Apagão, prevaricação, investigação, acusação, discriminação... É tanta repetição, que vamos fazer o mesmo, só que com mais uma edição do MDC! A 221ª delas trará Isaac Hayes, Marina Lima, Neneh Cherry, George Michael, Tribalistas e mais e mais e mais. Ainda, no quadro especial, 'Cabeção', os 110 anos de nascimento do genial compositor Bernard Hermann, senhor em repetições sonoras. Repetindo o que se deve, o programa vai ao ar hoje, às 21h, na irrepetível Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues (Daniel Rodrigues, Daniel Rodrigues, Daniel Rodrigues...)
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quarta-feira, 30 de junho de 2021
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
Música da Cabeça - Programa #177
Não sei porque, mas o Música da Cabeça hoje está interrogativo, sabe? Afinal, quem não gostaria de ter num mesmo programa Banda Black Rio, The Pilgrim, Iggy Pop, Portishead, Anthrax, Marina Lima e mais? E ainda por cima com direito a "Música de Fato", "Palavra, Lê" e "Sete-List"? Impossível desgostar, não acham? As respostas para essas perguntas estarão todas no MDC, às 21h, na questionadora Rádio Elétrica, conhece? A produção e a apresentação, afirmamos, são de Daniel Rodrigues, viu? Ah: antes que esqueça, presidente: por que Michelle recebeu R$ 89 mil do Queiroz?
Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/
quarta-feira, 27 de março de 2019
Música da Cabeça - Programa #103
Não é só porque estamos no finzinho do Mês da Mulher: é porque aqui elas estão sempre na nossa cabeça. Um programa (quase) todo feminino foi o que calhou esta semana, pois terá Liz Fraser, Marina Lima, Gal Costa, Maria Rita, Suzanne Vega, Lady Miss Kier e outras. Não será diferente no “Música de Fato”, no “Palavra, Lê” e no quadro móvel da semana, “Cabeção”. Tudo com a massiva presença delas. Seja homem ou mulher, o negócio é escutar o Música da Cabeça de hoje, às 21h, pela feminilíssima Rádio Elétrica. Produção e apresentação dela: Daniel Rodrigues.
Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Música da Cabeça - Programa #93
Quem diria que, ao se celebrarem os 90 anos de nascimento do pacifista Martin Luther King, estaríamos, aqui no Brasil, avançando (ou regredindo) no acesso a armas de fogo... Pois se é pra dar tiro, então aqui vai uma rajada de música boa pra todos os lados! Tem The Beatles, tem Prince, tem Marcos Valle, tem Marina Lima, tem Milton Nascimento. Tem até Beethoven no programa de hoje! Artilharia pesada de sons e canções! Então, prepare a pontaria e acerte no Música da Cabeça, às 21h, na Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues. Na mosca.
Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/
domingo, 4 de janeiro de 2015
Marina Lima - "Marina Lima" (1991)
"Será que você será
a dama que me completa?
Será que você será o homem,
não estou bem certa."
trecho de "Não Estou Bem Certa"
Marina acrescentava o
sobrenome Lima ao nome artístico e pela primeira vez o emprestava,
agora completo, para batizar um álbum. Não era à toa. Em “Marina
Lima”, de 1991, a cantora era mais ela do que nunca. Ao mesmo
tempo que atingia seu melhor momento artístico, com um pop mais
coeso, mais completo, bem produzido, Marina passava por um momento de
questionamentos, de autodescoberta, de auto-revelação e por fim de
auto-afirmação. Assim, nada melhor do que afirmar para si mesma e
para todo mundo “Esta aqui é Marina Lima e este álbum sou eu.”
Marina, assim como
Renato Russo o fizera em determinado momento, reconhecia que gostava
de meninos e meninos, e resolvia então externar isso através da sua
arte. Não que já não tivesse dado pistas em outros momentos mas em "Marina Lima", era a primeira vez que o fazia tão direta e abertamente. Trechos como "procurar Ricardos em Solanges nunca me fez mal" ou“tudo o que eu pensei ser pra sempre eu já
não sei se é mais/ penso na menina e fico atenta aos braços do
rapaz”, de “Não Estou Bem Certa”, são muito emblemáticos quanto ao conflito interior que se configura, bem como vários outros versos espalhados pelo álbum, em grande parte dedicado a esta (re)descoberta, ora como reafirmação, ora como dúvida.
Não por acaso, “Ela
e Eu”, de Caetano Veloso conhecida até então na interpretação
notável de Maria Bethânia, é escolhida para abrir o disco, uma vez
que já sugere a mudança e o novo momento da cantora. Cantada à
capela com uma interpretação belíssima de Marina Lima, “Ela e
Eu” além de dar o recado inicial, funciona quase como uma vinheta
de abertura do álbum, praticamente entrelaçando-se com a ensolarada
“Grávida”, canção pop leve, gostosa, sobre extrapolar,
manifestar-se, pôr tudo para fora da maneira que se achar melhor.
