Curta no Facebook

Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Marina. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Marina. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Gilberto Gil - "Dia Dorim Noite Neon" (1985)

 


"Só quem não amar os filhos/ Vai querer dinamitar os trilhos da estrada/ Onde passou passarada/ Passa agora a garotada, destino ao futuro".
Da letra de "Roque Santeiro, O Rock"

Os anos 80 foram de instabilidade na carreira de Gilberto Gil. Assim como com seus companheiros de Tropicalismo Caetano Veloso e, ainda mais, Tom Zé – este, relegado a um ostracismo graças a Deus interrompido tempo depois – a década com a pecha de "perdida" parece ter influenciado com seu mau agouro os consagrados músicos da MPB. O BRock de Legião Urbana, Barão Vermelho, Blitz, Titãs, Lobão, RPM e outras bandas da época ocupavam as rádios, o que, somado com o que vinha de fora, quase não deixava espaço para o "produto nacional". 

Gil, exímio compositor que é, até emplacou sucessos no começo da década de 80. "Andar com Fé" e "Vamos Fugir" tocaram bastante, é bem verdade. Em compensação, seus álbuns passavam longe de terem a mesma regularidade e reconhecimento de crítica e público frente a seus clássicos dos anos 60 e 70, como o disco de 1968, "Expresso 2222", de 1972, ou a revolucionária trilogia "Re" ("Refazenda"/"Refavela"/"Realce", 1975, 1977 e 1979 respectivamente). Também, o baiano tentara, por duas vezes quase sequentes, entrar no mercado norte-americano. Ao contrário de alguns de seus pares, como Djavan, Ivan Lins, Tânia Maria e Milton Nascimento, ele não obteve o êxito esperado e se recolheu ao nicho já conquistado: o Brasil. O destino, no entanto, reservaria mais um abalo ainda maior a Gil naquele final de década de 80: o filho Pedro, baterista de sua banda desde 1984, se acidentaria de carro no Rio de Janeiro e morreria em janeiro de 1990. Aos 19 anos.

Mas os tropicalistas têm uma vantagem sobre outros artistas da música brasileira, mesmo para com os da mesma estirpe: eles ditam tendência. E se nos anos 80 a tendência estava posta pela indústria, então o negócio era passar a ratificá-la. Como já vinha ocorrendo desde os Mutantes, Gil e Caetano tornaram-se totens de certificação a toda a geração mais jovem, de A Cor do Som a Chico Science & Nação Zumbi. "Dia Dorim Noite Neon", lançado por Gil em 1985 para comemorar os 20 anos de carreira e que completa 40 em 2025, além de trazer excelentes composições, estabelece essa consciência quase benta do velho artista para com os súditos. Porque, sim: o rock brasileiro deve muito a MPB, ao contrário do que já se tentou negar ou esconder. Um privilégio que só o Brasil tem, mas algo desqualificado pela imprensa por muito tempo.

A bela vinheta de abertura e encerramento, "Minha Ideologia, Minha Religião", traz o violão dedilhado de Gil e seu vocal acompanhando as vozes infantis em coro, que cantam uma prece universal de pureza aos deuses para iniciar a jornada – e, lá na última faixa, agradecer pela mesma. Logo na sequência, vem o hit do disco, o reggae "Nos Barracos da Cidade", um canto de contestação social de um Brasil recém saído da ditadura. “Barracos”, seu subtítulo, abriria também portas a outra música com características parecidas e de ainda maior sucesso, que é "Alagados", marco do pop rock brasileiro, gravada pelos Paralamas do Sucesso com Gil um ano depois no mesmo estúdio, Nas Nuvens.

Sem muito respiro, Gil emenda o rockasso "Roque Santeiro, o Rock", um hard rock enfezado de dar inveja a muita bandinha poser que esteve no Rock in Rio naquele ano. Gil que, aliás, havia feito uma apresentação histórica no festival meses antes com a mesma banda mas ainda com o repertório do disco anterior, "Raça Humana". Na música em questão, a excelente produção do mutante Liminha dá protagonismo à bateria potente de Pedro Gil e à guitarra de outro e original mutante, Sérgio Dias, sintonizado com a sonoridade que o vanguardista produtor norte-americano Bill Laswell estava se apropriando e que cristalizaria no referencial "Album", da Public Image Ltd., de um ano depois. Ou seja: era o auge do rock'n’roll na mídia dos anos 80.

Gil e o filhão Pedro, falecido anos depois, mas 
fundamental para a atmosfera rocker de "Dia Dorim..."
Captando todas essas pulsões, inclusive o sucesso popular da novela de Dias Gomes de mesmo nome que rodava à época na Globo, Gil se vale de sua experiência e visão tropicalista para escrever uma música altamente simbólica para aquele período. Ele sintoniza, com olhar sábio, generoso e até paternal aquilo que a juventude ansiava, do esporte radical a uma nova compreensão da religiosidade. ”Deixa ele tocar o rock/ Deixa o choque da guitarra tocar o santeiro/ Do barro do motocross/ Quem sabe ele molde um novo santo padroeiro", diz a letra. Tudo isso, claro, simbolizado na potência do rock. O filho Pedro, aliás, é fundamental neste processo. Rapaz cheio de vitalidade, foi ele quem motivou o pai a entrar na onda roqueira. Gil identificava nele um representante daquela geração a qual faz referência na música, como os Paralamas, Ultraje a Rigor, Titãs e Lobão. Era como se dissesse: "Meus filhos musicais, eu abri caminho pra vocês lá atrás. Agora, é com vocês, mas eu estarei aqui, sempre perto".

