sábado, 20 de setembro de 2025
Dia do Baterista: os melhores na opinião dos bateristas (e não-bateristas também)
terça-feira, 24 de junho de 2025
Orquestra Petrobras Sinfônica apresentando "Na Trilha do Rock" - projeto Entre Notas BandNews FM - Theatro Municipal do Rio de Janeiro - 22/06/2025 - Rio de Janeiro/RJ
Tive o prazer de ir com a minha filha que, apesar dos 13 aninhos de idade apenas, curte de montão o som dos anos 80 e adorou ouvir com aqueles arranjos orquestrais grandiosos com aqueles instrumentos diferenciados naquele espaço nobre e altamente adequado para uma audição de qualidade, muitas das músicas que ela escuta, gosta e tira pra tocar na guitarra.
Numa proposta de muito bom gosto, a Orquestra Petrobras preparou arranjos acessíveis, nada excessivamente pomposo e embalou o público totalmente identificado com a época das canções na noite carioca do domingo. Desde o início o maestro Felipe Prazeres deixou claro que aquilo não seria um concerto tradicional, seria um concerto de rock e portanto o público podia deixar de lado a formalidade daquele espaço que tradicionalmente exige uma postura mais sóbria, e podia se soltar e cantar junto.
E foi o que todo mundo fez! Cantou junto com a Petrobras Sinfônica hits que embalaram os anos 80 e 90, como "Era Um Garoto que Como eu Amava os Beatles e os Rolling Stones", dos Engenheiros do Hawaii, "Como Eu Quero", do Kid Abelha, "Música Urbana", do Capital Inicial, "Lanterna dos Afogados", dos Paralamas, a santa padroeira do rock brasileiro Rita Lee com "Desculpe o Auê", e, como não podia faltar aquele tradicional pedido de "toca Raul", fizeram aquele "Maluco Beleza" pra galera.
"Bete Balanço" do Barão Vermelho, muito saudada, "Sonífera Ilha" dos Titãs num ótimo arranjo surpreendentemente imponente, e "Será", da Legião Urbana, cantada em uníssono pelo público, na minha opinião foram os pontos altos do concerto. A Orquestra preparou a saída com a "Saideira" do Skank, voltou para fazer um verdadeiro baile no bis com "Whyski a Go-Go", do Roupa Nova, com as pessoas dançando entre as fileiras, e depois de outra saída do maestro, um derradeiro retorno para o número final com a popularíssima "Pelados Em Santos" dos infames Mamonas Assassinas que, particularmente não gosto, mas valeu pra fechar a noite em altíssimo astral.
Adorável noite de música, nostalgia e alegria num dos mais emblemáticos templos de espetáculos do Brasil, o sempre belíssimo Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Fique abaixo com alguns momentos da noite:
🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻
![]() |
| O belíssimo saguão de entrada do Municipal. |
![]() |
| A escultura em mármore, "A Verdade", no topo da escadaria central. |
![]() |
| Espaço interno do teatro visto do balcão superior |
![]() |
| A riquíssima ornamentação dos lustres de cristal no centro do salão principal |
![]() |
| Orquestra já posicionada para o concerto |
![]() |
| O maestro não regeu apenas sua orquestra. Regeu palmas e coros quase como o band-leader de uma banda de rock |
![]() |
| Este blogueiro na escadaria, ao final do espetáculo. Noite especial! |
🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻🎻
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2024
![]() |
| Se liga rapaziada de Liverpool que o tio Wayne tá chegando |
Então surgem outras curiosidades: a gente vê vários de Rolling Stones, Elton John, Smiths, e se pergunta "Quantos ingleses tem na lista?", aí vê Ramones, Madonna, Herbie Hancock, Aretha Franklin, e compara, "Será que tem mais americanos ou ingleses?", "e os brasileiros, como estão nessa parada?", e vão surgindo categorias e mais categorias. Qual ano tem mais grandes discos lembrados? Qual década se destaca?... E assim criamos o Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, um levantamento que fazemos a cada ano, contabilizando os discos incluídos na última temporada na nossa seção, apresentando então quem está na frente em cada um dos critérios.
No último ano, entre os artistas internacionais, os Beatles continuam firmes na ponta como aqueles com mais discos citados, mas começam a sentir a proximidade do gênio do jazz Wayne Shorter que vem chegando como quem não quer nada. No âmbito nacional, se Caetano Veloso se manteve à frente por conta de um disco em parceira com Chico Buarque, o mesmo álbum fez com que o próprio Chico se aproximasse e alcançasse a segunda posição. Entre os países, o Brasil, com 8 dos 21 discos destacados no ano, deu um salto na tabela ampliando ainda mais a vantagem em relação aos ingleses, mas ainda longe dos norte-americanos que lideram com folga. Já nas épocas, a década de 70 continua sendo a que tem mais grandes álbuns mencionados, embora o ano que tenha mais obras seja da década de 80, o ano de 1986. No entanto, no ano passado, por trazer alguns discos que recentemente completavam 50 anos, o de 1974 foi o que apareceu mais na nossa galeria.
