodia envolvente, refrão perfeito, conjugação de voz masculina e feminina e construção harmônica irretocável. Um clássico do rock, reconhecível até por quem não sabe quem é Iggy Pop e que, ao chamar Kate para contrapor a voz, “deu a morta” para a R.E.M. um ano depois fazer o mesmo na divertida e de semelhante sucesso “Shiny Happy People”.
Unindo a experiência de um já dinossauro do rock com um poder de sintetizar suas melhores referências, Iggy revela joias, como as pesadas "Butt Town", com sua letra desbocada e crítica, e "Neon Forest", onde faz as vezes de Neil Young. Também, as melodiosas "Moonlight Lady" e a faixa-título, puxadas no violão e na sua bela voz grave, bem como a animada “Stary Night”. Don Was, que manja da coisa, intercala-as, dando à evolução do disco equilíbrio e garantindo que o ouvinte experimente todas as sensações: da intensidade à leveza, da agressividade à doçura. Por falar em intensidade, o que dizer, então, do heavy “Pussy Power”, em que, resgatando o peso do seu disco imediatamente anterior, faz uma provocativa ovação ao “poder da buceta”. Iggy Pop sendo Iggy Pop.
Mas não é apenas isso que Iggy tinha para rechaçar de vez a desconfiança dos críticos. O Iguana revela outras facetas, sempre pautado no melhor rock que poucos como ele são capazes de fazer. Novas aulas de como compor um bom rock ‘n’ roll: "The Undefeated" – daquelas que viram clássicos instantâneos, emocionante no coro final entoando: “Nós somos os invictos/ Sempre invictos/ Agora!” –; "Something Wild" e a parceria com Slash "My Baby Wants To Rock And Roll". Não precisa dizer que esta última saiu um exemplar à altura de dois músicos que escreveram hinos rockers como “No Fun” e “Sweet Child O’Mine”.
O disco termina com outra balada, "Livin' On The Edge Of The Night", do premiado músico Jay Rifkin, que figura na trilha de “Chuva Negra”, filme de sucesso de Ridley Scott e estrelado por Michael Douglas e Andy Garcia, das poucas que não têm autoria do próprio Iggy entre as 14 faixas de um disco irreparável. Iggy Pop, finalmente, consegue ser ele mesmo sendo os vários Iggy Pop que há dentro de sua alma versátil e liberta. E se havia alguma dúvida de que tinha competência de produzir uma obra autoral sem a ajuda dos parceiros, “Brick...” é a prova cabal. Literalmente, não deixa “pedra sobre pedra” e nem muito menos “tijolo por tijolo”.
1. "Home" – 4:00
2. "Main Street Eyes" – 3:41
3. "I Won't Crap Out" – 4:02
4. "Candy"(partic.: Kate Pierson) – 4:13
5. "Butt Town" – 3:34
6. "The Undefeated" – 5:05
7. "Moonlight Lady" – 3:30
8. "Something Wild" (John Hiatt) – 4:01
9. "Neon Forest" – 7:05
10. "Starry Night" – 4:05
11. "Pussy Power" – 2:47
12. "My Baby Wants To Rock And Roll" (Iggy Pop/Slash) – 4:46
13. "Brick By Brick" – 3:30
14. "Livin' On The Edge Of The Night" (Jay Rifkin) – 3:07
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Música da Cabeça - Programa #173
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Música da Cabeça - Programa #151
Bolsonazis que querem acabar com a democracia, um recado pra vocês: "o pulso ainda pulsa"! Em plena quarta-feira de cinzas, o MDC sacode a poeira e dá a volta por cima com o enredo de gente como R.E.M., Tracy Chapman, Tom Jobim, Titãs, Grant Green, Renato Russo e Neil Young. Ainda, uma homenagem a José Mojica Marins e um "Cabeça dos Outros" de quadro móvel. Aqui a gente não acaba na quarta-feira: a gente começa. E é às 21h, na carnavalesca Rádio Elétrica. Produção, apresentação e estandarte de ouro: Daniel Rodrigues.
Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2019
O pessoal de Liverpool tá imbatível. E não estou falando do time de Salah, Firmino e Mané. |
Na nossa tradicional atualização dos discos que pintaram por aqui no último ano, lá na frente, entre os artistas que têm mais obras citadas na nossa seção, entre os internacionais, Os Rapazes de Liverpool finalmente assumiram a liderança, uma vez que, nem Bowie nem Stones, que dividiam a dianteira com eles, tiveram novos discos incluídos nos A.F., mas é bom abrir o olho porque os alemães do Kraftwerk, considerado por muitos o outro nome mais influente na música de todos os tempos, botaram mais um disco na roda esse ano e subiram para o segundo degrau do pódio. Já pelo lado nacional, não houve mudança lá na frente e o destaque ficou com as estreias de Airto Moreira, Tribalistas e o já citado Zé Ramalho.
Entre os países, os Estados Unidos se mantém à frente com boa folga, e, na disputa pela prata, os ingleses, com um bom número de artistas emplacando álbuns fundamentais, aproxima-se perigosamente dos brasileiros. Quanto às décadas, os anos 70 continuam mandando no pedaço, mas falando em anos, especificamente, ainda é o de 1986, que põe mais discos na nossa lista.
No ano atual, já temos um Álbum Fundamental mas que não entra para a contabilidade do ano passado. A expectativa para 2019 é se os Beatles confirmarão sua liderança e se, no Brasil, alguém vai desbancar Jorge Ben, que reina absoluto há um bom tempo na lista nacional.
Vamos conferir então como ficaram as coisas por aqui depois deste último ano:
PLACAR POR ARTISTA INTERNACIONAL (GERAL)
- The Beatles: 6 álbuns
- David Bowie, Kraftwerk e Rolling Sones: 5 álbuns cada
- Miles Davis, Talking Heads, The Who, Smiths, Led Zeppelin e Pink Floyd: 4 álbuns cada
- Stevie Wonder, Cure, John Coltrane, Van Morrison, Sonic Youth, Kinks, Iron Maiden, Wayne Shorter, John Cale* e Bob Dylan: 3 álbuns cada
- Björk, The Beach Boys, Cocteau Twins, Cream, Deep Purple, The Doors, Echo and The Bunnymen, Elvis Presley, Elton John, Queen, Creedence Clarwater Revival, Herbie Hancock, Janis Joplin, Johnny Cash, Joy Division, Lee Morgan, Lou Reed, Madonna, Massive Attack, Morrissey, Muddy Waters, Neil Young and The Crazy Horse, New Order, Nivana, Nine Inch Nails, PIL, Prince, Prodigy, Public Enemy, R.E.M., Ramones, Siouxsie and The Banshees, The Stooges, U2, Pixies, Dead Kennedy's, Velvet Underground e Brian Eno* : todos com 2 álbuns
PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)
- Jorge Ben: 5 álbuns*
- Gilberto Gil*, Tim Maia e Caetano Veloso: 4 álbuns*
- Chico Buarque, Legião Urbana, Titãs e Engenheiros do Hawaii: 3 álbuns cada
- Baden Powell**, Gal Costa, João Bosco, João Gilberto***, Lobão, Novos Baianos, Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Ratos de Porão e Sepultura: todos com 2 álbuns
** contando o álbum Baden Powell e Vinícius de Moraes, "Afro-sambas"
*** Contando o álbum Stan Getz e João Gilberto, "Getz/Gilberto"
PLACAR POR DÉCADA
- anos 20: 2
- anos 30: 2
- anos 40: -
- anos 50: 15
- anos 60: 84
- anos 70: 125
- anos 80: 104
- anos 90: 77
- anos 2000: 12
- anos 2010: 13
*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1
PLACAR POR ANO
- 1986: 21 álbuns
- 1985: 17 álbuns
- 1976 e 1969: 16 álbuns cada
- 1967, 1968 e 1977: 15 álbuns cada
- 1971 e 1973: 14 álbuns
- 1972, 1975, 1979 e 1991: 13 álbuns
- 1965 e 1992: 12 álbuns cada