Atentando também à cena pop do momento de nomes como Marina, Zizi Possi e Vinícius Cantuária, Gil diminui a rotação e traz a bela 'Seu Olhar", que conta com a guitarra do "Paralama" Herbert Vianna antes deste se tornar seu parceiro em "A Novidade", o que ocorreria meses depois no celebrado "Selvagem?", terceiro disco da banda. A faixa antecede a bossa-nova introspectiva "Febril", das melhores e mais desconhecidas canções do repertório gilbertiano. Espécie de reverso de 'Palco", que exorciza os males do mundo no instante sagrado do encontro do músico com o público, "Febril", ao contrário, revela o lado solitário da existência do artista, a qual pode imperar mesmo diante de uma vasta plateia. "Tanta gente, e estava tudo vazio/Tanta gente, e o meu cantar tão sozinho". Gil e sua profundidade capaz de revelar o avesso das coisas.

A próxima faixa vem noutra sintonia, mas sem perder coerência com a atmosfera pop do álbum: o french-afoxé "Touches Pas A Mon Pote". Noutra excelente produção de Liminha, Gil, dono de um francês impecável, ressignifica, nos ritmos essencialmente afro-brasileiros, a África francófona, ou seja, Senegal, Benin, Costa do Marfim, de onde parte dos escravos vieram para o Brasil e a sua Bahia séculos antes. Esta primeira aproximação simbólico-sonora Brasil-França de Gil, vista em uma série de canções dele a partir de então, o próprio redimensionaria 23 anos depois em outra música igualmente cantada na língua de Hugo (mas também de Mbougar Sarr): "La Renaissance Africaine", originalmente do disco “Banda Larga Cordel”.

O lado B do vinil começa com mais uma agitada, mas desta vez sob a batida do funk: "Logos Versus Logo". Sob inspiração da sonoridade típica do pop soul da época de Prince, Marcus Miller, Patti LaBelle e outros artistas – bateria eletrônica, baixo em slaps, guitarra suingada e ritmo soul –, Gil aborda o papel de resistência do poeta no mundo capitalista, problematizando a questão com poesia e lucidez. Outra música que, assim como “Febril”, é de suas melhores mas também das mais esquecidas. E que bela letra: "E o bom poeta, sólido afinal/ Apossa-se da foice ou do martelo/ Para investir do aqui e agora o capital/ No produzir real de um mundo justo e belo". Só que Gil não se presta a simplesmente copiar o som da moda tocado nos Estados Unidos: ele o enriquece. Como poucos ousavam fazer naqueles idos de embate "rock x MPB", o baiano, do meio para o fim da faixa, adiciona-lhe percussões de samba, fundindo de forma empolgante o ritmo mais brasileiro de todos ao groove do funk. Pouco tempo depois, Lobão, Os Engenheiros do Hawaii e The Ambitious Lovers fariam semelhante. 

Com a autoridade de um dos pioneiros do reggae no Brasil, Gil traz um outro ainda mais raiz do que “Barracos”: “Oração Pela Libertação da África Do Sul”. Mais uma de teor espiritualista mas que, desta vez, clama por outro problema social que o mundo vivia naquele então, que era o Apartheid na África do Sul, o regime de segregação que retirou os direitos da população negra do país. Valendo-se da força de resistência e denúncia que o ritmo do ídolo Bob Marley carrega, Gil torna a atuar politicamente através da música, unindo-se, neste caso, ao movimento global de solidariedade com a luta anti-Apartheid, que aumentou a conscientização sobre a injustiça dessa política e ajudou a impulsionar a mudança 5 anos depois com a queda do regime.

Voltando ao pop, na sofisticada “Clichê Do Clichê” Gil conta com a parceria do já mencionado amazonense Vinícius Cantuária, à época estourado nas rádios com o hit “Só Você”. Ligações com “Touches...” nas diversas referências à cultura francesa, como Brigitte Bardot, Jean-Paul Belmondo e o cinema francês. Quase fechando o disco, a música que justifica a referência à personagem Diadorim do título: “Casinha Feliz”. Esse doce xote sertanejo (visivelmente uma inspiração para “Madalena”, gravada com sucesso por Gil em “Parabolicamará”, de 1992) contém os versos motivados pelo universo de Guimarães Rosa: “Onde resiste o sertão/ Toda casinha feliz/ Ainda é vizinha de um riacho/ Ainda tem seu pé de caramanchão”. E completa: “De dia, Diadorim/ De noite, estrela sem fim”.

Encerrando, outra belíssima composição, esta, do amigo Jorge Mautner. “Duas Luas” fecha com a poesia lírica e estelar própria do “maldito” num ijexá moderno, a se ver pelo elegante sax solo de Zé Luis. ”Estou adorando andar pelas ruas/ Como quem não quer nada/ Debaixo do sol/ Debaixo das luas/ Que são mais de duas”, numa referência às luzes de neon que também compõe o título deste disco precioso.

