domingo, 7 de março de 2010
Oscar 2010
Rola hoje à noite em Los Angeles a cerimônia do Oscar. Fora alguma grande zebra, "Avatar" leva os prêmios principais e também os técnicos. Na verdade não vi o filme mas sabemos que a academia gosta desse tipo de suprprodução, grande apelo, grandes bilheterias e tal. O que impulsiona a indústria, mesmo.
De resto torço pelo máximo possível de estatuetas para Tarantino e sua turma, com o bom "Bastardos Inglórios", indicado em 8 catergorias, incluindo filme e diretor. Particularmente, como já havia dito, acharei merecidíssimo se Christoph Waltz levar o prêmio de coadjuvante pelo seu papel de Cel. Landa.
Também gostei demais da atuação de Carey Mulligham em "Educação" apesar de saber do brilhante papel que faz Gabourey Sidiba em "Preciosa", que pode ser surpresa também em outras categorias.
Queria ter visto antes da premiação "O Segredo de Seus Olhos",mas da categoria Filme Estrangeiro, só vi mesmo "A Fita Branca" que me deixou ótima impressão, mas que acho que não leva a de filme, mas seria justíssimo se ganahasse fotografia.
Novidade também este ano é o fato de termos 10 indicados na categoria melhor filme. Acho que desqualifica um pouco - tem anos que mal se arranja 5 pra competir -, mas vá lá.
Veja abaixo as listas dos incdicados em todas as categorias:
Melhor Filme
Avatar
Um Sonho Possível
Distrito 9
Educação
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Preciosa - Uma História de Esperança
Um Homem Sério
Up - Altas Aventuras
Amor Sem Escalas
Melhor Diretor
James Cameron - Avatar
Kathryn Bigelow - Guerra ao Terror
Quentin Tarantino - Bastardos Inglórios
Lee Daniels - Preciosa - Uma História de Esperança
Jason Reitman - Amor Sem Escalas
Melhor Ator
Jeff Bridges - Coração Louco
George Clooney - Amor Sem Escalas
Colin Firth - Direito de Amar
Morgan Freeman - Invictus
Jeremy Renner - Guerra ao Terror
Ator Coadjuvante
Matt Damon - Invictus
Woody Harrelson - O Mensageiro
Christopher Plummer - The Last Station
Stanley Tucci - Um Olhar do Paraíso
Christoph Waltz - Bastardos Inglórios
Melhor Atriz
Sandra Bullock - Um Sonho Possível
Helen Mirren - The Last Station
Carey Mulligan - Educação
Gabourey Sidibe - Preciosa - Uma História de Esperança
Meryl Streep - Julie e Julia
Melhor Atriz Coadjuvante
Penelope Cruz - Nine
Vera Farmiga - Amor Sem Escalas
Maggie Gyllenhaal - Coração Louco
Anna Kendrick - Amor Sem Escalas
Mo'Nique - Preciosa - Uma História de Esperança
Melhor Roteiro Adaptado
Distrito 9
Educação
In The Loop
Preciosa - Uma História de Esperança
Amor Sem Escalas
Melhor Roteiro Original
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
O Mensageiro
Um Homem Sério
Up - Altas Aventuras
Melhor Animação Longa-Metragem
Coraline
O Fantástico Sr. Raposo
A Princesa e o Sapo
The Secret of Kells
Up - Altas Aventuras
Melhor Animação Curta-Metragem
French Roast
Granny O´Grimn´s Sleeping Beauty
The Lady and the Reaper (La Dama e la Muerte)
Logorama
A Matter of Loaf and Death
Melhor Filme Estrangeiro
Ajami (Israel)
O Segredo dos Seus Olhos (Argentina )
O Leite da Amargura (Peru )
O Profeta (França )
A Fita Branca (Alemanha )
Melhor Documentário Longa-Metragem
Burma Vj
The Cove
Food Inc.