- 1970, 1987,1989 e 1994: 11 álbuns cada
- 1966, 1978 e 1980: 10 álbuns cada
PLACAR POR NACIONALIDADE*
- Estados Unidos: 155 obras de artistas*
- Brasil: 121 obras
- Inglaterra: 110 obras
- Alemanha: 9 obras
- Irlanda: 6 obras
- Canadá: 4 obras
- Escócia: 4 obras
- México, Austrália, Jamaica, Islândia, País de Gales: 2 cada
- País de Gales, Itália, Hungria, Suíça, França e São Cristóvão e Névis: 1 cada
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
Crosby, Stills & Nash - “CSN” (1977)
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Música da Cabeça - Programa #139
O rock leva ao satanismo? Então, é o próprio diabo que nós queremos no Música da Cabeça. Vamos ter muito rock para desfazer tudo que é família certinha e hipócrita: Neil Young, Helmet, New Order e Beatles só pra começar. Ainda tem a MPB de Chico Buarque, Milton Nascimento e Gilberto Gil, a soul de Bill Whiters e Stevie Wonder e até o sertanejo de Leandro & Leonardo. Raulzito estava certo: o diabo é o pai do rock, e no MDC ele é sempre bem-vindo. Igual a hoje, às 21h, na satânica Rádio Elétrica. Produção, apresentação e guampinhas pontudas: Daniel Rodrigues.
Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/
domingo, 13 de janeiro de 2019
Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2018
Abre o olho, Babulina, porque Caê tá chegando
e o Síndico tá chamando pra briga.
|
Além disso, foi ano de Copa do Mundo e, como temos feito, unimos música e futebol em publicações espaciais onde o artista ou sua obra tivesse alguma relação com o esporte mais amado do mundo, como foi o caso do apaixonado por futebol Bob Marley, dO Rappa cujas letrar volta e meia remetem a futebol e do Iron Maiden, cujo baixista é quase um hooligan e que já tentou inclusive jogar no seu time de coração.
Isto colocado, como sempre fazemos, todo ano, vamos àquela repassada na nossa seção de grandes discos atualizando os números e verificando aqueles que têm mais discos indicados, países com maior número de representantes, os anos e as décadas que mais se destacam em número de grandes obras citadas e o que mais mereça destaque neste ano que passou nos nossos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, como, por exemplo, o fato de 2018 ter sido um ano de muitas estreias nos AF's. Muitos artistas que, por sua biografia, importância em sua época, seu segmento ou no cenário musical geral, já deviam ter dado as caras por aqui há muito tempo, apareceram pela primeira vez neste ano, como é o caso de nomes como Bob Marley, que foi um dos nossos AF ClyBola, da diva Aretha Franklin, do Kiss, T-Rex e do lendário Queen que fez seu debut por aqui. Por outro lado, poucos se repetiram e, assim, especialmente nos internacionais, as posições de cima não se alteraram muito, apenas com o Iron Maiden e os Kinks entrando para o time dos que têm três álbuns fundamentais e aproximando-se do pessoal com quatro álbuns (Who, Floyd, Kraftwerk...) e um pouco mais dos líderes Beatles, Stones e Bowie que seguem na ponta com cinco discos cada.
Nos nacionais a movimentação também não foi grande mas dois artistas deram uma emoção à "disputa pela liderança": com um disco de Caetano Veloso e um de Tim Maia, poderíamos tê-los empatados na ponta com Gilberto Gil e Jorge Ben. Mas isso se, lá no início do ano, o Babulina não tivesse colocado mais um entre os fundamentais e garantido sua posição no topo entre os brasucas.