Num período em que vinha um tanto inconstante, “Dia Dorim Noite Neon” ajustou a rota e elevou novamente a régua de Gil diante da própria obra. E muito se deve ao vigor contagiante de Pedro Gil, que deixou este plano bem cedo, mas não antes de reenergizar seu próprio pai com o espírito do rock. Vieram, na sequência, “O Eterno Deus Mu Dança”, de 1989, álbum de estúdio em que aproveita algumas receitas do antecessor, a trilha do filme “Um Trem para as Estrelas”, em inédita parceria com Cazuza, e dois ótimos discos ao vivo: “Live in Tokyo” e “Gilberto Gil em Concerto”, todos os três de 1987. Mas “Dia Dorim...” pode tranquilamente ser considerado seu melhor trabalho em toda aquela década. Antenado com seu momento histórico em letras, melodias, atmosfera e sonoridade, mas sem soar datado como muita coisa dos anos 80 – a começar pelo próprio álbum anterior, “Raça Humana” –, o disco serviu, inclusive, para ajudar a quebrar preconceitos entre música popular e o então fortalecido rock, como se o primeiro fosse coisa de velho e o segundo de jovens. Sem divisar. O Rappa, Planet Hemp e Skank são fruto dessa mentalidade arejada nos anos 90. 

Gil provou que, como diz na vinheta do disco, sua forma de pensar/ser é aceitar a impermanência das coisas e conectar-se à espiritualidade. No caso, a igreja do rock. "Outrora, o reino do Pai/ Agora, o tempo do Filho com seu novo canto." Esse tal de rock'n'roll pode até ser coisa do diabo, mas também sabe muito bem ser divino.

🎵🎵🎵🎵🎵🎵🎵🎵🎵

FAIXAS:
1. “Abertura: Minha Ideologia, Minha Religião” – 0:26
2. “Nos Barracos Da Cidade (Barracos)” (Gilberto Gil, Liminha) - 4:11
3. “Roque Santeiro, O Rock” - 4:25
4. “Seu Olhar” - 4:02
5. “Febril” - 3:41
6. “Touches Pas A Mon Pote” - 3:45
7. “Logos Versus Logo” - 3:05
8. “Oração Pela Libertação Da África Do Sul” - 3:28
9. “Clichê Do Clichê” (Gil, Vinicius Cantuária) - 4:20
10. “Casinha Feliz” - 3:14
11. “Duas Luas” (Jorge Mautner) - 3:32
12. “Final: Minha Ideologia, Minha Religião” – 0:25
Todas as composições de autoria de Gilberto Gil, exceto indicadas


🎵🎵🎵🎵🎵🎵🎵🎵🎵

OUÇA O DISCO:
Gilberto Gil - "Dia Dorim Noite Neon" 


Daniel Rodrigues

domingo, 3 de dezembro de 2023

Festival Zumbi dos Palmares - Parque Marinha do Brasil - Porto Alegre/RS (26/11/2023)

 

Uma despretensiosa saída de casa para um solzinho no fim de tarde levou Leocádia e a mim a uma agradável programação, que ocorria no Parque Marinha do Brasil, praticamente ao final de nossa rua. O dia bonito garantiu que muita gente aproveitasse o parque e a Orla, sempre lotada de pessoas fazendo esporte, caminhando, correndo, passeando e... assistindo apresentações! Foi o nosso caso, que, após uma visita à pista de skate, que sempre gostamos de ver a galera fazendo manobras e aproveitando o espaço público, deparamo-nos com um pequeno festival, o Zumbi dos Palmares, que ocorria do outro lado da av. Edivaldo Pereira Paiva, a antiga Av. Beira-Rio, ao lado da Orla. Celebrando a cultura afro, o festival ornou o ambiente com flores e ganhou de presente um lindo pôr-do-sol do Guaíba no final de tarde.

Ali pudemos parar para dar uma descansada da caminhada e assistir a agradável Tereza, A Banda, uma turma cheia de suingue e brasilidade inspirada, claro, em Jorge Ben e seu clássico samba-rock “Cadê, Tereza”. Com um repertório que ia de Djavan a Rita Lee, passando, obviamente, pelo Babulina, tivemos uma agradável surpresa, principalmente pela qualidade vocal de sua cantora, Vitória Viegas, de voz potente e muito musical. Toda a banda, aliás, de bons músicos, talvez ainda um pouco crus em relação a suas próprias musicalidades, que creio que devem seguir percebendo que têm cada um como crescer ainda mais na liberdade de tocar. Mas isso passa longe de ser uma crítica, afinal, o que vimos, gostamos. Tomara nos deparemos de novo com a Tereza, A Banda por aí.

*********

O agradável ambiente de fim de tarde no Marina


Um pouquinho de Tereza, a Banda no palco


Este casal que vos fala curtindo o festival



texto;
Daniel Rodrigues
fotos e vídeo: Daniel Rodrigues e Leocádia Costa

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Música da Cabeça - Programa #331

 

Apagão? Não de ideias e nem de música. Acendendo a chama em meio à escuridão, o MDC de hoje traz muita coisa variada capaz de iluminar as cabeças, como Cocteau Twins, Marina, Legião Urbana, Cássia Eller e mais. Tem ainda um Cabeça dos Outros com música lá das bandas de Minas Gerais. Com a energia tinindo, o programa vai ao ar hoje às 21h na carregada Rádio Elétrica. Produção, apresentação e fontes renováveis: Daniel Rodrigues.


www,radioeletrica.com


quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Música da Cabeça - Programa #295

 