The Most Dangerous Man In America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers
Which Way Home
Melhor Documentário Curta-Metragem
Province
The Last Campaign of Governos Booth Gardner
The Last Truck: Closing of a GM Plant
Music by Prudence
Rabbit à la Berlin
Melhor Curta-Metragem
The Door
Instead of Abracadabra
Kavi
Miracle Fish
The New Tenants
Melhor Direção de Arte
Avatar
O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Nine
Sherlock Holmes
The Young Victoria
Melhor Fotografia
Avatar
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
A Fita Branca
Melhor Figurino
Brilho de Uma Paixão
Coco Antes de Chanel
O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Nine
The Young Victoria
Melhor Montagem
Avatar
Distrito 9
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Preciosa - Uma História de Esperança
Melhor Trilha Sonora Original
Avatar
O Fantástico Sr. Raposo
Guerra ao Terror
Sherlock Holmes
Up - Altas Aventuras
Melhor Canção Original
"Almost There" - A Princesa e o Sapo
"Down in New Orleans" - A Princesa e o Sapo
"Loin De Paname" - Paris 36
"Take it All" - Nine
"The Weary Kind" - Coração Louco
Melhor Edição de Som
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Up - Altas Aventuras
Melhor Mixagem de Som
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Transformers: A Vingança dos Derrotados
Melhores Efeitos Especiais
Avatar
Distrito 9
Star Trek
Melhor Maquiagem
Il Divo
Star Trek
The Young Victoria
A cerimônia comandada por Steve Martin e Alec Baldwin, começa às 22h (horário de Brasília).
Globo e TNT transmitem para o Brasil.
domingo, 18 de julho de 2010
"À Prova de Morte", de Quentin Tarantino (2007)
Fui assistir ontem a "À Prova de Morte", de Quentin Tarantino e,... nossa, por que ainda tentei?
O filme é muito ruim. RUIM, RUIM, RUIM!
Dir-me-ão que a proposta era esta, de fazer um filme com referências nos filmes de 5° categoria, exploitation, grindhouse, etc., sim, eu sei de tudo isso. Agora, então se a ideia era a de fazer um filme horrível, Tarantino teve sucesso, porque o troço é um lixo. (E escreve aqui alguém que gosta muito e admira este diretor)
PS.:(e só para lembrar, eu adoro Tarantino)
trailer "À Prova de Morte"
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
"Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino (2009)
E dizer que eu resisti a ir a um cinema ver “Bastardos Inglórios”. E o pior, que eu prejulguei de maneira tão leviana. Que eu subestimei a capacidade de um dos meus diretores preferidos. Mea culpa. Mea maxima culpa!Apostava, quando desdenhei do filme, que os elementos típicos de Tarantino já estivessem ficando desgastados e que simplesmente estariam aplicados agora a um tipo de cenário atípico até então na sua filmografia, a guerra, mas já com a “piada” gasta. Em parte é verdade. Está tudo lá; os flashblacks, a violência, a divisão do filme em partes, os diálogos longos; só que tudo colocado perfeitamente bem e aplicado diferentemente do que em seus outros filmes. Em “Bastardos...”, mesmo com esta segmentação do filme, o roteiro é mais linear e os flashbacks funcionam quase que como um apoio à história e não a desconstrói como Tarantino costuma fazer. Os diálogos longos e que parecem improdutivos até chegarem a um ponto chave também aparecem e de forma muito bem construída e inteligente como no caso da visita do coronel alemão à casa de um camponês na França ocupada, na qual ele enrola, enrola, enrola, e brilhantemente a conversa chega a o ponto que ele queria. Aliás, este personagem, o Coronel Hans Landa, é o objeto especial para o desfile das melhores “conversas-fiadas” que Tarantino adora desenvolver em seus roteiros, e diga-se de passagem com uma atuação excepcional, entre o cômico, o charmoso e o brutal, de Christoph Waltz.
A propósito de brutalidade, não poderia faltar a violência que sempre foi marca registrada dos filmes do cara e neste, não faz por menos também. O curioso é que ele trata, no mais das vezes , de forma tão banal, tão natural, tão spaghetti, que quase não causa o impacto que deveria causar. Por exemplo, os escalpos de nazistas: os Bastardos o fazem como se descascassem laranjas e até por esta naturalidade acaba nem doendo nos olhos do espectador. Tipo, faz parte da história. É isso aí. Depois do primeiro escalpo passa a ser engraçado. Tão engraçadas quanto as marcas que o caricato Aldo Rayne, vivido por Brad Pitt, faz na testa do nazistas, este aliás com uma atuação que não me convenceu. Sei que a interpretação faz parte da proposta da construção do personagem, mas o tipo que ele faz, as caras e bocas ficaram muuuiito forçadas. Mas vá lá. Não chega a estragar o todo.