Ainda no que diz respeito aos anos, vamos dar uma 'trapaceada' desta vez: como o disco "Me & My Crazy Self", do bluesman Lonnie Johnson contém gravações de 1947 a 1953, vamos incluí-lo nos anos 40 só porque, até hoje, era a única década que não tinha nenhum disco indicado. Pode ser? (Segredo nosso. Fica entre a gente. Shhhh!!!)
Como destaques tivemos as estreias da talentosíssima musa francesa Françoise Hardy e do subestimado Ivan Lins no nosso seleto grupo de elite; o disco ao vivo de Gilberto Gil, no Tuca, um dos álbuns cinquentões do ano passado; mais um da rainha Madonna para marcar sua grandiosa vinda ao Brasil; e, em ano de Olimpíadas, um disco de atleta, o excelente "Rust in Peace", do faixa preta em taekwondo Dave Mustaine do Megadeth.
Bom, chega de papo-furado: vamos às listas, às colocações, aos números que é o que interessa aqui. Com vocês o Dossiê ÁLBUNS FUNDAMENTAIS 2024.
Dá uma olhada aí:
PLACAR POR ARTISTA (INTERNACIONAL)
- The Beatles: 7 álbuns
- Kraftwerk e Wayne Shorter***: 6 álbuns
- David Bowie, Rolling Sones, Pink Floyd, Miles Davis, John Coltrane e John Cale* **: 5 álbuns cada
- Talking Heads, The Who, Smiths, Led Zeppelin, Bob Dylan, Philip Glass e Lee Morgan: 4 álbuns cada
- Stevie Wonder, Cure, Van Morrison, R.E.M., Sonic Youth, Kinks, Madonna, Iron Maiden , U2, Lou Reed**, e Herbie Hancock***: 3 álbuns cada
- Björk, Beach Boys, Cocteau Twins, Cream, Chemical Brothers, Sean Lennon, Deep Purple, The Doors, Echo and The Bunnymen, Elvis Presley, Elton John, Queen, Creedence Clarwater Revival, Janis Joplin, Johnny Cash, Joy Division, Massive Attack, Morrissey, Muddy Waters, Neil Young and The Crazy Horse, New Order, Nivana, Nine Inch Nails, PIL, Prince, Prodigy, Public Enemy, Ramones, Siouxsie and The Banshees, The Stooges, Pixies, Dead Kennedy's, Velvet Underground, Metallica, Dexter Gordon, PJ Harvey, Rage Against Machine, Body Count, Suzanne Vega, Beastie Boys, Ride, Faith No More, McCoy Tyner, Vince Guaraldi, Grant Green, Santana, Ryuichi Sakamoto, Sinéad O'Connor, Marvin Gaye e Brian Eno* : todos com 2 álbuns
PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)
- Caetano Veloso: 8 álbuns*#
- Gilberto Gil * ** e Chico Buarque ++ #: 7 álbuns
- Jorge Ben ** e João Gilberto* ****: 5 álbuns
- Tim Maia, Rita Lee, Legião Urbana, , e Milton Nascimento***** º: 4 álbuns
- Gal Costa, Titãs, Paulinho da Viola, Engenheiros do Hawaii e Tom Jobim +: 3 álbuns cada
- João Bosco, Lobão, João Donato, Emílio Santiago, Jards Macalé, Elis Regina, Edu Lobo+, Novos Baianos, Paralamas do Sucesso, Ratos de Porão, Roberto Carlos, Sepultura, Cartola, Baden Powell*** e Criolo º : todos com 2 álbuns
*contando com o álbum "Brasil", com João Gilberto, Maria Bethânia e Gilberto Gil
**contando o álbum Gilberto Gil e Jorge Ben, "Gil e Jorge"
*** contando o álbum Baden Powell e Vinícius de Moraes, "Afro-sambas"
**** contando o álbum Stan Getz e João Gilberto, "Getz/Gilberto"
PLACAR POR DÉCADA
- anos 20: 2
- anos 30: 3
- anos 40: 1
- anos 50: 121
- anos 60: 101
- anos 70: 166
- anos 80: 142
- anos 90: 108
- anos 2000: 20
- anos 2010: 18
- anos 2020: 3
*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1
PLACAR POR ANO
- 1986: 24 álbuns
- 1977 e 1972: 21 álbuns
- 1969: 20 álbuns
- 1976: 19 álbuns
- 1970, 1971, 1985 e 1992: 18 álbuns
- 1968, 1973 e 1979 17 álbuns
- 1967, 1975 e 1980: 16 álbuns cada
- 1983 e 1991: 15 álbuns cada
- 1965, 1988, 1989 e 1994: 14 álbuns
- 1987 e 1990: 13 álbuns
- 1990: 12 álbuns
- 1964, 1966, 1978: 11 álbuns cada
PLACAR POR NACIONALIDADE*
- Estados Unidos: 218 obras de artistas*
- Brasil: 167 obras
- Inglaterra: 130 obras
- Alemanha: 11 obras