Teve gente que viu no gol de Richarlison fórmula matemática, o "X" do Hexa e até o "L" do Lula. No MDC a gente enxerga uma oportunidade de abordar aquilo que a gente gosta, seja música ou futebol. No programa de hoje vamos ter golaços de Grant Green, Morcheeba, Marina, Imperatriz Leopoldinense e mais. Tem ainda um Sete-List com tabelinhas do saudoso Tremendão Erasmo Carlos. Sem impedimento, o programa hoje vai ao ar na futebolística Rádio Elétrica. Produção, apresentação e bola no pé: Daniel Rodrigues 


radioeletrica.com

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Música da Cabeça - Programa #271

 

Prontos para o feriado? Segura aí, porque tem MDC pra ouvir ainda! Começando o seu fim de semana prolongado, o programa desta quarta traz David Byrne, Elis Regina, Stephen Stills, Titãs, Banda Black Rio, Marina e mais. No quadro móvel, Cabeça dos Outros com música de Jonathan Silva. A gente pega a estrada às 21h na folgante Rádio Elétrica. Produção, apresentação e malas prontas: Daniel Rodrigues.

Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/


sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Björk - Tim Festival 2007 - Marina da Glória- Rio de Janeiro/ RJ (26/10/2007)



Tem aqueles shows de artistas que nem são tudo isso mas que, com uma apresentação entusiástica, uma performance dominante, um repertório bem trabalhado, ou por um dia especial do espectador, ficam marcados para o resto da vida e sempre serão lembrados de forma especial. Por outro lado, tem aqueles de artistas maravilhosos, nomes de primeira, cheios de talento e recursos, mas que passam, assim, de maneira quase desimportante na nossa vida. Assisti ao show da islandesa Björk, talentosíssima, carismática, de vocal singular e incomum, uma das cantoras que mais admiro dentre todas que já  ouvi mas, não sei se foi o show ou se fui eu mas, esse capítulo da minha trajetória de espectador de espetáculos musicais, ficou praticamente apagado.
Fui com meu amigo José Júnior, eventual colaborador aqui do blog, e com alguns amigos dele. Não sei se o grande atraso para o início da apresentação; o lugar pouco apropriado, um galpão montado com péssima acústica; o set-list bastante curto; um certo conflito de interesses, como o de ficar mais aqui, mais acolá, mais perto do palco, mais longe, esperar fulano, esperar sicrano; uma certa divisão de grupos; e uma preocupação em não se afastar e não desatender nenhuma das partes, tenha gerado essa minha desatenção com o evento. Lembro muito pouca coisa, na verdade. Me recordo de tudo muito colorido, de umas bandeirinhas no palco, de Björk com a cara pintada, mas o que me amarrei, mesmo, foi na mesa de som dos músicos da cantora, exibida o tempo inteiro nos telões, uma espécie de tabuleiro eletrônico em que o operador mexia com controles que se assemelhavam a pedras coloridas sobre uma superfície e assim produzia os sons e batidas. Muito louco! Agora, os sons, as músicas que provinham dessa maravilha tecnológica, a performance da cantora nessas engenhocas eletrônicas, o repertório... mal recordo. Ficou marcado em mim, no entanto, o final do show com "Declare Independence" e os balões caindo do teto do local. Basicamente isso.
Não sei se o show foi fraco ou se o problema era eu mas, de fato, foi um dos shows grandes, de um grande artista que admiro, que menos me marcou. Uma pena. Acho que teria que ver a pequena islandesa de novo para tirar a prova.
Eu daria uma nova chance.
Ela tem crédito.

À esquerda, Björk com seu músico mexendo na mesa sonora que me referi
e, à direita, o equipamento em si, que, depois vim a saber, chama-se reac-table.





Cly Reis 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Música da Cabeça - Programa #221

 

Apagão, prevaricação, investigação, acusação, discriminação... É tanta repetição, que vamos fazer o mesmo, só que com mais uma edição do MDC! A 221ª delas trará Isaac Hayes, Marina Lima, Neneh Cherry, George Michael, Tribalistas e mais e mais e mais. Ainda, no quadro especial, 'Cabeção', os 110 anos de nascimento do genial compositor Bernard Hermann, senhor em repetições sonoras. Repetindo o que se deve, o programa vai ao ar hoje, às 21h, na irrepetível Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues (Daniel Rodrigues, Daniel Rodrigues, Daniel Rodrigues...)



quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Música da Cabeça - Programa #177


Não sei porque, mas o Música da Cabeça hoje está interrogativo, sabe? Afinal, quem não gostaria de ter num mesmo programa Banda Black Rio, The Pilgrim, Iggy Pop, Portishead, Anthrax, Marina Lima e mais? E ainda por cima com direito a "Música de Fato", "Palavra, Lê" e "Sete-List"? Impossível desgostar, não acham? As respostas para essas perguntas estarão todas no MDC, às 21h, na questionadora Rádio Elétrica, conhece? A produção e a apresentação, afirmamos, são de Daniel Rodrigues, viu? Ah: antes que esqueça, presidente: por que Michelle recebeu R$ 89 mil do Queiroz?




Rádio Elétrica:

http://www.radioeletrica.com/

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Música da Cabeça - Programa #131


Saiba: tudo mundo foi criança, inclusive os artistas que compõem a playlist do Música da Cabeça de hoje. Vai ter diversão para todos os gostos: do reggae de Bob Marley ao punk da New York Dolls; do pop sensual de Marina ao samba-rock de Jorge BenJor; da soul melodiosa de Stevie Wonder ao brit-rock da The Smiths. Quer brincar com a gente? É só chegar aqui, às 21h, no parquinho da Rádio Elétrica. Tá tudo mundo convidado! Produção, apresentação e atividades lúdicas: Daniel Rodrigues.


Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

quarta-feira, 27 de março de 2019

Música da Cabeça - Programa #103


Não é só porque estamos no finzinho do Mês da Mulher: é porque aqui elas estão sempre na nossa cabeça. Um programa (quase) todo feminino foi o que calhou esta semana, pois terá Liz Fraser, Marina Lima, Gal Costa, Maria Rita, Suzanne Vega, Lady Miss Kier e outras. Não será diferente no “Música de Fato”, no “Palavra, Lê” e no quadro móvel da semana, “Cabeção”. Tudo com a massiva presença delas. Seja homem ou mulher, o negócio é escutar o Música da Cabeça de hoje, às 21h, pela feminilíssima Rádio Elétrica. Produção e apresentação dela: Daniel Rodrigues.


Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Oscar 2019 - Os Indicados



E saiu a lista dos indicados ao Oscar 2019! "A Favorita", filme de época  do diretor Yorgos Lanthimos, e "Roma", do já oscarizado de Alfonso Cuarón, que concorre não somente a melhor filme como a melhor película estrangeira, são os líderes em indicações, mas "Nasce Uma Estrela" com a estrelíssima Lady Gaga, vem logo em seguida com oito e com boas chances. "Pantera Negra", de certa forma, surpreende com sete nominações, tornando-se o filme de super-heróis com maior reconhecimento neste sentido pela Academia, e o badalado “Bohemian Rhapsody”, biografia de Freddie Mercury, garantiu cinco indicações, incluindo, é claro, a de melhor ator com a ótima atuação de Rami Malek que, por sinal não terá vida fácil, especialmente contra Christian Bale, por seu papel em "Vice", e Willem Defoe, por "No Portal da Eternidade". Me surpreende um pouco a escassês de indicações para "O Retorno de Mary Poppins", que achei que fosse passar o rodo nos itens técnicos e, não tão surpreendente assim, uma vez que as qualidades de "Infiltrado na Klan" vem sendo exaltadas constantemente, mas louvável é a ascensão de Spike Lee ao time dos grandes com sua primeira indicação a melhor diretor.
Depois dessa breve passada, vamos ao que interessa. Conheça os indicados ao Oscar em 2019:


  • Melhor Filme
Pantera Negra
Infiltrado na Klan
Bohemian Rhapsody
A Favorita
Green Book: O Guia
Roma
Nasce Uma Estrela
Vice

  • Melhor Atriz
Yalitza Aparicio (Roma)
Glenn Close (A Esposa)
Olivia Colman (A Favorita)
Lady Gaga (Nasce Uma Estrela)
Melissa McCarthy (Poderia Me Perdoar?)

  • Melhor Ator
Christian Bale (Vice)
Bradley Cooper (Nasce Uma Estrela)
Willem Dafoe (No Portal da Eternidade)
Rami Malek (Bohemian Rhapsody)
Viggo Mortensen (Green Book: O Guia)

  • Melhor Atriz Coadjuvante
Amy Adams (Vice)
Marina De Tavira (Roma)
Regina King (Se a Rua Beale Falasse)
Emma Stone (A Favorita)
Rachel Weisz (A Favorita)

  • Melhor Ator Coadjuvante
Mahershala Ali (Green Book)
Adam Driver (Infiltrado na Klan)
Sam Elliott (Nasce uma Estrela)
Richard E. Grant (Poderia Me Perdoar?)
Sam Rockwell (Vice)

  • Melhor Direção
Spike Lee
Pawel Pawlikowski
Yorgos Lanthimos
Alfonso Cuarón
Adam McKay

  • Melhor Roteiro Original
The Favourite
First Reformed
Green Book: O Guia
Roma
Vice

  • Melhor Roteiro Adaptado
The Ballad of Buster Scruggs
BlacKkKlansman
Can You Ever Forgive Me?
If Beale Street Could Talk
A Star is Born

  • Melhor Figurino
The Ballad of Buster Scruggs
Pantera Negra
A Favorita
O Retorno de Mary Poppins
Duas Rainhas

  • Melhor Cabelo
Border
Mary Queen of Scots
Vice

  • Melhor Direção de Arte/Design de Produção
Black Panther
The Favourite
First Man
Mary Poppins Returns
Roma

  • Melhor Trilha Sonora
Pantera Negra
Infiltrado na Klan
Se a Rua Beale Falasse
Ilha de Cachorros
O Retorno de Mary Poppins

  • Melhor Canção Original
All the Stars – Black Panther
I’ll Fight – RBG
The Place Where Lost Things Go – Mary Poppins Returns
Shallow – A Star is Born
When A Cowboy Trades His Spurs For Wings – Ballad of Buster Scruggs

  • Melhor Fotografia
Cold War
The Favourite
Never Look Away
Roma
A Star is Born

  • Melhor Edição
Infiltrado na Klan
Bohemian Rhapsody
A Favorita
Green Book: O Guia
Vice

  • Melhor Edição de Som
Pantera Negra
Bohemian Rhapsody
O Primeiro Homem
Um Lugar Silencioso
Roma

  • Melhor Mixagem de Som
Pantera Negra
Bohemian Rhapsody
O Primeiro Homem
Roma
Nasce Uma Estrela