Não contando o final do filme mas me valendo da última frase dita nele, “acho que esta é minha obra prima”, como se fosse a manifestação de Tarantino pela boca do Ten. Aldo Rayne, não acho que seja a obra-prima do cara, mas, ao contrário do que eu imaginava quando escrevi anteriormente, Tarantino está melhorando ainda mais seu cinema dentro da sua linguagem.
Não duvido mais do cara. Prometo.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
“Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino (2015)
A paisagem insólita e opressiva é um dos elementos da narrativa. |
Russel, de atuação destacada. |
segunda-feira, 8 de março de 2010
Oscar 2010 - Premiados
E "Guerra ao Terror" levou o melhor filme.
E levou melhor direção! Pela primeira vez uma mulher. (será que não teve um pouco de média pelo fato da cerimônia ser na véspera do Dia Internacional da Mulher?)
Melhor filme: "Guerra ao terror"
Melhor direção: Kathryn Bigelow, “Guerra ao terror”
Melhor atriz: Sandra Bullock, "Um sonho possível"
Melhor ator: Jeff Bridges, “Coração louco”
Melhor filme estrangeiro: “O segredo dos seus olhos” (Argentina)
Melhor edição (montagem): “Guerra ao terror”
Melhor documentário: “The cove”
Melhores efeitos visuais: “Avatar”
Melhor trilha sonora: “Up – Altas aventuras”
Melhor fotografia: “Avatar”
Melhor mixagem de som: “Guerra ao terror”
Melhor edição de som: “Guerra ao terror”
Melhor figurino: “The young Victoria”
Melhor direção de arte: “Avatar”
Melhor atriz coadjuvante: Mo’Nique, “Preciosa”
Melhor roteiro adaptado: “Preciosa”
Melhor maquiagem: “Star trek”
Melhor curta-metragem: “The new tenants”
Melhor documentário em curta-metragem: “Music by Prudence”
Melhor curta-metragem de animação: “Logorama”
Melhor roteiro original: “Guerra ao terror”
Melhor canção: “The weary kind”, de “Coração louco"
Melhor animação: “Up – Altas aventuras”
Melhor ator coadjuvante: Christoph Waltz, “Bastardos inglórios”
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Globo de Ouro 2010 - Premiados
O badalado "Avatar de James Cameron |
Melhor filme de drama
Avatar, de James Cameron
Melhor atriz coadjuvante
Mo´Nique, por Preciosa
Melhor atriz em série de TV (comédia ou musical)
Toni Colette, por United States of Tara
Melhor ator coadjuvante em série de TV
John Lithgow, por Dexter
Melhor animação
Up - Altas Aventuras
Melhor ator em série de TV (drama)
Michael C. Hall, por Dexter
Melhor atriz em série de TV (drama)
Julianna Margulies, por The Good Wife
Melhor canção original
The Weary Kind, de T-Bone Burnett e Ryan Bingham, do filme Crazy Heart
Melhor trilha sonora
Up - Altas Aventuras, de Michael Giacchino
Melhor minissérie ou filme feito para TV
Grey Gardens
Melhor atriz de comédia ou musical
Meryl Streep, por Julie & Julia
Melhor ator em minissérie ou filme para TV
Kevin Bacon, por Taking Chance
Melhor atriz em minissérie ou filme para TV
Drew Barrymore, por Grey Gardens
Melhor Roteiro
Jason Reitman e Sheldon Turner, por Amor sem Escalas
Melhor ator em série de TV comédia ou musical
Alec Baldwin, por 30 Rock
Melhor filme estrangeiro
A Fita Branca (Alemanha)
Melhor série de TV drama
Mad Men
Melhor atriz coadjuvante em série de TV, minissérie ou telefilme
Chlöe Sevigny, por Big Love
Melhor ator coadjuvante em filme
Christoph Waltz, por Bastardos Inglórios
Homenagem do ano
Martin Scorsese, pelo conjunto da carreira
Melhor diretor de cinema
James Cameron, por Avatar
Melhor série de Tv de comédia ou musical
Glee
Melhor filme de comédia ou musical
Se Beber Não Case
Melhor atriz de drama
Sandra Bullock, por O Lado Cego
Melhor ator de comédia ou musical
Robert Downey Jr., por Sherlock Holmes
Melhor ator de drama
Jeff Bridges, por Crazy Heart
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
O Escobar do espanhol chiado
Wagner Moura no polêmico papel de Pablo Escobar. |
domingo, 21 de fevereiro de 2010
"O Último Grande Herói", de John McTiernan (1993)
Acabo de assitir pela enésima vez um filme que curto de montão e que considero injustiçado pelo fato de não ter recebido a devida atenção, elogios nem reconhecimento que é "O Último Grande Herói", de John McTiernan. Pode-se subestimar inicialmente esta película pelo fato de ser estrelada pelo grandalhão monossilábico (mas carismático) Arnold Shwarzenegger mas no fundo, o filme cheio de ação e de "mentiras" típicas de cinema, é uma grande declaração de amor à Sétima Arte com todas as suas referências a clássicos, homenagens, ridicularizações de clichês, brincadeiras com a própria indústria cinematográfica, e participações especiais.