- Irlanda: 8 obras
- Canadá: 5 obras
- Escócia: 4 obras
- Islândia, País de Gales, Jamaica, México: 3 obras
- Austrália, França e Japão: 2 cada
- Itália, Hungria, Suíça, Bélgica, Rússia, Angola, Nigéria, Argentina e São Cristóvão e Névis: 1 cada
segunda-feira, 2 de outubro de 2023
Marcelo Gross - Oktoberfest Praia de Belas Shopping - Praça Itália - Porto Alegre/RS (1º/10/2023)
Depois de dias intensos de chuva, temporais, ciclones, enchentes, alagamentos, enfim, o sol raiou em Porto Alegre. E um clima solar como este é, claro, um pedido parasse aproveitar o domingo. Após algumas voltas, fomos parar no agradável Esquenta da Oktoberfest, que o Praia de Belas Shopping, empreendimento vizinho nosso, promoveu durante a tarde. O mais legal foi que, diferentemente de outros anos, quando o shopping montava estruturas assim com food trucks, atrações e tudo mais, na área interna, desta vez o evento foi levado para a Praça Itália, ao lado do shopping, e a céu aberto e em espaço público. E que céu!
A Praça Itália, que passou por uma revitalização no início deste ano sob a gestão do Praia de Belas Shopping, sediar este preparativo para a famosa Oktoberfest, tradicional evento germânico que a cidade de Santa Cruz do Sul sedia durante o mês de outubro. Com uma programação diversificada, que reuniu jogos germânicos, personagens típicos e as soberanas do Oktoberfest, o principal, entretanto, foram as atrações musicais.
Não ficamos a tarde inteira, em que estiveram artistas como Fabrício Beck e Bando Alabama, a OktoberBand by Boris Cunha e o DJ Fábio Lopez, mas tivemos a felicidade de assistir boa parte do show do “Cachorro Grande” Marcelo Gross. Com uma formação clássica de rock, baixo, guitarra e bateria, Gross, muito à vontade e simpático, trouxe um punhado de canções que unia o seu repertório solo (“Que loucura!”, “Carnaval”), clássicos da Cachorro (“Bom Brasileiro”, “Dia Perfeito”) e outras agradáveis surpresas, como “O Novo Namorado”, do ex-parceiro Júpiter Maçã, e uma versão de “Taxman”, dos Beatles.
Aliás, Gross e sua banda fizeram jus às próprias referências no rock e na psicodelia dos anos 60, juntando The Who, Rolling Stones e Beatles e colocando todo mundo no palco. É ou não é briga de cachorro grande? Embora não seja um fã da banda, tenho o maior respeito pela honestidade de Gross e seus companheiros de estrada, bem como pela relevância deles para a cena rock gaúcha. A Cachorro abriu pros Stones em Porto Alegre em 2016, ora essa! No show, embora intimista, era visível o som profissional dos caras, e o quanto este universo do rock faz sentido para eles.
Confiram, então, algumas imagens do belo dia de sol e que a Praça Itália foi agradavelmente aquecida pelo Esquenta da Oktober.
**********
![]() |
| Show rolando no palco montado na Praça Itália |
![]() |
| Marcelo Gross mandando ver no bom e velho rock 'n roll |
![]() |
| Beatles, Sontes, Who: briga de cachorro grande, literalmente |
![]() |
| Leocádia e eu curtindo a tarde de sol na praça |
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
"Robert Johnson - Pacto de Amor à Música", de J.M. Dupont e Mezzo - ed. Darkside / selo Macabra (2022)
Algumas biografias, às vezes, podem ser melhores nos quadrinhos do que escritas. Embora tenha assistido a alguns documentários, nunca li, efetivamente, nenhuma biografia de Robert Johnson, mas o que posso afirmar é que a graphic-novel "Robert Johnson - Pacto de Amor à Música", cumpre muito bem seu papel em contar a trajetória do nome, possivelmente, mais importante da história do blues e, certamente, um dos mais importantes da história da música em todos os tempos.