  • Melhores Efeitos Visuais
Avengers: Infinity War
Christopher Robin
First Man
Ready Player One
Solo: A Star Wars Story

  • Melhor Documentário
Free Solo
Hale County This Morning, This Evening
Minding the Gap
Of Fathers and Sons
RBG

  • Melhor Animação
Os Incríveis 2
Ilha de Cachorros
Mirai
Wifi Ralph
Homem-Aranha no Aranhaverso

  • Melhor Filme Estrangeiro
Capernaum
Cold War
Never Look Away
Roma
Shoplifters

  • Melhor Curta Metragem – Animação
Animal Behavior
Bao
Late Afternoon
One Small Step
Weekends

  • Melhor Curta Metragem – Documentário
Black Sheep
End Game
Lifeboat
A Night at the Garden
Period. End of Sentence.

  • Melhor Curta Metragem – Live-Action
Detainment
Fauve
Marguerite
Mother
Skin

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Música da Cabeça - Programa #93


Quem diria que, ao se celebrarem os 90 anos de nascimento do pacifista Martin Luther King, estaríamos, aqui no Brasil, avançando (ou regredindo) no acesso a armas de fogo... Pois se é pra dar tiro, então aqui vai uma rajada de música boa pra todos os lados! Tem The Beatles, tem Prince, tem Marcos Valle, tem Marina Lima, tem Milton Nascimento. Tem até Beethoven no programa de hoje! Artilharia pesada de sons e canções! Então, prepare a pontaria e acerte no Música da Cabeça, às 21h, na Rádio Elétrica. Produção e apresentação: Daniel Rodrigues. Na mosca.


Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Música da Cabeça - Programa #76


Como aqui ninguém é burro e nem covarde, a gente adere com todas as forças às mulheres contra “ele” e ainda sai rolando um monte de música boa pra afugentar esse inferno pra outro lugar. Espantando todo e qualquer retrocesso moral, o Música da Cabeça desta semana traz, além de seus quadros, Marina, Roxy Music, Arnaldo Antunes, Stevie Wonder, Mundo Livre S/A e muito mais. Também, um novo “Cabeça dos Outros” de fora do Brasil. Se elas se empoderam de seus papeis políticos, a gente aplaude e ainda dá uma ajudinha aqui com informação e trilha sonora. Quer entrar nessa corrente? O programa é hoje, às 21h, pela Rádio Elétrica, com produção e apresentação de Daniel Rodrigues, ok? Ah, e antes que me esqueça: #EleNão



Rádio Elétrica:
http://www.radioeletrica.com/

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

“Big Buka: para Charles Bukowski”, organização: Afobório (Vários Autores) - ed. Os Dez Melhores (2015)




“Antes o golpe,
a porrada violenta da perda de um pedaço de si
à covardia do cotidiano que mói
 fantasiado de angústia e falta de amor,
que mói numa recusa, numa cabaça baixa e num gesto contigo.” 
trecho do conto “O Açougueiro Moído”,
presente na coletânea



A proposta nasceu ousada: homenagear o norte-americano Charles Bukowski , escritor de forte influência a vários outros, de grande apelo com o público e dono de um estilo muito peculiar, que vai da crueza de mau gosto e a putaria à mais doce beleza sentimental. Um homem que, por detrás da obscenidade e da contundência, era extremamente profundo, poético e comprometido com suas verdades. Assim, a coletânea "Big Buka: para Charles Bukowski" (ed. Os Dez Melhores, 2015), da qual soube do projeto ano passado, encarou o desafio de reunir dez textos que remetessem ao universo de Bukowski tanto em temática quanto em estilo. Para que tal funcionasse, contudo, os contos deveriam ser muito bem selecionados, uma vez que o risco de não corresponder à altura do mestre tornava-se um erro fácil de cometer.

Afastados os temores, a reverência ao “velho safado” resultou feliz. Uma garantia de qualidade eu já tinha: o conto metalinguisticamente intitulado “O Conto Nunca Escrito”, do meu irmão, Cly Reis (na obra, assinando com o primeiro nome original, Clayton), que meses atrás me noticiou ter sido um dos nove selecionados – considerando que o décimo texto cabia ao próprio organizador, o editor e também escritor gaúcho Afobório. Já havia tido a oportunidade de ler o conto de Cly e tinha convicção desde lá que seria um dos escolhidos. Não deu outra. Para começar, “O Conto Nunca Escrito” contém elementos clássicos do arsenal bukowskiano: o humor sarcástico, o submundo, o personagem escritor fodido mas genial, o editor raivoso, as bebedeiras, os botecos, as brigas e as mulheres gostosas. Acima disso, entretanto, a história em especial é bastante atrativa pela narrativa cíclica, que enreda o leitor, algo de Borges ou Pirandello ao usar as entradas e saídas da consciência do protagonista. Diferente de todo o restante, é engraçado e bem elaborado literariamente.