Não é um clássico absoluto, não é um cult-movie - com boa vontade, na minha concepção um candidato a cult - mas com certeza figura, ali, junto com filmes como "Ed Wood", "Cinema Paradiso" e mais recentemente "Bastardos Inglórios, como um destes filmes de ode ao cinema. Filme de apaixonados pela arte.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
30 grandes músicas dos anos 80 (não necessariamente as melhores)
Os irlandeses da U2, no topo da lista, em foto de Anton Corbjin da época de "Bad" |
Conseguiu entender de que tipo de música estou falando?
Creio que talvez precise de maior elucidação. Bem, vamos pela didática das duas
maiores bandas rock de todos os tempos: sabe “You Can´t Always Get What You
Want”, dos Rolling Stones, ou “A Day in the Life”, dos Beatles? É esta
espécie a que me refiro: podem não ser necessariamente as músicas mais consagradas
de seus artistas, nem grandes hits, mas são, inegavelmente, temas grandiosos, emocionantes,
que elevam. Você pode dizer: “mas têm outras músicas de Stones ou Beatles que
também emocionam, também são grandes, também provocam elevação”. Sim, concordo.
Porém, estas, além de terem essa característica, parecem conter em sua gênese a
ideia de uma “grande obra”. Dá pra imaginar Jagger e Richards ou Lennon e
McCartney – pra ficar no exemplo da tabelinha Beatles/Stones – dizendo-se um
para o outro quando compunham igual Aldo, O Apache em "Bastardos Inglórios": “Olha, acho que fizemos nossa obra-prima!”
Quer mais exemplos? “Lola”, da The Kinks; “Heroin”, da Velvet Underground; “Marquee Moon”, da Television; "We Are Not Helpless", do Stephen Stills; "Kashmir", da Led Zeppelin. Sacou? Todas elas têm uma integridade especial, uma alma mágica, algo de circunspectas, quase que um selo de "clássica".
Pois bem: para ficar claro de vez, selecionamos, mais ou menos em ordem de preferência/relevância, as 30 músicas do pop-rock internacional dos anos 80 as quais reconhecemos esse caráter. Para modo de poder abarcar o maior número de artistas, achamos por bem não os repeti, contemplando uma música de cada - embora alguns, evidentemente, merecessem mais do que apenas uma única indicada, como The Cure, U2 e The Smiths. Haverá as que são mais conhecidas ou mais obscuras; as que, justamente por conterem certo tom épico, se estendem mais que o normal e fogem do padrão de tempo de uma "música de trabalho"; artistas de maior sucesso e outros de menor alcance popular; músicas que inspiraram outros artistas e outras que, simplesmente, são belas.
E desculpe aos fãs, mas, claro, muita gente ficou de fora, inclusive figurões que emplacaram superbem nos anos 80, como Michael Jackson, Elton John, Bruce Springsteen e Queen. Até coisas que adoraria incluir não couberam, como “Hollow Hills”, da Bauhaus, “Hymn (for America)”, da The Mission, "51st State", da New Model Army, "Time Ater Time", da Cyndi Lauper, "Byko", do Peter Gabriel, "Up the Beach", da Jane's Addiction, "Pandora", da Cocteau Twins, "I Wanna Be Adored", da Stone Roses... Mas não se ofendam: tendo em vista a despretensão dessa listagem, a ideia é mais propositiva do que definidora. Mas uma coisa une todos eles: criaram ao menos uma música diferenciada, daquelas que, quando se ouve, são admiradas de pronto. Aquelas músicas que se diz: “cara, que musicão! Respeitei”.
Capa do compacto de "How...", dos Smiths |
Os pouco afamados Alternative Radio emplacam a fantástica "Valley..." |
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Meus 50 atores e Christhopher Walken
Christopeher Walken na marcante cena
da roleta russa em "O Franco Atirador"
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