Nome sempre cercado por lendas, polêmicas e histórias mal contadas, Robert Johnson figura que mudou a forma de fazer, de tocar o blues e influenciou diversos nomes de expressão como Bob Dylan, Rolling Stones, Led Zeppelin, Eric Clapton e outros, teve uma vida conturbada desde a infância, como era comum aos negros norte-americanos sulistas no pós-escravidão. Dotado, na juventude, de um "misterioso" talento, conquistou respeito e até uma certa inveja dentro do meio musical, ao mesmo tempo que causava a ira de produtores musicais por sua irresponsabilidade e tendência à bebida, e provocava o ódio de maridos por conta de sua reputação de mulherengo. Mas é claro, que o principal elemento que envolve o nome de Johnson é o suposto pacto com o Diabo, que teria proporcionado a ele todo aquele absurdo talento.
![]() |
| Arte que remete ao impressionismo de Van Gogh com a tradição dos negros sulistas das garrafas nas árvores para capturar os maus espíritos |
O livro roteirizado pelo jornalista e escritor J.M. Dupont e pelo quadrinista Mezzo, como não podia deixar de ser, explora a lenda na própria narrativa, proporcionado uma condução interessante e constantemente instigante. Com as devidas liberdades artísticas e criativas diante da falta de informações precisas, com uma arte robusta e com um traço marcante, os autores nos entregam uma biografia gráfica convincente ao mesmo tempo poética e documental.
Mais uma biografia em quadrinhos que não fica devendo nada a outras em outros formatos e que comprova, mais uma vez, o valor das HQ's. Documento indispensável para amantes da música, aficcionados pelo blues, fãs de Robert Johnson e, até mesmo... adoradores do Diabo.
![]() |
| Arte maravilhosa de Mezzo! O blues embalando a loucura durante a grande depressão norte-americana dos anos '30 |
por Cly Reis
segunda-feira, 29 de maio de 2023
CLYLIVE Especial de 15 anos do ClyBlog - Kraftwerk - C6 Fest - Vivo Rio - Rio de Janeiro/ RJ (18/05/2023)
![]() |
| Os desenhos estilo new look em movimento em "Autobahn" |
![]() |
| Hino autorreferente: "The Man-Machine" |
![]() |
| Um trem eletrônico passou pelo Rio: "TEE" + "Metal on Metal" |
quinta-feira, 4 de maio de 2023
ÁLBUNS FUNDAMENTAIS Especial 15 anos do ClyBlog - Beto Guedes - "Amor de Índio" (1978)
Como sou da tribo rock, de cara lembrei da discografia dos The Beatles (dá pra escolher), Rolling Stones, Pink Floyd, David Bowie, Radiohead, Oasis, Pearl Jam, Alice in Chains e aí vai tantos outros, sem falar nos álbuns clássicos da terrinha.
Esse álbum de 1978, já abre com uma canção clássica, do coração, do próprio Beto com parceria de Ronaldo Bastos – "Amor de Índio" (homônimo), gravada e regravada por muitos outros artistas, uma obra prima. Na sequência, "Novela", de Milton Nascimento e Márcio Borges, uma atmosfera forte e contundente; "Só Primavera", de Beto Guedes e Márcio Borges, lembrando muito o Clube da Esquina; "Findo do Amor", de Tavinho Moura e Murilo Antunes, uma letra forte e reflexiva; "Gabriel" do próprio Beto com Ronaldo Bastos, feita e dedicada ao seu filho Gabriel, canção de emocionar, principalmente quem é pai; "Feira Moderna", de Lô Borges, Beto Guedes, e Fernando Brant, alto-astral, demais, dá até pra dançar; "Luz e Mistério", parceria com Caetano Veloso, mais uma com letra profunda, como praticamente todas do álbum, sendo que há uma versão ao vivo com a participação do parceiro de composição Caetano, que empresta à versão sua voz “aveludada”.
Esse é meu álbum do coração, portanto fundamental na minha discografia e espero que tenha contribuído com o ClyBlog.
- Amor de Índio
- Novena
- Só Primavera
- Findo Amor
- Gabriel
- Feira Moderna
- Luz e Mistério
- O Medo de Amar é O Medo de Ser Livre
- Era Menino
- Cantar
Julio Faleiro é de Viamão, cidade da região Metropolitana de Porto Alegre/RS.























_0.jpg)

.jpeg)
.jpeg)