Afora minha ligação emocional com o livro pelo fato de incluir um conto do meu irmão – além de criticamente também tê-lo apreciado –, os outros contos só fui conhecer após o lançamento. E estes mantêm o bom nível que Bukowski merece. Reunindo autores de diversas localidades do Brasil, a coletânea abrange uma diversidade temática e narrativa bem interessante, embora todos os textos se liguem inevitavelmente a Bukowski seja pelo coloquialismo, pelo teor subversivo, pela ambientação urbana, os “ganchos” simbólicos ou pelos estereótipos, como os personagens anti-heróis sempre desacordados com o sistema. O mais fiel é, certamente, “Underwood nº 5”, do piauiense Heliton Queiroz. Na história, um escritor alcoólatra e sem inspiração apaixonado pela ex-mulher sai para a noite à procura de algo que o preencha. Até que encontra a própria ex... com outro cara. E feliz. Conteúdo suficiente para, arrasado mas novamente inspirado, voltar a escrever. As tiradas próprias de Buka (“Malditos cães” ou “o uísque já está pela metade e eu já havia comprado outros cigarros”) dão ao conto de Heliton o ponto certo da reverência ao autor, porém não abrindo mão de características próprias, principalmente na narrativa cronológica picotada.

“Charlene”, do porto-alegrense Jeremias Soares, tem grande mérito ao valer-se da linguagem bukowskiana, geralmente na 1° voz masculina, para relatar a vida de uma mulher de classe baixa e de meia-idade que, com sua amiga Carol, tenta achar alguém que preste na vida, mas é bastante cética e sofrida para acreditar nisso. Igualmente explorando uma personagem feminina, “Aquele velho”, da também gaúcha Marina de Campos, natural de Passo Fundo, é muito bom ao contar uma história em que praticamente nada se sucede, apenas suposições e proto-acontecimentos que passam diretamente pela mente de uma jovem roqueira e sonhadora.

Gostei em especial de “O Açougueiro Moído”, do nova-iguaçuense (e estreante em publicações) Rafael Simeão. Texto menos cômico e na medida certa do drama, valendo-se com precisão das metáforas e metonímias para criar uma simbiose funesta entre o externo e o interno do personagem. A carne que ele manipulava no açougue era tal o seu estado psicológico: o de um homem infeliz e sem esperanças cuja própria carne moía diariamente na sufocante vida em uma sociedade que não o valoriza como ser humano.

Semelhante prazer tive ao ler “Em Noite de Rock, Eis os Três Desejos de Naomi”, do mato-grossense Wuldson Marcelo, outro de narrativa madura (adjetivações adequadas; repetições precisas; controle do suspense; clímax/anticlímax nas horas certas) e exercita, como fizeram outros cinco no volume, a narração em 1ª pessoa, um dos trunfos consagrados por Bukowski. Também, “Vinte Pratas”, que termina a obra no melhor estilo: um escritor, Hank, acorda de uma noitada de sexo e bebedeira e logo cai com seu amigo Phil nos botecos da cidade, pois (igual aos protagonistas do conto de Cly e de Heliton) busca inspiração nos eventos bizarros que só a noite urbana proporciona. Neste conto do paranaense Max Moreno, é o encontro com um marido que estourara os miolos da própria esposa e fora pedir ajuda àqueles desconhecidos para dar um fim no cadáver. Hilária a passagem, além de típica de Bukowski:

“- Preciso me livrar do corpo! – disse o homem, sem levantar a cabeça.
- Porra, que bela maneira de se começar uma conversa – resmungou Phil.”

Ainda, o conto de Afobório, “Os Felinos Sacam das Coisas”, bastante interessante ao narrar um simples e engraçado acontecimento (no apartamento de um escritor, o resgate de um amigo bêbado por sua mulher, com quem este último havia se desentendido) e, principalmente, ao criar simbolismo com a presença de um gato no ambiente, animal misterioso e tradicional companheiro dos homens das letras. Porém, o conto, do meio para o fim, entra num divagar do personagem principal que quebra o ritmo e, finalizando-o assim, não justifica tão bem o término. Ainda, há o bom “O Matador de Lésbicas” (do carioca Fábio Mourão) e o que me soou como mais fraco de todos – justamente o que abre a seleção –: “A Vizinha Reboladeira” (Willian Couto, de Minas Gerais), que, embora afim com a temática e de bom final, é o mais modesto em estrutura e narrativa.

Num todo, entretanto, “Big Buka” é bastante interessante. Daquelas obras que se termina rápido, dada o gosto da leitura. Mesmo com contos melhores que outros, o nível se mantém de cabo a rabo, principalmente pela boa escolha do organizador, fazendo com que haja uma linha condutora permanente de uma história para a outra. Enfim, uma coletânea corajosa pela ideia do tema e que, por sorte, encontrou dez escritores igualmente valentes que compraram o desafio. Afinal, como disse o próprio Bukowski: “Os verdadeiros valentes vencem a sua imaginação e fazem o que devem fazer”.





segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Promoção Big Buka




A editora Os Dez Melhores está lançando o livro "Big Buka: Para Charles Bukwski", um antologia em homenagem a este grande escritor, este despretensioso filósofo cotidiano, perspicaz observador da natureza humana e cronista da vida urbana. O coletivo, organizado pelo escritor Afobório ("Contos de Amor e Crime", "Livre Para Ser Preso", "Os Matadores Mais Cruéis que Conheci - vol.II", entre outros), traz 10 contos que transitam pelo universo bukowskiano de mulheres, bebida, almas sozinhas e desesperadas, ou mesmo, do próprio processo de escrever.
Quer ganhar um?
Vai lá na página do Clyblog no Facebook e dá um CURTIR na promoção "SORTEIO BIG BUKA" você já está dentro. O sorteio acontece no dia 17 de agosto. Fique ligado.