Com letra de Arnaldo Antunes, “Grávida” pode-se dizer, de certa
forma, é uma espécie de “Saia de Mim” dos Titãs, só que sem
toda aquela agressividade.
O adorável pop
“Criança”, também sobre descobertas, com sua batida eletrônica
e ritmo funkeado muito convidativo tem a marca da qualidade da
produção de Liminha num dos melhores momentos do álbum;
“Acontecimentos”, outra das boas do disco, um pouco mais lenta, é
uma canção de amor característica da carreira de Marina e da
parceria com o irmão poeta e letrista Antônio Cícero; e a ótima
“Pode Ser o Que For”, de ritmo acelerado, vibrante, pulsante é
otimista, corajosa e pra frente.
As baladas ficam por
conta da delicada “O Meu Sim” e da triste “Não Sei Dançar”, onde Marina acompanhada apenas pelo teclado, canta alguns dos versos mais arrasados da música brasileira,
como “às vezes eu quero chorar mas o dia nasce e eu esqueço”
e “e tudo o que eu
posso te dar é solidão com vista pro mar”.
“Serei Feliz” é
aquele típico final digno: um a boa canção, nada mais que isso,
mas que por sua vez não compromete em nada. O ponto negativo fica
por conta da péssima “E Acho Que Não Sou Só Eu”, música com
cara de improvisação de estúdio num momento de infeliz inspiração
momentânea registrado. Com uma programação pobre, uma levada tosca
de guitarra e uma letra, parece, inventada na hora, a música soa
como uma infeliz colcha de retalhos de elementos de outras faixas do
disco. Também não é suficiente para desvalorizar o belo álbum de
Marina Lima, mas certamente era desnecessária.
O interessante de
“Marina Lima”, o álbum, é que se marcava efetivamente a melhor
fase artística da cantora, aquele momento acabaria por não ter uma
longa duração. Mesmo tendo lançado em seguida com algum sucesso o
bom "O Chamado" e depois o interessante porém irregular “[Abrigo]”, sua voz, problemas físicos e emocionais
fariam com que a carreira ficasse um tanto comprometida assim como
seus trabalhos seguintes dali para a frente. Até por isso, “Marina
Lima”, além de um dos melhores álbuns dos anos 90 no Brasil,
passa a ser um registro importante como, possivelmente, o último
trabalho em que Marina apresentou-se na sua plenitude.
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FAIXAS:
1. "Ela e Eu"
2. "Grávida" 3. "Criança"
4. "Não Estou Bem Certa"
5. "O Meu Sim"
6. "Acontecimentos"
7. "E Acho que Não Sou só Eu"
8. "Pode Ser o Que For"
9. "Não Sei Dançar"
10. "Serei Feliz"
***********************
Ouça:
5. "O Meu Sim"
6. "Acontecimentos"
7. "E Acho que Não Sou só Eu"
8. "Pode Ser o Que For"
9. "Não Sei Dançar"
10. "Serei Feliz"
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Ouça:
Cly Reis
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Stevie Wonder - “Songs In The Key Of Life” (1976)
“Songs In The Key Of Life’é apenas
um aglomerado de pensamentos
no meu subconsciente que meu Criador
decidiu me dar como força,
amor + amor – ódio = energia do amor capaz de fazer
o possível para
trazer
à minha consciência
uma ideia.
Uma ideia para mim
é um pensamento formado
no subconsciente,
o desconhecido e,
por vezes,
aquilo que se procura no impossível.”
Stevie Wonder
texto do encarte original
Chegou a hora de falar de um monumento da música do Século XX e que vai ficar pra sempre na vida de todo mundo: “Songs In The Key Of Life”, de Stevie Wonder. Conheci este disco nas ondas da Continental Superquente 1120, em 1976. A rádio começou a tocar o primeiro de muitos hits do disco, "Isn't She Lovely". E aí me apaixonei. Comprei o disco em 1979 e começou uma longa história de amor e devoção com este disco com D maiúsculo.
Ele começa com um gospel wonderiano de arrepiar chamado "Love's in Need of Love Today". Nela, todos os instrumentos são tocados por ele - especialmente os sintetizadores -, a não ser uma percussão incidental. Os vocais também são todos de Stevie, que se esmera em criar um efeito de coral de igreja batista norte-americana. Um começo de impacto. O Stevie religioso se manifesta com "Have a Talk With God", na qual novamente está no comando de todos os instrumentos. Nela, SW diz: "Quando você achar que a vida está muito difícil/ apenas tenha uma conversa com Deus". Religiosidade sem pregação. "Village Ghetto Land" mostra o lado de preocupação social. Os sintetizadores - uma obsessão wonderiana na época - tão o tom sombrio de um gueto cheio de violência, lixo e descaso das autoridades.