Na disputa por países, ainda que os norte-americanos ainda mantenham um boa vantagem na liderança, em 2018 os ingleses fizeram quase o dobro de indicações que os yankees e diminuíram um pouco a desvantagem para os brasileiros que haviam se distanciado no ano anterior
No que diz respeito a épocas, a marcante década de 70 continua liderando, acompanhada, com uma distância bem confortável, pela década de 80. Só que quando falamos em anos, é o de 1986 que manda, com nada menos que 20 discos, seguido pelo seu ano anterior, o de 1985 e o ano de 1976, cada um com 16 álbuns na nossa lista.
O ano que entra promete movimentação nos placares, especialmente de artistas, tanto nacionais quanto internacionais, uma vez que a vantagem dos líderes é pequena e quem vem logo atrás não tá pra brincadeira.
As comemorações dos dez anos acabaram mas não é por isso que não continuaremos tendo participações especias nos AF. Além das habituais colaborações de Paulo Moreira, Leocádia Costa, Lucio Agacê, com certeza teremos durante ao ano a contribuição de amigos tão apaixonados por música quanto nós e que sabem que os álbuns de suas coleções e de seus corações são simplesmente fundamentais.
Vamos conferir então como ficaram as coisas por aqui depois deste último ano:
PLACAR POR ARTISTA INTERNACIONAL (GERAL)
- The Beatles, David Bowie e The Rolling Stones: 5 álbuns cada
- Kraftwerk, Miles Davis, Talking Heads, The Who e Pink Floyd: 4 álbuns cada
- Stevie Wonder, Cure, Smiths, Led Zeppelin, John Coltrane, Van Morrison, Sonic Youth, Kinks, Iron Maiden, John Cale* e Bob Dylan: 3 álbuns cada
- Björk, The Beach Boys, Brian Eno*, Cocteau Twins, Cream, Deep Purple, The Doors, Echo and The Bunnymen, Elvis Presley, Herbie Hancock, Janis Joplin, Johnny Cash, Joy Division, Lee Morgan, Lou Reed, Madonna, Massive Attack, Morrissey, Muddy Waters, Neil Young and The Crazy Horse, New Order, Nivana, Nine Inch Nails, PIL, Prince, Prodigy, Public Enemy, R.E.M., Ramones, Siouxsie and The Banshees, The Stooges, U2, Velvet Underground e Wayne Shorter: todos com 2 álbuns
PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)
- Jorge Ben: 5 álbuns*
- Gilberto Gil*, Tim Maia e Caetano Veloso: 4 álbuns*
- Chico Buarque, Legião Urbana, Titãs e Engenheiros do Hawaii: 3 álbuns cada
- Baden Powell**, Gal Costa, João Bosco, João Gilberto***, Lobão, Novos Baianos, Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Ratos de Porão e Sepultura: todos com 2 álbuns
** contando o álbum Baden Powell e Vinícius de Moraes, "Afro-sambas"
*** Contando o álbum Stan Getz e João Gilberto, "Getz/Gilberto"
PLACAR POR DÉCADA
- anos 20: 2
- anos 30: 2
- anos 40: -
- anos 50: 15
- anos 60: 79
- anos 70: 117
- anos 80: 100
- anos 90: 75
- anos 2000: 11
- anos 2010: 11
*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1
PLACAR POR ANO
- 1986: 21 álbuns
- 1976 e 1985: 16 álbuns cada
- 1968 e 1977: 15 álbuns cada
- 1967: 14 álbuns
- 1971, 1972, 1973 e 1991: 13 álbuns
- 1965, 1969, 1975, 1979 e 1992: 12 álbuns cada
- 1970, 1987 e 1989: 11 álbuns cada
- 1966 e 1980: 10 álbuns cada
PLACAR POR NACIONALIDADE*
- Estados Unidos: 146 obras de artistas*
- Brasil: 116 obras
- Inglaterra: 102 obras
- Alemanha: 8 obras
- Irlanda: 6 obras
- Canadá: 4 obras
- Escócia: 4 obras
- México, Austrália, Jamaica e Islândia: 2 cada
- País de Gales, Itália, Hungria, Suíça e França: 1 cada