"Big Buka: Para Charles Bukowski"

Autores:
  • Cly Reis
  • Afobório
  • Fabio Mourão
  • Heliton Queiroz
  • Jeremias Soares
  • Marina de Campos
  • Max Moreno
  • Rafael Simeão
  • Willian Couto
  • Wuldson Marcelo



*você pode adquirir o livro na loja virtual da Editora Os Dez Melhores clicando no link abaixo:

terça-feira, 28 de julho de 2015

"Big Buka: Para Charles Bukowski", organização: Afobório (Vários Autores) - ed. Os Dez Melhores (2015)


Blogueiro sem tempo é fogo!
Por incrível que pareça, o fato já é de alguns dias atrás mas somente agora estou tendo tempo para manifestar minha satisfação pela materialização do projeto "Big Buka: Para Charles Bukowski" do qual orgulhosamente faço parte com um conto. Sim, nasceu o rebento! Saiu do formo e já recebi meus exemplares belíssima publicação da Editora Os Dez Melhores que reúne dez contos, um de cada autor, todos escolhidos por seleção, tentando, humildemente, homenagear este singular e notável escritor, perspicaz observador da natureza humana e do cotidiano.
Este é só um comentário preliminar, só um gostinho, porque na verdade a editora está preparando de forma adequada a devida divulgação e distribuição do livro e em breve passaremos mais detalhes aqui no blog, mas posso adiantar que a edição está caprichadíssima, de ótima qualidade e, embora não tenha lido meus colegas de publicação, pelo que conheço dos trabalhos de alguns deles que já vi em seus blogs e redes sociais, posso assegurar que só tem fera homenageando o Velho Safado.
Particularmente, já teria ficado contentíssimo em ser selecionado para qualquer outra publicação onde pudesse apresentar meu trabalho como aspirante a escritor, mas fico especialmente feliz em integrar esta coletânea, exatamente em ode a este autor, pelo fato de ter ele sido meu maior incentivador ao ato de escrever com suas sentenças apaixonadas, críticas, definitivas e encorajadoras. Devo minha ousadia à aventura de escrever a Bukowski e espero minimamente ter retribuído o que esse cara fez por mim. No mínimo, tenho certeza que ele se orgulharia do culhão de ter tentado.
Obrigado à editora pela oportunidade, parabéns pela dedicação, seriedade e pelo resultado, e parabéns também aos demais autores pela participação, talento e inspiração.


Cly Reis

***************

"Big Buka: Para Charles Bukowski"
Ed. Os Dez Melhores (2015)
156 páginas
organização: Afobório
autores:
Clayton Reis
Afobório
Fabio Mourão
Heliton Queiroz
Jeremias Soares
Marina de Campos
Max Moreno
Rafael Simeão
William Couto
Wuldson Marcelo



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Selecionados para a publicação coletiva "Big Buka"



Como estava de férias, já se passaram alguns dias, eu já comentei no nosso espaço lá no Facebook, mas acho legal que seja registrado aqui no blog mais uma conquista pessoal e do clyblog, por extensão: a novidade é que um conto deste humilde blogueiro foi selecionado para a coletânea "Big Buka - Para Charles Bukowski" a ser lançado pela nossa parceira a Os Dez Melhores. Fico realmente extremamente feliz de integrar esse seleto grupo de dez autores que tiveram o prazer e a responsabilidade de escrever sobre este grande autor, muitas vezes subestimado pela sua simplicidade  de escrita e objetividade, e terem seus contos escolhidos para fazer parte deste livro. Pode parecer óbvio, mas torcia muito pelo meu conto por ver nele uma série de qualidades e referências que, na minha opinião, imodesta e suspeita, o faziam forte candidato a ser selecionado. ainda bem que os julgadores da editora entenderam da mesma forma.
Particularmente, é meu terceiro trabalho envido para seleção e o terceiro escolhido. Ôpa!!! 100% de aproveitamento! Não deve ser mero acaso e talvez eu tenha alguma qualidade para o negócio. Mas como disse, é legal para o blog, porque além do fato dos contos serem um item forte no nosso conteúdo geral, sempre presentes na seção COTIDIANAS, somando as minhas com as publicações do meu irmão e parceiro de blog, Daniel Rodrigues  já temos 4 publicações em livros coletivos, além do premiado "Anarquia na Passarela", este individual do próprio Daniel.
Quando comecei o blog ficava muitas vezes me perguntando pra que escrever aquelas 'historinhas', para quem estava escrevendo, se alguém lia, se valia a pena... Bom, acho que independente das respostas às perguntas anteriores, não pode haver estímulo maior para continuarmos escrevendo e escrevendo e escrevendo do que o reconhecimento do nosso talento, e sermos, eu e o Daniel, escolhidos entre tantos outros autores de qualidade enche-nos de satisfação.
Mas enfim, mesmo que futuramente não consigamos publicar ou entrar em coletâneas, seleções ou antologias, mesmo que nem sempre consigamos reconhecimento, mesmo que, no fim das contas, ninguém nos leia, como diria o próprio Bukowski, "Não há perdas em escrever".


Abaixo a lista dos autores selecionados para o coletivo "Big Buka":

Cly Reis

Fabio Mourão

Heliton Queiroz

Jeremias Soares

Marina de Campos

Max Moreno

Rafael Simeão

Willian Couto

Wuldson Marcelo

Afobório (organizador)

Parabéns aos colegas também escolhidos.

Cly Reis