É neste disco que Stevie dá vazão à suas indagações sobre o mundo. Contextualizando: os Estados Unidos tinham passado por uma tempestade social com o caso Watergate, a crise do petróleo e o crescimento da violência urbana, especialmente nos guetos. Estes fatos iriam desembocar nos anos 80 com o surgimento do rap e do hip hop, levando adiante a mensagem de Wonder. "Summer Soft" inicia como mais uma balada de SW, mas se transforma na segunda parte, quando o destaque fica com o órgão pilotado pelo grande Ronnie Foster (cuja importância para a música brasileira acontece em 1982, quando produz "Luz", o grande disco de Djavan). "Ordinary Pain" também tem uma ligação com a MPB. Em 84, no seu disco "Fullgás", Marina Lima fez uma versão da primeira parte desta música ("Pé na Tábua") . Mas SW foi engenhoso. Faz uma música de amores perdidos e a divide em duas, apresentando a versão masculina, suave, e a feminina, uma funkeira cantada por Shirley Brewer.
O Lado 3 começa com Aisha, a filha recém nascida de Wonder chorando. Esse choro se transforma na batida irresistível de "Isn't She Lovely", uma das canções mais conhecidas dele. O solo de harmônica desta canção é das melhores performances instrumentais que eu já ouvi. Um mega hit merecido e cantado até hoje nos shows, onde Stevie apresenta Aisha já adulta - e maravilhosa! "Joy Inside My Tears" traz SW outra vez no comando de todos os instrumentos, excetuando os teclados de Greg Phillinganes. Esta é daquelas canções que vão te pegando aos poucos. São necessárias várias audições pra entrar no clima. Mas depois te garanto, tu vais sair na rua cantando o refrão "You, you, you / have made life history / You brought some joy inside my tears".
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FAIXAS:
1. "Love's in Need of Love Today” - 7:062. "Have a Talk with God" (Wonder, Calvin Hardaway) - 2:42
3. "Village Ghetto Land" (Wonder, Gary Byrd) - 3:25
4. "Contusion" - 3:46
5. "Sir Duke" - 3:54
6. "I Wish" - 4:12
7. "Knocks Me Off My Feet" - 3:36
8. "Pastime Paradise" - 3:28
9. "Summer Soft" - 4:14
10. "Ordinary Pain" - 6:23
11. "Saturn" (Michael Sembello, Wonder) – 4:54
12. "Ebony Eyes” – 4:11
13. "Isn't She Lovely?" - 6:34
14. "Joy Inside My Tears" - 6:30
15. "Black Man" (Wonder, Byrd ) - 8:30
16. "Ngiculela” “(Es Una Historia)” “(I Am Singing)" - 3:49
17. "If It's Magic" - 3:12
18. "As" - 7:08
19. "Another Star" - 8:28
20. "All Day Sucker" – 5:06
21. "Easy Goin' Evening (My Mama's Call)" – 3:55
18. "As" - 7:08
19. "Another Star" - 8:28
20. "All Day Sucker" – 5:06
21. "Easy Goin' Evening (My Mama's Call)" – 3:55
todas
de Stevie Wonder, exceto indicadas
(ordem
da versão em CD)
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OUÇA:
por Paulo Moreira
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
cotidianas #103 - "Virgem"
Quem disse que eu
Tinha que precisar
As luzes brilham no Vidigal
E não precisam de você
Os dois irmãos
Também não precisam
O Hotel Marina quando acende
Não é por nós dois
Nem lembra o nosso amor
Os inocentes do Leblon
Esses nem sabem de você
O farol da Ilha
Só gira agora
Por
Outros olhos e armadilhas
Outros olhos e armadilhas
Eu disse
Outros olhos e armadilhas
Outros olhos (outros olhos)
E armadilhas
O Hotel Marina quando acende
Não é por nós dois
Nem lembra o nosso amor
Os inocentes do Leblon
Não sabem de você
Nem vão querer saber
E o farol da Ilha
Procura agora
Por outros olhos e armadilhas
Outros olhos e armadilhas
Eu disse outros olhos e armadilhas
Outros olhos (outros olhos)
E armadilhas
As coisas não precisam de você
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"Virgem"
(Marina Lima/ Antonio Cícero)
Ouça:
Marina Lima - "Virgem"
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